Este conto foi retirado do site: Assustador, mas reescrito por mim.
Peço que leiam aqueles que têm certeza que suportarão os contos aqui expostos.
Esperamos não receber reviews de pessoas que leram e ficaram chocadas, portanto, na dúvida, não prossigam.

A morte bate a porta

 

Numa noite fria no interior de uma cidade, um grupo de rapazes se reunia em volta da fogueira, contando histórias de terror para passar o tempo, quando um certo garoto lança um desafio ao amigo.

-Faremos uma aposta. Eu duvido que o Márcio entra no cemitério à meia-noite!

Márcio, com um sorriso de escárnio no rosto responde então ao amigo:

- Aceito o desafio. E não só entro como ainda trago algo para comprovar que estive lá.  
Todos sorriem satisfeitos e os dois se encaminham até ao cemitério local parando no portão. O amigo que fez a aposta fica do lado de fora, aguardando e observando Márcio caminhar decidido e corajoso para dentro do assombroso cemitério.  
O amigo vê Márcio desaparecer no meio daquela lugubridade e se encolhe assustado com os sons que as corujas emitiam sem cessar e dos uivos constantes dos cães vadios. Assustado, o amigo corre de volta para casa e fica lá com os amigos esperando o retorno de Márcio.

Márcio caminha cauteloso, tentando espantar o medo mas começa a ouvir passos e vozes, olha para traz com prontidão, pensando que fossem os amigos querendo lhe pregar uma partida mas ele nada vê, somente uma enorme escuridão.
Cansado daquela brincadeira, Márcio decide arrancar logo uma cruz de uma das campas do cemitério e corre desesperado de volta à entrada, mas ao sair do cemitério ele ainda escuta ao longe gritos de agoniados e enraivecidos.

Por fim ele chega na casa onde todos estão reunidos e entra sorridente mostrando a todos sua coragem, com aquela cruz na mão, provando ao amigo que não tem medo de mortos.
Os dois ficam rindo da aposta...
Minutos depois a campainha toca e um dos amigos vai atender.
Todos estavam demasiado entretidos e o amigo que foi atender a porta volta dizendo:

- Márcio, o João Alves está ai fora te procurando... ele veio buscar algo dele que está com você.

Macio olha confuso para o amigo e diz:

- Mas eu não conheço nenhum João Alves.

No mesmo instante, a cruz que ele tinha pego horas atrás, cai do lugar onde estava pousada e todos olham para ela com um assombro nos olhos Num dos versos continha a insígnia: "João Alves".