08 setembro 2011
O texto que se segue é imaginário, mas é realmente aquilo que eu imaginei para o tema proposto.
Ela estava lavada em lágrimas esperando ansiosa que ele chegasse. Não, ela não devia de estar ansiosa. Se o tempo passasse mais rápido, menos ela teria para viver o que lhe restava. Mas ela estava ansiosa sim. Ansiosa por passar as últimas horas da sua vida com quem realmente valesse a pena.
Sentimental. Ela era sentimental. Sempre esperara um grande amor, um príncipe encantado num cavalo branco. Ele não chegara. Mas algo melhor sim. Algo real.
Talvez o drama que ela estivesse fazendo fosse exagerado, mas ela não queria fazer sofrer mais ninguém. Seria errado guardar para si algo tão ruim quanto o sofrimento, a perda, a dor? Quereria poupá-los, ou adiar um pouco mais o inevitável?
Então ele chegou. A segurou e abraçou por trás, inconsciente do que se passava na vida e na cabeça dela naqueles minutos incontáveis em que ela passou sozinha entre o ter aberto aquela maldita carta e o ter pedido que ele a encontrasse.
-Porque choras? Foi alguma coisa que eu fiz? Diz-me meu Anjo. - Um sorriso brotou em seus lábios enquanto lágrimas cruéis teimavam em deslizar por seu rosto pálido.
Quando ele a chamava de Anjo ela se sentia realmente bem e feliz. Se sentia importante e amada. E era exatamente assim que ela queria passar o tempo que lhe restava.
-Nada, meu amor. Só estava a pensar em como a vida nos trama. - Ela falou tentando dar firmeza à voz e limpando as teimosas gotas salgadas que seus olhos produziam.
-E no que ela te tramou? - Ele pergunta preocupado, querendo dissipar daquele triste olhar todos os problemas que a atormentavam.
-A mim? A mim só não. A todos! À Natureza. A Natureza dá vida às coisas mais belas do mundo e e a Vida desiste de ser bela.É algo complicado de entender. Ou talvez eu não me saiba explicar. - Ela sorri mais uma vez.
Perto dele sorrir fluía fácil. Tal como um sopro do vento acariciando uma flor.
-Hoje estás filosófica. É por isso que também estás melancôlica? - Ele perguntou um pouco mais calmo, conhecendo os acessos repentinos de melancolia da amada.
-É. Digamos que sim. - Ela assentiu fitando o nada. - O que farias se eu morresse? - Pergunta repentinamente, assustando o companheiro.
-Mas o que estás falando? - Ele perguntou alerta.
-Só me responde, apenas. Por favor. - Ela pediu e ele pensou entender, pois relaxou.
-Morreria junto, meu amor. Porque sem você eu não sei mais quem sou.
-Não. Você não morreria. - Ela o interrompe sem um pingo de desilusão no rosto. - Você sofreria perdidamente por uns anos mas logo estaria refazendo sua vida e encontrando um novo amor.
-Não! Eu nunca amaria ninguém mais do que eu te amei. - Ele nega e ela sorri acariciando o rosto dele.
-Não quero que ames ninguém com a mesma intensidade com que você me ama. Quero que você ame alguém com outra intensidade. Sei que o amor que sente por mim irá comigo na hora do meu último suspiro. Mas quero que você siga em frente. Me promete que você vai seguir em frente? - Ela pede encarecidamente.
-Porque você está falando isso?
-Promete? -Ela torna a pedir, chorando um pouco mais.
Ele engole em seco, sentindo seu peito mirrar. A dor que ela está sentindo há muito que é a sua, mas ele luta para não o demonstrar. Quer devolver o sorriso aos lábios dela. O sorriso que ele tanto ama. O sorriso pelo qual ele se apaixonou. Se ceder à tristeza que sente, não o conseguirá ver mais uma vez. Pela última vez.
-Prometo. - Ele força um sorriso que acaba sendo sincero e ela o abraça.
-Eu te amo. - Revela pela primeira vez aquilo que ela tanto lutou contra.
-Eu também te amo. - Confessa aquilo que ele tanto guardou com medo de a machucar.
A vida corre contra o tempo mas o tempo ganha e a vida cede. O último suspiro flutua até a bola de luz branca que paira no céu em meio a uma negritude calmante e aos vagalumes do Universo. Então, uma estrela brilha mais forte e mais alto e sorri para os que outrora a amaram.
Nossa, Tava inspirada! Acho que ficou LINDO! Deu vontade até de chorar, né?
COMENTEM!
Ela estava lavada em lágrimas esperando ansiosa que ele chegasse. Não, ela não devia de estar ansiosa. Se o tempo passasse mais rápido, menos ela teria para viver o que lhe restava. Mas ela estava ansiosa sim. Ansiosa por passar as últimas horas da sua vida com quem realmente valesse a pena.
Sentimental. Ela era sentimental. Sempre esperara um grande amor, um príncipe encantado num cavalo branco. Ele não chegara. Mas algo melhor sim. Algo real.
Talvez o drama que ela estivesse fazendo fosse exagerado, mas ela não queria fazer sofrer mais ninguém. Seria errado guardar para si algo tão ruim quanto o sofrimento, a perda, a dor? Quereria poupá-los, ou adiar um pouco mais o inevitável?
Então ele chegou. A segurou e abraçou por trás, inconsciente do que se passava na vida e na cabeça dela naqueles minutos incontáveis em que ela passou sozinha entre o ter aberto aquela maldita carta e o ter pedido que ele a encontrasse.
-Porque choras? Foi alguma coisa que eu fiz? Diz-me meu Anjo. - Um sorriso brotou em seus lábios enquanto lágrimas cruéis teimavam em deslizar por seu rosto pálido.
Quando ele a chamava de Anjo ela se sentia realmente bem e feliz. Se sentia importante e amada. E era exatamente assim que ela queria passar o tempo que lhe restava.
-Nada, meu amor. Só estava a pensar em como a vida nos trama. - Ela falou tentando dar firmeza à voz e limpando as teimosas gotas salgadas que seus olhos produziam.
-E no que ela te tramou? - Ele pergunta preocupado, querendo dissipar daquele triste olhar todos os problemas que a atormentavam.
-A mim? A mim só não. A todos! À Natureza. A Natureza dá vida às coisas mais belas do mundo e e a Vida desiste de ser bela.É algo complicado de entender. Ou talvez eu não me saiba explicar. - Ela sorri mais uma vez.
Perto dele sorrir fluía fácil. Tal como um sopro do vento acariciando uma flor.
-Hoje estás filosófica. É por isso que também estás melancôlica? - Ele perguntou um pouco mais calmo, conhecendo os acessos repentinos de melancolia da amada.
-É. Digamos que sim. - Ela assentiu fitando o nada. - O que farias se eu morresse? - Pergunta repentinamente, assustando o companheiro.
-Mas o que estás falando? - Ele perguntou alerta.
-Só me responde, apenas. Por favor. - Ela pediu e ele pensou entender, pois relaxou.
-Morreria junto, meu amor. Porque sem você eu não sei mais quem sou.
-Não. Você não morreria. - Ela o interrompe sem um pingo de desilusão no rosto. - Você sofreria perdidamente por uns anos mas logo estaria refazendo sua vida e encontrando um novo amor.
-Não! Eu nunca amaria ninguém mais do que eu te amei. - Ele nega e ela sorri acariciando o rosto dele.
-Não quero que ames ninguém com a mesma intensidade com que você me ama. Quero que você ame alguém com outra intensidade. Sei que o amor que sente por mim irá comigo na hora do meu último suspiro. Mas quero que você siga em frente. Me promete que você vai seguir em frente? - Ela pede encarecidamente.
-Porque você está falando isso?
-Promete? -Ela torna a pedir, chorando um pouco mais.
Ele engole em seco, sentindo seu peito mirrar. A dor que ela está sentindo há muito que é a sua, mas ele luta para não o demonstrar. Quer devolver o sorriso aos lábios dela. O sorriso que ele tanto ama. O sorriso pelo qual ele se apaixonou. Se ceder à tristeza que sente, não o conseguirá ver mais uma vez. Pela última vez.
-Prometo. - Ele força um sorriso que acaba sendo sincero e ela o abraça.
-Eu te amo. - Revela pela primeira vez aquilo que ela tanto lutou contra.
-Eu também te amo. - Confessa aquilo que ele tanto guardou com medo de a machucar.
A vida corre contra o tempo mas o tempo ganha e a vida cede. O último suspiro flutua até a bola de luz branca que paira no céu em meio a uma negritude calmante e aos vagalumes do Universo. Então, uma estrela brilha mais forte e mais alto e sorri para os que outrora a amaram.
Nossa, Tava inspirada! Acho que ficou LINDO! Deu vontade até de chorar, né?
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