Aventuras em L.A.









Como ele pôde dizer horas atrás que me amava e que eu era a mulher da vida dele se nem coragem tem para enfrentar o pai? Se nem estofo tem para lutar por mim!
Desabei num choro convulsivo e ruidoso, nem prestando atenção às palavras de conforto que o motorista, meio desajeitadamente, tentava me passar.
Me deitei no banco de trás do táxi e fechei os olhos.
Só queria acordar desse pesadelo!

35º: Depressão
N/Α:
Mε mαtεm dεpois quε εu tεrminαr α fic por cαusα dεssε cαp, tá? Αté εu quεro mε mαtαr por tεr εscrito εlε. Kkk
Bεijo&UmChεiro

Cheguei em casa julgando que ainda estava sozinha, mas assim que entrei na sala me deparei com Cam e Kris junto com seus namorados. Meus olhos estavam inchados e vermelhos de ter chorado e isso era óbvio para eles. Mas eu não queria ter de falar nada. Não agora.
Corri para o meu quarto na expetativa de que nenhuma delas viesse atrás de mim, mas logo as duas me alcançaram antes que eu pudesse bater com a porta do meu quarto.
Então, como último recurso, me joguei na cama e afundei meu rosto na almofada, depois de ter jogado o urso longe.

-Prima, o que aconteceu? Porque você está chorando? – Cam questionou se sentando do meu lado e afagando minha cabeça, tentando ver meu rosto.

-Fale com a gente, . Por favor. – Kris pediu com a voz agoniada.

-Eu quero voltar pra casa. Eu quero voltar para o Brasil. – Minha voz saia abafada pelo choro e pela almofada, enquanto eu soluçava também.

-O quê? Porquê, ? – Kris perguntou alerta e eu apenas ergui o rosto para gritar de raiva de minha burrice.

-EU SÓ QUERO VOLTAR PRA CASA! – Assim que olhei para minhas primas notei que não eram só elas que estavam no quarto.

Bronson e Robert também estavam lá, em um canto afastado, tentando entender meu ataque de choro e fúria.

-Fala com a gente, prima. Nos deixa te ajudar. – Cam pedia, me afagando o rosto. – Conta o que aconteceu? Nós somos a sua família. Desabafe com a gente. – Continuou pedindo com carinho.

Me sentei na cama, limpando as lágrimas que banhavam meu rosto e em meio aos soluços por fim falei.

-O Taylor terminou comigo. – Falei em murmúrios e vi um lampejo de raiva passar no rosto de Bron, que ainda me queria muito bem.

-Eu mato aquele idiota!

-Não você não mata. Não piore o que já está mal. – Rob aconselhou, lhe lançando um olhar de aviso.

-Tente se acalmar, . Assim você vai passar mal. – Cam advertiu me vendo chorar convulsivamente.

-Mas, me desculpe perguntar, porque ele fez isso? Vocês estavam tão bem, tão felizes ontem..

-Foi o pai dele…ele o obrigou a terminar comigo. – Expliquei, fazendo uma careta.

-Mas isso é um absurdo. – Robert comentou.

-Uma tremenda de uma desculpa esfarrapada. – Bron resmungou entre dentes.

-Cale a boca. Assim você só piora as coisas. – Robert rosnou entre dentes, dando um tapa na nuca dele.

-Não há maneira de piorar. – Falei entre soluços, sentindo mais uma leva de lágrimas molhar meu rosto.

Minhas primas me abraçaram e ficaram me consolando o resto da tarde.
Rob e Bron se foram embora pouco depois, por não saberem como ajudar.
Assim que tia Jules chegou e viu o meu estado, percebeu que algo estava errado, mas não fez perguntas. Apenas me estendeu um calmante e me obrigou a tomá-lo.

-Eu não quero. – Recusei de novo.

-Eu não estou pedindo, . Estou mandando você tomar. Foi o médico que receitou. Ou por acaso você quer ter um ataque de asma e morrer? – Tia Jules me repreendeu, mas eu estava farta de tudo.

-Não era má idéia. – Falei sem pensar e tia Jules me deu um tapa forte.

-Não é por você estar sofrendo que é motivo para você desistir de sua vida. Todos sofrem e é isso que nos torna mais fortes.

-Eu cansei de ser forte. – Sibiliei enraivecida,

-Eu não vou deixar que você desista tão fácil assim. Entre em depressão, se revolte, faça o que quiser, mas no final de tudo eu quero que você sobreviva e que ultrapasse tudo e siga em frente. Agora tome o comprimido! – Me ordenou mais uma vez como minha mãe faria.

Senti muita falta dela nesse instante.
Tomei o remédio e comecei sentindo meus olhos pesarem. Tia Jules não me virou costas depois do sermão que me dera. Pelo contrário, ela sentou do meu lado e me fez cafuné até eu cair no sono de vez.

oOo

Voltei a abrir os olhos para mais um dia. Minha cabeça dava sinais de que iria explodir a qualquer momento.
Já haviam passado duas semanas desde o término do nosso namora mas para mim parecia que tinha sido ontem.
Eu entrara em plena depressão. Não saia mais de casa, apenas quando era mesmo necessário, o que se tornou raro, visto que passei a ter aulas particulares em casa devido ao assédio dos mídia. Eles estavam amando me ver pra baixo, largada…e isso só me fazia querer mais e mais ir embora dali. Mas tia Jules queria que eu terminasse o secundário sem quaisquer exceções.
Comer também se tornava raro, mas eu fingia que comia bem.

O aniversário da Ashley havia chegado e ela me fizera prometer que eu aparecia na sua festa.
De presente todas as meninas deram um pingente grandão com o apelido da Ashley em diamantes e ouro branco, que ela simplesmente adorou.
A Kris contou que o Kell contou ao Rob que ele iria oferecer um anel de compromisso a ela, o que eu achei fofo demais, mas que logo me fez lembrar de minha aliança.
Ainda a usava. Não me conseguira desfazer dela. Simplesmente não saia do meu dedo.

Eu já estava pronta, me vendo ao espelho no banheiro. O anel brilhava em meu dedo, me fazendo lembrar dolorosamente de Tay.
Abri a torneira e peguei o sabão o esfregando no meu dedo. E depois puxei com bastante força. Meu dedo doía, mas eu não me importava. Só queria me livrar daquele anel.
Depois de tanto esforço ele por fim saiu e caiu na pia. O deixei lá e sequei minhas mãos. Meu dedo estava completamente vermelho e inchado. Provavelmente iria ficar pisado.

oOo

Assim que chegamos no salão, a festa bombava. Meu coração baria no mesmo ritmo. Ainda não estava preparada para encarar Tay de novo. E eu sabia que ele iria estar lá.

-Vem dançar. – Julia me puxou pela mão e eu me deixei ir com ela, mas então meus olhos se cruzaram com os dele.

Não consegui desviar o olhar do dele e ele também não. Julia dizia para eu não o olhar e para tentar me distrair, mas como eu poderia fazer isso com ele ali tão perto de mim e ao mesmo tempo tão longe e inalcançável.

-Onde é o banheiro? – Perguntei. Precisava jogar água no rosto para acordar de vez para a vida real, pois meu coração ainda batia sonhador.

-É ali. – Ela apontou para o corredor atrás de onde ele estava encostado com alguns dos lobinhos.

-Não há outro? – Perguntei de cenho franzido e ela negou.

Respirei fundo e me encaminhei até lá ainda com os olhos dele, postos em mim. Quando viu que eu tomava a sua direção, Taylor sorriu. Aquele sorriso que quase me fez correr para os braços dele e perdoar tudo, mesmo que ele não me quisesse mais.
Mas inspirei fundo e parei na frente dele esperando ele se afastar para eu passar.

-Você pode me dar licença? Preciso passar e você está impedindo a livre passagem por esse corredor. – Falei com a voz mais congelante e cortante do mundo.

Meus olhos estavam baixos, não conseguia mais olhá-lo na cara sem deixar cair minha máscara de indiferença.
Por fim ele se desviou e eu segui apressada, me trancando no banheiro ainda escutando Alex dizer em palavras de conforto para ele ter calma e se aguentar firme.

Aquelas palavras me desmoronaram por completo. Ele tinha de se aguentar? Eu que já não aguentava mais!
Me enfiei dentro de uma das cabines e bati com a porta, me deixando cair até ao chão e chorando convulsivamente.
Desde aquele dia eu evitara chorar mais uma lágrima que fosse por ele e agora elas vinham todas seguidas como um cano arrebentado.
Minutos depois, o que me pareceu uma eternidade, por fim eu ergui o rosto e o enxuguei, saindo da cabine e indo lavar a cara e retocar a maquiagem. As pessoas que estavam lá me olhavam, mas eu nem me importei.
Por fim saí do banheiro e cai redonda no chão quando senti o impacto de alguém vindo contra mim.

-Me desculpe. Eu não vi você. – Aquela voz inconfundível ressoou com tristeza em seu tom. Não foi preciso nem olhar para saber que ela ele.

-Já se tornou um hábito você me derrubar e me deitar abaixo. – Falei aquelas palavras de duplo sentindo, com indiferença.

Tay ignorou-as, me ajudando a erguer. O toque de suas mãos em minha cintura me fez estremecer e por isso o repeli de perto de mim.

-Você está mais magra. – Afirmou preocupado.

-Devo considerar isso um elogio? – Perguntei irônica.

-…quantos peso você perdeu desde….

-Não me peso todos os dias para saber ao certo. – O cortei. Não queria que ele frisasse aquele dia.

-Quantos!? – Inquiriu autoritário.

-Sei lá. 2, 3, talvez 5 kilos. Mas também o que isso importa? – Respondi com descaso.

-Tudo isso em duas semanas? Você não tem se alimentado! – Me repreendeu e eu pude ver um vislumbre de culpa em seu olhar.

-Mas o que é isso? Um interrogatório? Páre de me inspecionar. Você não é meu pai nem meu namo…nem meu irmão para controlar o que eu como ou deixo de comer, tá? E eu queria mesmo emagrecer. Daqui a nada eu chego ao peso ideal dos míd…digo, o meu peso ideal. Mas porque raios eu estou aqui me explicando para você? – Me enfureci. – Porque você mantém todo esse interesse por minha saúde, hein?

-Eu ainda me preocupo com você…e escutar tudo isso me transtorna. – Soltei uma gargalhada sardônica, cruzando os braços. – Eu ainda te amo, e apesar de não sermos mais namorados eu quero continuar sendo seu amigo.

-Oh, grande amor, esse o seu. E obrigada, dispenso sua amizade. – Falei seca, tentando passar por ele para me ir embora, mas ele me segurou pelo braço.

-Nós ainda não terminamos essa conversa, .

-! Nem meu nome você consegue dizer direito. Eu fui uma burra. Não sei o que vi em você para te ter escolhido ao invés do Jackson. Você é um cara submisso que sempre colocará os outros na frente de você mesmo. E agora vê se me esquece! – Falei rudemente, me soltando de sua mão e correndo dali para fora.

Não fiquei para ver sua cara nem sua reação às minhas palavras. Apenas cheguei na beira das meninas e pedi para ir embora. Para mim não dava mais.

N/Α: 

Gεntε, por fαvor não dεsistαm dα fic só porquε εlα tá BΕM down.
Logo αs coisαs comεçαm mudαndo αté porquεεstαmos nα rεtα finαl. Não consigo fαzεr umα εstimαtivα cεrtα, mαs tαlvεz αpεnαs mαis 5 cαpítulos ou nεm tαnto.
Continuεm αcompαnhαndo ε comεntαndo, tá?
Kissεs&Hugs