Angel of Mine









13º Capítulo

O dia já amanhecia e Patch permanecia imóvel do lado de fora do apartamento. Não que não pudesse entrar dentro dele, mas se o fizesse não resistiria aos seus instintos masculinos.
Dali, ele podia cuidar de e impedir que quem quer que quisesse o mal de atravessasse por ele.
Mas então um chamado forte o puxou para fora da sua concentração e em segundos ele sumiu dali e apareceu onde era evocado.

-O que você quer, eu não tenho muito tempo! – Patch falou rudemente, ansioso para voltar para o pé de .

Mesmo distante, ele ainda estava atento a ela. Sua ligação amorosa o fazia sentir em si quando ela estivesse em perigo.

-Calma, ainda somos amigos, certo? – Rixon ergueu as mãos em defesa.

-Você deixou bem claro da última vez que nos vimos que precisava morrer. Se você sabe o quanto ela é importante para mim e ainda assim quer a morte dela, então minha resposta é não. – Patch falou num tom baixo mas grave, demonstrando sua pouca paciência.

-Patch… - Rixon suspirou, sem saber o que dizer.

Com uma braçada, jogou seu enorme sobretudo para o lado e se sentou na cama.

-Eu sou seu amigo e sei realmente o quanto ela é importante para você. E não, não desejo a morte dela, apesar de saber que o mais certo a se fazer é acabar com tudo isso de uma vez! – Rixon foi interrompido por um rosnado ameaçador do amigo, mas logo ergueu as mãos em sinal de paz e Patch se controlou. – Você sabe que eu nunca fui de cumprir regras. – O Anjo Negro sorriu torto e Patch se manteve imparcial, esperando que o amigo dissesse de uma vez o que ele queria dele. – O Conselho quis me entregar ela. – Rixon falou num tom baixo e pacífico, tentando não enfurecer Patch. – Mas eu recusei. Logo o Conselho irá propor a outro e sabe que nenhum dos outros tem motivo para negar e quando um dos três aceitar…

-Eu não posso permitir! – Patch gritou enfurecido.

-Não há nada que você possa fazer, Patch. Você tentou proteger ela o máximo que pôde, mas a decisão final já não está em suas mãos… - Rixon tentou argumentar, mas Patch abanou a cabeça.

-Há um jeito sim. – Ele afirmou convito.

-Qual? – Rixon questionou descrente e preocupado com o amigo.

-Me tornar Anjo da Guarda.

-O QUÊ? – Rixon vociferou se erguendo de rompante. – Você enlouqueceu? Virar alfacinha??

-Você está mais preocupado que eu vire o inimigo do que eu criei uma “guerra” com o Conselho por querer desistir do que eu sou? – Patch questiona surpreso, erguendo os sobrolhos.

-Não, você só pode ter batido com a cabeça. Ou então essa garota tem um feitiço muito grande sobre você… - Patch voltou a rosnar, pulando um passo à frente. – Calma rapaz. – Rixon ergueu as mãos, recuando. – Desculpe. Mas não faz sentido! Você acha que essa garota vale a pena? Mesmo? – Rixon questionou preocupado, de cenho franzido.

Patch se silenciou por um bocado mas por fim afirmou com a cabeça.

-Que seja. Vamos lá começar uma guerra. – Rixon falou, batendo uma mão na outra e as esfregando de seguida.

-Vamos? – Patch franziu o cenho.

-É, vamos. Ou você acha que te deixo sozinho nessa? Tá muito do louco, né? Além de que com os meus conhecimentos, você terá muitas mais hipóteses de ganhar. Só não me peça ajuda para se tornar alfacinha, ok? – Rixon argumentou e Patch sorriu, abraçando o amigo. – Menos, Patch, menos. Estar apaixonado está te deixando muito boiola! – Rixon pegou rindo e recebeu, como resposta, uma pelada na nuca.

Depois do abraço, Patch se despediu e argumentou que teria de voltar e de imediato se teletransportou de volta para a porta do apartamento de .
Seu coração pulava de saudade e coincidentemente, assim que ele chegou, estava saindo do apartamento.
Ainda invisível, ele seguiu cada um dos passos dela.

sentia uma sensação absurda de estar sendo vigiada, mas nunca achava razões para suas suspeitas.
Depois que acordou foi ver a amiga e ambas conversaram bastante. Apenas o que podia revelar sobre Patch, mas a também só lhe interessava saber das partes sórdidas e depois ficou desabafando sobre o seu namoro com Seth e de como as coisas estavam correndo mal.

Então se prontificou a comprar os itens necessários para curar dores de amor. Um pote de gelado, chocolate e alguns filmes românticos.
Assim que voltou com tudo o que queria, se deparou com Patch encostado na porta do seu apartamento.
                                              
Sem conseguir controlar, uma onda de felicidade rompeu em seu peito e um sorriso automático brotou em seus lábios.

-Patch... – sussurrou, mas o sorriso que ele lhe deu comprovou que ele tinha ouvido perfeitamente.

-Olá Anjo... Acho que cheguei na hora certa. – ele se aproximou lentamente dela olhando para as pequenas compras em suas mãos e ela ri.

 -É uma festinha particular e só para meninas. – sorri e tenta conter a vontade de simplesmente se jogar em cima dele, enquanto ele se aproxima cada vez mais dela sorrindo daquele jeito de tirar o fôlego.

-Então eu não vou nem poder entrar? – Patch sussurra perto demais do rosto de enquanto brinca com uma mecha de cabelo dela a deixando arrepiada.

 -Acho que não... – mas ela se cala quando ele roça os lábios nos dela.
-E agora? – ele sussurra novamente com seus lábios ainda se roçando levemente.

  ri baixinho se controlando para não deixar as sacolas caírem de suas mãos agora trêmulas, mas decide provocar um pouquinho mais...

-Ainda não. – sorri ao ver ele arquear uma sobrancelha, mas antes de poder pensar em mais alguma coisa para falar, ela se vê com os braços dele em volta do seu corpo e seus lábios unidos em um beijo enlouquecedor.

nem se da conta de como, mas Patch pega as sacolas das mãos dela e com os braços livres ela os passa pelo pescoço dele deixando seus corpos mais colados e intensificando o beijo... simplesmente não consegue se controlar quando ele está por perto e quando a beija desse jeito, é mais forte que tudo.
Lentamente eles se afastam ofegante e ela o olha fixamente nos olhos.

-Agora você pode entrar.

Patch solta uma gargalhada que a contagia e os dois entram no apartamento.

 - deve estar no quarto dela... – fala ao não ver a amiga na sala. – Senta aí no sofá que eu já volto.

Patch só assente indo para o sofá e ela pega as sacolas das mãos dele indo para o quarto da amiga.

-...

 -Pensei que não viria mais. – se senta na cama onde estava enrolada no cobertor e sorri.

-Desculpa, mas aqui está... – ela lhe entrega tudo que comprou. -Eu já venho ficar com você, mas antes preciso de uns minutinhos.

ergue uma sobrancelha olhando desconfiada para a amiga e depois sorri maliciosa...

-Patch?

-É, ele está aqui, mas juro que não demoro.

-Tudo bem, vai lá e sem pressa, vou ficar aqui quietinha e não vou atrapalhar dessa vez, prometo. – Ela finge seriedade e revira os olhos.

-Eu não vou demorar. – Garante saindo do quarto e voltando para a sala.

 Patch ainda está no sofá e assim que se aproxima ele a puxa fazendo ela se sentar em seu colo de frente para ele e com as pernas encaixadas em sua cintura.

-Você anda cheio de más intenções comigo, não é, Patch? – sorri dando um beijo leve nos lábios dele.

-Sinto que é recíproco. – Ele retruca a olhando nos olhos e ela ri, mas depois fica um pouco mais séria.

 -Você sabe que nós precisamos conversar... Sobre... Sobre tudo aquilo, aquelas coisas surreais e loucas, mas que são a realidade, a minha realidade...

Patch suspira pesadamente e segura o rosto dela carinhosamente.

-Eu não posso, , você já corre muitos riscos por saber o que sabe, mesmo sem saber de nada... – ele ri amargamente.

-Eu tenho direito de saber, é minha vida, querem me ver morta e não sei como lidar com isso, ainda não consigo esquecer o que aconteceu com a , ela foi possuída, não sei como vou me defender daquilo... Eu só...

fecha os olhos, está tão confusa, mas Patch a puxa para mais perto e a abraça fortemente.

-Você não precisa se preocupar, eu vou te proteger, prometo... Nada de ruim vai te acontecer, Anjo. – Patch sussurra no ouvido dela e começa a beijar e mordicas o pescoço de deixando-a arrepiada.

 Ela suspira de satisfação e se aconchega nos braços dele erguendo as mãos até seus cabelos e embrenhando seus dedos nos fios macios.

-Não sei se eu devia... – ela suspira e levanta o rosto para olhá-lo nos olhos. –Mas eu confio em você e apesar de toda minha confusão e meu medo me sinto segura aqui, nos seus braços.

Patch sorri inundado por uma felicidade absurda ao ouvir essas palavras e a beija.

se entrega afundando mais os dedos nos cabelos dele e quando as línguas se tocam ela sente todo o corpo estremecer e todos os pensamentos, medos e confusões desaparecem... É um sentimento tão bom, como se só existissem ela e Patch e nada pudesse feri-la, então ela decide aproveitar isso ao máximo, mesmo tendo certeza de que o perigo ainda a ronda. 

O beijo estava intenso demais para ela se conseguir controlar e seus dedos coçavam para sentir a textura da pele dele. Lentamente ela subiu a blusa dele e infiltrou seus dedos trémulos por baixo do pano, tocando por fim sua barriga.
Seu coração acelerou mais ao sentir a perfeição em suas mãos. Mas ela ansiou por mais. Trilhou uma linha lenta, calorosa e gostosa por cada músculo seu, seguindo cada uma das extensões e acabando nas costas.
Seus dedos desciam pelos ombros e assim que chegaram nas omoplatas, algo, comparado a um vórtice inebriante, a puxou para o centro de algo.
O ar lhe faltou pelos segundos que a viagem durou e assim que tudo deixou de rodar, abriu os olhos, apenas para se deparar em um local sombrio e que a fazia sentir um medo tenebroso.

Patch estava ajoelhado perante uma assembleia de homens ocultos por mantos e um deles falava algo.

- é uma peça muito importante e se cair nas mãos erradas, temo que se possa tornar perigosa para a nossa existência. E quando eu falo da nossa existência, não estou apenas me cingindo a nós, ceifadores, mas a todos os Anjos.

vê o rosto de Patch se surpreender e de seguida se fechar. Ela está esperando que ele responda que nunca iria permitir que nada aconteça com ela, mas se surpreende quando escuta exatamente o oposto.

- tem de ser morta o quanto antes! Nossa Salvação depende disso! Será uma honra completar esse serviço, Meritíssimo.

Antes que ela pudesse ver algo mais, o vórtice embriagante volta a puxá-la e desta vez de volta à realidade.
Uma tontura nauseante a faz cambalear e ceder aos braços de Patch, que a seguravam firmemente, mesmo que tudo o que ela mais quisesse na altura era fugir.

Mas por hora não tinha forças suficientes para isso.
E então uma nuvem negra roubou seus sentidos.

N/Baby: Oi oi, pessoal.
Sei que estão querendo arrancar nossas cabeças e nosso couro, mas tivemos problemas pessoais (cada uma o seu, claro) que nos impediram de nos encontrarmos mais cedo.
E olhem que por pouco esse cap não sairia mais tarde. Quando a gente teve tempo para se encontrar, a net da May resolveu nos sacanear. Sorte que no dia seguinte entramos as 2 ao mesmo tempo no msn e conseguimos terminar o cap.
Que diga-se de passagem WOW! Gostaram de mais esses pegas? Sei que vocês estavam mortinhas por isso.
Mas esse final parece que vai impedir que os pegas continuem. Ou não!
Rsrsrs
Só comentando para saber.
Kisses da Baby

N/May: Oláá *--*
Nos desculpem pela demora, mas tivemos uns contratempos, um deles minha perna engessada e a porcaria da minha net... kkk... Mas aí está o cap. ;)
Patch está mesmo apaixonado e decidido a fazer qualquer coisa para proteger a , lindo né?! *-* RS
Mas será que esse plano dele de se tornar um Anjo da Guarda dará certo? Vamos ver ;)
Mais alguns momentos mais quentes entre o casal, mas no fim acabou vendo mais do que deveria... As coisas ficaram meio tensas, vamos ver o que Patch vai falar sobre essa visão dela ;)
Muito obrigada pelos reviews, ficamos muito felizes... Esperamos que tenham gostado ;)
Bjokas... May