Love Sucks Saga








2.3

Assim que Seth foi embora, tratei de entrar dentro de minha casa rapidamente e a trancar por dentro. Fiz o mesmo em todas as janelas da casa. O olhar assassino de Paul era de meter medo a qualquer um e...Bem, fingir medo dele fazia parte do disfarce, mas na verdade eu só estava trancando tudo para garantir que eu não fodia com o meu plano e caía em tentação. Porque vamos combinar, papai... Aquele homem é puro tesão!

Agradeci por meus pais não estarem em casa e não poderem me questionar do meu sumiço e da minha repentina obsessão em trancar cada canto da casa a sete chaves.
Subi rapidamente para o meu quarto e me tranquei lá, correndo até a varanda do meu quarto e a fechando. De lá pude observar Paul sorrindo maliciosamente para mim e acenar um olá com os dedos, como se acariciasse o vento. E eu só conseguia imaginar aqueles dedos me acariciando e...PÁRA . Pára de se torturar!
Me afastei da janela como se estivesse fugindo do lobo mau e puxei as cortinas para tapar a visão de lá de fora para cá para dentro – e vice versa.

Fiquei um tempo caminhando dentro do quarto de um lado a outro, tentando acalmar minha ânsia de correr para a janela e ver se Paul ainda lá estava. Meu corpo estava num turbilhão fraquejando quanto ao meu plano de vingança. Ele dizia: “para que se vingar, aproveite o novo súbito interesse de Paul antes que ele acabe”, mas minha cabeça latejava as mesmas idéias, firmando vezes sem conta como placas em letras garrafais o meu plano de fazer Paul rastejar por mim e implorar por meu corpo.



Dei um pulo quando o som estridente do celular ecoou pelo quarto. Estremeci quando a imagem de Paul piscou em minha mente, associando automaticamente à chamada. Passo a passo, um pouco receosa, caminhei até o criado mudo, onde eu tinha abandonado o celular. Para meu azar ele ficava próximo da janela da varanda, me tentando mais ainda a espreitar lá para fora. Peguei o celular notando o número privado e atendi, ao mesmo tempo que afastava a cortina em poucos centímetros, apenas o suficiente para eu conseguir ver se ele ainda estava lá fora.

-Alô?

-. - Meu coração pulou no peito, querendo subir na minha boca quando reconheci a voz.

-Quem fala? - Perguntei temerosa de que se notasse em minha voz a minha mentira.

-Sou Emmett Cullen, nos conhecemos um tempo atrás. - Ele falou.

-Desculpe, mas não estou lembrando de você. - Falei engolindo em seco e torcendo para ele acreditar.

-É, eu soube que você teve um acidente na floresta e que está sem memória. - Ele falou suspirando. - Veja, meu pai é médico, o melhor aqui de Washington, e eu sei que nós não nos conhecemos bem, mas meu pai poderia examinar você e ver se está tudo bem mesmo. - Ele falou me metendo numa enrascada difícil de sair.

-Hum...vou falar com a minha mãe e o meu pai. Mas eles são muito tradicionais, preferem que eu seja vista pelo médico aqui da Reserva. - Menti descaradamente para me tentar livrar da tentativa de ajuda de Emmett.

-E como sabe que eu não sou da Reserva? - Perguntou e eu me xinguei mentalmente por esse deslize.

-Eu deduzi. Afinal você disse que nos conhecemos há pouco tempo e eu, aparentemente, conheço toda a gente daqui, e só existe um médico aqui em La Push. Eu estou sem memória, não burra. - Comentei meio grosseira, mas isso só fez Emmett rir tão alto que eu tive que afastar o celular do meu ouvido para não ficar surda.

-Você é engraçada, garota. Eu gostei mesmo de você. E agora que você não lembra de mim, acho que devíamos nos conhecer de novo. - Sugeriu.

-Hum, me desculpe, mas eu não me sinto muito segura de sair por aí conhecendo pessoas novas – mesmo eu já as conhecendo antes. Talvez quando eu recuperar a memória, ok? Assim eu lembrarei se você é uma paquera rejeitada tentando se vingar, ou alguém que eu nunca iria pegar de forma alguma. - Respondi irônica.

-Acredite que eu faço muito o seu tipo. - Falou convencido, mas eu nem retruquei, era perda de tempo e eu não queria dar mais trela para essa conversa.

-Passar bem Emmett, e obrigada pelo telefonema. - Me despedi.

-Se cuide e melhoras. - Se despediu desligando em seguida.

Espreitei mais uma vez pela janela, mas não havia quaisquer sinais de Paul ou outros vultos suspeitos por entre as árvores.
Uma coisa eu não estava mentindo. Eu não tinha a certeza se o que eu vira na floresta era fruto da minha imaginação, ou pura realidade.

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-Quando você vai parar com essa farsa? - Shannika perguntou em tom de voz baixo, para que Roxanne não nos escutasse.

Olhei pelo reflexo do espelho, Roxanne com os fones nos ouvidos e pintando as unhas dos pés, enquanto eu entrançava meu cabelo e Nika pintava os lábios.

-Até que Paul pague pelo que me fez. - Respondi entre dentes.

-O que foi afinal que ele te fez? O que aconteceu na floresta? Você adormeceu no sofá durante o filme e acordou aos gritos. - Perguntou curiosa, se referindo aos meus pesadelos.

Essa era outra coisa que eu não tinha mentido totalmente quando falei com o médico. Os pesadelos.

-O que ele me fez não está relacionado com o que aconteceu na floresta. - Respondi bastante vaga, ainda atenta a Roxanne.

Me doía ter que esconder isso de Roxie, mas era mais seguro para o meu plano. Se Nika não tivesse descoberto sozinha, também estaria mentindo para ela.

-E então... - Insistiu.

Ia lhe responder à altura, mas fomos interrompidas pela entrada da minha mãe.

-Filha, você tem uma visita lá em baixo. - Anunciou me fazendo franzir o cenho. - Deixei a comida de vocês no forno, amanhã eu volto bem cedo. Portem-se bem meninas. - Anunciou antes de sair.

-É só uma festa de pijama entre meninas, D. Amelia, não se preocupe. - Nika respondeu inocentemente.

-Se teu pai descobrir que um rapaz esteve aqui enquanto ele esteve fora, não vai gostar nada de saber. - Mamãe falou alerta.

-Eu não convidei nenhum rapaz, mãe. Quem é?

-Seth Clearwater. - Anunciou se despedindo em seguida e indo embora.

-Hum, conquistou o pirralho, hein. Ele agora não desgruda de você. - Roxie comentou sorridente.

-E diga-se de passagem que o pirralho É UM GATO. Dois meses atrás ele era um magricelo cabeludo e de repente está todo gostoso. E se reparou, no grupo da gangue. - Nika se desbocou e eu fingi não entender. - Desculpe, às vezes me esqueço que você não lembra... Força do hábito. - Ela disfarçou para que Roxanne não desconfiasse.

-Eu vou lá em baixo ver o que ele quer. - Falei para as meninas.

Desci apressada as escadas encontrando Seth parado em pé no meio da sala. Ele estava lindo de calça jeans escuras e uma blusa leve, apesar do frio que fazia lá fora.

-Ei. - Chamei sua atenção.

-Ei. - Ele sorriu lindamente. - Tudo bem? - Perguntou encabulado e eu sorri torto.

-Sentiu saudades minhas? - Perguntei com um sorriso sapeca.

Ele riu timidamente, mordeu o lábio e foi caminhando em minha direção.

-Sabe, fiquei pensando no outro dia na praia...

-Ah é? E o que pensou? - Perguntei avançando na direção dele também.

Aquele garoto estava me tirando do sério. A sua aura de menino-homem era tentadora por demais, mas ainda tinha Paul e o fato de ele ficar me espreitando sempre que eu venho para casa. Fazia uma semana que me seguia e não tomava qualquer atitude.

-Que você fica linda quando sorri. - Falou quase num sussurro, mexendo com as minhas estruturas.

Sem nem querer saber de mais nada, anulei o espaço entre nós e me atirei em seu pescoço grudando nossos lábios num beijo rápido, mas saboroso. Seth agarrou a minha cintura com força, envolvendo seus braços nela e passeando as mãos nas minhas costas, me puxando para mais perto dele. O beijo se tornou mais intenso e nossas línguas necessitaram de contato. Entreabri a boca dando permissão para ele me beijar com mais intimidade. Assim que nossas línguas se tocaram, senti um volume começar a crescer contra a minha barriga. Reprimi a risada, pois isso só era sinal de que o rapaz era inexperiente. Mas, ao mesmo tempo isso me excitou.
Fui andando para trás, nos guiando até o sofá, onde me deixei cair com ele por cima. Seth começou passeando as mãos por minhas coxas, apertando a carne do local ora com força ora com delicadeza. Aquele contraste entre ser fofo e viril tava me enlouquecendo. Mordeu meu lábio inferior, o sugando para em seguida voltar a me beijar. Meio incerto ele subiu suas mãos até minha barriga e acariciava aí, mas eu sabia que ele queria subir mais. Então a guiei até meu seio.
Ele travou um pouco o beijo, desconcertado com aquela atitude minha, mas não retirou a mão. Pelo contrário, começou explorando aquele campo com cuidado, como se fosse uma terra por descobrir – o que de certa forma para ele deveria mesmo ser.
Sua boca começou descendo por meu pescoço e a essa altura eu já o recebia entre minhas pernas para friccionar nossos sexos.
Seth gemeu, voltando a me beijar que nem um louco, ao mesmo tempo que movimentava seu quadril contra o meu.
Minhas mãos faziam o trabalho de arranhar sua nuca e repuxar os fios de cabelo daquela zona, o deixando ainda mais excitado.
Retirei a blusa dele com urgência enquanto sua mão passeava por minha bunda apertando-a e me puxava mais contra ele, friccionando com mais intensidade nossa excitação.

Minhas mãos já tinham descido para o botão da sua calça quando escutamos algo se quebrando.
De imediato nos separamos e olhamos na direção do barulho percebendo Nika e Roxie com as mãos na boca contendo os risos e sons, andando em bicos de pés, carregando em suas mãos os lanchinhos que mamãe havia deixado para nós.

-Me desculpem, deixei cair o suco. - Roxie se lamentou.

-Mas a gente já está de saída. Continuem aí o que... Estavam fazendo. - Nika falou contendo o riso a cada palavra.

As duas subiram correndo e rindo para o meu quarto, enquanto Seth, muito envergonhado, vestia de novo a sua blusa e se recompunha.

-Desculpe... Por isso. - Ele falou meio desconcertado, não obtendo sucesso ao abaixar a blusa pra tentar encobrir sua situação, sem conseguir me olhar nos olhos.

OMG! Como ele conseguia ser tão fofo???

-Não precisa se desculpar. Eu adorei. - Sorri maliciosamente e ele me devolveu o sorriso. - Te acompanho até à porta. - Falei passando por ele e contendo o riso pela tamanha timidez dele.

-Adeus . Se cuide. - Se despediu, meio incerto de como me beijar.

Então agarrei no pescoço dele e tasquei um beijo.
Subi as escadas correndo e tranquei a porta do quarto, me encostando nela.

-Nossa, você pode estar sem memória, mas seu fogo não esqueceu como era se incendiar! - Roxanne comentou rindo perplexa.

-Ele tem boa pegada? - Nika perguntou já querendo saber de todos os detalhes.

Puxei ela para sentar junto comigo na cama e comecei contando timtim por timtim o que havia acontecido com Seth.