Angel of Mine









Seu coração pulsava em seu peito em batidas frenéticas e alucinantes.
Mas de repente o som do despertador a fez sobressaltar, indicando que eram 6h30 da manhã.
franziu o cenho ao perceber que havia dormido quase um dia inteiro e passou a mão pelos cabelos, limpando um filete de suor que escorria por sua testa.

Afastou as cobertas de cima de seu corpo e bateu uma das mãos no despertador o calando, e se encaminhou de seguida para o banheiro ligando o chuveiro e se livrando de seu pijama aos tropeços.
Seu corpo se contrai ao sentir os finos chuviscos da água chicotearem seu corpo, como se fossem farpas, mas logo essa sensação ruim passou e seus músculos começaram relaxando.
Depois de fazer sua higiene e de vestir uma roupa qualquer – pois não tinha cabeça para escolher algo decente – se encaminhou até a cozinha para tomar seu desjejum. Na porta da geladeira estava pendurado um bilhete, por um ímã em formato de fatia de pizza, rascunhado com a letra apressada de .

“Quis te acordar, mas você dormia profundamente. Dormi na casa do Seth – aquele carinha da boate – nos vemos amanhã na Facul.
Beijo

amassou o papel e o jogou na lata do lixo, abrindo a porta da geladeira e retirando um resto de sande que estava jogada numa das prateleiras.
De seguida olhou o relógio e se apressou para sair de casa antes que chegasse tarde à facul.
Assim que coloca os pés na Universidade, vê um grupo de estudantes, da Cadeira de Jornalística, pendurando uma enorme faixa de comemoração dos 500 anos do Edifício da Universidade.

-! – Ela escuta alguém a chamar. Era Marcie, sua sub-chefa do departamento de Redação do Jornal. -Aquela imprestável da Julia está com medo de subir na escada para nivelar a outra ponta da faixa. Você poderia subir?

ergueu o sobrolho querendo perguntar por que ela não o fazia, mas estava falando de Marcie Miller, a patricinha mais irritante de toda Maine, que nunca iria arriscar partir uma unha, ou arranhar seus sapatos envernizados em pink, para subir uma maldita escada e pendurar ela mesma a ponta que faltava da faixa comemorativa.

Sustendo um bafejo irritado, deu um meio sorriso cínico, seguido de um “claro” e caminhou até a escada com a ponta da faixa presa entre seus dedos.
Subir tinha sido fácil, a morena não era adepta de alturas, fato, mas não tinha tantos problemas se não olhasse para baixo, e para pendurar a faixa tinha de olhar sempre para cima.

-Mais para a esquerda… Mais para cima. NÃO! Para baixo, assim fica muito inclinado. Não puxe tanto, quer rasgar a faixa?! Está quase, mais um pouquinho para o lado. O OUTRO LADO CRIATURA!... – Marcie instruía, dando seus pitis, que sinceramente estava custando toda a paciência de .

Estava prestes a mandar Marcie para um lugar pouco apropriado de se escutar para ouvidos sensíveis, quando a ponta da sua calça se prendeu na escada e a fez se desequilibrar. Sem tempo para se agarrar, se viu caindo de uma altura considerável que com certeza a machucaria forte e feio... Isso se ela não tivesse sido amparada por braços fortes e confortáveis.

Sua cabeça caiu violentamente para trás, a fazendo escutar seus ossos estalando, e seu peito se apertou com o ar que faltou, como se tivesse levado um soco no peito.

-! – Escutou Marcie gritar seu nome repreensivamente depois de ver a faixa completamente destruída.

Mas não estava nem perto de escutar ao longe a voz da patty pois seus olhos se focaram apenas no mar negro que a olhava intensamente. Seu coração ameaçava parar. Não pelo choque da queda, mas pelo choque de reconhecer tão bem a pessoa que a tinha salvado. Patch.

Este a colocou no chão, mantendo um braço em torno da cintura dela, a amparando, e sem desgrudar seu olhar do dela.
Mas amigos e conhecidos logo a rodearam e Patch se afastou apressado.

-De onde ele apareceu?

-Ele não estava aqui antes!

-Não o vi por perto.

-Isso foi estranho demais.

Todos comentavam, mas suas palavras eram como folhas secas ao vento, se dispersavam no ar e caíam bem longe.
Ainda atordoada tenta encontrá-lo, mas uma pequena multidão já está ao seu redor e ela o perde completamente de vista o que só a deixa ainda mais confusa e desconcertada.

-, você está bem? – a pergunta vem de uma voz conhecida, mas ela demora alguns segundos para perceber que é , ela nem viu a amiga se aproximando.

-...

-Sim , tudo bem... Eu acho. – Finalmente consegue falar algo.

-Eu estava passando ao longe quando vi você despencar da escada, quem foi aquele que te salvou? – a segura pelos braços, mas não sabe direito o que responder, não sabe nem o que pensar... Afinal quem é esse Patch que parece estar em todos os lugares agora, até em seus sonhos... Se lembrar daquele sonho, que mais parecia um pesadelo fez calafrios percorrerem seu corpo.

-, você está mesmo bem? – volta a perguntar estranhando o silêncio da amiga.
-Estou com um pouco de dor nas costas, acho que dei algum mau jeito. – suspira tentando se concentrar na amiga e ao notar o tanto de gente que está ao seu redor decide sair dali logo.

-Não foi nada demais, o bonitão te salvou... – Marcie da de ombros e faz uma careta pegando na mão de .

-Vamos, é melhor você dar uma passada na enfermaria e ver isso direito. – Ela sai puxando que não reclama e se deixa levar já que ela realmente quer sair daquele tumulto, precisa de um tempo para tentar entender o que está acontecendo.

Ao chegarem à enfermaria ela recebe um analgésico para dor e é aconselhada a ficar um tempo ali em repouso, depois de garantir milhões de vezes à que está bem a amiga a deixa ali e vai para suas aulas.
suspira olhando para o teto branco da pequena sala da enfermaria e fecha os olhos com força, as últimas horas têm sido bem agitadas... Até demais!
Mas não consegue parar de pensar no Patch, em como ele apareceu de repente naquela pista de dança e desde então parece estar sempre por perto e quando ela mais precisa... Isso sem falar daquele sonho/pesadelo que não sai da sua cabeça!
É tudo tão estranho, e por mais que ela tente pensar que isso é só uma coincidência louca algo a diz que não é só isso.
Mas aos poucos, apesar da agitação, ela sente a inconsciência dominá-la e adormece...
Infelizmente mais um sonho agitado e que se torna um pesadelo acontece...


Dessa vez tem 11 anos e se vê em cima de um prédio muito alto com sua mãe, para seu desespero sua mãe se encontra no parapeito do prédio ameaçando se jogar dali...
tenta impedi-la e implora, mas não adianta, sua mãe parece decidida a se atirar dali o que deixa a menina desesperada e sem saber o que fazer!

-Mãe! Não faça isso. Por favor. – implora, mas sua mãe só a olha com o olhar perdido.

-Vá embora, minha querida. Seu pai e sua irmã precisam de mim. - a mulher fala, mas não entende nada.
Porque sua mãe ia querer se jogar de um prédio? E porque diz que seu pai e sua irmã precisam dela?

Em meio a essas perguntas e ao desespero ela vê sua mãe se jogando e um grito ensurdecedor toma conta do lugar, se espanta e chora ainda mais ao se dar conta de que foi ela quem gritou.
Correndo em desespero a menina vai para a beirada do prédio numa tentativa inútil de segurar a mãe, mas então tudo fica ainda pior quando ela se desequilibra e se vê caindo... Seu grito fica ainda mais alto e suas pequenas mãos se seguram como pode para não cair de vez, mas suas forças estão se acabando e seu desespero aumenta quando inesperadamente ela sente uma mão agarrando a sua e alguém a ergue com facilidade para deixá-la em segurança em cima do prédio novamente... Seus olhos procuram o rosto do seu salvador e ela se espanta ao reconhecer aqueles mesmo olhos negros...


se senta ofegante na pequena maca da enfermaria ao acordar e se dar conta de que mais uma vez sonhou com Patch e de que mais uma vez era ele quem a salvou.
Ainda completamente ofegante pelo pesadelo que parecia tão real se levanta da maca e respira fundo...

-Tudo bem querida? – A enfermeira a olha atenciosamente.

-Sim, na verdade eu já estou me sentindo muito melhor, até dormi um pouco, acho que já posso ir agora, tenho alguns trabalhos para fazer.

-Tudo bem, pode ir, qualquer coisa é só me procurar. – A enfermeira sorri e agarra sua bolsa e agradece saindo rapidamente dali.

Ela tenta se orientar, tudo aquilo está estranho demais... Tudo bem que o cara mexeu com ela, é lindo e todo misterioso, mas porque em seus sonhos e na vida real ele está sempre salvando-a? E afinal o que ele estava fazendo aqui na faculdade? Se fosse algum aluno ela com certeza se lembraria não é? Patch não é do tipo que passa despercebido.
Decidida a virar a faculdade do avesso até encontrá-lo vai em cada canto, mas quando finalmente o encontra, em frente a uma sala, encostado displicentemente na parede ela paralisa, o que vai falar afinal de contas?
Patch observa enquanto ela se aproxima e a olha intensamente com um sorriso nos lábios...

“Vamos , se concentre, não se distraia com a beleza e esse charme dele...” Ela repete sem parar mentalmente tentando se concentrar no que foi fazer ali enquanto se aproxima até ficar de frente para ele...
Os dois se olham fixamente por longos minutos e respira fundo pronta para tentar entender o que está acontecendo... E então ela faz a primeira pergunta que vem a sua cabeça o que tira uma gostosa gargalhada de Patch...

-Porque você está sempre me salvando Patch? 

N/Baby: Esse Patch está em todo o lado. Será que existe mais do que um? *o*

Acho que pegaria um deles para mim! Rsrsrsrsrs

E aí, meninas. O que acharam? Mais um pouco de mistério para apimentar a fic!

Além do charme nato desse Anjo Mau! Aiaiai, quero um desses lá em casa! Rsrsrsrs

Obrigada pelos comentários anteriores. Estamos realmente felizes pela aceitação da vossa parte.

E podem esperar mais momentos intensos e TENSOS! Porque Patch pode ser esse charme todo, mas vai assustar bastante a nossa PP. E mais não digo!

COMENTEM

Kisses da Baby



N/May: Oláá *-*

Esses sonhos da PP estão assustando né?! Rsrs... E Patch está sempre ali, em sonhos e na realidade, pronto para salvá-la... Parece que isso não é mesmo uma simples coincidência ;)

Vamos ver se no próximo cap. a PP consegue “arrancar” alguma coisa do misterioso Patch ;)

Muito obrigada a quem está aqui nos apoiando e nos deixando tão felizes... *-*

Bjokas May