Angel of Mine









Capítulo 5

, ! – chama a amiga, tentando arranjar espaço entre a multidão para chegar até ela.

! – alcança a amiga, a abraçando um pouco assustada com a situação.

– O que aconteceu? Você está bem? – olha a amiga de alto a baixo, preocupada.

– Nossa, hoje o azar te persegue, amiga. Dois acidentes seguidos? Se eu acreditasse em bruxas diria que jogaram olho gordo em você. – tagarela quando não obteve resposta de , que continuava abobalhada olhando para a viga caída.

Se aquela viga a tivesse acertado ela seria uma mulher morta.
Esse pensamento fez um arrepio percorrer sua espinha e de seguida a imagem de Patch se materializa na sua cabeça.

– Eu preciso sair daqui. – pediu entre sussurros, se sentindo sufocada no meio de todo aquele caos.

– Vem, vamos para casa. – a ampara a encaminhando para fora da biblioteca, até o parque de estacionamento e fazendo a amiga entrar no carro, no banco do carona, apertando seu cinto, como se ela fosse uma criança, mas ainda estava em estado de choque para poder reagir.

Se lembrava perfeitamente de ver Patch completamente concentrado em sua mesa, do outro lado da biblioteca, antes de entrar na área antiga onde as obras originais eram guardadas. Sabia que era impossível Patch se levantar e percorrer aquele caminho todo a tempo de salvá-la, mesmo que ele viesse correndo ou já estivesse a caminho.

! – a cutuca, a fazendo acordar dos seus devaneios. -Chegamos.

A morena assente, tirando seu cinto de forma automática e saindo do veículo, se encaminhando roboticamente até seu prédio em direção ao elevador.
Pouco depois estavam em seu apartamento e ainda olhava a amiga de forma preocupada, ela não parecia realmente nada bem.

. Você está bem? Amiga, acho que você precisa ser examinada, você não parece bem…

– Eu estou bem. – garante, olhando por fim para a amiga e lhe sorrindo de leve.

– Só estou…um pouco…confusa… - Leva as mãos à cabeça e comprime os olhos.

Patch não sai de sua cabeça e isso a está enlouquecendo. Todas as dúvidas e mistérios que o rondam parecem relacionados a ela e isso a deixa paranóica em querer obter respostas para perguntas sem qualquer sentido.

– Esses dias têm sido intensos para você. – Justificou. -E você ainda não me contou o que aconteceu na noite da boate. Você disse que vinha para casa e quando eu cheguei você não estava. Surtei por completo quando tentei te ligar e seu celular dava fora de área! O que aconteceu naquela noite? Um gatinho te convenceu a curtir o resto da noite? – piscou, tentando aliviar o clima que se instaurara.

– Não. Um cara colocou um boa-noite cinderela na minha bebida e quis me raptar para fazer sabe-se lá o quê comigo.

– O quê? Amiga, você está bem? Oh Deus do céu. Eu devia ter te trazido em casa. Sabia que não era seguro te deixar vir sozinha, mas o gostoso do Seth me convenceu a ficar…

– Calma, calma, . Nada aconteceu comigo. Patch me salvou. – explica.

– Patch? Espera, o mesmo Patch que te salvou hoje da queda das escadas?

– E do acidente na biblioteca também!
– O quê? Espera. Rebobina isso tudo. Ele te salvou do suposto estuprador ou até traficante de mulheres, ou de órgãos. Te salvou de uma queda feia que podia ter te machucado feio e ainda de uma viga enorme que podia ter te matado!

E do acidente de carro e da queda do parapeito do prédio. acrescentou em mente, mas resolveu ficar calada. Achava que vê-lo em seus sonhos nesses dois acontecimentos tão traumatizantes de sua vida eram apenas peças que sua inconsciência lhe estava pregando.

– Ele só pode ser seu Anjo da Guarda! – acrescentou depois de um tempo pensando de olhos arregalados e boca aberta.

– Não diga bobagens! – a repreende. -Se fosse meu Anjo da Guarda, porque eu sinto tanta vontade de fugir quando estou perto dele? Parece que um alerta em vermelho neón pisca em minha mente, me dizendo para me afastar. Tipo: PERIGO! – explanou um de seus pensamentos mais secretos em relação a Patch e que reações ele causava nela.

– Estou confusa com tudo isso. Parece que minha cabeça vai explodir.

– Nossa amiga. Isso está feio mesmo. – acaricia seu rosto, afastando as mechas teimosas que pendiam na frente do seu rosto.

– Sabe o que mais?! Você precisa de umas férias. Porque não aceita o convite de sua tia e vai passar uns dias com ela? – aconselhou.

– É isso mesmo que farei. Preciso mesmo de umas férias longe de tudo e de todos. – assentiu, contorcendo o rosto em cansaço e dor. Uma dor mental.

abre os braços para a amiga e a recebe em seu colo, lhe dando o apoio e carinho que ela tanto precisa nesse momento.
Depois de tomar essa decisão não perde tempo em entrar em contato com a tia avisando que em breve estará lá... Sua tia Maryanne recebe a notícia com felicidade e tudo é resolvido rapidamente, precisa desse tempo, dessas férias, nunca se sentiu tão confusa, tão atordoada e já passou por muita coisa em sua vida!

– Vá, descanse e não se preocupe com nada amiga, depois te passo as matérias da faculdade, tente esquecer tudo isso que aconteceu, todos esses acidentes, e você voltará renovada, fique o tempo que precisar. – a abraçou quando elas se despediam, queria partir o mais rápido possível.

– Obrigada , eu ficarei bem, só preciso me afastar daqui um pouco... – e do Patch, pensou, mas não falou.

As duas voltaram a se abraçar e logo estava a caminho de McAdam, cidade onde sua tia mora e que para sua sorte não era tão longe dali.
Durante a viagem tenta relaxar e parar de pensar ou vai enlouquecer, mas tudo o que ela deseja é conseguir, longe de Patch, ter as respostas que tanto quer, precisa entender o que afinal de contas está acontecendo nesses últimos dias... O que Patch tem, quem ele realmente é e porque entrou em sua vida desse jeito.
A viagem é tranqüila apesar do cansaço físico e emocional de depois de tantos acidentes e confusões... Quando chegar a McAdam, ela suspira sendo invadida por lembranças da tia, de quem ela tem tanta saudade.
Ao parar em frente a casa da sua tia respira fundo segurando a pequena mochila, que é sua única mala, por mais que queira fugir de tudo que está acontecendo ela não pode ficar para sempre ali.
A porta da casa é aberta e Maryanne corre em direção a sobrinha a abraçando fortemente.

– Oh minha querida, quanta saudade, que bom que veio.

– Também estava com saudade tia, é bom estar aqui, estou precisando. – não consegue esconder todo cansaço e frustração que vem se acumulando depois da loucura que sua vida se transformou.

– Você está bem ? Parece exausta. – Sua tia passa um braço carinhosamente em seus ombros e a leva para dentro de casa.

– Não sei tia, meus últimos dias têm sido muito tumultuados, é muita coisa acontecendo, e muita coisa estranha.

Maryanne a olha preocupada, sabe como a sobrinha já sofreu e lamenta não estar mais tão presente em sua vida.

– Vem, vamos nos sentar, você descansa um pouco, vou servir algo delicioso para fazermos um lanche e conversamos, o que acha?

sorri assentindo e se deixa ser guiada até o sofá onde se joga. A casa da tia continua exatamente como ela se lembrada última vez em que esteve aqui, uma casa pequena e modesta, mas linda, confortável e aconchegante, ela se sente tão em casa ali, uma sensação boa de paz a domina e ela relaxa um pouco enquanto a tia vai pegar um lanche para as duas.

– Então, problemas com os rapazes? – Maryanne pergunta divertida quando volta para a sala com uma bandeja cheia de delícias e a coloca na mesinha em frente a elas.

– Se fosse isso eu estaria feliz... – ri, mas se lembra do Patch, de certa forma é um problema com rapazes, com um rapaz em específico... Um rapaz lindo, sedutor, mas misterioso e que está sempre a salvando.

-Então o que foi querida? Prefere falar depois? Talvez você queira tomar um banho primeiro, a viagem não é muito longa, mas você me parece mesmo muito cansada.

– Eu preciso falar... Preciso desabafar, porque acho que vou enlouquecer. – suspira pegando um copo da bandeja e tomando um longo gole do suco.

– Então fale , estou aqui sempre para o que você precisar. – Maryanne sorri.

Ela é irmã da mãe de , e são tão parecidas que sente seu coração se apertar de saudades de sua mãe e de toda sua família. Não gosta de pensar no modo trágico como perdeu toda a família, mas seus sonhos ultimamente não a deixam se esquecer disso.

– Eu não sei por onde começar... – suspira e depois de pensar uns instantes decidi não falar exatamente do Patch como tinha conversado com . -Eu tenho tido muitos sonhos, na verdade são mais como pesadelos.

Maryanne segura às mãos da sobrinha e espera que ela continue a falar...

– São sonhos com meus pais e minha irmã... Na verdade nesses sonhos eu revivo tudo o que aconteceu, primeiro foi o acidente de carro... – segura as lágrimas. -E depois com o suicídio da mamãe.

– Oh, meu bem. – Maryanne a puxa para seu colo onde se ajeita deixando as lágrimas caírem.

– Reviver tudo isso é doloroso, eu nunca vou me esquecer, mas fazia tempo que não pensava tanto nisso...

– Eu sei como isso machuca . – Sua tia acaricia seus cabelos e ela suspira.

– Tia, você sabe quem me salvou nessas duas ocasiões? Quem me tirou do carro e quem me puxou do parapeito daquele prédio? – Ela nunca tinha se lembrado e sonhar com Patch sendo essa pessoa a estava assustando, até porque nessas duas ocasiões ela era só uma criança.

– Não, nunca soubemos, sempre foi um mistério. – Sua tia a abraça e ela morde os lábios tentando não chorar ainda mais, parece que suas perguntas continuarão sempre sem respostas.

– Não fique pensando nisso querida, só vai te fazer mal, já sofremos muito quando toda essa tragédia nos aconteceu, e por mais que seja difícil precisamos seguir em frente... E você sempre terá a mim, estou aqui para o que você precisar .

– Eu sei, obrigada por tudo. – Ela se aconchegou mais no colode Maryanne e ficou quieta, não queria falar sobre Patch, ou seus últimos acidentes, não adiantaria nada e só deixaria a tia preocupada.

– Você sobreviveu a todas aquelas tragédias e isso foi um milagre , e é só o que importa. - Maryanne sussurrou e ficou acariciando os cabelos dela e aos poucos se acalmou.

Sentia muita falta da tia, desse carinho e era exatamente isso que precisava para tentar esquecer o que andava acontecendo, talvez só estivesse ficando muito paranóica, mas a verdade é que desde que Patch entrou em sua vida tudo mudou, não consegue parar de pensar nele, e ao mesmo tempo em que a assusta, Patch e atrai de forma intensa e inexplicável.
E foi depois dele aparecer que ela começou a ter esses sonhos tão estranhos... Nem mesmo na época do acidente de carro e do suicídio da mãe ela teve tantos pesadelos como agora.
Quando se acalmou mais se instalou no quarto de hóspedes com a ajuda da tia e tomou um banho quente... No decorrer do dia tentou não pensar em Patch, por mais difícil que fosse, e em nada daquilo que a vem perturbando, veio aqui para tentar descansar de toda aquela confusão e é isso que fará.
Sua tia é divertida e a fez rir um bocado enquanto as duas jantam se lembrando de antigas histórias que passaram juntas.

– Estou cansada, acho melhor ir dormir. – sussurra depois de ajudar Maryanne a lavar a louça do jantar.

– Claro, vá sim, descanse e qualquer coisa é só me chamar.
As duas se abraçam carinhosamente e vai até o quarto onde ficará e troca de roupa colocando seu pijama confortável... Depois se atira na cama e suspira pesadamente, só espera conseguir dormir tranquilamente, sem nenhum sonho perturbando-a dessa vez... Mas isso não acontece...

N/Baby: E aí pessoal! Que acharam desse cap.? Tadinha da . Está tão confusa que não sabe mais o que pensar. Mas as “confusões” vão aumentar e logo estaremos mais perto da verdade. Vocês se surpreenderão. Garantido ou seu dinheiro de volta! rsrsrsrs
Um big Kiss para todas vocês da Baby

N/May: Oláá *--*
está tão confusa que precisou fugir um pouco... Mas será que mesmo longe ela conseguirá fugir do Patch? Vamos ver ;) rsrs
Vimos que todos aqueles sonhos que vem a atormentando realmente aconteceu, mas será que foi mesmo o Patch que a salvou? Façam suas apostas que mais pra frente revelamos ;) kk
Espero que estejam gostando, logo tem mais... Vamos ver se dessa vez conseguiu dormir tranquilamente ;) rsrs
Bjokas... May