NIF







*Essa é uma one shot de terror contendo mortes e sangue.
*Não aconselhável para quem é susceptível e de coração frágil.
*Baseado num sonho que eu tive e inspirado nos filmes Jogos Mortais e Pesadelo em Elme Street.
*Os personagens são todos da Tia Steph mas o enredo é totalmente meu.
*
Diga não ao plágio.
*COMENTEM! Não cai dedo a ninguém, e se cair, foi porque NÃO comentou.
Se não quer ser perseguido pelo maníaco assassino de Forks, é bom que marque sua presença na caixa de comentários!
MUHAAHAHHAHAAHAA *RISADAMALÉFICASEMNOÇÃO*
*P.S - Não leiam NUNCA essa fic de noite. Pode não trazer sonhos muito bons. (E você pode nunca mais acordar. Ou acordar e descobrir que seu pesadelo virou realidade.)
MUAHAHAHHAHAHAHAHAAH *DENOVOARISADAIDIOTA*

"Sua vida nunca mais será a mesma depois deste pesadelo."

-Ainda está esperando Jacob? – Edward perguntou aparecendo de ímpeto atrás da garota.

-Caramba Edward, você me assustou! – articulou sobressaltada com uma das mãos no peito – Sim, estou esperando Jake. Ele está atrasado. – Bufou cruzando os braços de novo e ignorando o rapaz.

-Sabe bem que ele não vem. Ele te deu bolo, . – Atiçou com um sorriso cínico.

-Edward! – Ela urrou entre dentes adquirindo um tom de pele rubro de raiva – Pare de infernizar minha vida! – Ela sibilou compassadamente tentando manter a calma e tomando o fôlego abruptamente para tornar a falar - Larga do meu pé, cara. Eu finalmente estou muito bem com Jacob e não pretendo ver mais você na minha frente. Portanto, vaza! – Ela o escorraçou mantendo um tom de voz calmo mas irritado ao mesmo tempo e determinante.


terminou sua frase dando costas ao ex namorado e começando a andar, mas parou de o fazer ao escutar a frase que tiraria todo o seu auto controle.


-Esse ódio todo é amor reprimido, babe, você está com o orgulho ferido porque eu peguei algumas garotas enquanto a gente estava junto. – Ed provocou falando casualmente como se sua traição fosse algo do mais comum que há.

-ALGUMAS GAROTAS? – gritou indignada fumegando pelos ouvidos e nariz como um dragão atiçado – Você pegou o colégio inteiro! – Ela tornou a gritar se voltando para Edward e caminhando em direção a ele. Parou pra contar até dez mentalmente e cinicamente falou – Mais precisamente a ala feminina loira do colégio. – Enfatizou a característica essencial.

-, não exagere… - Se pronunciou descrente mas foi interrompido.

-Você pegou a Tânia, a Kate, a Irina, a Lauren, a Victória, a Jane, a Chelsea, a Jéssica, a Caroline, a Claire e até a própria Rosalie. A namorada do seu melhor amigo! – Enfatizou – Sem esquecer da sua prima Nessie. – Finalizou remoendo de raiva aquelas recordações.

-Não tenho culpa se meu fetiche são as loiras. – Falou fortuitamente mais uma vez – Você era loira quando a gente começou. – Se desculpou covardemente. – Agora está aí com esse seu cabelo preto rebelde. – Murmurou descontente.

-O quê? Então foi esse o motivo pelo qual te levou a se interessar por mim. Entendi tudo. Eu vou embora! Cansei de ficar aqui olhando para essa tua cara de cafageste e ouvindo a bosta que sai dessa sua boca suja! – Atirou raivosa saindo do meio da praça e se dirigindo para o parque de estacionamento que tinha na outra ponta.


subiu em seu Jeep esportivo e se preparou pra ligar o rádio assim que arrancou com o carro. Edward apareceu na frente do carro fazendo frear e, por pouco, não atropelar o desgraçado.


-TU QUER MORRER CARA? – Ela gritou alterada.

-Você pode me dar boleia para a festa? – Ed perguntou descontraído na maior cara de pau.


o fulminou prestes a xingá-lo, mas já estava demasiadamente chateada pra se chatear ainda mais. Respirou fundo umas três vezes e contou até 20. Parou no número 7 percebendo que aquilo não a estava ajudando em nada. -Vamos. Sobe logo. – Ordenou contrariada voltando sua atenção para a estrada.


Saiu do estacionamento e guiou uns cinco minutos até chegar em uma rotunda. A contornou e pegou a Avenida principal que os levaria até uma Secundária e por fim a uma estrada de terra que daria ao complexo esportivo que havia no cimo de um monte.

A presença de Edward ali, remexendo em suas coisas no porta-luvas, a estava irritando profundamente e tudo o que ela queria era mandar ele para um sítio que se era costumeiro mandar as pessoas indesejadas. Pra tentar descontrair, ela ligou o rádio tentando sintonizar em alguma estação. Barulhos desconexos tomavam o lugar de músicas e por mais que ela sintonizasse em outras tantas estações, era sempre o mesmo som.


-Droga de rádio! – Bradou esmurrando o aparelho e o desligando por fim.

-Coloca um CD. – Ed sugeriu – Hum, deixa eu ver…coloca esse aqui. – Sugeriu estendendo um CD dos Aerosmith.


o olhou desconfiada, mas o pegou e o colocou pra tocar. A primeira das músicas que tocou foi “I don´t wanna miss a thing”. Edward começou cantarolando baixinho mas assim que chegou no refrão soltou sua voz e começou remexendo seus ombros e braços.


-I don´t wanna close my eyes. I don´t wanna fall asleep, ‘cause I miss you babe. And I don´t wanna miss a thing. ‘Cause even when I dream again. The dreams that you will never see, I still miss you babe, and I don´t wanna miss a thing. (Eu não quero fechar meus olhos. Eu não quero adormecer. Porque eu sinto sua falta querida. E eu não quero perder mais um segundo. E mesmo quando eu tornar a sonhar. Os sonhos que você nunca verá, eu continuarão sentindo sua falta, querida, e eu não quero perder mais um segundo. – Letra e tradução por mim)


sentia uma enorme vontade de rir devido aos gestos exagerados que o ex-namorado fazia e do jeito que ele desafinava propositadamente. Mas ela percebeu cedo demais que esse era um dos seus jogos para a desarmar e a conquistar. Desligou a música e manteve a cara fechada. Já havia saído da Avenida Principal de Forks e seguido pela Secundária.


-Tira essa carranca, . – Edward pediu forçando um dedo sobre a bochecha da garota.

-Com você por perto não dá. – Atirou seca.

-Eu ainda te afeto assim tanto? Pensei que você gostasse do índio pra valer. – Ele atiçou a provocando num tom irônico e gozão.

-Ah, vai tomar nu cú! – Ela brigou pisando no acelerador e começando a subir a estradinha de terra que os levaria ao complexo.


Minutos depois de puro silêncio, adentrou o local onde se realizava a festa percebendo tudo calmo demais.


-Ué. Tá tudo tão calmo, tão silencioso. Será que a festa já acabou? – Edward perguntou estranhando a falta de som às alturas bombando no salão principal.

-Não. Ainda são meia-noite e vinte e cinco. – checou em seu relógio de pulso preto, com uma caveira branca no fundo e outras tantas caveirinhas pelo material que envolvia o pulso. – Será que a festa não é aqui? Mas eu tinha certeza que…


Edward colocou a mão no bolso interior do seu blaser e retirou o convite pra se certificar. -“O complexo Esportivo de Forks convida você a participar na festa anual de Hallowen no dia 30 de Outubro pelas 23h00 com final previsto no dia seguinte, 31 de Outubro, pelas 23h30.” – Terminou de ler o panfleto confirmando a data, a hora e o local.

-Então não estou entendendo. A cidade estava exatamente igual. Estranha e extremamente silenciosa. Mas eu nem liguei porque pensei que todo mundo estivesse aqui, na festa. – Ela concluiu.

-É, tem razão. Eu tentei ligar pra um monte de gente mas dava tudo caixa postal. Daí eu ia na casa de Rosalie e achei você. – Edward explicou.

-Ângela, Eric, Mike, Jacob e o pessoal de La Push também não atenderam ou dava fora de área… - confirmou.

-Isso tá muito esquisito… - Ed murmurou olhando em volta vendo se via alguém – Vem, vamos lá dentro checar. Pode ser que tenha faltado a luz. – Sugeriu saindo do carro e sendo seguido por .


Os dois seguiram até o grande salão e forçaram as portas pra se abrirem. O local estava todo decorado pra a festa, com os comeres e beberes a descrição e as luzes baixas e coloridas dos focos, iluminando todo o pavilhão. Tudo apenas esperando a chegada dos convidados.


-Isso está cada vez mais estranho. Onde está todo o mundo? – interrogou de cenho franzido.

-Eu não sei. – Edward falou passando a mão nos cabelos, os bagunçando nervosamente.

-Vamos checar a casa dos outros.

-Isso, boa ideia. – Ele assentiu.


Depois de verificarem demoradamente todo o complexo e todas as salas, pavilhões e jardins, o que demorou quase uma hora, os dois se dirigiram novamente ao carro e dessa vez foi Edward quem dirigiu.

Assim que saíram da estrada de terra, finalizaram a estrada Secundária e adentraram a extensa Avenida Principal, seus olhos se arregalaram aterrorizados com o que viam. Gritos de pavor se contiveram em ambas as gargantas e as lágrimas inundaram os olhos dos dois.


-Oh Meu Deus! – exclamou num grito abafado por ambas as mãos que tampavam a boca, tentando abafar o terror.

-Mas…que merda é essa?! – Foi tudo o que Edward conseguiu proferir devido ao choque extremo a que fora sujeito.


Vários corpos ensanguentados, com roupas esfarrapadas, rasgadas e sujas, estavam pendurados com uma corda no pescoço, nos diversos postos de luz que iluminavam a extensa Avenida. Todos eles com os olhos e bocas costuradas, mãos e pés decepados e um cartaz, preso por pregos no tronco de todos com dizeres escritos a sangue: “Vocês são os próximos. Não há como escapar.”

As lágrimas desceram violentamente pelo rosto de ao reconhecer vários dos corpos como sendo de sua família e amigos.

Edward se mantinha inexpressivo, apesar de ver os corpos inertes e violentamente mutilados de vários conhecidos e pessoas muito próximas, de sua grande estima. Pisou fundo no acelerador e assim que chegou ao fim da enorme Avenida, virou para a sua esquerda, para a segunda estrada principal, que os levava a La Push.


-Porque estamos indo para La Push? – perguntou num fio de voz, assim que ergueu a cabeça escondida entre os joelhos e viu a placa de boas-vindas de La Push.

-Pedir ajuda. – Edward respondeu mecanicamente acelerando ainda mais.

-Você ainda acha que eles estão vivos? – Perguntou retoricamente. – Edward, ninguém me atende. NINGUÉM! – Gritou desesperada.


Edward se preparou pra responder quando alguém apareceu no meio da estrada, em frente ao carro, a alguns metros de distância, quase insuficientes para Edward travar.
berrava a plenos pulmões colocando os braços na frente do rosto pra se proteger e pra impedir de ver Edward atropelar alguém.
A travagem brusca quase fez Edward derrapar, mas ele conseguiu controlar o carro a tempo de evitar um acidente e de não atropelar o sujeito que estupidamente se colocara na frente do carro.

O Jeep estava agora atravessado no meio da estrada, roncando. As fortes luzes dos faróis apontavam para a floresta, iluminando as árvores balançando com o vento.
afastou os braços lentamente respirando sofregamente e olhou o condutor, que também tentava controlar a respiração, com a cabeça envolta pelos braços, ambos apoiados no volante.


-Você está bem? – Ele perguntou sem a olhar.

-T-tô. – Gaguejou – E você? – Retribuiu a pergunta.

-Ótimo. – Atirou sarcástico.


olhou para o seu lado direito, tentando avistar o louco que havia se colocado na frente do seu Jeep, mas não viu ninguém. Seu coração, já palpitante, disparou ainda mais com a suposição de que poderia ser o assassino os perseguindo.


-Edward. – Ela o chamou num sussurro mantendo os olhos na estrada, mas ele não respondeu – Edward. – Ela cutucou o ombro dele mantendo o foco.

-Fala. – Ele resmungou.

-Cadê o cara que a gente quase atropelou? – Ela perguntou com a voz trêmula.


Edward ergueu por fim o rosto e olhou para a estrada, constatando que não tinha ali mais ninguém, além dos dois. Se endireitou mais e olhou pra todos os lados. Tirou o cinto de segurança e se preparou para sair do carro.

-NÃO! – gritou – Não saia. Pode ser o assassino. – Pediu suplicante.

-Confie em mim. Sente ao volante e se vir ou ouvir algo estranho, fuja. – Ele pediu segurando o rosto dela em suas mãos e se aproximando lentamente.

-Nem vem que não tem, Edward Cullen. Não se aproveite de mim nesse momento de fragilidade. Eu amo Jacob. Muito. – Ela emburrou e ele fechou a cara, bufando de ódio e frustração.

-Não sei o que viu naquele cara…

-Não me faça falar, Edzinho. Não agora. – Ela cruzou os braços e Edward saiu do carro batendo a porta. – Grosso. – Atirou raivosa e ele lhe lançou um olhar fulminante.

Edward andou até onde tinha visto o cara e se abaixou ao notar algumas gotas de sangue. Passou os dedos pelas gotas constatando que ainda estavam frescas, portanto, pertencendo ao homem. Percebeu uma trilha de várias pequenas gotas regulares indo pelo seu lado esquerdo, em direção à floresta. Edward seguiu o rastro de sangue até sair do chão alcatroado da estrada e pisar o solo firme e quente da terra.

Apesar de escuro, Edward ainda conseguia enxergar, fracamente, as gotas de sangue seguirem uma nova trilha. Não em frente, mas novamente para o seu lado esquerdo, em direção ao carro.


-Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhh! – Ele ouviu o grito estridente e assustado de e notou um homem ensanguentado parado a poucos metros do carro, com as mãos na frente do rosto, se protegendo da luz incandescente dos faróis.


-ARRANCA, ! – Edward gritou correndo em direção ao carro.


nervosamente tentou ligar o carro, mas se enganou e desligou os máximos, passando para as luzes mínimas dos faróis.
O cara ensanguentado tirou as mãos do rosto e congelou ao perceber quem era. -Jacob! – Ela clamou, saindo do carro apressada e correndo em direção ao namorado.


Edward chegou ao mesmo tempo que ela e Jacob desfaleceu, sendo agarrado por Edward, a tempo de não cair no chão.
o ajudou a carregar Jake até o carro, o colocando nos bancos de trás.


-Meu Deus, temos de tirar essas costuras. – chorava vendo a boca de Jake costurada e vários cortes profundos por todo o rosto, braços e tronco.


Edward sacou de um canivete que guardava no bolso de trás das calças e cuidadosamente cortou os fios de corda que costurava a boca em ziguezagues.
pegou uma garrafa de água que tinha caída no chão do carro e deu para Jake beber. Aos poucos ele foi recobrando a consciência e com um forte grito se pronunciou. -CUIDADO! – Gritou para Edward mas era tarde demais.


Edward fora arrancado violentamente do carro e arrastado pelo pavimento duro e áspero da estrada em direção à floresta.
saiu do carro e abriu o porta-malas pegando o bastão de basebol que havia ganhado de presente de Emmett, uns meses atrás.


- não vá! – Jake alertou.
-Eu preciso de ir. Eu preciso de salvar Edward. – Ela falou limpando as lágrimas e indo em direção à floresta.


Jacob saiu atrás dela e tomou das mãos dela o bastão. ia protestar mas o namorado falou primeiro. – Se coloca atrás de mim.


sorriu agradecida e os dois caminharam pela floresta, iluminados pelos fracos faróis do carro. – Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhh!! – Um grito grave, vindo de perto, ecoou pela floresta.

-EDWARD! – gritou desesperada correndo na direção do grito.

-NÃO ! – Jake gritou de volta a puxando para si, mas ela se desenvencilhou e tornou a correr.


Parou de o fazer quando percebeu um vulto correr no meio do escuro em sua direção. – Corram! – A voz de Edward soou na sua frente e Jacob a puxou para correr. percebeu Edward ficando pra trás e correu de volta a ele. Susteve um grito ao olhar a mão direita dele, decepada.

Sem nem perceber como, algo a fez cair e seu pé foi agarrado, sendo arrastada por alguém na direção contrária à do carro. – ! – Jake e Edward gritaram em uníssono.

A pessoa que a arrastava gargalhava alto e acabou perdendo os sentidos ao bater com a cabeça em uma pedra, sendo carregada em seguida no ombro do assassino, como um saco de batatas.

~~*~~

Seus olhos se tornaram a abrir lentamente, com dificuldade, devido à claridade do dia. Sentia seu corpo pesar muito e doer, e outras partes, ela, simplesmente, não sentia.

Olhou em frente e quis gritar ao ver Edward e Jacob, enforcados em uma árvore, com os olhos e bocas suturadas, mãos e pés amputados. Tentou gritar mas sentiu dor ao tentar abrir a boca. Percebeu que esta também estava costurada. Tentou levar as mãos à boca, mas quando as elevou percebeu que não as tinha mais.

Lágrimas brotaram em seus olhos e os gritos contidos começaram a sufocá-la. Tentou se erguer, mas os pés estava igualmente amputados.

Se perguntava como ainda estava viva e porque seus olhos ainda não estava costurados, mas se arrependeu dessa pergunta quando viu o assassino se aproximar dela com uma agulha curva nas mãos e um sorriso diabólico no rosto.


~~*~~

Piipiipiipiipii (onomatopeia de despertador)


-Acorde ! Acorde se não perdemos o voo. – Sua mãe René gritava do andar de baixo, no início da escada.


POV

De novo esse maldito sonho. Quando isso vai acabar?
Eu até já esqueci de me assustar e acordar apavorada de tão acostumada que estou com esse sonho. Arrastei meu corpo até o banheiro me olhando no espelho e vendo meus longos e ondulados cabelos castanho arruivados, desgrenhados e emaranhados. Eu perto de um leão ganhava facinho o prémio de melhor juba.

Liguei o chuveiro e livrei o meu corpo do babydoll de pano verde e do micro short castanho. Eu estava mesmo vestida com as cores de quem vai pra guerra. E minha cara denunciava que eu tinha apanhado muito.

Fiz minha higiene matinal e depois de devidamente vestida e arranjada, desci para a cozinha com as minhas quatro malas. Charlie, meu pai, pegou as malas e as levou para o carro enquanto eu comia qualquer coisa.


~~*~~


Chegados no aeroporto percebemos que nosso voo estava mais que atrasado. Três horas. Xinguei tudo e todos por me terem feito acordar às 5 da manhã pra ter que ficar esperando um avião.
Qual era o problema dessa gente? Que eu saiba não há trânsito no céu. Affe!


-, que tal a gente dar ali uma passada no cabeleireiro? – Minha mãe sugeriu apontando para uma shop toda envidraçada mostrando uma loja decorada a rosa e prateado.

-Humph. Tudo bem. Vamos lá. – Rolei os olhos de braços cruzados me arrastando atrás de minha mãe até o salão.

-Bom dia, preciosidades. – O suposto dono daquela loja cantarolou alto de mais, cheio de vida, se dançando até nós. – O que vão querer fazer? – Perguntou pegando meus cabelos com certo nojo e os largando como se fosse algo sujo. Me olhei no espelho e constatei que ele tava bem limpinho.

-O que sugere? – Minha mãe perguntou.

-Um brilho nos cabelos. Quem sabe uma descoloração. – O cara amaricado, com um corte de cabelo repenicado, todo em loiro, com as pontas salpicadas de vermelho, sugeriu.

-Isso mesmo. Vai , senta aí do meu lado. – Minha mãe falou por falar porque ela basicamente me empurrou para sentar na cadeira.


Coloquei meus fones e coloquei uma música no último som e deixei que o florzinha e suas aprendizes cuidassem de mim. Começaram fazendo uma massagem em meu couro cabeludo tão gostosa que acabei cochilando. Acordei, babando, quando alguém me cutucou.

-Pronto! Agora sim você está Diva! – O carinha falou girando a minha cadeira em direção aos espelhos.

-Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhh!! – Gritei assim que vi minha mais nova aparência.

-O que foi? Não gostou? Querida, pode apostar que loira você fica show. Realça sua beleza e apaga os vestígios sem sal da sua aparência. – O boiola falou fazendo gestos exagerados e irritantemente gays.

Nada contra gays, mas esse tá me dando nos nervos desde que o vi. Meu olho tremelicava e uma veia começava a salientar em minha testa. Fui acordada do meu momento quase explosão quando escutei a voz grave de meu pai. – Meninas, nosso voo está sendo anunciado. Tá na hora de ir. – Meu pai avisou e eu saí dali voando.


~~*~~


Quatro incontáveis, insuportáveis e assassináveis horas de voo sendo pentelhada por dois fedelhos irritantes, sentados atrás de mim, que gritavam a toda a hora, atiravam comida e batiam com os pés nas costas da MINHA poltrona.

Eu a certa altura já imaginava mil e uma maneiras de dar um chã de sumiço naquelas duas pestes sem que suspeitassem de mim ou sequer dessem pela falta deles, mas enquanto eu imaginava, já estávamos aterrando.

Logo estávamos dirigindo para nossa nova casa nos Confins do Universo, onde o Gato perdeu as Botas e onde, provavelmente, nem Papai Noel sabe da existência.
Eu até fiquei admirada que essa bosta de cidade, do tamanho da rua onde eu antes morava, conste no mapa. Isso devia ser terra pra anão ou duende morar. O tamanho é o ideal.

Subi direto para o meu quarto e me joguei na cama, caindo logo no sono e pesadelando (contrário de sonhando) de novo com aquele horripilante cenário de terror, digno de cinco Óscares.
1º: Melhor cenário;
2º: Melhor enredo;
3º: Melhores efeitos especiais;
4º: Melhores atores (ou a falta deles – o orçamento dos meus sonhos devias estar na bancarrota);
E 5º: Melhor assassino.

Nem sei se essa última categoria existe, mas devia de existir. Quem é que tem a santa inteligência de ter a excelente ideia de vir para o cú de Judas, (numa cidade parecida com essa que eu tô) onde todos dormem de portas abertas e as chaves na ignição do carro, matar pessoas que com toda a certeza devem ter oferecido chazinho e bolachinhas antes de o assassino completar o seu objetivo? É preciso ser-se génio!


~~*~~


De novo fui acordada pelo irritante som do meu despertador e me perguntei porque caralhos eu estava acordando cedo.


-, acorde. Não pode chegar atrasada no seu primeiro dia de colégio! – René gritou.

O quê? Esse projeto de cidade inacabada tem colégio? Tô chocada!


~~*~~

Estava mais que atrasada para a aula. O pátio da escola estava deserto e eu agradeci por isso. Passei pela secretaria e peguei as minhas coisas pra poder ir para as aulas.
Caminhei desnorteada olhando o bendito mapa da escola, o rodando em minhas mãos infinitas vezes tentando perceber se aquilo tava ou não de pernas para o ar.

Por fim, meia hora depois, eu achei a minha sala. Bati de leve e abri a porta olhando para o professor com cara de cachorro que caiu das mudanças, me desculpando pelo atraso. O cara bufou pela interrupção e me apresentou à turma me indicando um lugar para eu sentar.
Assim que meus olhos pousaram nos membros da classe, meus olhos saíram de órbita e eu quase gritei de susto. Petrifiquei olhando cada um dos meus amigos. Amigos que eu não conhecia de lado algum e que de uns meses para cá apareciam constantemente em meus sonhos, mortos. Agora eles estavam ali, materializados. Em carne e osso. Vivos.

O professor me incentivou a ir para o meu lugar e mais uma vez eu quase morro de susto. Meu lugar era do lado do meu ex-namorado da mão decepada.
Não aguentei mais aquilo e saí dali correndo, ignorando os protestos do professor e os burburinhos dos alunos.

Só quando cheguei no estacionamento é que eu reparei com total atenção qual carro meu pai havia comprado. Um Jeep amarelo de caixa aberta, igualzinho ao do sonho. Corri em direção ao carro e dei partida dali, cantando pneu.

Meu coração queria saltar pela boca ao notar que a Avenida Principal daquela cidade era a mesma que eu sonhava. Soltei um gritinho de terror quando vi um cartaz pequeno dando as boas-festas carnavalescas aos habitantes de Forks, o nome da cidade do meu sonho.
Acelerei mais nem vendo mais para que lado eu estava indo. Dirigi por uma outra estrada principal qualquer por cerca de uns 20 minutos.

Gritei novamente quando meus olhos se depararam com uma placa de Boas-Vindas a uma outra cidade. La Push. Senti meu rosto se molhar e a vista ficar embaçada.
Limpei os olhos com a palma da mão e pisei mais fundo no acelerador, assim que passei pelo local em que quase tivera um acidente.

Só desacelerei quando avistei um pequeno e simples posto de serviço. Podiam me achar louca, mas eu precisava de pedir ajuda.
Desci do carro, depois de travar bruscamente, levantando pó, e corri para dentro da lojinha que tinha no posto.

Uma senhora bem morena, com os olhos cor de mel e os cabelos negros e lisos, me cumprimentou com um largo e iluminado sorriso.

-Sue. Me vê aí três chopes. – Alguém falou atrás de mim, adentrando a lojinha.

Me virei lentamente reconhecendo aquela voz. O terror era explícito em meu rosto e os três garotos me olharam com preocupação. Meu coração acelerou de tal maneira que eu acabei perdendo os sentidos bem no momento em que proferia inaudivelmente o nome do garoto. –  Jacob. – O nome do namorado futuro defunto costurado do meu sonho.


Agora, aqui na penumbra do inconsciente, eu só rezo pra que quando acordar tudo não passe de mais um daqueles estúpidos e terroríficos pesadelos. Caso contrário eu não quero ficar aqui pra ver o fim que todos vão ter…a morte…igual ao meu sonho.

Fim POV
-CORTA! Muito bom, pessoal. Finalmente as gravações acabaram. Kristen, só vou pedir que você repita a cena do desmaio. Tem de parecer mais real.

FIM

 N/A: E aí pessoal! Feliz Halloween!! Gostaram dessa one shot mto doida? Cheia de terror, comédia e coisas estranhas.
Esse final foi surpreendente, né? Na versão real ele não existia, mas resolvi colocar ele assim para cortar um pouco a tensão.