N/A: Oi meus amores. Obrigada pelos reviews do cap anterior. Logo eles serão respondidos.
Nos vemos lá em baixo.


Angel of Mine










 abre os olhos lentamente, ainda se sentindo tonta, a cabeça pesada, mas assim que os olhos se abrem totalmente ela encontra um par de olhos negros e intensos observando-a de perto.


Na mesma hora se recorda daqueles olhos, eram inconfundíveis... O desconhecido com quem dançou e que a deixou tão abalada.

Mas o que estava fazendo ali e com ele? Forçou um pouco a memória e aos poucos algumas lembranças foram voltando... Estava saindo da boate, se sentiu tonta, alguém se aproximou e a segurou, e então ela apagou, mas não era ele, se lembrava bem de que era o irritante cara do bar... Não estava entendendo nada!

 Se sentou com cuidado e sempre sob o olhar atento dele e antes de poder perguntar alguma coisa se assustou ao perceber que estava sem seu vestido, o irritante e curto vestido vermelho, no lugar dele estava uma camisa que ela nunca tinha visto, uma camisa de homem!

 -O que aconteceu? Onde eu estou e quem é você? – Sua voz estava rouca e meio pesada, sua cabeça doía e milhares de coisas passavam em seus pensamentos, nenhuma muito boa, afinal estava em um lugar desconhecido, com um cara desconhecido e praticamente nua, em uma cama!

 Ele sorriu, um sorriso tão arrebatador quanto seu olhar e se aproximou lentamente da cama fazendo  recuar um pouco...

 -Uma pergunta por vez... – finalmente ela pode ouvir a voz dele e se arrepiou, não era um arrepio ruim, era diferente, bom, mas mesmo assim a assustou, ainda estava confusa demais.

 -É melhor você começar a responder então. – Mesmo confusa e assustada  tentou se manter firme... Droga, era tudo tão confuso e sua cabeça doía.

-Eu estava saindo da boate quando vi um sujeito te carregando, você não parecia estar muito consciente do que estava fazendo e achei melhor interferir, ficou bem claro que ele não tinha boas intenções com você... – o olhar dele caiu sobre o corpo dela que corou um pouco tentando se cobrir.

 -Acho que lembro disso, quer dizer, desse sujeito se aproximando e... – suas lembranças voltaram a ficar confusas e ele a olhou nos olhos novamente.

-Eu só quis ajudar, mas não fazia ideia de para onde te levar então te trouxe para cá... – deu de ombros caminhando pelo quarto.

-Então você não é nenhum louco tarado né?! – A pergunta saiu sem ela nem perceber e ele riu, parecendo achar tudo muito divertido.

 -Não... Seu celular estava desligado e não tive como achar alguém que te conhecesse, você estava desacordada então eu não tinha muitas opções e nós dançamos juntos, eu não sou tão desconhecido para você assim. – Ele parou de caminhar pelo quarto e se encostou na parede de frente para a cama a olhando.

 -Ok, você não é nenhum tarado, mas porque estou com essa roupa então? –  cruzou os braços, na defensiva, mas ele continuava sorrindo.

-Seu vestido era, hum... Como posso dizer...

 -Ok, eu entendi... – ela corou o interrompendo e ele riu.

-Não vi nada, juro, coloquei essa blusa primeiro e depois retirei o vestido, achei que você ficaria mais confortável assim... Não te vi nua, nem te toquei, não preciso dessas artimanhas sujas para isso. - Ele sorri e pisca e ela cora, mas assente, ainda está confusa, mas parece que ele acabou sendo seu salvador, com certeza aquele sujeito do bar a tinha dopado ou algo assim com aquela maldita bebida que lhe ofereceu e se não fosse o... Ela o olhou se dando conta de que não sabia seu nome.

 -Como você se chama? – Tentou parecer mais calma, ele tinha tirado-a de uma bela enrascada.

 -Patch.

-Sou  e... Obrigada, eu acho. – Sorri levemente, ainda desconfortável com toda aquela estranha situação.

 Ele parecia pronto para falar alguma coisa, quando a barriga dela ronca alto demonstrando toda sua fome e a deixando muito constrangida.

 Ele voltou a rir...

-Achei mesmo que você acordaria com fome ... Já volto. – Com a mesma rapidez que saiu do quarto ele voltou com uma bandeja cheia de panquecas e um copo de refrigerante.

   acaba sorrindo diante daquilo, está mesmo faminta...

 -Espero que goste. – Ele coloca a bandeja em sua frente e se senta na cama.

 -Obrigada. – Antes mesmo de conseguir pensar em falar mais alguma coisa a barriga dela volta a roncar e os dois riem então ela começa a comer. -Está uma delícia, você que fez?

 -Sim.

   o olha e não sabe direito como agir, mas está claro que ele realmente a salvou então tenta iniciar uma conversa...

-É sua casa?

 -De um amigo. – Ele responde. -Bom, se você não se importar eu vou tomar um banho rápido enquanto você come.

 -Depois eu posso tomar um banho também? –  pergunta constrangida e ele concorda.

 -Obrigada mais uma vez. – Ela sorri tímida, sentindo seu coração dar um solavanco e o ar rarear quando ele sorriu de canto e se virou de costas, exibindo seu corpo tão bem torneado.

 Como será ele sem roupa?  se viu perguntando mentalmente. Deus, só dopada mesmo para virar tarada! Se repreende voltando a comer suas panquecas com uma rapidez vergonhosa. Parecia que não comia há séculos.

 Quando terminou  ainda escutou o som da água correndo e sem mais nada para fazer se viu olhando mais uma vez para aquele pequeno apartamento. Em um canto estratégico, em cima de um pequeno palanque, sem mais nada por perto, estava um livro grosso, de folhas amareladas e capa dura e escura.

 Consumida pela curiosidade da peculiaridade daquele objeto, tão bem protegido, longe de tudo, como se fosse algo valioso,  se viu caminhando até aquele canto escuro e afastado da sala, até chegar perto do imenso livro.
Bíblia. Eram as palavras inscritas na frondosa capa daquele manuscrito de aspecto tão antigo.

   conteve um pequeno riso ao imaginar Patch indo regularmente à Igreja, pois parecia totalmente descabido, mas então se recordou do tal amigo de Patch.

Só pode ser do amigo. Pensa, passando os dedos pelas inscrições em baixo relevo até o fio divisório do livro, o puxando e abrindo a Bíblia na página marcada.


 O campo é o mundo. A boa semente são os filhos do Reino. O joio são os filhos do Maligno.
 O inimigo, que o semeia, é o demônio. A colheita é o fim do mundo. Os ceifadores são os anjos.   
 E assim como se recolhe o joio para jogá-lo no fogo, assim será no fim do mundo.        
 O Filho do Homem enviará seus anjos, que retirarão de seu Reino todos os escândalos e todos os que fazem o mal e os lançarão na fornalha ardente, onde haverá choro e ranger de dentes.      
 Então, no Reino de seu Pai, os justos resplandecerão como o sol. Aquele que tem ouvidos, ouça. 
 O Reino dos céus é também semelhante a um tesouro escondido num campo. Um homem o encontra, mas o esconde de novo. E, cheio de alegria, vai, vende tudo o que tem para comprar aquele campo.
 O Reino dos céus é ainda semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas.
 Encontrando uma de grande valor, vai, vende tudo o que possui e a compra.”
 (São Mateus 13,39)

   sente um calafrio perturbador percorrer todo o seu corpo ao terminar de ler aquela passagem e de novo aquela sensação de estar sendo observada a incomoda.

 Se voltando para trás percebe os olhos de Patch a encarando com certa frivolidade, como se ela tivesse feito algo de muito errado.

 Sorrindo fraco, ela fecha a Bíblia e se encaminha para pegar suas coisas e se trancar no banheiro.

 Assim que fecha a porta do banheiro  se escora nela e respira fundo... Envergonhada por ter sido pega fuçando as coisas de Patch e tentando entender o porquê dele mexer tanto com ela, de maneiras boas e estranhas ao mesmo tempo.

 Tentando deixar esses pensamentos e sentimentos confusos de lado  tomou seu banho, deixando a água quente percorrer seu corpo e relaxando seus músculos tensos, essa noite sem dúvida tinha sido a mais estranha de sua vida... Mais um motivo para matar a  que a arrastou para aquele encontro!

Infelizmente depois do banho teve que voltar a colocar o maldito vestido, que parecia estar ainda mais curto... Inferno!

 Assim que sai do banheiro da de cara com Patch que está ali, como se a esperasse...

-Acho que está na hora de eu te deixar em sua casa. – Ele fala e ela concorda percebendo que ele já está pronto para sair.

 -Claro, mas não precisa se incomodar, eu posso chamar um táxi...

 -Não é incomodo. - Ele a interrompe e depois sorri. -De qualquer forma não posso te deixar sair sozinha, há essa hora, com esse vestido, você pode encontrar outro tarado e eu não estarei por perto para te salvar.

 sorri e revira os olhos concordando, não entende como ele consegue deixá-la tão à vontade e desconfortável ao mesmo tempo, se é que isso é possível, talvez ela só esteja ficando louca afinal!

Os dois saem lado a lado, mas quando chegam à rua  treme com o frio... Com certeza vai queimar esse maldito vestido assim que chegar em casa.

 -Toma. – Patch lhe entrega rapidamente o seu casaco e ela fica meio constrangida, mas o frio é maior que a timidez e aceita. -Meu casaco ficou maior que seu vestido.

 Ele observa a olhando de canto de olho e ela acaba rindo, porque é verdade.

 -Odeio esse vestido. – Resmunga e ele ri.

 Patch a leva em direção a uma moto e ela para surpresa...

 -Vamos nisso?

 -Sim, prometo não olhar para suas pernas. – Ele sobe na moto lhe entregando um capacete e sem outra alternativa ela faz o mesmo se agarrando a ele, por pura questão de segurança!

 -E então , onde você mora? – A voz dele soa quase zombeteira e ela não entende, mas não está entendendo muita coisa nessa noite mesmo então ignora isso e lhe passa seu endereço.

 O caminho não é muito longo e Patch guia a moto com destreza, mesmo assim  se agarra com ainda mais força a ele, tentando convencer a si mesma que é por pura questão de segurança... Até parece!

Finalmente eles chegam e ela desce da moto rapidamente, ajeitando o vestido e pronta para retirar a jaqueta dele...

 -Não precisa, pode ficar. – Ele a interrompe.

 -Mas a jaqueta é sua e...

-Você me devolve quando nos esbarrarmos por aí de novo. – Ele sorri.

 -Como assim?

-Eu sei onde você mora, você também sabe onde eu moro... – Patch deixa a frase incompleta e sorri mais ainda.

 -Ok... –  sorri desconcertada. -Novamente obrigada, por tudo Patch.

 -Não há de que.

 -Tchau. – Ela acena se afastando lentamente.

-Até mais . – Ele pisca e sai rapidamente dali.

   ainda fica vendo a moto desaparecer e suspira... Será que foi a última vez que se encontrou com o misterioso, e lindo, Patch?

Cansada dessa noite ela sobe para seu apartamento, que divide com a Vee, por causa da faculdade... Já estava amanhecendo e seu corpo implorava por sua cama.

 Vee não está ali e  encontra um bilhete dela dizendo que já tinha saído, estava preocupada com ela e exige que  ligue, mas ao ver sua cama  não pensa em mais nada... Retira aquele maldito vestido, depois de retirar com cuidado a jaqueta do Patch e veste algo confortável se jogando na cama...

A jaqueta ainda está ao seu lado quando ela adormece!

Era para ser um sono tranqüilo e pesado pelo cansaço que estava dominando-a, mas não é bem assim...


 cantava uma canção divertida, vendo seu pai e sua irmã mais velha baterem palmas no ritmo da sua música. A sensação de felicidade parecia tão real que julgava estar revivendo tudo de novo. Sua mãe, que dirigia concentrada, se distrai por um segundo olhando divertida para a brincadeira deles e tudo muda tão ou mais rápido que um piscar de olhos... Um carro aparece na contra mão e não há tempo para nada, ela só sente a pancada quando os carros se chocam!

Sem notar que desmaiara,  abre os olhos vendo a cena assustadora em que se encontrava e sentindo o pavor lhe dominar. Olhando para frente  vê seu pai sangrando. Vários metros há frente a sua irmã está estendida no chão depois de ter sido lançada para fora do carro, e sua mãe, mesmo machucada pede por socorro, enquanto sai do carro, caminhando trôpega pela estrada, porque não consegue tirar a sua filhinha dali...

Quando a mãe chega até a sua outra filha e se ajoelha,  percebe que algo está errado com a irmã. Os gritos da mãe são terríveis e ela chora por sua outra filha, que já está morta no meio do asfalto... Então sua mãe ergue a cabeça para a frente, como se olhasse para alguém, e pede ajuda.

 vira a cabeça lentamente até o outro lado, mas seus olhos se fixam em alguém perto da floresta à beira da estrada...

Um homem, de olhos negros a olha fixamente.

Mas de repente um calor insuportável aquece seu corpo e ela percebe que o carro está ficando em chamas. Desesperada a menininha grita e chora, junto com a mãe que está desesperada para tentar salvar a sua outra pequena.

Em uma fração de segundos, e sem  se conseguir aperceber, o homem de olhos negros se aproxima e entra no carro retirando-a de lá e lhe colando nos braços de sua mãe... No desespero e entre as lágrimas e o abraço da mãe ela tenta achá-lo, mas ele já tinha sumido!


 desperta em um salto e se senta na cama... Está suando, o corpo tremendo e o coração acelerado... O homem de olhos negros era o Patch!


N/Baby: Mais um capítulo pronto! Estou realmente adorando toda a intensidade dessa fic e adorando toda a vossa recepção. Sério.
Estamos mega felizes pelo vosso carinho e apoio.
Todas já rendidas aos encantos do Patch? Podem esperar muito mais!

E para as meninas que ainda não leram nenhum dos 2 livros já publicados da titia Becca, não há qualquer problema de lerem essa fic antes, porque só estamos pegando nos personagens e “reescrevendo” uma história entre o Patch.
Fatos que possam se ter passado nos livros serão meramente mencionados e não interferirão na leitura dos livros. Por isso se sintam há vontade de ler a fic!
COMENTEM e INDIQUEM para amigos. XD
Kisses da Baby
 
N/May: Oláá... Estamos tão felizes com os reviews que recebemos e o apoio de vocês... Está sendo uma delícia escrever essa fic e é muito bom poder contar com vocês, esperamos de coração que estejam gostando *-*
Logo postamos mais...
Bjokas May