N/A: Bem, aqui está mais um cap. Ando sem tempo pra notas inicias, mas de compensação as notas finais são sempre enormes! kkk
Comentários do cap anterior respondidinhos!
Obrigada por todo o carinho. Espero corresponder sempre à vossa emoção! kkkk
Kisses da Baby


Choices - Escolhas









Twentieth Seventh Chapter

Será que nosso segredo está seguro esta noite?
Nós estamos fora de vista?
Ou será que nosso mundo está desmoronando?
Será que descobriram nosso esconderijo?
Será esse nosso último abraço?
Ou será que as paredes começam a desmoronar?

Entretanto em Volterra

Karoline permanecia fechada em seu quarto, olhando para o humano desacordado. Sentia uma espécie de medo e compaixão misturados, que tanto a faziam manter-se quieta em seu canto, como a se aproximar dele e cuidar dele.
Sean tornou a gritar de dores se contorcendo e implorando para que a dor parasse, mas ela só parecia aumentar cada vez mais.
A humana se aproximou dele, relutante, limpando as gotas de suor que escorriam por seu rosto e pescoço, com um pano úmido. Tentava controlar as batidas de seu coração para não se tornar lanchinho de vampiro, pois sabia que a transformação dele estava praticamente no fim.
Então o humano aquietou-se, como se estivesse morto. Seu corpo inerte e distendido, sem respiração aparente e, a humana não precisava se aproximar o suficiente para saber que, o coração dele parara.

Karoline engoliu em seco, respirando pausadamente e pensando em coisas boas e calmas. Seu coração parecia teimoso demais para se acalmar.
Talvez porque sabia que haviam 10% de probabilidades de não morrer.
Não entendia porque a tinham colocado ali. Talvez não precisassem mais das previsões dela, visto terem a arma para dominar o mundo, se quisessem.
Então era isso, ela pensou, chegou o meu fim.
Karoline aninhou o corpo e abraçou as pernas, enterrando o rosto entre os joelhos e chorando. Queria ao menos ter tido a oportunidade de se despedir de Alec. Ele era o único vampiro, no meio de todos aqueles psicopatas, que se importava minimamente com ela. Talvez por ordens de Aro, mas ela queria crer que era mais do que isso. Queria acreditar que era correspondida.

Esperando os incontáveis minutos do fim da transformação chegarem, a humana revolveu suas memórias, recordando da época em que fora “recrutada”.

Isto pode estar errado mas devia estar certo.
Isto pode estar errado, para deixar nossos corações inflamarem.
Isto pode estar errado, estamos cavando um buraco?
Isto pode estar errado, isto está fora de controle.
Isto pode estar errado, isto poderá não durar.
Isto pode estar errado, precisa apagar isso rápido.
O amor é a nossa resistência,
Eles vão nos manter separados e eles não vão parar de nos quebrar.

#Flashback

Karoline acordou a meio da noite ofegante, coração pulando pela boca e rosto molhado do suor. Se sentou em sua cama, olhando em volta para ver se não havia acordado as outras meninas.
Respirou fundo percebendo que elas continuavam dormindo profundamente, ao contrário das outras noites.
Karoline se considerava amaldiçoada pois todas as noites, desde que se lembrava de sonhar, ela acordava de um pesadelo que sempre se concretizava. E essa noite seu sonho não seria diferente, até porque era um sonho recorrente.
A humana apenas esperava a altura que ele se realizasse e sabia que essa era a sua noite.

Afastou as cobertas da cama, deslizando para fora dela e se abaixando para pegar o seu calçado. No fundo da cama ela sempre tinha uma mochila pronta, com algumas mudas de roupas e pertences que lhe eram importantes.
Pegou seu sobretudo pesado, mas quente o suficiente para a aconchegar na noite gelada, e o vestiu, colocando em seguida um gorro. Seus cabelos castanhos-claros caiam em cascata pelas suas costas e busto enquanto ela caminhava silenciosamente para fora do dormitório.
Sentia uma onda de adrenalina percorrer o seu corpo, pela fuga, mesmo que soubesse que seria caça a meio do seu percurso, por algo mais perigoso que as mulheres horrendas que maltratavam todas as crianças do orfanato.

Faltava apenas um ano para ter a sua liberdade, mas sabia que não duraria tanto se continuasse ali. O vigilante noturno garantiria isso.
Seu coração palpitava perto da boca enquanto se esgueirava pelos longos corredores do orfanato, por medo de se cruzar com Antonello. Se ele a apanhasse ali, àquelas horas, sem ninguém para a socorrer, Karoline sabia que estaria perdida.
E como se o destino brincasse com ela, Antonello apareceu.

-Ora, ora ora, che cosa la ragazza Karoline sta facendo fuori la tua dormitorio? È venuto a fare una visita allo zio Antonello?

(Tradução: Ora ora ora, o que a menina Karoline está fazendo fora do seu dormitório? Veio fazer uma visitinha ao tio Antonello?)

O homem perguntou se aproximando dela. Karoline se encolheu de medo, engolindo em seco e olhando em volta, buscando por uma saída viável, caso conseguisse fugir.

-Scusa per guardarsi intorno. Non hai possibile fuga, mia piccola bambina. Tu sei mia.

(Tradução: Escusa de olhar em volta. Você não tem fuga possível, minha pequena menina. Você é minha.)

O homem sussurrou perto do ouvido dela, acariciando seu rosto e a fazendo recuar de encontro à parede, enquanto a outra mão percorria o seu busto.
Karoline chorava em silêncio, paralisada pelo medo e pelo nojo que sentia daquele homem.
Antonello enlaçou uma das pernas dela em torno da sua cintura e roçou a sua excitação na sua coxa, a fazendo sentir ânsia de vómito. Reagindo, Karoline tentou empurrar o homem, sem qualquer sucesso. Ele era muito maior e mais forte que ela e todas as ameaças que por tempos ele tinha feito, ele podia concretizá-las naquele preciso instante, se o corpo dele não tivesse saído abrutamente de perto do dela e um grito surdo, junto com o som de ossos se quebrando, não tivessem ecoado.
Karoline permaneceu de olhos fechados, se deixando escorregar até o chão e chorando com o rosto escondido entre os joelhos.

O silêncio imperou logo de seguida e apenas os sons dos seus soluços eram audíveis. Mas Karoline sabia que não estava sozinha. Sentia uma presença gélida e imponente se aproximar dela cada vez mais, sem fazer qualquer barulho. Sem fazer ecoar seus passos pelo piso marmóreo do longo corredor.
Se arriscando a uma olhada, Karoline ergueu o rosto fixando sua íris verde na escarlate viva do rapaz à sua frente. E ele era tão lindo, tão sobrenatural, que parecia um anjo, não fossem seus olhos assustadores e mortais.

Mesmo sentindo o medo consumi-la e um alerta gritar dentro de sua mente para que ela tentasse fugir, Karoline permaneceu quieta, pois ele tinha chegado. O rapaz que vinha atormentando os seus sonhos chegara para levá-la embora daquele pesadelo…e acomodá-la no inferno.

Flashback off#

De novo, a humana se atreveu a erguer o rosto e olhar para aquele novo vampiro. Seus olhos ainda permaneciam fechados, mas em menos de meio segundo eles se abriram e brilharam. Brilharam num tom escuro, e sedento, de vermelho.

Sean se ergueu cambaleante, sem retirar seus olhos de cima daquela garota.
Em algum canto da sua memória a reconhecia, mas sua garganta ardia forte demais e ela cheirava apetitosamente demais para a sua sanidade.

Karoline se ergueu do seu canto e recuou ligeiramente para longe daquele vampiro. Talvez na esperança de adiar um pouco mais o seu fim.
Mas se perguntava se não seria melhor que ele chegasse logo, ao invés de se torturar pelo pavor que sentia.
Então a humana parou de caminhar e respirou fundo, fechando os olhos e esperando ansiosa pela mordida fatal.
A espera parecia eterna e ela se perguntava se já tinha morrido. Seria assim a morte? Indolor e tão rápida? Seria assim estar morta? Serena e leve?
Então porque ainda sentia o seu coração bater e seu corpo tremer pelo medo?

Lentamente abriu os olhos para se deparar com a visão mais surpreendente da sua vida.
Alec prensando Sean contra o chão o impedindo de a atacar.

-FUJA! – Alec gritou quando seus olhos se encontraram.

De volta a La Push

Me segure, nossos lábios devem estar sempre selados.
Se vivermos a nossa vida no medo vou esperar mil anos
Só pra ver você sorrir novamente.
Faça suas orações para o amor e paz,
Podemos esconder a verdade dentro.
Me segure, nossos lábios devem estar sempre selados.
Se vivermos a nossa vida no medo vou esperar mil anos
Só pra ver você sorrir novamente.
Faça suas orações para o amor e paz,
Podemos esconder a verdade dentro.

Todo o Conselho se reunia debatendo estratégias e vasculhando lendas, tentando achar uma ajuda secular entre toda a história lupina que pudesse justificar os puderes da pequena Sophia.

-Acabei agora de ligar para a Reserva Crow e falei com alguns contatos. – Embry informou, aparecendo na sala da casa dos Clearwater, onde todos se reuniam.

-E então? Achou alguma coisa? – Eloise questionou agitada.

-Eles enviaram por fax tudo o que conseguiram achar. – Falou erguendo a mão que segurava um punhado grosso de folhas.

-Você achou alguma coisa aí Quil? – Jacob questionou, vendo o amigo revirar todos os documentos pertencentes a sua tribo.

-Estou procurando, estou procurando. – Ele falou concentrado.

-Já estive revendo tudo com os Cullen’s. Carlisle consegue ser uma verdadeira enciclopédia ambulante. – Sam comentou.

-E então? – Leah se pronunciou ansiosa por encontrar respostas.

-Ele disse que nunca viu algo semelhante. – Abanou a cabeça em desilusão.

-Alice pediu para avisar que estará 24 horas por dia de olho nos Volturi. – Seth informou esperançoso.

-Alguma novidade de Sean? – questionou um pouco temerosa.

-Ela não soube dizer direito…mas ela afirmou que já o têm. – Seth lamentou com o seu olhar triste. – Ah, Jake…er…eu tenho uma coisa pra te dizer…sobre Nessie. – Seth falou temeroso.

-Diga a ela que agora não a poderei visitar. – Jake falou para o ar, sem se importar com o recado do irmão.

-Edward partiu com Bella e Nessie. Eles foram embora. – Seth falou num tom baixo, mas audível.

Jacob parou de revolver a pilha de documentos que Embry tinha trazido e ergueu o olhar para Seth, franzindo o cenho.

-BASTARDO! – Jake rosnou. – Ele está fugindo dessa guerra! Eu conheço bem aquele sanguessuga! Ele está negando ajuda.

-Carlisle disse que ele só estava querendo proteger sua família. – Sam interveio.

-UMA PINOIA! Mas eu não preciso daquele cabeçudo intrometido. Ele que se exploda. – Resmungou, afundando de novo na pilha de papéis.

O resto do bando fez o mesmo, ignorando a nova informação inútil para o que eles precisavam. saiu de seu canto e caminhou até Jacob, sentando no apoio da poltrona em que ele estava e pousando uma mão sobre seu ombro.

-Você não ficou incomodado por ser…afastado do seu…imprinting? – Ela questionou baixinho, temerosa mas curiosa pela resposta.

Jake parou de novo de mexer nos papéis e ergueu o olhar para . Seus olhos cansados mas com um brilho confuso no olhar.

-Não. Eu…eu nem lembrei desse pormenor… - Respondeu franzindo o cenho, fazendo Mal sorrir aliviada.

-Você precisa descansar. Todos vocês. Estão desde ontem de noite pesquisando…

-Eu trouxe uma informação importante! – Jared adentrou a casa, com Brady atrás de si, carregando uma caixa de arquivos. – Voltamos agora da Reserva Makah e penso que achamos algo relevante. Eles têm uma verdadeira biblioteca histórica. Tudo sobre lendas e coisas que só nós acreditamos existirem…enfim. Tudo arrumado por categorias. Trouxe tudo o que nos pudesse interessar. – Ele falou animado mas os irmãos lobos não pareciam partilhar do mesmo entusiasmo. – E há mais. Eles têm uma secção única exclusivamente sobre lendas que englobam todas as tribos…

-Enquanto estávamos vindo para cá eu fui dando uma vista de olhos – Brady interrompeu o lobo maior, querendo ser parte do achado. – e encontrei um documento super interessante. Ele falava de uma lenda de uma Deusa…esperem, deixem eu pegar. – O garotinho informou, pousando a caixa pesada em cima das outras pesquisas e vasculhando por uma pasta. – Aqui está ela. Sam, você quer ler ela pra nós? – Ele perguntou, estendendo a pasta.

Sam a pegou olhando todos aqueles papéis com curiosidade e se preparando para recitar, quando achou o excerto sublinhado a lápis.

“…E quando a Lua e o Sol colidirem os frios tentarão tomar o Berço do Mundo e ocupar o lugar da Deusa Mãe. O Reino Negro estará mais fraco quando um Novo Rei subir ao Trono. Um Rei sem rumo nem visão. Um Rei temível pela sua obsessão, mas cego pela sua sede de poder.
E a Salvação estará na Filha do Amor Verdadeiro, abençoada pela Deusa Mãe.
[…]
E o Filho descendente do Grande Espírito Guerreiro terá feito a sua escolha depois de travada a batalha contra o seu Eu Superior e contra o Amor Eterno.
E as Espécies seguirão o seu Ciclo Natural depois da Perda Maior.”

Sam terminou de proferir, elevando o olhar do texto para Jacob.

-Traduzindo por miúdos!? – Paul sugeriu como se não tivesse captado a mensagem.

-Temos uma data concreta. Eu vou investigar quando será o próximo Eclipse! – Quil se ergueu apressado.

-Sean tentará tomar o Reinado dos Volturi? Foi isso que eu percebi? – Leah questionou perplexa.

-Agora entendo os poderes de minha neta. Ela foi abençoada pela Deusa Mãe da Terra para nos levar à Salvação. – Billy se pronunciou orgulhoso.

-Mas ele é apenas uma criança! – Jacob exclamou preocupado. – Como ela poderá nos ajudar!? Ela não poderá combater! De jeito nenhum! - Ele se negou.

-Calma Jacob, nem nós iríamos pedir isso. Mas nós vamos achar um jeito. Vamos levar essa lenda para os Cullen. – Sam sugeriu.

-? Você está bem? – Eloise questionou quando viu a palidez da sua afilhada e o seu olhar perdido.

-, o que foi? – Jake questionou preocupado quando viu uma lágrima molhar seu lindo rosto.

-Você não escutou a última frase? Jake…Perda Maior! Isso significa mortes. Vai haver mortes! Eu não posso deixar que isso aconteça! – Ela soluçava.

-Os únicos a morrer serão aqueles italianos! – Ele garantiu.

-Sean é agora um deles, Jake. – choramingou, encostando sua testa no ombro de seu amor enquanto ele a consolava.

Sabia no mais profundo de si que tinha de fazer alguma coisa. URGENTEMENTE!

A noite chegou ao seu final,
Não podemos fingir,
Temos de correr,
É hora de correr
Leve-nos daqui,
Proteja-nos do mal.
 (Resistence - Muse)



N/B: NUSS! O que vocês acharam da história da Karoline? O que acham que vai acontecer?
Sabem, eu estou amando escrever esse POV off das coisas em Volterra! E já tenho várias coisas boladas na minha cabeça! Vocês se surpreenderão! (Eu espero)
Voilá! O mistério dos meus poderes da Baby Suh foram revelados! Essa lenda aí fui eu que inventei. Seilá, não achei nenhuma que prestasse. kkkk. Espero que tenha ficado minimamente boa. rsrsrsrsrs.
Mas que tenso esse final. O que você irá aprontar? ksksks. Acho que vou levar um tira via mail! kkkk
COMENTEM!
Kisses da Baby