Choices - Escolhas









 Thirtieth First Chapter 

Um passo para fora e parece que está chovendo
Este é o som no vidro da sua janela
Andando pelas ruas, mas você não pode ignorar
Aquele é o som que você estava esperando.

Em Volterra…

Sean permanecia pensativo a um canto das masmorras sob o olhar atento de Karoline. Já haviam se passado dias desde que foram trancados lá e raras eram as vezes em que eram alimentados. Por isso Sean se mantinha o mais longe possível da humana e esta lutava contra os seus impulsos para controlar seus batimentos cardíacos, o que não custou tanto assim visto que estava demasiado fraca.

-Porque os Volturi me quiseram? – Sean questionou sem olhar para ela.

Vê-la naquele estado, tão frágil e desprotegida, sem que ele pudesse fazer alfo, só o fazia sentir mais raiva daqueles vampiros metidos a Reis do Universo.

-Por causa do seu poder. – Karoline falou indiferente. Se concentrava em esquecer sua barriga roncando de fome.

-Meu poder? – Sean por fim a olhou, vendo que ela comprimia os olhos com força. – Você está se sentindo bem? – Ele perguntou, relutando em se aproximar dela.

-Estou. Só…tenho tanta fome que chego a ficar enjoada. – Ela explicou. – Você tem o poder da compelição. – Contou por fim. – Não sabia? – Ela questionou o olhando e o vendo de cenho franzido.

-O que é…comp…com… - Sean não conseguia dizer a palavra.

-Você tem o poder de fazer qualquer humano ou vampiro obedecer a suas ordens. – Ela explicou o vendo fazer uma careta interessada e atenta.

-E como eu faço isso? – Ele perguntou se sentando a poucos metros de Karoline.

-Você só tem de olhar nos olhos da pessoa e dizer o que quer dela. Você pode comandar quem quiser a fazer seus desejos durante algum tempo. – ela continuou explicando, mas foi interrompida pela sua barriga roncando alto, o que a constrangeu e a fez corar.

Sean se afastou em velocidade vampírica, batendo com as costas de encontro a uma parede e prendendo a respiração, ao mesmo tempo que colocava a mão no nariz.

-Me desculpe. Eu…eu não consegui controlar. – A humana pediu, envergonhada.

-Isso tem de acabar. Eles não podem te tratar desse jeito. Comigo não tem problema, mas você ainda é humana. Você é frágil. Precisa de cuidados. Precisa se alimentar para sobreviver… Eu tenho de fazer alguma coisa. – Sean se enfureceu, caminhando até a porta tripla de ferro e a esmurrando.

Antes tinha feito isso para tentar sair, mas havia sido inútil. Aquela masmorra tinha sido construída à prova de vampiros.
Então ele começou gritando. Chamando por alguém que viesse abrir aquela porta. Tinha já um plano em mente.

-Sean. Pare. Ninguém escuta a gente. Não que eles não possam, mas porque eles não querem. – Karoline ia falando, se erguendo a custo e se aproximando do vampiro. - Aro vai nos manter aqui… - Continuou falando, mas suas forças se esvaíram e acabou desmaiando.

Sean a socorreu prontamente, impedindo que ela caísse no chão e se machucasse. Sua raiva borbulhava em suas veias. Não havia sangue correndo em seu corpo, visto ele ser um vampiro, mas a raiva ocupava bem o papel do sangue, correndo rápido e se alastrando por todo o seu corpo.
Seus olhos faiscaram e depois de pousar delicadamente a humana a um canto afastado, usou toda a sua velocidade e força para deitar a porta abaixo. Para isso se afastou o máximo que pôde e deu lanço, correndo o mais rápido possível de encontro à porta e a botando abaixo.
Com o estardalhaço, logo alguns membros da guarda chegaram. Demetri, Félix e Alec.
Sean atacou de imediato Félix, lhe dando uma chave de braço no pescoço e o deitando abaixo. Demetri logo saltou para cima dele, mas Sean conseguiu desviar o rosto a tempo de olhar nos olhos do vampiro e dizer:

-Corra atrás do seu próprio rabo. – E foi exatamente isso que Demetri fez, correndo em círculos atrás de si mesmo, como um cachorro.

Sean riu, mas levou um soco bem forte no rosto, de Félix. Este evitava cruzar seu olhar com o recém-nascido.
Alec ficou indeciso em ir ajudar Félix a capturar Sean ou em ir ver Karoline, mas quando Sean o olhou e murmurou um “ajude ela”, o vampiro não hesitou em ir ver a humana.
Se seu coração ainda batesse com certeza teria parado e pulado no peito, de seguida. Vê-la desmaiada era como tentar comer comida de humanos.
Se agachou ao lado dela, pegando seu frágil corpo com cuidado e a depositando em seus braços.
Os olhos dela tremularam, querendo se abrir, mas a fraqueza era extrema. Seus lábios rosados se afastaram e murmuraram coisas que um humano normal não teria escutado. Ela ora chamava por Sean ora por Alec, delirando de febre.
O vampiro correu o mais rápido que pode até os cuidados de Giana e a fez prometer que cuidava de Karoline.

-Jane não irá gostar nada disso. – Giana murmurou.

-O que você quer dizer com isso? – Alec perguntou lançando um olhar ameaçador para a ainda humana.

-Eu…eu serei morta se falar… - Giana gaguejou.

-FALA! – Alec ordenou.

-Jane ameaçou ela de morte se ela não se afastasse de você…se Jane souber que você continua se preocupando por essa humana, ela cumprirá com sua promessa. – Giana falou tudo muito depressa, temendo sua própria vida por estar falando, mas temendo ainda mais se não falasse.

-Cuide de Karoline. Eu lido com Jane. – Alec falou displicente, voltando costas e indo atrás da irmã.

.

Se alguma vez o seu mundo começar a se desmanchar
É quando você me encontra.
Deus ama sua alma e seus ossos em cinzas
Respire fundo, dê um passo, talvez para baixo
Todos são o mesmo
Meus dedos da mão para os do pé
Nós não podemos simplesmente pegar uma carona

Sean continuava lutando com Félix, tentando ao máximo olhar nos olhos do vampiro, mas este conseguia sempre manter seus olhos fora do alcance dos do novato.
Mas então Sean teve outra idéia. Se fingiu estar sendo vencido pelo vampiro mais fortão. O ponto fraco de Félix era a vaidade. Se ele julgasse que estava vencendo, iria abrir uma brecha para o poder de Sean, era nisso que ele apostava.
E foi exatamente isso que aconteceu.

-Cansou de lutar, franguinho. Você nunca será páreo para mim, garoto. – Félix se vangloriou, olhando no rosto de Sean, que mantinha os olhos fechados, apenas de fachada.

Então, rápido demais para Félix poder desviar, Sean falou ao tempo que abria os olhos.

-Se mate.

Félix arregalou os olhos, mas logo começou obedecendo, largando Sean e colocando suas mãos em torno do próprio pescoço e o arrancando, fazendo seu corpo cair no chão de seguida e a cabeça rolar a alguns metros.
Sean riu ao ver aquele cenário.

-Eu sou poderoso! – Falou abrindo os braços e rindo sarcasticamente.

Então ele correu até o salão principal, com um sorriso sardónico e maquiavélico no rosto, afastando as portadas com ambas as mãos, as fazendo baterem contra as paredes.
Aro o olhou estranhamente, sentindo uma pontada de temor, mas não quis demonstrar isso.


-Ora, ora quem é que nos veio visitar. – Aro falou irónico se levantando e sendo seguido por Renata, que mantinha uma mão no ombro do Rei.

Sean olhou para a vampira, percebendo que ela era uma proteção, e em poucas palavras disse:

-Se afaste e nunca mais o toque. – E foi exatamente isso que Renata fez.

Aro engoliu em seco, olhando a vampira obedecer sem lutar contra.
Então lançou um olhar a Jane, mas antes que esta pudesse fazer algo, Sean retribuiu o olhar à vampira e disse:

-Incuta dor a você própria. – E em segundos Jane estava gritando e se contorcendo no chão.

-Paz amigo. Isso é realmente necessário? – Aro questionou, tentando dar a volta à situação.

-Vocês brincaram com o fogo. Agora estão se queimando. Você vai voltar para aquela cadeira e nunca mais sair dela até minhas segundas ordens. – Sean compeliu e Aro começou caminhando para trás e caindo na cadeira, ficando preso a ela.

Quando foi para olhar os outros dois vampiros, que se achavam Reis mas que apenas eram submissos do irmão, eles já haviam fugido.
Sean sorriu. Não queria se preocupar com isso de momento.
Ele agora podia ter tudo. Ele agora podia ter e Sophia só para si. E ninguém iria o impedir disso.

Na Amazônia...

(POV Bella)

-Ness, me prometa que irá pensar com carinho quem você quer de verdade. Jacob ou Nahuel. Não vale a pena se machucar e machucar outros só porque quer fazer o certo. – Falei, segurando seu rosto perfeito com carinho.

A felicidade de minha filha estava acima de tudo e sei que Jacob também pensa desse jeito. Afinal ela é a impressão dele.
Desejo tudo de bom a , mas não acredito que Jacob seja capaz de trocar Nessie por ela quando minha filha crescer e o tiver escolhido, ao invés de Nahuel.
Sei que foi minha decisão afastar Nessie de perto de Jacob nessa altura, porque sei que ela estava sofrendo desnecessariamente quando sei que esse romance de meu melhor amigo com Jake terá um fim. Jake pertence a Nessie.
Sei também que minha filha acolherá Sophia como sendo sua e nunca a desmerecerá, caso Jake e Ness venham a ter seus filhos. Já …só desejo que ela seja feliz e que aceite tudo bem.

-Mas mãe… - Ness quis falar, mas eu a interrompi, colocando um dedo em seus lábios.

-Não pense agora.

Não falei mais nada porque Edward entrou, torcendo a boca ao ler os pensamentos da filha, com certeza tendo acesso a toda a nossa conversa.
Lhe lancei um olhar de quem não queria mais falar sobre esse assunto e meu marido assentiu.

-Vamos caçar? – Ele perguntou, me abraçando pela cintura e depositando um beijo em minha testa.

-Vão vocês. Eu tenho umas coisas para tratar.

-Que coisas? – Ed perguntou desconfiado.

Uma coisa que eu ainda não aprendera era a mentir. Principalmente para Edward, que me conhecia tão bem.
Então só teria a opção de desconversar.

-Coisas minhas. Depois eu explico. – Tentei dar um sorriso sapeca e olhei de soslaio para nossa filha, como se o que eu tivesse para dizer ela não pudesse escutar.

-Tudo bem. – Edward não pareceu acreditar muito em mim, mas não me contestou, saindo com Renesmee até a floresta.

Assim que deixei de os escutar, corri até o meu quarto e arrumei uma pequena mala de viagem. Ainda tinha muita roupa na casa em Forks e com certeza não iria ficar fora tanto tempo. No máximo 2 dias.
Corri apressada pelo lado contrário ao que meu marido e minha filha tinham ido caçar.
Logo logo estaria de volta a Forks.

(End POV Bella)

De volta a La Push…

Tudo continuava tranquilo demais, mas sentia que a paz iria acabar e não tardava muito.
Os dias de sol que haviam feito incessantemente nesses dias terminaram e o tempo se fechou em um temporal.
olhou para o céu, abraçando seu corpo e temendo por algo.
Baby Suh começou chorando em seu berço e caminhou até ela, a pegando no colo.
Os meninos estavam na ronda e isso incluía seu Jake. Apesar da calmaria, nenhum deles queria dar brechas para serem atacados. Alice continuava sem visões nenhumas que fossem relevantes.

-O que foi, minha pequena. Porque você está assim? Tem medo de trovão, é? – questionou, embalando sua menina.

Baby Suh esticou sua mãozinha e tocou o rosto de a fazendo ter uma visão.

-Nunca mais ninguém nos irá separar, meu amor. Seremos um do outro. Para sempre. – Sean falava, tocando o rosto de e beijando seus lábios de seguida.

ofegou com aquela visão, sem entender o que aquilo significava. Como Sean podia estar a querendo em termos amorosos. Eles eram irmãos!
Pelo menos era isso que ela pensava. Estava cada vez mais confusa quanto a essa obsessão de Sean por ela.
O que tudo aquilo queria dizer?

Mas estamos na estrada.
Perca-se até ser encontrado
Nade até se afogar
Ame até odiar
Pule até se quebrar
Saiba que nós todos caímos.
(All Fall Down – OneRepublic)