N/A: Oie lindezas do meu cuore. Como vão vocês? Voltei, como prometido, com mais um capítulo. Espero que gostem dele, tá? Fiz com mto carinho.
Nos vemos lá em baixo.




Amanhecer-Novos Rumos








Carinho
“Aprendi que
Sofrer faz parte da vida,
Que amar é uma lição aprendida
E que as feridas da alma,
As de longo caminho,
São curadas apenas com carinho.”
(BabySuhBR)

O resto do dia passou rápido. Leah e eu enlaçamos uma conversa afincada sobre desilusões amorosas e queixumes acerca dos homens. Mas no final de tudo sempre nos riamos das nossas figuras de velhas rabugentas.

Embry e Seth também conversaram comigo, mas de formas diferentes.
Seth estava sendo um querido, me paparicando e cuidando de mim como um irmão de verdade. Acho que essa era a natureza dele. Dócil e adorável.
Noutra época eu torceria o nariz e a boca a essas qualidades, mas a gravidez me tornou mais…sentimental, por assim dizer.
Já Embry…ele dava em cima de mim. Não importava o meu estado ou o quanto minha barriga era monstruosamente enorme. Ele estava me paquerando!

-E aí, um dia podíamos ir tomar um sorvete. Que tal? – Ele questionou me piscando o olho.

-Emb, me desculpe a pergunta, mas você está me zuando, ou está realmente afim de mim? – O interrompi, um pouco incomodada. Não queria a pena de ninguém pelo meu estado.

-Claro que estou afim de você! – Ele respondeu quase ofendido. – . Você é linda. Não há porque eu não paquerar você. – Ele me sorriu torto.

-Veja bem. Eu estou grávida…

-Eu não estou pedindo você em casamento. – Ele me interrompeu e eu ri aliviada. – Curta a vida. Você me parece uma garota que gosta de viver. – Falou sabiamente e eu até fiquei boba.

Desde quando um garoto tinha maturidade suficiente para dar conselhos? Principalmente na idade do Embry.

-Tem razão. – Respondi por fim, depois do choque passar. – Eu gosto de curtir a vida. – Sorri abertamente.

-Oh galinha. Sai daí, sai! – Leah o enxotou. – Vai debicar outras pintinhas. Essa aqui não é para o seu bico. – Ela troçou.

-Na verdade…eu ia responder a ele que aceito e espero o seu convite. – Falei fazendo careta de culpada para Lee. – Desculpe, amiga…mas o negócio está fraco, sabe…

-Ah, minha filha. Entrou na loja errada, então. Desse daí você só tira uns beijos. Ele tem a garganta toda coçada. – Ela esculambou dele e eu a encarei surpresa. – Não que eu tenha tentado. Credo, longe de mim…mas se ouve por aí… - Ela fez um gesto com a mão ao dizer a última frase.

-O que se ouve por aí não é para ser levado ao pé da letra, ok? Eu sou muito homem, tá?

-Tá, tá, oh, homem com O maiúsculo. Vai ver se está chovendo abacate e depois volta. – Leah continuou pegando com ele e Emb apenas bufou frustrado.

Ainda o escutei reclamar que mulher era tudo igual.

-E então. Soube que amanhã você será submetida a tortura.

-Hãn? – Indaguei confusa.

-Vai no médico. – Ela explicou.

-Ah, sim. – Fiz careta. – Odeio médicos. Odeio hospitais. – Franzi a boca em repulsa ao me lembrar de tudo o que estivesse relacionado com medicina.

-Bom, do hospital você vai se safar. Agora do médico…

-Como assim.

-A cade…Emily pediu para o Pulga te levar na casa do Dr. Cani…Carlisle Cullen. Ele é o melhor médico da cidade. Mas eu acho que vou pedir ao Sam que me deixe ir com você. Não confio naqueles frios! – Leah falou e seu corpo estremeceu ao tempo que ela fazia uma carranca ao pronunciar a palavra “frios”.

Não entendi o significado, mas deixei pra lá. Era visível que Leah não suportava esses tais de Cullen. Agora até eu fiquei receosa.

-Lee. Será que depois da consulta a gente pode ir em Port Angels? Preciso comprar umas coisas. Minha roupa está começando a ficar apertada de novo. – Revirei os olhos.

-Claro. Sem problema. – Ela me sorriu.

-Aproveito e ponho uma idéia em prática. – Falei com um olhar malicioso enquanto analisava minha amiga de alto a baixo.

-Hiii…tá me estranhando.

Eu até ia responder, mas Emily nos interrompeu me estendendo o seu telefone.

-Quem é? – Perguntei bem baixo.

-Seu pai. – Ela respondeu e eu senti meu coração saltar no peito.

Peguei o telefone com as mãos trêmulas. Minha garganta estava seca e um bolo doloroso começava se formando nela.

-A-al-lô? – Minha voz saiu fraca e entrecortada, me fazendo comprimir os olhos e respirar fundo.

-! – Meu pai exclamou num tom de voz que eu não soube distinguir mas que estava entre o desiludido e o aliviado.

-Oi pai. – Tentei enrolar.

-É verdade? Me diz filha. É verdade? – Ele repetia.

-O quê pai? – Me fiz de desentendida, apertando os dedos na barra do meu vestido.

-Que você está grávida? Que sua mãe lhe expulsou de casa!? – Sua voz gradava para mais alto, me fazendo ter vontade de chorar.

-É, pai. É sim… - Falei sentindo uma lágrima resvalar por meu rosto.

-Aquela…Como ela teve coragem de te desamparar? Como? Eu vou para aí o mais rápido possível, filha. Me espere.

-Pai! – O chamei surpresa. – O senhor não está zangado comigo? – Perguntei embargada.

-Claro que não, meu bebê. Você é o meu tudo. E agora…eu vou ser avô. – Sua voz se emocionou me fazendo chorar também. – Não chora, minha querida, não chora. Eu não vou te desamparar, tá? Eu vou voltar bem rápido.

-Ok. – Respondi. Eu sentia muita saudade de meu pai. E nessa altura tudo o que eu mais precisava era de colo e carinho.

Pois com meu pai aprendi que sofrer faz parte da vida, que amar é uma lição aprendida e que as feridas da alma, as de longo caminho, são curadas apenas com carinho.
Meu pai teve de desligar logo mas mesmo sabendo que logo ele iria voltar e que ele iria me apoiar, eu não consegui deixar de chorar.

Emily e Leah me abraçaram de lado, me reconfortando, e os garotos ficaram olhando para mim como se sentissem meu sofrimento.
Era incrível como em poucas horas eu podia me sentir parte dessa grande família por inteiro e sentir que já era amada e querida. Era muito gratificante.

Na hora do jantar os outros garotos voltaram com Sam e a bagunça saudável e divertida voltou àquela casa, mas eu não estava mais com disposição de sorrir.
Retomei ao meu quarto silenciosamente tirando meu “mau humor” daquele ambiente tão alegre e familiar.

Foi uma noite calma e sem sonhos. Acho que pude finalmente descansar corpo e mente de todo o turbilhão de acontecimentos que me acometia nos últimos meses.
Manhã seguinte acordei bem cedo.
A falta de cortinas nas janelas do quarto onde eu estava não me permitiram a um sono mais prolongado, mas nem me importei.

-Bom dia. – Escutei a voz de Emily e voltei meu rosto para a porta do quarto. – Vinha agora mesmo te acordar para a consulta com o médico. – Ela me sorriu entrando no quarto com uma bandeja nas mãos, repleta de snacks saudáveis e sucos.

-Bom dia, Emy. Não precisava trazer, eu iria comer com vocês. – Falei me sentando na cama ao tempo que ela pousava o tabuleiro de pés no meu colo.

-Está uma algazarra na sala. Os meninos estão aí. Eles não te acordaram, pois não? -Questionou e eu neguei com a cabeça, franzindo o cenho de seguida.

-Mas eles não têm casa não? Vivem por aqui… - Comentei curiosa.

-Aqui é quase como uma segunda casa para eles mesmo. Mas os meninos trabalham – Emy fez uma pausa me olhando cuidadosamente e depois retomou sua fala. – todos juntos e por isso passam a maior parte do tempo aqui.

-Sam é o chefe deles? Eles trabalham em quê? – Enchi minha prima de perguntas e ela pareceu ficar um pouco tensa.

-Mais ao menos isso. Eles trabalham em…em…várias coisas. Cada um tem sua profissão, outros ainda estão estudando, maior parte, na verdade, mas eles também são…vigilantes nas florestas. – Falou bem rápido, como se tivesse inventado aquilo de última de hora. - Eles ajudam a preservar a floresta, ajudam pessoas perdidas, os animais…enfim…muito coisa. – Ela jogou as mãos para o alto e respirou fundo. – Tome seu café da manhã e se arrume. Sam e Leah te levarão na casa do Dr. Carlisle. – Me informou se levantando da cama e saindo do quarto.

Fiz tudo o que ela pediu e em 20 minutos estava pronta. Assim que fui para a sala, encontrei todos os rapazes comendo como esfomeados.
Vigilantes, hein? Com aqueles corpos e aquela tattoo no ombro de cada um…eles têm mais cara de gangue. Uma gangue boazinha, para falar a verdade. Deve ser porque é uma gangue de interior. Pensei para mim. Só não entendo porque Leah é a única garota. Entendo ainda menos ela fazer parte da “gangue” sendo que ela parece a mais contrariada.

-! – Escutei a voz de Seth soar bem perto de mim ao tempo que uma coisa escaldante tocou minha pele.

Me recolhi para longe da coisa escaldante e silvei ao tempo que olhava para ver o que estava me queimando. Percebi ser a mão de Seth e me preocupei.

-Você está bem? Está muito quente. – Falei tocando nele e percebendo sua temperatura alta.

-Ah…está tudo bem sim…eu…sou meio quente. – Sorriu tímido.

-Vamos ? O Pul…Sam – Se corrigiu depois de lançar uma olhada no irmão. - está esperando a gente lá fora. – Leah falou e quando me tocou para me encaminhar notei que ela também estava super quente.

Nem deu tempo de perguntar mais nada, apenas fui conduzida para fora de casa e de seguida para dentro da picape de Sam.
De novo eu fiquei no meio e dessa vez a coisa pareceu bem mais estranha do que da primeira vez. Senti uma certa tensão cortante e quase fatal no ar.
O silêncio predominou nessa viagem, mas dessa vez eu estava bem acordada.
Toda a vez que eu queria falar algo minha voz morria na garganta. Acho que por ter tanto medo quanto eu de dizer algo que não agradasse nenhum dos dois. Então resolvi me focar na viagem.

Sabe quando você está vendo aquelas figurinhas na net que parece que se movem mas estão paradas, ou aqueles programas que dão na TV de hipnose? Eu me sentia meio assim, ao olhar aquela paisagem tão…verde. E conforme ela passava como borrões por minha vista, mais eu me sentia sonolenta.
Mas então, no final de uma trilha que nos havíamos metido, uma imponente e moderna casa envidraçada se fez revelar por entre aquele verdume todo, quase como um choque arquitetónico.

Não que não fosse bonita. Ela era. Com três andares e com uma visibilidade total para o seu interior. Mesmo antes de entrar eu já sabia que a casa era tão bonita por fora quanto por dentro.
Nunca fui de me ligar nesse estilo de casa futurista, mas essa tinha uma elegância e toque de bom gosto extremo. Não parecia tão fria, nua e minimalista como costumam ser este tipo de casas. Pelo contrário. Era até bastante acolhedora.

Desci do carro ainda focada na casa e nem cheguei a perceber quando eu já estava bem na frente da porta de entrada, depois de ter subido um lance de escadas, frente a frente com a pessoa mais bela do mundo.
A mulher, de cabelos cor de caramelo, rosto em forma de coração, corpo pequeno, esguio mas curvilíneo, transmitia uma sensação de carinho tremendo através dos seus olhos dourado líquido. Um tom que eu nunca antes vira mas que estava achando lindo.

-Bom dia D. Esme. – Sam a cumprimentou.

-Me trate apenas por Esme, Sam. Leah. – A mulher cumprimentou minha amiga e de seguida olhou para mim com tanto amor que quase ronronei como uma gata. – Você deve ser , prima da Emily, certo? – A pergunta foi retórica mas eu assenti na mesma. – Prazer em conhecê-la. – Me sorriu ternamente e me estendeu uma mão.

Ela era fria como gelo e eu estremeci, mas disfarcei ao máximo.
Ela pareceu nem perceber, e continuou me encaminhando para dentro de casa.
Do cimo da escada, que havia bem em frente à entrada, surgiu uma fada. Bom, foi o que me pareceu. A garota pequenina desceu a escadaria com uma graciosidade tremenda, como se valsasse escada abaixo. Seu cabelo preto era bem pequenino, mas muito bonito. Seus olhos eram do mesmo tom do de Esme.

Assim que ela chegou no fim da escadaria uma loira exuberante surgiu ao seu lado, vinda de nem sei onde. Se eu pensava que já vira e conhecera a mulher mais linda do mundo, bem…ela estava agora na minha frente. Qual Angelina Jolie qual quê. Não havia mulher que se equipara-se a essa que estava na minha frente. E apesar das outras duas serem igualmente muito belas, essa batia as duas sem dúvida nenhuma.
Ela me olhou com uma admiração tão grande – ou melhor, olhou minha barriga com uma admiração tão grande – que me senti um oásis no meio do deserto.

-Carlisle está lhe esperando no seu consultório. – A fadinha falou com voz de sinos.

-Nós te acompanhamos. – A loira falou entusiasmada.

-Meninas. Que péssima educação é essa? Não se cumprimenta as visitas? – Esme ralhou.

-Desculpe. Oi cachorros. – Alice os cumprimentou e apesar de os ter chamado de cachorros ela não parecia estar soando ofensiva.

Escutei o pigarro de Esme e Sam e um rosnado (?) de Leah.

-Brincadeirinha. – Ela sorriu lindamente. – Oi Sam, Leah. E . – Me olhou com um brilho contagiante nos olhos. – Eu sou Alice Cullen e essa é Rosalie Hale. – A fadinha apresentou as duas e me abraçou carinhosamente.

Seu corpo era tão frio quando o de Esme e um pouco…duro. Mas talvez fosse tudo exagero da minha cabeça.

-Vamos? – Rosalie falou diretamente para mim, ignorando Sam e Leah.

Olhei para eles e ambos assentiram e então me deixei ser guiada por ambas até o cimo da escadaria.
Seguimos por um corredor e entramos na última porta que dava para uma enorme biblioteca – isto para os conceitos de uma casa, claro.
Ao fundo do grande salão, por trás de uma secretária de mogno antiga, estava uma maca e alguns aparelhos médicos, além de um biombo em paralelo diagonal com a parede, formando um pequeno vestiário.

Na secretária estava sentado um elegante homem, de fios loiros, compleição média, boa forma e aspeto de estrela de cinema.
Será que nessa família só havia gente linda?
Ele se levantou de sua cadeira e me sorriu, estendendo sua mão para me cumprimentar – a qual notei ser igualmente fria como a dos restantes membros.

-Olá, , eu sou o Dr. Carlisle Cullen. Sente-se. – Ele indicou uma cadeira.

Rosalie a puxou para mim e me ajudou a sentar nela, como se eu fosse feita de porcelana.
Olhei para as duas e percebi uma curiosidade latente em seus rostos, como duas crianças em frente à Disneyland.

-Alice, Rose… - Carlisle olhou para elas como que dando um recado silencioso e educado de “saiam”.

-Será que não podíamos ficar? – Rose questionou me olhando estilo o gato das botas do filme Shrek.

-Por mim… - Dei de ombros e ambas sorriram largamente.

Me senti como que concretizando o sonho delas. E isso me deixou bem.

Carlisle me fez algumas perguntas de rotina e depois me mandou trocar de roupa.
Atrás do biombo estava um banquinho e uma bata hospitalar feita por calça e blusa.

-Precisa de ajuda? – Reconheci a voz de Alice perguntando prestativamente.

-Não. Obrigada. – Respondi de imediato.

Me despi bem rápido até, mas foi mais difícil me vestir, visto que não conseguia colocar as calças. Minha barriga não me deixava baixar. Por isso eu desistira de usar calças no 5º mês e passara a usar apenas vestidos.

Acabei por desistir e no preciso segundo em que bufei de frustração, Alice surgiu na minha frente.

-Me deixe ajudá-la. – Ela sorriu e me ajudou a vestir a calça agilmente.

De seguida caminhei até a maca e Carlisle me pegou no colo para subir nela. Sabe quando você pega numa pluma? Me senti assim nos braços do médico. Estranho!
O Dr. puxou a manga da minha blusa para cima e mediu minha tensão e pressão arterial com o aparelhinho. De seguida prendeu em meu braço uma fita de gel grossa a apertando um pouco e pegou em uma embalagem descartável para coletar meu sangue.
Fechei os olhos e desviei o rosto enquanto ele fazia isso. Odiava ver sangue.
Nem um minuto depois, o médico pediu para eu deitar e levantou a blusa, espalhando um gel gelado em minha barriga gigantesca.

-Seis meses, certo? – Ele perguntou enquanto espalhava o gel com o aparelhinho para ver meu bebê.

-É. – Falei olhando a telinha que ele também olhava.

-Seu bebê é um pouco grande para esse tempo, mas depois dos exames poderei saber a causa.

-Acha que é grave? – Perguntei preocupada e o médico olhou para Alice que fez um gesto com a cabeça e sorriu.

-Penso que não, mas como disse, só depois do resultado dos exames de sangue poderei ter uma resposta concreta. Aqui pelo monitor me parece tudo bem. – Ele sorriu. – Quer escutar o coraçãozinho dele? – Perguntou.

-É… - Limpei a garganta pois minha voz estava falhando. – É um menino? – Perguntei sentindo uma lágrima quente escorregando por minha bochecha.

-É sim. Um belo e forte rapaz. – Carlisle confirmou e eu solucei emocionada.

Rosalie e Alice também estavam com cara de choro, mas seus olhos continuavam impecáveis e secos. Mais uma vez senti como se conseguissem sentir minhas emoções.
De seguida um barulho frenético e contínuo se sobrepôs ao meu choro e eu me assustei.

-O que é isso? – Questionei urgente.

-O coração do seu bebê. Bate forte. Me parece bastante saudável. – Dr. Carlisle tornou a sorrir tranquilamente.

Fiquei olhando o monitor com o meu menino por tempos infinitos ao mesmo tempo que escutava seu coraçãozinho, tão pequeno mas tão forte, bater depressa. Me sentia como num transe. A emoção e a felicidade tomava conta mim por inteiro e era uma sensação ótima. Me sentia bem. Me sentia mãe.

Depois da consulta Sam nos emprestou sua picape, depois de eu lhe ter pedido com bastante carinho.
Não sei como ele voltou para casa, visto que ele não dirigiu até sua casa, mas nem me importei. Ele merecia um “castigo”. Adoraria ver ele voltando a pé. Acho que até pediria a Leah para seguir sua “caminhada” de perto se não tivesse outros planos.

Leah dirigiu a picape do ex em direção a Port Angels e eu me senti à vontade de ligar o rádio em uma estação qualquer.


Por sorte estava passando uma música que eu curtia bastante, da Pixie Lott, mas ao me recordar da letra me arrependi amargamente de a ter deixado ficar.

-Eu posso mudar. – Falei me inclinando para o fazer.

-Não, deixe estar. – Ela falou quase como mecanicamente e deixei a música e a letra fluírem.

Já estava tocando quase no refrão.

Lembra que você prometeu que você nunca me deixaria?
Eu sei eu deveria estar seguindo em frente
Mas eu não posso sair da pista

Corações quebram todos os dias
E corações quebram todos os dias
Mas você me rasgou em pedaços (Eu deveria ter sabido melhor, eu deveria saber)
E o tempo vai curar a dor e o coração deve bater de novo
Mas o meu não vai se quer começar (eu deveria ter sabido melhor, eu deveria saber)
Esses corações quebram todos os dias

Eu realmente desejo que eu pudesse voltar o tempo agora
Voltar apenas para quando eu era simplesmente para você
Voltar para quando o que nós tivemos era verdadeiro
Agora isso é o fim,
Eu realmente não sei como
Superar essa tragédia
E embora todo mundo me diga...

Corações quebram todos os dias
E corações quebram todos os dias
Mas você me rasgou em pedaços (Eu deveria ter sabido melhor, eu deveria saber)
E o tempo vai curar a dor e o coração deve bater de novo
Mas o meu não vai se quer começar (eu deveria ter sabido melhor, eu deveria saber)
Esses corações quebram todos os dias

Eu não consigo te esquecer
E estou rasgada em duas
Diga-me o que fazer

(Corações quebram todos os dias)
(Corações quebram todos os dias)
(Mas você me rasgou em pedaços)
Você me rasgou em pedaços
(Eu deveria ter sabido melhor, eu deveria ter saber)

E o tempo vai curar a dor e o coração deve bater novamente
Mas o meu não vai se quer começar

Corações quebram todos os dias
E corações quebram todos os dias
Mas você me rasgou em pedaços (Eu deveria ter sabido melhor, eu deveria saber)
E o tempo vai curar a dor e o coração deve bater de novo
Mas o meu não vai se quer começar

Assim que a música terminou, eu desliguei a rádio de imediato, porque rádio é sempre um radar de sentimentos. Quando a gente está mal ou viveu um momento péssimo, a rádio vai e passa aquelas músicas que, opa, estão falando de você. É meio que quase uma perseguição.

-Estamos chegando. – Leah avisou seca e eu suspirei triste por ela.

Mas hoje eu iria mudar isso. Comigo Leah iria se tornar numa nova mulher.

Assim que Leah estacionou a picape e descemos, comecei procurando com os olhos por alguma loja decente. Foi difícil mas por fim achei uma que prestasse minimamente.
Puxei Leah pela mão e adentrei a loja.

Sabe um dos motivos pelo qual eu amava tanto meu pai? Meu cartão de crédito.

Comecei olhando mostrador, por mostrador, pegando num sem nº de roupas.
Leah me seguia meio atordoada tentando me fazer parar, mas não dava.
Assim que terminei entreguei tudo a Leah e a empurrei para um provador mas ela me olhou sem entender.

-Você+roupa+provador = experimenta logo as roupas, criatura! – Falei impaciente e ela fez menção de me contestar. – Ah ah, shuuu. – A repreendi colocando um dedo na boca em forma de dizer “fica calada e vai trocar de roupa”.

Leah bufou mas seguiu direitinho para os provadores.
Ficamos cerca de duas horas naquela loja com Leah num entra e sai de provadores e num troca troca de roupas.
Por fim consegui montar vários looks decentes para minha mais nova melhor amiga.
Ela deixaria de usar aquelas roupinhas tão sem sal para usar algo confortável, como é o seu estilo, mas bonito ao mesmo tempo.
Percebi, nessas compras, que Leah preferia roupas de verão. Disse ela que era muito encalorada. Isso só me trouxe benefícios porque foi bem mais fácil a deixar confortável e sexy ao mesmo tempo. Suas roupas ficaram muito na base dos shorts e das jeans, mas em compensação eu consegui descolar imensas blusas lindas que se destacavam no look.
De seguida fomos numa sapataria, mas foi inútil tentar fazer Lee andar em salto alto. A maluca torcia os pés todos. Desisti e optei por comprar várias sandalinhas e rasteiras lindas. Pena que não pude fugir dos tênis. Ok, eu amo tênis, mas é muito…esportivo, e eu tava tentando tornar minha amiga numa mulher fatal!
Pena que aquela tattoo horrenda não favorecia muito os looks.
Ok, ela não era horrenda, mas apenas ficava bem nos garotos. Nela a tornava mais…masculina. E eu estava tentando tornar ela FEMININA!
No final das compras o balanço foi 70% positivo.
Por fim fomos ao cabeleireiro. Lee quase que arrancou minha cabeça por isso, mas foi inevitável. Pedi para o cabeleireiro fazer uma permanente nela para deixar seu cabelo liso e tirar aqueles cachos horríveis que ela tinha.
O resultado final foi fantástico.

Cabelo

Roupa

-Você me paga, baixinha! – Leah falou entre dentes, dirigindo de volta para La Push.

-Ahvá, vai dizer que não gostou nem um pouquinho? Tá gata! Você notou os trocentos olhos de homens e mulheres que focaram em você depois dessa lavagem de look? – Tentei argumentar, mas Leah estava irredutível.

Nem cinco minutos demorou para chegarmos em casa de Sam e Emy. Leah desceu da picape furiosa e eu tentei alcançá-la.
Assim que entramos em casa o silêncio gerou total. Todos os rapazes encararam Leah de boca aberta e alguns até se atreveram a assobiar.

-Nossa, Leah, você está uma gata. – Collin comentou com os olhos arregalados e um sorriso bobo no rosto.

-Ah não. Se antes era difícil pensar que você era um garoto, agora vestida de mulher ainda menos! – Paul fez um comentário infeliz, que deixou Leah furiosa.

-Eu não falei! Eu não queria essa droga de mudança! – Leah quase gritou comigo. Seus olhos faiscavam de fúria e seu corpo tremia.

-Leah, se acalme agora! – Sam ordenou e ela instantaneamente parou de tremer e respirou fundo.

-Desculpe Lee. Eu só queria te ajudar. Pensei que você quisesse seguir em frente. – Falei num sussurro, com lágrimas nos olhos.

Leah não soube o que falar e preferiu me dar costas e sair correndo do que me pedir desculpas pela forma grosseira e assustadora como me tratou.

Olhei para os rapazes sem entender e Embry veio ter comigo me abraçando.

-Deixa para lá. Leah é mesmo assim. – Ele falou casual.

-Não não é. Eu sei que não. Emy me falava tanto dela que sou capaz de conhecer Leah tão bem quanto se eu estivesse presente todos os dias de sua vida. Ela só ficou assim depois que… - Parei de falar e olhei para Sam e Leah. – Sei lá…eu só acho que ela deveria ser feliz. Parar de se fazer de mártir. Me revolta isso porque era ela quem devia estar por cima! Rindo do alto e mandando tudo para as favas! Me revolta! – Falei já chorando, mas isso já eram os hormônios falando. – Droga de gravidez, droga de neném, droga de vida! Eu quem devia estar mau humorada, não ela! Eu tenho razões para ficar assim porque por todo o sempre carregarei isso na minha lembrança. – Apontei para a minha barriga. - Não dá para esquecer, passar para trás, seguir em frente. Simplesmente não dá! Droga! – Chutei tudo o que estava entalado na garganta na frente de meio mundo desconhecido.

Nenhum deles merecia escutar meus desabafos e meus xingamentos.
Então fiz exatamente igual a Leah. Virei costas e saí correndo para meu quarto.



N/A:  Oie queridas. Que tal acharam do capítulo? Muitas revoluções...
Mais uma vez quero que respondam a umas perguntinhas.
O que acharam do poema de início do cap?
Embry arrastando as asinhas...uhuuull. Acham que terá sucesso? O que acham que irá acontecer se a PP lhe der uma chance?
Papai apoiou a PP, que alívio! Ufaa. Mas acham que essa aceitação vai ser tão fácil? O que acham que o papai fará quando chegar em La Push?
A PP, já está desconfiando dos meninos mas até quando ela vai fingir que acredita neles? Acham que ela já sabe ou desconfia?
O que acharam da visita da PP na casa dos Cullen?
Gostaram da música que eu coloquei para a Leah?
A nossa Lee ficou revoltada com a mudança de visu, acham que ela agiu correto ou exagerou? Como vocês reagiriam na situação dela?
Bom, parei de perguntas antes que vcs me enforquem! XD
Mas respondam ao mais importante ou simplesmente comentem, tá?
Kisses da Baby