N/A: E aí gente! Estreando uma nova fic! Preparadas para se renderem nos braços dos Black?
Espero que gostem. Escrevi com muito carinho!


O Canto da Sereia








Chapter I

Parte I

-Alice, Alice! Desce daí! Alice! Alice? – Ele continuava chamando ela, recebendo apenas risinhos em resposta.

-Estou quase, Jake. A borboleta está quase nascendo! – Ela sussurrava como se não quisesse incomodar ninguém.

-Alice, você vai cair daí. Alice! – O namorado insistia, preocupado com a garota teimosa.

-Shiiiuu! – O repreendeu. - Está quase. Está quase… - Sua voz ia morrendo conforme a frase saia de seus lábios.

Jake continuava olhando atento, e preocupado, a namorada sentada em um ramo de árvore, tentando fotografar uma lagarta desfazer seu casulo e se transformar em uma linda borboleta, repleta de vibrantes e apaixonantes cores.
Então, depois de uns longos segundos, o click da máquina se fez escutar, indicando que Alice tinha capturado o momento.

-Consegui! – Exclamou, jogando as mãos para o alto, esquecendo que ainda estava no cimo de uma árvore em um ramo bastante instável. – Wo…wo…WOW!

-ALICE! – Jacob se alertou ao ver a namorada se desequilibrar e cair do cimo da árvore.

O mais rápido que pôde, Jacob tentou apanhar a namorada, mas a queda de Alice o jogou dolorosamente no chão, com ela por cima dele.

-Eu estou bem. Eu estou bem. – Alice o tranquilizava, se erguendo de cima dele.

-Ai…eu…não… - Ele se queixava a custo, gemendo de dor.

Alice fez uma careta de quem tinha aprontado, colocando ambas as mãos na boca, soltando risinhos ao tempo que via o namorado se contorcer na grama.

-Você ainda ri, né, sua peste! – Ele a acusava, tentando se erguer do chão o mais lentamente que suas costas lhe permitiam.

-Ain, desculpa, Jake, mas isso é hilário. – Ally fazia cara de manha, fingindo arrependimento, mas não contendo os risinhos.

-Você achar hilário, é? Mas sabe, Ally, o último que ri é quem ri melhor! – Jacob fez expressão de maníaco, sorrindo maquiavelicamente, ao tempo que esticava os membros, estalando os ossos.

-Isso quer dizer que eu tenho de fugir, né? – Ela questionou, contorcendo o rosto e mordendo o lábio.

-Oh, se tem! Vá, começa correndo. Te dou 10 metros de avanço. – Falou irónico, já de pé.

Alice obedeceu direitinho, mas Jacob não. Dois metros depois ele começara correndo atrás da namorada, que soltava gritinhos divertidos e aflitos, se esquivando dele, sem qualquer sucesso.

-Jake. Jacob. Jacob! – Jake franziu o cenho ao ver a voz de Alice engrossar e ficar muito parecida com a do irmão. – Acorda Jacob!

Jake abriu os olhos, assarapantado, olhando em volta e vendo o irmão o empurrando para acordar, percebendo que aquela recordação não passava de um sonho.

-Droga, Alex! Eu tava dormindo! – Jake resmungou, esfregando o rosto inchado do sono.

-Jura? Eu julguei que estivesse dançando o mambo! – Alex ironizou, rolando os olhos. – Você já tomou alguma decisão quanto à proposta que te fiz? – Perguntou pegando nos pés do irmão e os atirando para o chão, sentando no sofá em que Jake dormia.

-Nem por isso. – Retrucou, se ajeitando no sofá, enquanto o irmão zapeava os canais a cabo do LCD, parando em um canal de música.

-Devia pensar. Ia ser importante você se afastar daqui um pouco. Ally não iria gostar que você ficasse nesse estado depressivo. – Alex comentou, sem tirar os olhos do vídeo clip que passava.

-Ela estaria me odiando se ela…se ela… - Jake não conseguia pronunciar sua maior dor.

-Você não teve culpa do que aconteceu. E falando assim, até parece que você não conhecia a Alice. Ela seria a primeira a dizer que você não teve culpa de nada. Então, pare de se culpar por esse acidente e retome sua vida. Venha fazer uma viagem comigo. O ano escolar está acabando. Será perfeito para você! – Alex insistiu com o irmão, passando toda a sua solidariedade.

-Eu não consigo parar de me culpar. Eu quem devia ter…ter…

-Ei, ei, ei! Vamos parar por aí, Jake! Ninguém devia ter morrido no lugar de ninguém! – Alex repreendeu, o olhando seriamente e depois suspirou. – Escuta…Você devia aceitar minha proposta. Até porque eu estou mesmo precisando da sua ajuda.

-Ajuda? Para quê? – Jake questionou.

-Eu finalmente consegui permissão da Comissão Ambiental de Honolulu para submergir no Canal de Kaiwi. – Alex contou entusiasmado.

-Legal! – Jake falou desinteressado.

-Mano. Eu acho que você não entendeu. Você vai comigo! Só vim aqui te comunicar que daqui a duas semanas partimos para o Hawai! – Alex informou, se erguendo do sofá e caminhando para a saída e partindo sem permitir que o irmão protelasse.


Parte II

(N/A: Se tiver problemas em visualizar a imagem, carregue aqui.)
  suspirou depois de rabiscar pela milionésima vez o nome do amor da sua vida, como ela gostava de o intitular.

-Senhorita Skylark! Quer responder à minha questão? – O professor de História questionou com seu ar seboso e sardónico.

foi pega desprevenida por ter, mais uma vez, se distraído sonhando com Alex.

-A queda da bolsa de NY foi em 1929. – Amy respondeu pela amiga.

lhe sorriu aliviada, dizendo “obrigada” apenas com o gesto de seus lábios.

-Senhorita Amanda, não sabia que agora o seu apelido era Skylark. – O professor repreendeu em seu tom mais irónico.

-Estamos ainda tratando dos papéis para isso, mas já me considero da família. – Amy respondeu roubando gargalhadas de toda a turma.

-Muito engraçadinha, a senhorita. DETENÇÃO! – Gritou apontando aquele dedo gordo para a porta da rua da sala.

-Mas professor. Isso não é justo. Ela não fez nada de mal… - tentou argumentar, ajudando a amiga.

-Detenção! – Repetiu mandrião. – AS DUAS!

quis protestar mas nenhuma palavra saiu de sua boca, apenas sons inteligíveis e indistinguíveis.

-Vam’bora nos divertir, amiga. – Amy puxou a amiga pelo braço, depois de ter arrumado as coisas dela na mochila e pegado o caderno das mãos da amiga.


As duas entraram na detenção se deparando com o professor Soneca, como era apelidado, por dormir demais.

-Sweet. É o professor Soneca. – Amy festejou, sentando em cima da mesa e abrindo o caderno da amiga.

-Dê cá isso! Você deveria ter guardado! – esbravejou, tentando alcançar o caderno.

-ALSF? O que é isso? – Amy questionou ao ler no final da página, depois de todas aquelas declarações lamechas de amor.

-Não digo! – A morena cruzou os braços, se jogando numa das carteiras, de costas para a amiga.

-Sabe que uma hora ou outra eu irei descobrir… - Ludibriou.

-Amorloucosemfim. – respondeu resignada, embolando todas as palavras.

Amy ficou alguns segundos tentando entender o que a amiga havia dito e olhando as siglas.

-Own, que cute! Amor Louco Sem Fim. Parece título de novela mexicana! – Sacaneou a amiga, gargalhando alto.

-Bitch! – insultou, batendo no braço da amiga e arrancando o caderno das mãos dela.

-Esse “amor” está se tornando uma obsessão, Skylark. – Amy terminou a risada, adotando uma expressão séria.

-Porquê amor com aspas? – Questionou furiosa, cruzando os braços.

-Ahvá, . Tenha dó! Que amor mais…

-MAIS… - Incentivou, fumegando.

-Obsessivo, dependente, louco, infantil! Você coloca o Black em um pedestal e não importa quantas vezes ele te puxe o tapete, te dê o pé na bunda e te destroce que você sempre estará lá, rastejando por ele. – Amy falava alterada, colocando todos os pontos nos is, sem qualquer piedade dos sentimentos da amiga.

Esta comprimiu os lábios, sentindo seus olhos marejarem ao sentir as facadas da verdade que Amanda lhe dava em seu peito.

-! – Amy jogou as mãos para o ar quando a amiga saiu correndo, e chorando, da sala de detenção.

Logo o sinal tocou, ditando o fim das torturantes e entediantes aulas.

Parte III

Pouco passavam das 15 horas quando Alexander Black adentrou a sala de aula da escola de mergulho, se dirigindo ao quadro de lousa e escrevendo com giz amarelo “Hawai”.
Se virou em seguida para a sua turma, com pouco mais de 7 alunos, 5 dos quais eram garotas.

-Hawai. Alguém aqui sabe o que há lá? – Ele questionou e uma garota ruiva ergueu a mão.

-Nativos?

-Sim. Mas não é só isso. Alguém mais aposta?

-Surf? – Duncan tentou.

-Vá lá, gente. Nós estamos estudando Humanidades ou Esportes Aquáticos?

-Surf é um Esporte Aquático. – Amy pegou, roubando gargalhadas da classe, como sempre.

-Um dos míticos barcos do Barba Negra. É o que há no Hawai. – se arriscou.

-Muito bem, Heaven!

-Skylark! Meu nome é Skylark. – quase rosnou, apertando os dedos com força exagerada, sobre o tampo da mesa.

-Eu sei, . Estava apenas brincando. – Alex se defendeu, olhando intrigado os olhos amendoados da aluna, não entendendo a hostilidade anormal dela para com ele. – Bom. Hoje vou fazer uma pequena revisão sobre as terminologias e significados dos equipamentos subaquáticos. Então, quantas modalidades de mergulho existem? – Alex questionou e Amy logo colocou a mão no ar.

-Três. A livre, a autónoma e a dependente.

-Muito bem. E sabe me dizer qual diferença as divide?

-Sei. A livre, ou de apnéia, é quando o mergulhador não usa qualquer tipo de equipamentos para respirar debaixo de água, dependendo apenas de sua condição física, da calma e de seus pulmões. – Gargalhou.

-E a dependente? – O professor perguntou a outros alunos.

-É quando o mergulhador dispensa do suprimento de ar, sendo a alimentação de ar feita a partir da superfície por intermédio de um compressor de ar e de uma mangueira. – Duncan respondeu.

-Muito bem. E o mergulho autónomo. Como se carateriza?

-O mergulhador é auxiliado por equipamentos especializados, que carrega consigo. – Karina, uma nativa mexicana, arriscou.

Skylark. Sabe me nomear quais os equipamentos de mergulho? – Alex pediu o mais docemente possível, evitando desagradar a aluna.

Esta bufou, desinteressada, o que era anormal e desabitual na jovem morena.

-Os principais são a máscara de mergulho, o cilindro de ar comprimido, as roupas isolantes, as nadadeiras e o regulador de pressão. – Respondeu como se aquilo fosse a coisa mais entediante do mundo.

Logo vindo da aluna que mais amava falar sobre aquela matéria.
As questões continuaram, umas mais acertadas que outras, mas todas corretas. Alex sentia que tinha feito um bom trabalho nesse ano letivo e, apesar da qualidade elevada de todos os alunos, ele apenas podia levar três para o auxiliarem na sua “busca pelo tesouro”.

-Bom. Para terminar essa aula teórica, quero voltar à primeira questão. O que há no Hawai? E como muito bem a respondeu, há um dos naufragados barcos do Barba Negra. Skylark, sabe me dizer quem foi o Barba Negra?

-Um psicopata corsário ao serviço do Império Britânico durante a Guerra da Sucessão Espanhola. – Respondeu sarcástica.

-Exactamente. – Alex camuflou o tom arisco na resposta dela e avançou com o seu comunicado. – Bem, eu finalmente obtive a permissão da Comissão Ambiental de Honolulu para realizar investigações subaquáticas no canal do Kaiwi, algo que vinha batalhando há já alguns anos, e tenho o privilégio de dizer que três de vocês irão comigo. – Concluiu satisfeito.

Os burburinhos animados e esperançosos se instalaram e só após uns tantos “silêncio” e “acalmem-se”, Alex recuperou a atenção.

-Eu ainda quero fazer uma última prova prática, mas em princípio Barnes, Masteer e Skylark são os escolhidos. – Contou.

Amy e Duncan festejaram com beijos calorosos, já que ambos eram um casal apaixonado, mas permaneceu impávida e sem expressão. O sinal tocou e todos os alunos foram saindo. ficou para trás até só restarem ela, o professor e o casal de namorados, que ainda festejava. Caminhou até a mesa do professor Black e respirou fundo.

-Eu não quero ir. – Ela declarou firmemente.

-O quê? – Alex questionou surpreso.

-Eu não quero ir. – Repetiu irredutível, desviando seus olhos dos dele, por medo de ceder.

-Porquê? – Alex exigiu saber, mas ela permaneceu em silêncio. – Você está com algum problema? – Insistiu, erguendo o queixo dela para que olhasse em seus olhos negros.

Sim. Você! - Ela quis dizer, mas uma loira exuberante apareceu, impedindo-a de concluir seu pensamento em palavras.

-Amor! – A loira o chamou, se atirando nos braços de Alex.

engoliu a vontade de chorar e saiu da sala sem dirigir mais uma única palavra ao homem que – como disse sua melhor amiga – ela estava obcecada. Mas isso iria terminar. Ela pensou.
Alex quis ir atrás dela, mas sua grudenta namorada o impediu.

-Então, Black, quando a gente parte? – Duncan questionou agarrado à sua mina.

-Duas semanas.

-Sweet! E quanto tempo a gente vai ficar por lá? – Amy perguntou, olhando com cara de vómito para Ashley e voltando a fazer cara de animada para o professor.

-Por mim…o máximo de tempo que der. – Ele sorriu largamente.

-Cool! Thanks pelo convite, Black.

-De nada D-Mast. Vocês são os melhores mesmo, não tinha porque não vos escolher. Só não entendo é porque a não quer ir.

-Ela disse que não quer ir? – Amy questionou.

-Disse, mas saiu daqui antes de me dizer os motivos. – Comentou com as sobrancelhas unidas de preocupação.

-Eu faço uma pequena idéia. Mas não se preocupe, eu a convencerei a ir. – Amy garantiu.

-Obrigado! – Alex respondeu aliviado, sabendo que Amy só desistia quando conseguia o que queria.

-Mas me dê mais detalhes. Onde vamos ficar? Que barco vamos levar? …

Duncan o encheu de questões e Alex as respondeu a todas, com muito entusiasmo, enquanto sua namorada se debatia em uma guerra de olhares com Amy.

Parte IV

riscava e rasgava tudo o que representasse Alexander Black ao som de suas lágrimas e soluços.

-, a Amy está aqui! – Sal mãe gritou do andar de baixo.

-Diga que não estou! – Respondeu de volta, sem se importar em ser rude.

Minutos depois sua amiga adentrou seu quarto e caminhou até ela a impedindo de continuar a destruir suas coisas.

-Pare, pare, pare! – Amy pedia.

-Me deixa, Amanda! – gritou.

-Você ainda me vai agradecer por isso. – Amy falou, tirando tudo da frente da amiga. – Porque você não quer ir nessa viagem? – amy cruzou os braços, recebendo uma olhar estreito e nada amigável da morena. – , olhe pra mim. Você vai desistir de um grande sonho só porque resolveu odiar o Black?

-SÓ PORQUE EU RESOLVI ODIAR O BLACK? Meu Deus, Amy, eu não te entendo! – exasperou se erguendo da cama e escovando os cabelos para trás, em sinal de raiva. – Uma hora você diz que meu amor por ele é uma obsessão. Outra você reclama porque eu resolvi odiar ele. – Ela falava em tom irónico e enraivecido.

-Putz, girl, você é que é complicada e leva tudo o que eu digo ao pé da letra! Eu nunca falei para você deixar de gostar dele e o passar a odiar! Eu só estava te fazendo ver que o seu amor estava passando dos limites e se tornando tão platónico como o amor de uma fã com seu ídolo. – Se explicou, como se falasse com uma criança de 5 anos.

-O que você quer dizer com isso? – questionou, fungando e limpando as lágrimas do rosto.

-Simples. Você pode e consegue ter o Alex pra você. Basta parar de agir como se ele fosse inalcançável! – Amy tentou fazer parecer tudo simples, mas a careta confusa de o demonstrava que não o estava sendo. – Humph. Hellow! , essa viagem é TUDO o que você precisa para tornar dois dos seus sonhos reais. Dar uma de exploradora marítima com o Black e conquistá-lo. – Amy enumerou pelos dedos, com um sorriso travesso no rosto. – E então. Ainda está pensando em recusar o convite do Black? – Questionou sapeca e o sorriso iluminado da amiga respondeu por ela. – Great. Mas amiga, só tem um probleminha. – Fez careta.

-Qual problema? – A morena questionou deixando seu sorriso morrer.

-A peituda oxigenada de estimação dele também vai. – Falou tudo de uma vez.

-A Ashley?? – Questionou histérica.

-Essa mesma. Ou ele tem outra namorada com essas caraterísticas?

se deixou afundar na cama, achando tudo perdido e começando a choramingar.

-Ei, ei. Não desanime.

-COMO NÃO? Ela vai. Ela. Linda. Maravilhosa. Gostosa. E, principalmente, namorada dele. ELA, não eu! – esbravejou, cobrindo o rosto com uma almofada e dando murros em seu rosto por cima.

-Está se esquecendo de um detalhe super importante, amiga. – Amy não desfez o sorriso, puxando a almofada do rosto da amiga.

-Qual? – perguntou com uma expressão descrente e derrotada.

-Somos três contra uma. – Sorriu de canto, recebendo uma almofada na cara.

Logo as gargalhadas e outras almofadas, voaram e encheram o quarto de alegria e entusiasmo.




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Kisses da Baby