N/A: Volteeiii! Mais uma vez peço que fiquem atentas a todas as dicas subentendidas no capítulo. Se conseguirem achar as pistas que dou, saberão o que vai acontecer a seguir. Não se enganem por falsas pistas. As coisas que são mais evidentes nem sempre são as certas. E aquelas que parecem normais...E mais não digo!
BOA LEITURA!


Choices - Escolhas









Twentieth Chapter
Há folhas no chão, o outono chegou.
O céu azul está se tornando cinza,
Assim como o meu amor.
Eu tento te levar comigo e te completar,
Mas isso nunca foi o bastante.
Eu devo ir.


Jacob virou costas ao jovem lobo com um sorriso presunçoso e divertido estampado no rosto. Conseguira lhe incutir o medo necessário para que Seth percebesse que Baby Suh não era um brinquedinho animado por quem estava fascinado.

OK. Ele sabia que essas presunções eram totalmente desprovidas de senso e lógica, pois conhecia bem a força e os efeitos de um imprint. Não estivesse ele sofrendo um. No sentido literal e real da palavra.

Seth se permitiu a respirar de alívio por um tempo, antes de entrar em casa.
A manhã se passou calma com um almoço em família animado.
Logo Embry e Leah haviam voltado para casa, para esse almoço, super apaixonados e animados, o que encheu de felicidade e alívio quem torcia por eles. Nomeadamente Liz, Seth e .
Eloise não ficara para almoçar pois já tinha arquitetada uma pequena viagem a Seattle para visitar uma velha a amiga que estava doente.
Leah passara um bom tempo brincando e paparicando Baby Suh, recebendo caretas enciumadas do irmão. Embry também montou carranca por ser trocado por uma coisinha que nem um palmo de tamanho tinha, mas isso o fazia repensar no futuro. Não estava disposto a que mais nenhum erro seu interferisse em seu relacionamento, já muito abalado, com Leah.
Então uma idéia lhe surgiu.

-. Preciso falar com você. – Embry sussurrou só para que esta escutasse, aproveitando o fato da namorada loba estar distraída brincando com Baby Suh e brigando com o irmão.

-Vamos ali na cozinha. – Ela retribuiu a resposta sussurrada.

Os dois se levantaram discretamente e juntos foram para a cozinha. Para disfarçar, Embry começou lavando a louça suja enquanto a secava e a guardava.

-Preciso que você me peça para ir à cidade. – Ele sussurrou olhando por cima do ombro, se certificando que Leah não o escutava.

-Mas eu ia pedir mesmo isso! – Ela se surpreendeu animada.

-Ia? – Ele questionou confuso.

-Sim. É que…eu preciso ver…meu irmão. – Contou, desviando o olhar do amigo.

-, você não devia…

-Eu preciso! – Altercou olhando seriamente para o amigo.

Embry bufou, trincando o maxilar e se xingando por não se ter livrado de Sean de uma vez quando teve oportunidade. Por mais que eles tenham sido amigos, o que ele fez a ali em La Push, e sabe-se lá mais o quê na Reserva de Crow, o punha com o sangue fervendo e seu corpo tremendo de raiva.
Deu uma última olhada a , que o retribuía com um olhar de súplica, e acabou por relaxar. Efeitos do falso imprint. Não conseguia lhe negar nada!

-Tudo bem. – Resmungou irritado.

-E você. Porque precisa ir na cidade? – Ela perguntou baixinho, tentando dissipar a tensão que se instaurara entre os dois.

-Depois te conto. – Falou discretamente olhando novamente para Leah e assentiu.

Os dois terminaram com a louça e voltaram para a sala. foi se higienizar e trocar de roupa. Sua febre havia baixado bastante desde a visita de Jacob e sem Liz em casa, ninguém a iria impedir de sair.
Quando terminou se conduziu à sala e, com um ar de quem estava fazendo isso pela primeira vez, se dirigiu ao amigo.

-Embry. Será que hoje você poderia me levar à cidade? – Perguntou da forma mais casual possível, como combinado.

-Claro. – Respondeu de imediato.

-Leah. Será que você poderia ficar com Baby Suh? – pediu dengosa ao notar o ar desconfiado e um tanto enciumado da bela morena.

-Claro! – Respondeu sorridente, se iluminando, como se nada a afetasse.

-Eu podia ficar com Baby Suh muito bem! – Seth embirrou.

-Você passa o tempo todo com ela. – Leah respondeu por , deitando a língua de fora para o irmão.

-Mas eu vou ficar o tempo todo ao pé de vocês. – Seth protelou de braços cruzados.

-No pé da gente, você quer dizer. Mas porquê? Não confia a sua protegida a mim, maninho? – Espicaçou.

-Ela é uma criança e não uma boneca! – Ele rosnou.

-Não sou eu que a trato como uma boneca de porcelana! A última do deserto, devo acrescentar! – Leah cuspiu venenosa e divertida.

Os dois irmãos continuaram a briga, alheios ao resto em seu redor. Depois de se despedirem, mesmo sem serem ouvidos, Embry e partiram de carro até à cidade.

-Sean foi transferido para Port Angels. – Embry comentou quando passaram a esquadra de Forks. – Ele trazia muitos problemas com os prisioneiros daqui. Lá a segurança é mais apertada. – Explicou apertando as mãos no volante.

assentiu silenciosamente, tentando acalmar seu coração com o reencontro iminente com seu irmão.

-E afinal o que você vai fazer a Port Angels? – Ela perguntou curiosa.

Embry sorriu largamente e se ajeitou no banco, um pouco nervoso e inquieto.

-Eu decidi que vou pedir Leah em casamento.

-EMBRY! – elevou o tom de voz, surpresa de felicidade, com um sorriso rasgando seu rosto e atingindo seus olhos. – Isso é tão lindo! Eu posso ser a madrinha? – Pediu, quicando no banco de entusiasmo.

-Óbvio que si, Nem tinha mais ninguém legal com uma criança para levar as alianças e para ser minha madrinha. – Ele brincou, recebendo um tapa no braço. – Você é minha melhor amiga, minha irmã. Só você poderia ser a escolhida para ser minha madrinha, . – Ele sorriu sincero.

-Obrigada. – Agradeceu, acariciando e penteando os cabelos do amigo.

Minutos depois o carro do lobo estava dirigindo pela extensa e movimentada Avenida comercial de Port Angels, estacionando, depois, em frente a uma ourivesaria.

-Me ajuda a escolher? – Embry questionou nervoso.

-Claro. Será um prazer!

Os amigos saíram do carro e adentraram a loja, sendo atendidos por Lauren, como dizia o crachá ao peito, uma garota loira morango, com ar de patricinha nojenta.

-Pois não? – Ela os atendeu de forma seca.

-Gostaríamos de ver um anel de noivado. – Embry pediu nervoso, olhando para , que o apoiou com um sorriso terno.

-Têm preferência? – A garota questionou, franzindo a boca em descaso.

-Err… - O garoto olhou a amiga, aflito, pedindo auxílio.

-Quanto pretende gastar? – sussurrou discretamente.

-Não. Dinheiro não é problema. Só não sei o que escolher. – Falou, abrindo um sorriso pretensioso na atendente.

-O que sugere? – questionou para a garota, que logo se viu entusiasmada retirando do mostruário uma paleta com diversos modelos de anéis.

Depois de olhar de alto a baixo com um sobrolho erguido, pegou delicadamente um anel de grossura média, cravejado de diamantes na parte superior.

-Que tal este? – Lauren interrogou, colocando o anel em seu dedo, com um entusiasmo fora do normal.

-Humm, não. – negou, torcendo o nariz e abanando a cabeça. – Queremos algo mais simples. – Pediu olhando a paleta que Lauren havia retirado e não encontrado nada minimamente simples. Todos os anéis eram exageradamente ricos e vistosos. Bonitos, mas pretensiosos demais.

Lauren fez uma careta e quase que podia jurar ter escutado ela murmurar um “pobres” e “sem gosto” entre dentes, mas não se preocupou com isso. Analisou o mostruário procurando algo do agrado de Leah, mas que não fosse nem muito exuberante, nem muito simples, nem muito comum.
Então ela avistou o anel ideal. Um anel em prata escura com uma pedra média em vermelho. O anel não estava na vitrina dos anéis de noivado e sim numa outra ao lado que dizia “Antiguidades”.

-Eu quero ver aquele ali. – apontou para o anel em questão.

-Esse aqui? – Lauren apontou repulsiva e surpresa, de um modo negativo.

-Sim. – assentiu e de novo julgou escutar algo como “não arranjo comissão com essa bosta de anel”.

Embry segurou uma gargalhada recebendo uma pelada da amiga, que tentava se manter séria. Lauren retirou a outra paleta do mostruário e pegou o anel como se pegasse uma lataria.

- O anel é uma mistura de prata com estanho, por isso a cor…peculiar. – Torceu a boca em escárnio e nojo, ao falar a última palavra. – A pedra é um rubi. – Suspirou enfastiada. – Um rubi muito do chinfrim, digo, de pouco valor e muito comum de se encontrar. – Se corrigiu quando percebeu se ter extrapolado. – O anel pertenceu a alguma amante do Conde de Olímpia no século XVII. Oh homem mais pão duro! – Suspirou sem nem se importar em ser escutada.

-Que você acha? – questionou para Embry.

-Perfeito. – Seus olhos brilharam ao colocar o anel no dedo da amiga, imaginando ser o dedo de Leah. – Vamos levar!

E quem vai salvar você quando eu me for?
E quem vai cuidar de você quando eu me for?
Você diz que se importa comigo,
Mas esconde isso muito bem.
Como pode você amar alguém e não a si mesmo?
E quando eu me for quem vai aparar suas quedas?
Quem você irá culpar?
Eu não posso prosseguir e deixar você perder isso tudo.
É mais do que posso aguentar.


oOo


Depois de ter pagado o anel e o ter guardado em uma caixa redonda em veludo negro, Embry acompanhou até a esquadra policial de Port Angels. Os dois falaram com o delegado, pedindo permissão para uma visita exclusivo ao preso Sean Storm.

-Tem certeza que quer ir sozinha?

-Tenho. – assentiu sendo acompanhada por dois policiais para uma sala de interrogatório, que eles disponibilizaram para a visita, a pedido de Embry.

esperou sentada, de frente para a porta, por alguns minutos, até a porta cinza escura ser aberta e dois policiais trazerem por um braço, Sean. Este trazia vestido as mesmas jeans pretas, surradas, rasgadas e imundas, uma blusa de manga curta branca, ou pelo menos o que outrora fora branco, agora encardida, e um gorro negro na cabeça, escondendo os longos e desgrenhados fios loiros. Preso à cintura trazia o seu casaco cinza, manchado do sangue de . Esta engoliu em seco recordando aquele fatídico dia.
Os policiais jogaram o preso na cadeira e em tom de ameaça disseram para ele se comportar. Sean bufou de raiva e colocou as mãos algemadas em cima da mesa, encarando a irmã com um misto de frieza, raiva e pesar.




-Então, maninha. Tudo bom com você? – Perguntou em um tom enraivecido. Seus olhos raiados de sangue e inchados, seu rosto molhado de suor, indicando ressaca e necessidade de drogas.


-Sean, o que você fez com você? – perguntou, segurando um soluço no peito, pegando e acariciando as mãos geladas do irmão.

Sean retirou as mãos das dela com violência e desviou o rosto, permanecendo em silêncio por uns segundos agonizantes. Tornou a olhá-la, pouco depois, com um olhar diferente. Preocupado.

-Como você está? – Ele questionou, dessa vez mais sério.

-Eu estou bem. – Ela sorriu fraco, segurando a vontade chorar e abraçar o irmão.

Sean abanou a cabeça freneticamente e se ergueu bruscamente, retirando o casaco da cintura e o atirando sobre a mesa, apontando para as manchas de sangue contidas no tecido.

-É SEU! – Ele gritou derramando lágrimas de raiva. – Eu te machuquei de novo! – Se exasperou, puxando os cabelos e soluçando alto.

nada conseguiu responder, limpando as lágrimas que caiam de seus olhos, sem que pudesse conter.

-Eu estou bem. – Repetiu. – Sophia também. Eu consegui achar o pai dela. Jacob, Jacob é o seu nome. Ele aceitou muito bem. Ele já ama a filha. Eu vou ficar vivendo em casa do Embry por uns tempos. Ele vai casar. Quer dizer, ele ainda não a pediu em casamento, mas já compramos o anel. E ela é uma excelente pessoa. Vão ser felizes. – tagarelou ininterruptamente, tentando fazer parecer que tudo estava bem e que tudo era natural.

Sean tornou a se erguer da cadeira com brusquidão, contornando a mesa e parando do lado de , segurando o rosto dela com violência e firmeza.

-Eu vou me recuperar, , e EU serei o pai de Sophia! – Altercou autoritário, olhando fixamente nos olhos dela.

se sentiu em transe olhando aqueles belos olhos azuis e um misto de sentimentos a atingiu. Medo, compaixão e…obediência.

-Claro. – Ela assentiu com a voz baixa e trêmula.

-Você vai me esperar? - Ele ordenou em jeito de pergunta.

-Sim. – Respondeu num sussurro.

Sean comprimiu os olhos, cortando o contato ocular, e beijou a testa da irmã, indo em seguida para a porta da sala.
Os guardas entraram quando Sean esmurrou a porta e, em um último olhar, ele falou: - Obrigada por ter vindo.

Assim que a porta bateu, estremeceu, piscando os olhos, se sentindo zonza, como se tivesse acabado de acordar de um transe.
Olhou o casaco ensanguentado em cima da mesa e o levou consigo embora, se sentindo tensa pelo encontro intenso e angustiante com o irmão.

Quem vai confortar sua dor?
E quem vai salvar você quando eu me for?
E quem vai cuidar de você?
E quem lhe dará força quando você não estiver forte?
E quem vai cuidar de você quando eu tiver ido embora?
Há neve no chão, o inverno chegou.
Você deseja ouvir minha voz.
Mas eu parti há muito tempo.
(Watch Over You – Alter Bridge)


N/A: E aí? O que vocês acharam? Gostaram? Que lindo!!! O Embry vai pedir a Leah em casamento! *batendopalminhasequicando* Não vejo a hora dele a pedir em casamento. Quero ver a cara dela! Aiaiaiaia!
E que encontro foi esse, hein! Esse vosso irmão é estranho? (Mas lindo pra cacete!)
Posso dizer que ele tem muitos podres que vocês nem suspeitam. E podem crer que ele vai fazer da vossa vida um inferno!
COMENTEM MUITO, tá?
Kisses da Baby