Choices - Escolhas









Thirtieth Chapter


Eu o deixei cair, meu coração,
E como ele caiu você se ergueu para reivindicá-lo.
Estava escuro e eu estava acabada,
Até que você beijou meus lábios e você me salvou.
Minhas mãos eram fortes, mas meus joelhos eram muito fracos,
Para estar em seus braços sem cair aos seus pés.
Mas tem um lado seu que eu nunca conheci.
Todas as coisas que você diria elas nunca seriam verdades.
E os jogos que você jogaria, você sempre ganharia.

Em La Push…

O dia tinha corrido calmo para todos e os casais apaixonados queriam aproveitar o resto do tempo que ainda tinham ao máximo. Como se a qualquer momento essa paz pudesse acabar.

-O que está passando por essa cabecinha linda? – Jake questionou, apertando mais o seu abraço em torno de e acariciando sua cabeça, enquanto os dois permaneciam sentados na areia da praia, olhando as estrelas brilhando alto. estava sentada entre as pernas de Jake e encostada em seu peito, sentindo seu coração bater de encontro às suas costas, forte e apaixonado.

-Nada. – Ela sibilou mais baixo que o vento.

-Eu te conheço. – Jake se inclinou um pouco para a frente, para olhar o rosto de . – Se você não me disser o que está pensando eu não poderei te ajudar. E eu quero tirar essa ruguinha de preocupação de sua testa. – Passou um dedo pela testa dela, delineando as linhas fundas que ela não conseguira disfarçar desde que soubera que Sean estava com os Volturi e era um deles.

Por mais que quisesse se proteger dele, ainda tinha esperanças de conseguir tornar Sean numa pessoa melhor…num vampiro…suspirou.

-Parece que tudo luta contra a minha felicidade e paz. Nunca nada está bem por muito tempo… - desabafou consternada.

-Isso não vai durar, eu prometo. Você ainda será muito feliz. Eu te farei muito feliz. Te manterei segura, cuidarei de você, eu prometo. – Jake falou firme.

-Sempre haverá algo para nos perturbar. Nós, Sean, Renesmee… - Carregou bem fundo o nome da meia vampira, indicando que ela era o maior de todos os seus problemas, mesmo que agora ela não estivesse interferindo…

Mas não conseguia parar de pensar no futuro. Quando Renesmee crescesse e ficasse tão bela quanto uma vampira. envelheceria e Jake congelaria no tempo enquanto se transformasse. Renesmee era perfeita para ele, não ela. Por isso o imprinting tinha sido com a meia vampira.

-Renesmee não é nenhum problema. – Jake a repreendeu.

-Desculpe. – baixou o olhar.

-Eiei. – Jake puxou seu queixo para cima. – Ela não é nenhum problema porque eu já fiz a minha decisão. Não sei o motivo, se foi por eu ser o Alfa ou se por eu simplesmente te amar verdadeiramente antes dela surgir, como eu nunca amei ninguém, nem Bella. Só sei que é você a minha escolhida. Entendeu?

balançou a cabeça em afirmação e continuou olhando as estrelas, tentando acreditar no que ele dissera. Sabia que em parte era verdade, mas sabia que as coisas mudariam quando Renesmee crescesse…mas para quê sofrer antecipadamente se sua vida já estava tão instável? se forçou a lutar por seu amor e a viver intensamente cada momento que lhe restasse.

oOo

Embry carregava em seus braços sua noiva, a depositando de seguida em sua cama. Suas roupas já estavam espalhadas pelo quarto e apenas uma peça de roupa restava retirar. Embry distribuiu beijos pelo rosto de Leah, descendo pelo maxilar, pescoço, se demorando em seu colo, lambendo o umbigo e enganchando seus polegares no elástico da calcinha dela, a puxando devagar para baixo, ao tempo que sugava e mordia a pele no ventre.
Jogou a pequena peça para um canto qualquer e se deteve acariciando as coxas de sua namorada e brincando com sua língua no umbigo dela. Leah se retorcia com aquelas carícias, mantendo os olhos fechados e sentindo seu baixo-ventre se contorcer de vontade de sentir um toque mais profundo.

Como se lesse os pensamentos da amada, Embry desceu seus beijos até o ponto de excitação dela, deslizando sua língua e provando do seu sabor maravilhoso e doce. Um sabor único e viciante.
Embry pressionou a língua no ponto de carência de Leah e de seguida deslizou-a até o seu centro encharcado, sugando toda a sua excitação. Se atreveu a arranhar a sua “menina” com os dentes, de leve, e a sugar os lábios, os prendendo entre os seus. Leah se contorcia toda, sentindo suas pernas perderem as forças e ganharem vida própria. Suas mãos agarravam firmemente o lençol, o puxando de tal forma que o escutou rasgar umas quantas vezes. Mas não se importava. Nem se dava conta disso. Apenas queria continuar a delirar com a forma como seu noivo a estava amando.
Sentiu seu ventre aquecer e borbulhar e seus dedos dos pés se contraírem. Suas costas arquearam enquanto ela mordia o lábio com força, sentindo sabor de sangue em sua saliva, para conter um grito alto de êxtase.

Embry lambeu todo o mel que sua amada deitara e tornou a subir seus beijos até chegar nos lábios dela, onde a beijou vorazmente apertando sua ereção de encontro à coxa dela.
Leah enlaçou suas pernas em torno do quadril de Embry, friccionando seu centro latejante na ereção do noivo. A fricção foi se tornando mais profunda e violenta e então Leah empurrou Embry, que a olhou confuso, para se colocar de joelhos na cama e tronco rebaixado. Embry entendendo a posição, se colocou atrás dela a preenchendo de uma vez e urrando junto com ela. Leah pedia entre arquejos que ele a agarrasse pelo cabelo e a penetrasse forte, rápido e fundo.
Embry se subjugou aos pedidos da noiva com todo o prazer, o que os levou ao êxtase num piscar de olhos.
Ambos caíram exaustos na cama, suados e arfando audivelmente. A cama rangia com os seus movimentos o que os fez rirem alto e se abraçarem, sob os protestos da mobília.

Em volterra…

Mas eu ateei fogo à chuva,
A assisti cair enquanto tocava seu rosto,
Bem, ela queimou enquanto eu chorava,
Porque eu a ouvi gritando seu nome!
Com você eu poderia ficar lá.
Fecho meus olhos, sinto você aqui para sempre,
Você e eu juntos, nada é melhor!

Karoline mantinha os olhos baixos, escutando atentamente a reprodução de Aro do seu sonho. Estava envergonhada em ter de expor dessa maneira sua vida pessoal, mas nada poderia fazer se Aro tinha controle sobre si e sabia exatamente cada pormenor de seu sonho.

-Vocês estavam se beijando, não era? – Aro provocou, forçando a humana a responder.

Karoline engoliu em seco, sentindo seus olhos arderem e seu coração bater descompassado. Só queria fugir dali e não ter que olhar de novo para a cara de Alec. O que ele pensaria dela se ela confirmasse que tivera um sonho premonitório em que ela e Sean estavam se beijando. Não que isso fosse de grande relevância para Aro, mas o porquê de se estarem beijando é que importava.

-Sim. – Sua voz saiu baixa e trêmula, engolindo em seco de seguida.

Escutou uma risadinha perto de si e ergueu o olhar para ver Demetri dando um leve encontrão em Sean, que olhava Karoline intensamente.
A humana desviou seu olhar de imediato, se sentindo corar de novo.

-Oh! Ela cora ao olhar o recém-nascido! Esplêndido! A humana mais controlada que eu conheço se descontrola ao olhá-lo. – Aro bate palmas uma vez mantendo um ar espantado e animado.

-E o que aconteceu a seguir, meu irmão? – Marcus questionou com a voz arrastada, como se aquela história lhe desse sono.

-Ah, claro. Estava me esquecendo. – Falou como se isso fosse realmente possível. Um vampiro nunca se esquecia de nada. Era de sua natureza. – Sean e Karoline se beijavam, muito apaixonadamente, pelo que constei, e aqueles lobos os cercavam. Parecia uma despedida, não é? Mas sabe o que mais me intriga? Eu não vi mais ninguém da nossa guarda por perto. Será que Sean fugiu com a humana Karoline para ir atrás da sua obsessão, que se denomina Storm? Mas que surpreendente, meu caro…é obcecado por uma e quer outra…Ou será que foi a pobre humana que perseguiu o seu novo objeto de paixão? Perdeu o interesse pelo nosso Alec? – Aro continuou provocando, apontando para o outro vampiro. – Terei de tomar medidas para ambos os casos. – Falou pensativo. – Tranquem os dois nas masmorras! – Exigiu, olhando para Félix e Demetri.

Sean quis lutar, mas quando viu Demetri exibir os dentes, perto do pescoço de Karoline, cedeu àquela ordem e seguiu Félix por sua própria vontade.
Assim que foram jogados nas masmorras, Karoline se colocou em posição defensiva, envolvendo seus braços em torno das pernas e enterrando o rosto nos joelhos. Sean se aproximou silenciosamente, escutando atento os soluços da frágil humana.

-Não chore. – Ele sussurrou, pairando uma mão sobre a cabeça dela, sem saber se a tocava ou se se afastava. – Ele não merece você…

-Merece você!? – Karoline se exaltou, o olhando exasperada.

Sean trincou o maxilar, se afastando de Karoline apenas alguns metros e batendo com a cabeça contra a parede.

-Desculpe, Sean…eu não quis gritar com você. – Se lamentou, fungando.

-Ele tem razão.

-Hãn?

-Aro…tem razão. Sou obcecado por . – Pausou, soltando um bafejo e fitando o teto. - Ela é minha irmã. Não de sangue. Eu sempre a amei. Sempre me senti culpado por a amar de um jeito que não podia. Porque ela era minha irmã. Mas o ódio me consumiu quando descobri que a podia ter tido para mim mais cedo, antes daquele monstro que a engravidou. Eu sou adotado. – Sean foi confessando, olhando um ponto sem horizonte.

-Você parece arrependido dessa obsessão…porque não desiste dela…

-NUNCA! – O vampiro gritou, fazendo-a se sobressaltar e se encolher de medo. - Eu preciso a salvar das garras daquele monstro. Preciso cuidar da minha filha! Minha! Sophia é minha! é minha! Não de Jacob Black! Eu vou acabar com aquele cachorro pulguento com as minhas próprias mãos! O farei se arrepender por ter cruzado o meu caminho e por ter tocado num fio de cabelo de minha . Minha! – Sean repetia alterado, como se tivesse tendo um surto de raiva e descontrole que assustou Karoline profundamente.

Ela não conhecia esse lado de Sean, apesar de já ter sonhado com algo assim. Mas assistir aquilo de perto era aterrador. Sua respiração sumia, seus batimentos cardíacos paravam. Era aterrador a ponto dela ter medo de sequer pensar.
Sean, ao ver o olhar aterrorizado da humana se recompôs, arregalando os olhos e passando as mãos pelos cabelos, os puxando.
Tudo o que menos queria era afastá-la de si.
Noutra coisa Aro tinha razão. Sean era obcecado por , mas queria Karoline para si também.

-Desculpe. – O vampiro pediu de rosto contorcido, como se pudesse chorar a qualquer momento.

Isso tranquilizou um pouco Karoline, que por fim respirou e piscou os olhos, se mexendo ainda temerosa.

-Eu não queria te assustar. Eu te quero muito bem, Karoline. – Murmurou, se colocando de joelhos e se aproximando dela aos poucos. Uma mão pousou no rosto dela, que estremeceu com o toque. – Se não existisse tudo poderia ser diferente entre nós, eu sei que sim. – Continuou se aproximando e agora seus lábios estavam mais próximos dos dela. A humana já sentia o hálito gelado e perfumado ricochetear em sua boca, a fazendo salivar e ansiar pelo beijo. – Eu te faria muito feliz. – Terminou o discurso depositando um leve beijo nela e prendendo a respiração, para não ficar com sede do sangue dela.

Foi um beijo calmo e terno, cheio de promessas, que terminou levemente, com um suspiro saído dos lábios dela.
Seu primeiro beijo. Aquele que ela tanto sonhou acordada que Alec lhe dessa. Mas ele não correspondia a seus sentimentos. Não como Sean…

Eu ateei fogo a chuva
E eu nos joguei nas chamas,
Bem, eu senti algo morrer
Porque eu sabia que aquela era a última vez, a última vez!
Às vezes eu acordo perto da porta,
E ouvi você chamar, devia estar esperando por você
Mesmo que, quando já estamos acabados,
Eu não posso evitar de procurar por você.
Deixe queimar!
(Set Fire To The Rain - Adele)