N/A: Estão curtindo a fic? Espero que sim. Uma fã, que não assinou, dedicou um vídeo com Taylor Lautner e a Black Lively como "centro" do vídeo e eu achei que ele seria perfeito para um prólogo dessa fic, já que eu não fiz nenhum. Vejam ele aqui
Espero que gostem tanto quanto eu gostei.
Boa leitura e COMENTEM!!!!
Kisses da Baby


Wild Heart







PARTE II – Faça seu coração parar de chorar [Ver letra e tradução]

Depois que Cassie entrou, eu fui descarregar as malas da picape. Minha cabeça martelava em dúvidas e questões que teimavam ser respondidas. Mas eu não podia ser precipitado. Não queria me precipitar em conclusões e julgamentos. Mas eu tinha urgência em quebrar toda a redoma de segredos que Cassidy criara e colocara entre nós.

Fiz o serviço de descarregamento o mais lentamente possível, me permitindo a inúmeras viagens entre a carrinha e o hall da casa de Cassie.
Tessa havia desaparecido sem me dar satisfações. Não que ela precisasse fazê-lo, mas acho que como convidado, merecia alguma cortesia. Ou talvez ela já me considerasse da casa por ser marido de Cassie e achasse que seria pouco elegante ficar atrelada a mim me dando, assim, espaço e liberdade. Assim que cheguei a essa conclusão, apreciei o gesto.
Quando, por fim, coloquei a última mala sobre o monte, no chão do hall, Tessa surgiu ao pé da escada com sua típica pose formal. Teria de me habituar a isso.

-Apetecia-lhe um lanche, senhor Jacob?

-Por favor, Tessa. Sem essa de senhor. Me trate apenas por Jacob. Jake se preferir. – Lhe sorri amável.

-Tudo bem, Jacob. – Acentuou bem meu nome.

-Sim aceito um lanche. – Afirmei passando a mão por minha barriga.

Tessa sorriu curtamente e me indicou com gestos que eu a seguisse.

Dei o primeiro passo mas logo estagnei quando escutei o grito de Cassie.

-CHEGA!

Eu e Tessa olhamos para cima e eu apurei meus ouvidos para escutar o resto. Quando dei por mim estava subindo os primeiros degraus da escada, mas a mão áspera e enrugada de Tessa me parou.

-Eu tenho de ir lá. Ela é minha mulher! – Exasperei para a expressão dura e repreensiva da governanta.

-Elas são irmãs. Elas se entendem. – Me garantiu.

-SAI DAQUI! VAI EMBORA! SAI DAQUI! – Escutamos outra voz feminina gritar.


Olhei arregalado para Tessa, que soltou meu braço, e subi até o topo da escadaria tentando perceber onde Cassie estava. Do fundo do corredor lateral, ela surgiu descendo de outra escadaria, mas curta e estreita, correndo em minha direção aos prantos.

Meu coração, se apertou ficando do tamanho de uma ervilha, me fazendo sentir impotente por não conseguir aplacar a dor de minha mulher ou sequer retirá-la de seu peito e colocá-la no meu. Cassie soluçava e tremia em meus braços e minha única vontade era de ir atrás dessa sua irmã e de lhe dizer umas poucas e boas, que no futuro a faria repensar bem antes de fazer Cassidy chorar desse jeito. Logo Cassie, que nunca a vi derramando uma só lágrima. Nem mesmo no nosso casamento, onde EU chorei que nem um bebê, mesmo que tentando disfarçar. O que essa irmã lhe disse deve ter sido bastante cruel.

-Já passou. Eu estou aqui. – Apertei um pouco mais meus braços em torno do corpo frágil dela, tentando ao máximo construir um forte de proteção, onde ela se sentisse segura e amada.
Enquanto a abraçava ela me conduzia por um outro corredor lateral à escadaria principal. Entramos em um enorme quarto, todo moderno e despojado, apesar do estilo vitoriano da casa. Bem cara de Cassie.

Caminhamos até uma gigantesca cama de dossel, onde nos sentamos. Eu me ajeitei, ficando parcialmente deitado, com as costas encostadas na cabeceira, e Cassie se aninhou em meus braços, deitando sua cabeça em meu peito.

-Esse lugar não faz bem a você. – Comentei depois de um tempo em silêncio, onde apenas se escutavam seus soluços.

-Eu sei. – Murmurou, limpando o rosto com a barra do seu top. – Mas eu não posso ir embora. Não de novo.

-Porquê? – Questionei me erguendo e me virando para olhá-la nos olhos. – Cassie, - Suspirei. – acho que está na hora de você parar de guardar seu passado para si. A verdade é que eu pouco sei de você. Sei apenas que seus pais morreram, que você era de Ohio, que cursou pediatria e que saiu de casa com vinte anos. Mais nada. Não sei de que seus pais morreram, nem sabia que você tinha uma irmã! Problemática, pelo que me parece.

-Não! – Me interrompeu. – Não a julgue. Você não sabe nada dela! – Me repreendeu com o indicador apontado para o meu rosto.

-Então porque você não me conta? – Pedi afagando seu rosto.

-Me dê tempo. – Murmurou, tornando a deitar em meu peito. – Me dê só um pouco de tempo para criar coragem.

Eu assenti em silêncio, trancando dentro de mim a vontade de dizer que não iria esperar mais por explicações.




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