O Canto da Sereia









N/Baby: Demorou mas chegou! Esse capítulo ainda vai explorar um pouco mais a vida da Skylark e do Alex. E haver muitas “viagens ao passado” tanto deles os dois, quanto de Jacob. Espero que gostem!
Kisses da Baby
  
Chapter Ii

Parte I

-Bebê, ainda tá cedo. – Ashley reclamava ensonada, puxando os lençóis para cobrir seu corpo desnudo.

-Já falei para não me chamar isso! – Alex esbravejou catando suas roupas do chão e as vestindo.

-O quê? Bebê? Caramba Black, você anda tão chato…Qualquer coisa que eu diga você reclama. O que ‘tá acontecendo? – Ashley reclamou.

-Ah loira. Estou tenso e ansioso com essa viagem. – “E preocupado com a .” Completou em pensamento.

-Calma. Vai tudo correr bem. – Ash afirmou dengosa o abraçando pelas costas, as beijando.

-Também não é isso que está me preocupando. É o Jake. Ele continua tão deprê. Eu já não sei mais o que fazer. – Se jogou sentado na cama, cobrindo o rosto com as mãos, suspirando derrotado.

-Você conseguiu convencê-lo a ir com a gente?

-Foi mais uma intimação. Isto porque eu não confio nele a 100% sozinho enquanto eu estiver fora. – Confessou.

-Você não o pode vigiar pra sempre, amor. O pirralho tem de perceber que você tem uma vida, né!

Alex olhou a namorada de lado pouco satisfeito com suas palavras duras, trincando o maxilar.

-Ele é meu único irmão, minha família. Se eu tiver de o vigiar para sempre, é o que acontecerá, Ashley! – Alex se ergueu da cama, se desprendendo bruscamente dos braços da namorada e saindo do quarto após bater com a porta.

Parte II

relia pela enésima vez naquela manhã o trecho do seu diário que relatava o dia em que conheceu Alex.

O dia estava belo e ensolarado, me convidando para um passeio ao ar livro. E quem era eu para recusar convite tão tentador.

Me coloquei em frente ao closet pensando que roupa vestir e minha intuição me apontava para a saia rodada comprida em tom de castanho, que pertencera a minha querida avó. Era uma peça antiga mas jamais fora de moda. A vesti combinando com uma blusa, de mangas transparentes, em tom pastel. Calcei botas de cowboy e na cabeça o chapéu de sol de minha mãe. Coloquei umas quantas pulseiras banhadas a ouro no braço esquerdo e saí de casa. (roupa)

Fui até a garagem e peguei minha bicicleta velha em rosa e branco – eu sei, meio infantil – e a montei, pedalando em direção ao Lake Eloa Park.
Em dez minutos passei os portões do Parque pedalando em direção ao lago. Aí, nos meus planos, faria uma paragem para apanhar alguns banhos de sol.

Bem, mas a coisas não correu lá muito bem. Na hora que eu quis parar, os travões falharam. Desesperada abri as goelas e gritei mais do que podia, tentando me desviar das pessoas. O pior de tudo é que eu estava em uma estradinha de ciclistas em declive e se eu não conseguisse travar a maldita bicicleta, bem poderia ir dizer olá aos patos e peixinhos, debaixo de água!
Então alguém se jogou em mim, talvez tentando me ajudar a parar, só que a bicicleta monstra levou ele junto com a gente para dentro do lago.

Resumindo, a saia da vovó se estragou. Eu chorei feito bezerra desmamada, fazendo o maior papelão na frente de meia Orlando e do cara que me havia, bom, tentado, salvar da bicicleta assassina. E foi assim que pela primeira vez eu vi Alexander Black, o meu salvador.

Mas eu só o conheci em outras circunstâncias. Nomeadamente quando eu me inscrevi nas aulas de instrução de mergulho e ele se apresentou como meu professor. E eu só queria ter cavado um buraco e me enterrado viva. Com certeza Alexander não ficou lá com as melhores impressões de mim.
Havia melhor maneira de conhecer um rapaz? Primeiro pago o maior mico frente dele e depois ele vira seu professor.

Como diz a Amy, Sweet!”

Parte III

O sábado estava perfeito para a aula prática de mergulho que Alex queria dar.
E tudo correu às mil maravilhas. Os seus três escolhidos se esmeravam debaixo de água, demonstrando o quão tinha sido bem feita a sua seleção para serem seus parceiros.
E para seu alívio, Skylark estava mais calma e animada.

Com menos um problema, Alex se preocupou apenas com as chamadas não atendidas e rejeitadas do seu irmão mais novo. Se não fosse pela certeza de que ele estava bem, isto porque Dorothy, sua governanta, o garantiu, Alex teria largado tudo e ido ver o irmão.
Dorothy alegara que o humor de Jacob estava mais azedo que limão podre.

-Isso é melhor que depressão. – Argumentou a mulher. – Ao menos ele está reagindo. – Acrescentou um pouco animada.

Alex não discordara, mas não deixava de tentar ligar para Jake. A sua teimosia era maior que a do irmão e uma hora ou outra iria vencê-lo pelo cansaço, nem que fosse para receber um nada amistoso “Vá à merda!”, típico de seu irmão.
Se Alice estivesse assistindo aquilo diria que sua T.P.M. havia contagiado o namorado. Sim porque a doida da Alice acreditava que quando estava naqueles dias difíceis do mês, típicos das mulheres, Jacob tomava as suas “dores” e ficava de pior humor que o dela. E nessas alturas quem não o podia aturar era Alice.

Voltando a atenção aos seus alunos, Alex se concentrou em . Aquela peculiar e misteriosa garotinha.
Se recordava do dia em que a viu pela primeira vez, como se tivesse sido no dia anterior.

#Flashback#

O sol de Orlando ardia em sua pele de forma gostosa. Estirado em um manto de pic-nic, alez tirava umas “férias” de sua namorada grudenta.
Esta estava em digressão com o time de futebol americano do liceu em que andara, de onde ela era a madrinha da claque de torcida que ela já pertencera como líder.
Mas sua paz foi abrutamente perturbada quando um grito intermitente e histérico se foi aproximando mais e mais do local onde ele estava descançando.
Se apoiou nos cotovelos e girou o rosto na direção da gritaria.

-SOCORRO! SAIAM DA FRENTE! Aaaaahhh! ISSO NÃO TRAVA! Aaaaaaaaaaaahhhh!!

Uma garota gritava em cima de uma bicicleta branca e rosa, descendo velozmente pela estrada de ciclistas em direção ao lago.
Em um rompante heróico, Alex se ergueu do chão e correu na direção da bicicleta, se atirando na frente dela de forma a conseguir travá-la, mas, em contrário às suas suposições, a bicicleta sequer oscilou com o seu peso e o levou junto numa viagem ao fundo do lago.

Quando emergiu procurou preocupado pela garota da bicicleta. Assim que a avistou, nadou até ela a ajudando a sair do lago.

-Aaaaaaaaaaaaahhh, minha saiaaaaa! Não! A saia da vovó nãaaaooo! Aaaahhhh, o chapéu da mamãaaeeee, nãaaooo!  -Ela gritava em meio a um choro desenfreado.

-E a regata? É sua? – Alex perguntou contendo um forte risada que ameaçava explodir.

-Ééééé! – Ela berrava, torcendo a água de sua roupa e sacudindo o chapéu.

-Tem certeza? Certeza que não é da sua prima, ou de sua tia? – Ele zoou sem conter pequenos risos.

-Aah, vai te catar! – Ela deu de costas, tirando a bicicleta do lago e a levando pela mão embora.

-Ei, não tá esquecendo de nada? - Alex questionou divertido.

A morena o olhou de soslaio e, muito a custo, gritou um “Obrigada”, lhe virando costas logo em seguida e seguindo o seu caminho.

//Flashback//

O instrutor de mergulho pegou o apito e assobiou nele, ditando o fim da aula prática.
Os alunos, um a um, foram saindo da piscina caminhando para os balneáreos.

-Skylark! – Alex a chamou, correndo até ela.

-Diga, professor.

-Me chama de Alex, vai. - Pediu desconcertado.

-Prefiro Black. – Ela respondeu constrangida.

-Quando for embora passe pela minha sala primeiro, ok? Quero falar com você.

assentiu tímida e foi para o balneário para tirar a roupa de mergulho, tomar um banho e vestir suas roupas.
Quinze minutos depois, o mais rápido que conseguiu se arranjar, saiu dos balneáreos e correu na direção da sala do professor. Quando estava perto, parou de correr, ajeitando um pouco as roupas e os cabelos e beliscando as bochechas.

-Posso entrar? – A garota perguntou no batente da porta, vendo o porfessor de pé, arrumando uns papéis.

-Entre, entre! - Ele pediu a chamando com a mão enquanto terminava de organizar suas coisas.

caminhou até a mesa secretária de Black, se ficando na ponta oposta à que ele estava. Alex a olhoy por segundos e então largou os papéis e caminhou até ela. Em um gesto inesperado, Alex ergueu a cintura da aluna e a sentou em cima da mesa.

-Precisamos conversar. – Ele soltou junto com um suspiro profundo, repousando suas mãos sobre a mesa, uma de cada lado do corpo dela, impedindo a sua saída.

-O q-quê? – Ela gaguejou desconcertada com a proximidade.

-Que história é essa de não querer ir para o Hawai? Logo você, , que estava tão ansiosa quanto eu para receber essa permissão da CHH! O que está acontecendo com você? Ontem você parecia estar com raiva. Raiva de algo, alguém. Raiva de…mim? – Alex arriscou a fazendo suster a respiração, desviando o olhar do dele.

-Não. Não é nada disso. Eu ontem estava…er…mal disposta. Claro que quero ir ao Hawai. – Sorriu tentando parecer confiante e verdadeira no que dizia. – Ontem eu estava fora de mim. Um daqueles dias para esquecer…  -Ela suspirou rolando os olhos como se não desse importância a isso.

-Eu vou fingir que acredito. – Ele apontou o dedo para ela, se deliciando com o seus sorriso tímido.

-Alex! – A voz estridente de Ashley ecoou pela sala, sobressaltando .

Alex olhou para o teto, furioso pela interrupção, mas se fingiu de contente pela namorada estar ali. Não queria que ela fizesse uma cena de ciúmes com .

-Ash, baby. Nossa equipe está completa. mudou de idéia e aceitou vir com a gente. – Alex festejou abraçando a namorada.

-Oh, não é fantático? – Ashley “celebrou” em tom sarcástico olhando a morena ameaçadoramente e com repulsa.

-Eu vou indo, professor Black. – saltou da mesa passando por Alex e Ashley, que a essa altura agarrou o rosto do namorado possessivamente, o beijando forçadamente.

-Tchauzinho. – Ash se despediu abanando os dedos, depois que terminou o curto beijo.

 Parte IV

-Parabéns a você, nessa data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida. Eeeeehhh! Parabéns Alice! – Os convidados festejavam, batendo palmas enquanto Alice soprava as 18 velas do seu bolo.

-Cadê meus presentes? – Ela exigiu brincalhona, arrancando gargalhadas da família e amigos.

Assim que os presentes chegaram em suas mãos, ela rasgou os papéis dos embrulhos, abrindo-os um a um.
Se deliciou com todos, mas sentiu a falta de um. Olhou o namorado de soslaio, colocando as mãos na cintura e batendo o pé no chão.

-Cadê. O. Meu. Pre-sen-te. Black!? – Ela intimou entre dentes, se fingindo de furiosa.

-Não sei de presente nenhuma, branquela. – Jake se fez de desentendido, escondendo uma mão atrás das costas.

-Me dá! – Ela esticou a mão, abrindo e fechando os dedos, impaciente.

-Dou o quê, anã de jardim? – Ele provocou.

-Me dá o meu presente, Jacob! – Alice rosnou, tentando alcançar a mão escondida.

-Não. Você tem de dizer as palavras mágicas. – Ele propôs sorrindo torto a fazendo bufar de irrtação.

-Por favor, meu amor. Me dá o presente. Me dá! – Ela choramingou feito criança, batendo os pés no chão em birra, sem se importar que os outros a vissem agindo daquela maneira. Esse era o jeito dela.

Jacob esticou o punho fechado em torno do presente da namorada e foi abrindo a mão devagarinho.
Alice não se conteve e pegou a pequena caixa em formato de coração com tecido em veludo azul. Alice trincou o lábio com força, sentindo seu coração pular diante daquele presente.

-O que tem aqui?  -Ela perguntou com receio de o abrir.

-Abra e verá.  –Ele insistiu.

Alice colocou os dedos da outra mão em torno do tampo da caixa e a foi abrindo lentamente. Esta exibiu um lindo par de alianças de prata com inscrições no inyerior.

-OMG! Aliança de compromisso? – Ela quicou de emoção, pegando na maior e lendo. – “A ti te pertenço, Alice, desde 28-04-o3”. Oin, que liiiindoooo! – Falou com os olhos marejados de felicidade.

Jacob pegou na outra aliança e a leu: “ A ti te pertenço, Jacob, desde 28-94-03” e em seguida pegou na mão dela, deslizando a aliança pelo dedo anelar dela.
Alice fez o mesmo e depois de um beijo a sala explodiu em aplausos e assobios de felicidade e aprovação.

-Não se cansa de ver esses vídeos? Isso não te faz bem. – Alex suspirou se jogando do lado do irmão.

-Vai querer controlar tudo o que eu faço? Quer saber quantas vezes eu respiro e pestanejo também?  -Jacob reclamou, sem grandes esforços, abusando da ironia e sarcasmo.

-Se souber a média de cada um, adoraria saber sim. – Alex não se deixou vencer pelo mau humor do irmão, fazendo piada.

-Não vou me livrar mesmo de você, pois não? – Jake questionou e Alex negou veemente, abanando com a cabeça e ciciando. – Droga! Ainda tinha esperanças. – Jake socou o irmão em brincadeira.

-Preparado para o Hawai?

-Alice haveria de amar ir com a gente. – Jake comentou olhando para a imagem congelada no ecrã do LCD.

-Ela iria dodiar que você recusasse ir com a gente. – Alex acrescentou.

-Você tem razão. – Jake concordou sorrindo curtamente. – Hawai que me espere…

-Daqui a duas semanas. – Alex concluiu sorrindo largamente e abraçando o irmão, sentindo um alívio enorme no peito por ter convencido Jacob a fazer essa viagem.

Seria uma distração para ele e o ajudaria a espantar a depressão, o animando com coisas que ele gostava de fazer. Viajar e mergulhar.
Pelo menos era o que Alex esperava!

N/Baby: Gostaram do capítulo? No próximo já entra um pequeno trecho relatando um pouco da vida da Sereia. Vai ser bem inovador porque eu inventei muitos conceitos novos sobre esse mundo místico. Não achei grandes coisas que me interessassem colocar aqui na fic então tive que inventar. E um escritor é acima de tudo um grande inventor!
COMENTEM MUITO!
Vossa opinião é essencial para que eu continue escrevendo e publicando minhas histórias.
Kisses da Baby