O Canto da Sereia








N/Baby: Eu sei, eu sei! Demorei muito para atualizar, mas me deu preguiça de passar para Word o que tinha escrito em papel! Kkkk
Me crucifiquem, vai! Kkkk
Esse é o TÃO esperado capítulo em que entram as JakeGirls (vulgo: sereias gostosas!). A descrição física da personagem vai divergir da vossa, mas finjam que vocês são como vão ler! Kkk.
OK, não vou falar muito. Nos vemos lá em baixo!
Kisses da Baby

Chapter III

Parte I
Duas semanas depois

Jacob terminava de colocar suas coisas na mochila, enquanto Alex telefonava a cada um de seus ex-alunos – agora colegas -, confirmando a comparecência no aeroporto de Orlando.

-Você vai pegar as duas? Ótimo. Não se atrasem. Eu sei que ainda são 10 horas, mas eu conheço bem as garotas. – Alex gargalhou por algo que Duncan disse do outro lado da linha. – Claro. Até logo. – Desligou, correndo em seguida até o quarto do irmão. – Você está pronto? – Perguntou vendo Jacob guardar na mala um porta-retrato.

-Estou. – Suspirou, fechando a mala.

-Ótimo. Só vou ligar à Ash e já vamos, tá?

-Ok. – Jake assentiu.

Alex passarinhou de um lado para o outro, tentando contatar a namorada, sem sucesso. Pela sétima vez naquela manhã a chamada fora rejeitada, o que irritou Alex profundamente.

-Droga, Ashley. Porque não atende? Se você não estiver ao meio-dia no Orlando Internacional Airport, a gente parte sem você! ‘Tá me entendendo? Assim que escutar essa mensagem me ligue. – Alex terminou a mensagem de voz, premindo com violência a tecla de final de chamada.

Correu de volta ao quarto do irmão, pegando nas coisas dele e as levando para o carro. Logo os dois estavam nele.

-Calma, ela vai aparecer. – Jake falou, tentando acalmar o irmão.

Alex suspirou e ligou o motor.

-Na verdade era bem melhor que ela não fosse. Preciso de umas novas férias dessa garota. – Alex bufou, mas sorriu de seguida. – Mas me irrita profundamente que ela faça esse tipo de coisas. Primeiro enche minha paciência para eu a levar com a gente, usando dos mais variados meios para conseguir. Desde a sedução, até às chantagens emocionais e propriamente ditas. Agora decide não aparecer. É TÃO Ashley! – Ele suspirou irritado.

-Sabe, eu não entendo porque não termina com ela se já não a suporta. – Jake questionou.

Alex acelerou o carro quando entraram na Estadual que os levaria ao aeroporto e revirou os olhos.

-Por imensos motivos. O principal de todos: o sexo é bom. Muito bom. Bom demais. Aquela garota topa tudo. – Sorriu satisfeito. – Segundo: Eu não gosto de ficar solteiro e uma garota gostosa e fácil como a Ashley não cai do céu duas vezes em sua vida. E por último: quem te falou que é fácil terminar com aquela lá? – Terminou sua enumeração, feita pelos dedos, voltando a atenção à estrada.

-Mas você também ainda não fez questão de tentar, estou certo? – Jake ergueu o sobrolho.

-Você me conhece bem, mano. – Alex sorriu sapeca.

-Agora mudando de assunto. Verdade que o Dunkie vão com a gente?

-Claro. Ele era o meu melhor aluno! Vai também a Amy, a namorada dele. Você se lembra dela, né? Aquela rock girl sem papas na língua.

-Bem estilo do Dunkie. – Jake assentiu. – Só a vi uma ou duas vezes de longe, quando ela foi buscar ele na Uni. E quem mais vai?

-Vai a . – Alex falou rápido demais.

-A ? – Jake questionou sorrindo de canto.

-Aaah, eu já te falei dela. – Alex emburrou. – Aquela garota do parque, que me jogou no lago e ficou chorando pela roupa… - Continuou a explicação quando Jake fez ar de quem não estava recordado.

-Ela é sua aluna? – O irmão questionou surpreso.

-Não te contei?

-Acho que sim. Mas sabe como minha cabeça anda…mas legal. Finalmente vou conhecer a tão afamada garota.

-Afamada? - Alex franziu a testa, confuso.

-É! Você não se calava de falar dela quando a conheceu… - Jake relembrou.

-Você está exagerando. – Alex se defendeu, dando de ombros.

-Exagerando? Eu? ‘Tá! Eu lembro bem, disso eu lembro. Era garota do parque para aqui, garota do parque para ali, garota do parque, garota do parque… - Jake provocou o irmão, que o mandava calar, irritado.

-Por favor, guarde sua língua na boca perto de e, principalmente, para o bem da minha integridade física, perto da Ashley. – Alexander implorou, fazendo o irmão gargalhar e erguer as mãos em rendição, quando recebeu um olhar quase assassino em resposta.

Parte II

-Bikinis? Visto. Vestidos de verão? Visto. Havaianas? Visto. Roupa para o dia-a-dia? Visto. Roupa interior? Visto. Roupa de dormir? Visto. Teddy? Visto. Nécessaire com produtos de beleza e higiene? Visto. Equipamento de mergulho completo? Visto. Ai droga! Porque eu sinto que está faltando algo? – passarinhava, assarapantada, pelo quarto, checando suas malas para a viagem pela enésima vez em menos de meia hora.

-Relax, dude. Assim tu tem uma coisa! Pára um pouco de andar, respira fundo e olha para o quarto com calma. Pode ser eu você se lembre do que quer que esteja faltando. – Amy sugeriu, jogando as mãos para o alto.

-Ok, ok. Parei. Respirei fundo… - inspirou tanto ar que engasgou. – Estou bem. – Sossegou a amiga que vinha socorrê-la.

-Você está nervosa de mais. – Amy rolou os olhos.

-Você sabe o quanto isso está dando cabo de mim? Saber que vou passar 24 horas por dia perto de Alex, fazendo aquilo que mais amo…

-Sexo? – Amy provocou.

-NÃO! M-mer-gulho. – Gaguejou corando violentamente.

-Amiga, tu tem de perder a virgindade logo. Esse ar de santinha pode conquistar o Alex, mas abstinência não segura homem! – Aconselhou.

-AMANDA! Se ele me amar, terá paciência. – tentou parecer certa de si.

-Claro, claro. Vai te fiando nisso. – A amiga rolou os olhos.

-Você acha que ele só vai…querer…você sabe…

-Te saltar em cima? - Amy desbocou, dando de ombros à cara de escândalo da amiga. – Não. Claro que não. Mas lembre disso: Alex é um homem; homem tem necessidades, a maior parte sexuais; e Ashley deve ser muito boa na cama para segurar por mais de dois anos um homem como Alex. – Amy enumerou pelos dedos.

-Ok, você conseguiu. Eu desisto. – se afundou na cama. – Eu NUNCA vou conseguir ocupar o lugar da Ashley. – Suspirou tristemente.

-Mas quem falou em ocupar o lugar da Ashley, criatura? Desde quando aquela lá tem algum lugar, sequer, que não o de puta! Amiga, eu aposto todas as minhas fichas que Alex está apenas esperando uma oportunidade para dar um pé na bunda daquela siliconada. E essa oportunidade é você! – Piscou o olho, puxando a amiga pela mão para se recompor.

-Amy, você é a melhor amiga do mundo! Só você consegue me botar pra cima. – sorriu abraçando a amiga.

-Eu não digo as coisas só pra te agradar, girl. Eu digo o que eu penso e acho que tem de ser dito. Doa a quem doer. – Se explicou.

-Eu sei disso. E acredite que 60% do que me diz dói pra caramba, mas são os outros 40% que me botão de pé.

-Own, isso foi a coisa mais sweet que me disseram, dude! – Amy abraçou forte a amiga. – Agora vamos levantar daqui e vamos embora. Dunkie já deve estar criando raízes lá fora.

-Lembrei o que faltava! – alertou saltando da cama e indo até a gaveta do seu criado mudo e pegando seu diário.

-Você só pode estar brincando comigo, certo? – Questionou incrédula.

-Isso é muito importante pra mim, ‘tá! – se defendeu, apertando o diário contra o peito, o guardando em seguida numa das malas, por baixo de um amontoado de roupas.

-Isso é tão teenage decadence. – Amy revirou os olhos.

-Agora sim, podemos ir. – falou sorridente, ignorando o comentário da amiga.

Parte III

-O voo 4727 com destino a Honolulu terá partida em 15 minutos. Todos os passageiros devem se dirigir ao portão de embarque F. – A voz nasalada do altifalante soou por todo o aeroporto.

apertava fortemente o braço da amiga enquanto caminhava pelo saguão do aeroporto em direção ao canto que os irmãos Black os estavam aguardando.

Alex olhava em volta, ansioso com a chegada dos seus novos colegas. Pelo menos era isso que ele tentava se convencer, mesmo que fosse outra coisa que o seu subconsciente gritasse. Ou, melhor, outro alguém. Alex se perguntava quanto tempo iria continuar se enganando em relação aos seus sentimentos. Mas antes de conseguir chegar a qualquer conclusão, ou sequer prosseguir com as suas batalhas internas, seus olhos captaram a silhueta encolhida e tímida de . Automaticamente um sorriso iluminado rasgou em seus lábios, ocupando todo o seu rosto.

-Vocês chegaram! – Exclamou animado, sem tirar os olhos da sua ex-aluna.

Amanda pigarreou e tentou disfarçar a situação suspeita do ex-professor.

-E aí, teach! – A garota o cumprimentou despojada.

-Oi Amy. O ano letivo terminou. Agora seremos apenas colegas.

-Viu só. – Amy deu uma leve cotovelada na amiga.

-Ei, Dunkie! Que bom ver você! – Jacob saiu do seu canto, cumprimentando o colega de classe.

Ambos cursavam juntos Engenharia Mecânica e apesar das diferenças, eram amigos.

-Wow! Que.Ga.To! – Amy sussurrou no ouvido da amiga. – Gostosura vem de família. Olhe-me só aquele bumbum!

-Amy! Se controle. Eles estão vindo… - a repreendeu sussurrando entre dentes.

-Jake, essa é a Amy. A minha girl. – Duncan apresentou, abraçando possessivamente a namorada.

-Ei, Amy. Finalmente nos conhecemos pessoalmente, hein! – Jake apertou a mão que ela estendeu.

-Finalmente mesmo. – Ela respondeu, maliciosa, mordendo o lábio. – Pena que eu já sou comprometida. E muito bem comprometida. – Continuou. – Mas minha amiga não! Ela é to-tal-men-te sol-tei-ra! – Soletrou bem devagar, puxando o braço da amiga e a jogando nos braços de Jacob.

-Amanda! – soltou um gritinho repreensor, sorrindo constrangida para o rapaz.

Alex se engasgou na própria saliva com a frase de Amanda, ficando vermelho só de pensar em com outro homem qualquer, que não ele.

-Vamos indo. – Alex pigarreou, tentando ocultar suas emoções.

-Você que é a , certo? – Jake perguntou com um sorriso traquina no rosto.

-S-sou. C-co-mo… - Ela gaguejava, vermelha que só visto, olhando em direção a Alex, que fingia nem estar ali, olhando em volta.

-Era a única que faltava. Se a Amy é aquela ali, você só podia ser a . – Jake contornou o seu deslize, olhando sugestivo para o irmão. - Jacob. Jacob Black. – Se apresentou, estendendo a mão para a garota cumprimentar.

a estendeu relutante e Jake a pegou, levando o topo da mão até seus lábios, a beijando de forma cavalheiresca ao tempo que olhava divertido para o irmão.
Alex trincou os dentes e revirou os olhos à provocação de Jake, dando de costas para aquilo.
arregalou os olhos com o gesto anormal de ambos os Black e corou violentamente com o beijo cordial do mais novo.

-Todos os passageiros do voo 4727 com destino a Honolulu, devem se dirigir de imediato ao portão de embarque F.

-Nosso vôo. – Alex avisou, pouco satisfeito com a brincadeira do irmão.

Os cinco se encaminharam até o portão de embarque e em seguida para dentro do avião.

-Sejam bem-vindos US Airways, tenham uma boa viagem. – Uma aeromoça desejou, quando os cinco entraram no avião.

Poucos metros à frente, outra os aguardava, pegando os bilhetes e distribuindo os lugares.

-Os senhores são das poltronas 35D e 36D. – Apontou os assentos para os Black. – Vocês são das poltronas 38E e 39 E. – Indicou as poltronas à frente dos irmãos, onde uma criança gorducha e mal encarada estava sentada, bem na poltrona no meio dos dois.

Duncan fez um cara feia para o garoto, quando este se recusou a sair do assento. O garoto pouco se abalou e Duncan estava prestes a perder a cabeça.

-Ei, puto! Te dou 15 pratas pra tu encher o bucho se tu levantar esse traseiro gordo daí e nos deixar o resto da viagem em paz. – Duncan ofereceu, botando a mão na carteira.

-15 pratas só pagam o lugar. O resto da viagem vai custar mais caro. – O garoto cruzou os braços.

-Escuta aqui… - Amy estreitou os olhos de forma ameaçadora, se abaixando ao nível do menino. – Eu estou em liberdade condicional por ter morto 3 buchas como tu, porque eles me encheram a paciência, se tu não fizer direitinho o que o meu namorado disse e pegar a merda das 15 pratas, tu ocupa o 4º lugar da minha lista. Entendeu, dude? – Amy ameaçou e o garoto se acagaçou de imediato, saltando do assento e se encolhendo no seu insignificante lugar, do lado do corredor.

-Sweet. Pronto, amor. Seu lugar. – Ela apontou para o assento do meio com um sorriso vitorioso.

-Eu sei que isso vai soar ridículo e meloso, mas gata, eu te amo! – ela a beijou de forma pouco convencional para menores de 18 anos.

Os Black gargalharam perante a atitude aloucada da garota e se encolhia de vergonha e medo de serem expulsos do avião por ameaças de morte e delinquência, mas a própria aeromoça parecia divertida enquanto babava nos irmãos Black.
pigarreou, não gostando do olho gordo da moça para cima de Alex.

-Seu lugar é o 37D. – Indicou seca, pouco satisfeita pela interrupção.

Só nessa altura percebeu que sua poltrona ficava bem do lado da de Jacob. Hesitante, ela olhou da poltrona para o seu parceiro de viagem e tomou o fôlego antes de se sentar.
Os irmãos, que conversavam distraídos, pararam de o fazer e olharam para a garota parada de pé do lado do conjunto D, de 3 lugares, em que eles estavam sentados.

-, posso te chamar assim? – Jacob perguntou, bolando um plano e olhando de soslaio para o irmão, que pigarreou e fingiu olhar pela janela.

-Uhun. – Ela assentiu desconexa e nervosa.

-, será que posso ficar com o seu lugar? A gente troca de poltrona. É que os vôos me dão a volta ao estômago e é melhor ficar do lado do corredor para ir mais rápido no banheiro. – Se explicou da forma mais convincente possível.

engoliu em seco ao constatar que iria ficar no meio dos dois Black, bem do lado de Alex, mas poderia ela ser tão insensível e recusar aquele pedido agonizado?

-T-tu-do bem. – Ela assentiu aos gaguejos, recebendo um sorriso gigantesco de Jacob, que trocou imediatamente de lugar com ela.

-Senhores passageiros, pedimos que apertem os cintos pois o avião 4727 vai levantar vôo dentro em pouco. Assim que o sinal fechar, poderão retirá-los. Obrigada. – A voz de uma das aeromoças soou no altifalante.

tentou apertar o cinto nervosamente, mas suas mãos tremiam de tal forma que lhe era quase impossível executar essa ação.
Jacob, se apercebendo disso – e da falta de tato do irmão, que apenas a olhava inquieto -, se ofereceu para a ajudar, apertando o seu cinto. agradeceu e logo em seguida comprimiu os olhos quando o avião começou andando pela pista.
Jacob olhou o irmão de forma sugestiva e este lhe deu os ombros, abanando a cabeça em negação, com uma expressão confusa.
Jacob fazia gestos frenéticos, pegando sua própria mão e apontando para de seguida. Alex abanou de novo a cabeça, confuso e Jake bufou irritado, querendo estrangular o irmão tapado.

-Pega a mão dela! – Jake falou sem som e em seguida um gemido assustado rompeu dos lábios da garota entre eles, quando o avião decolou da posta.

Alex olhou do irmão para a mão da garota, que apertava com força os apoios da poltrona e Jacob rolou os olhos, pegando a mão esquerda dela e a afagando para lhe transmitir calma e segurança.
No mesmo segundo, Alex tomou consciência do que Jake tentava dizer e pegou a mão direita dela, fazendo o mesmo que o irmão.
prendeu a respiração ao sentir as mãos de ambos pegando as suas ao mesmo tempo. Temeu abrir os olhos, não para constatar que estava alucinando, mas apenas por medo de perceber que já estava fora do chão.
Essa será uma longa e dura viagem. pensou.

Parte IV

Nos mares agitados do Pacífico, um ser mítico ondulava com as ondas do oceano. Seus mais variados nomes caraterizavam a sua espécie, que era mais um mito do que uma realidade.
A verdade, é que já haviam poucos como ela. Muitos viviam nas águas agitadas do Atlântico, outros se aventuravam e se arriscavam a viver nas obscuras e gélidas águas do Ártico…Esta, em específico, odiava ficar parada em um único lugar. Conheceu todos os cantos do mundo, viveu romances proibidos, foi musa de muitas poesias e muitos sonetos, pesadelos de muitas mulheres…Era tágide, ninfa dos oceanos, ondine, sereia…o que lhe quisessem chamar.
Sozinha vivia de aglomerado em aglomerado, passando por várias comunidades serénicas; sem família, mas filha de todos.
Sua beleza era transcendental. A pele branca, translúcida; o rosto oval, pintalgado de sardas; os olhos verdes, raiados de dourado; os lábios cheios e rosados; o nariz pequeno e arrebitado; e longos, escuros e ondulados cabelos castanhos arruivados, que lhe cobria os seios fartos. A cintura era fina, com uns quadris bem delineados.
Teve vários nomes, dados pelos humanos, mas de entre todos escolheu apenas um: . Era um nome sonoro e bonito. Pertencera a uma das raras amigas humanas que tivera. Esta lhe durara uma vida inteira, desde a sua terna juventude, até o leito da sua morte.

, a atual, era aventureira e amante da vida, mas depois de perder muita gente, tantos amores, tantas vidas tomadas pela morte, ela se questionava qual a vantagem de se viver eternamente.
Bom, na verdade ela podia morrer quando quisesse; bastava construir um casulo de algas venenosas e esperar que todo o seu corpo definhasse com o envenenamento. Era como fechar os olhos e se deixar dormir. Uma morte indolor, mas eficaz.
E era por esse mesmo motivo que estava viajando para o Hawaii; para preparar a sua partida.
Vivera o suficiente, conhecera todos os cantos do mundo dos oceanos – e alguns cantos da terra. O Hawaii fora a sua primeira casa. O lar onde nasceu e onde seus pais morreram juntos e felizes. Os seus casulos permaneciam no mesmo lugar, como túmulos em um cemitério.
Sim, havia essa grande semelhança com a cultura humana. A grande diferença era que o local onde os casulos estavam era um local belo, iluminado e colorido e quando algum deles decidia morrer, era feita uma grandiosa festa – como os humanos denominavam esse tipo de acontecimentos – celebrando a decisão difícil e ponderada. Vinham seres de todo o mundo marítimo e muitas vezes eram celebrados, ao mesmo tempo, casamentos, abençoados pelos que ainda iriam morrer.
Dizia-se, também, que se alguma sereia desse à luz na hora do último suspiro, era porque ainda não era hora de partirem. O suspiro viajava pelos mares e se alojava no pequeno peixe-bebê serénico.
Por isso sereias grávidas não eram bem-vindas nas celebrações.

se recordou da celebração da morte dos pais e do quanto eles estavam felizes.
Esse fora um século em que muitas sereias e tritões chegaram ao fim dos seus dias.
Foi o século das Celebrações porque a todos os anos mais e mais seres decidiam ter o Descanso Eterno.
era a única que se sentia triste nessas alturas. Talvez pela tamanha convivência com os humanos, ou porque sentia que uma vida tomada não devia ser celebrada…
Sua morte seria uma incógnita. Sem conhecimento de ninguém, sem celebrações.

Chegada ao local onde o casulo de seus pais estava incrustado, como uma rocha, suspirou triste. Pousou no chão arenoso os metros intermináveis e incontáveis de algas venenosas, que colhera durante a sua viagem, bem do lado dos casulos dos pais.
Ainda teria de tomar coragem e fôlego para construir o seu casulo.
Não que tivesse medo de morrer, mas estaria tão cansada assim de viver para desistir de lutar?

N/A: E aí? O que acharam desse capítulo? A AlexGirl está se metendo em uma enrascada que nem vos digo, nem vos conto. Kkkk
Weeeee! Vocês – sereias – já entraram no capítulo! Gostaram desse monte de coisas que eu inventei? Fez sentido ou foi só um monte de idiotices que escrevi? Kkkkk
Bom. Agora ainda não sei quando as JakeGirls vão entrar de novo, mas tentarei colocá-las em cena o mais breve possível, tá!
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Kisses da Baby