Olá irmão, irmã

Ambos ainda são muito novos para ler esta carta. Talvez a entregue quando tiverem idade suficiente para discernir o que vos digo. A ti primeiro, irmão.
Sempre desejei que tu chegasses. Durante anos pedi aos céus que me dessem alguém como tu. E mesmo quando deixei de acreditar continuei a pedir. E hoje tenho-te aqui.
Posso não fazer parte do teu diário, mas faço parte do teu coração. O sangue que te corre nas veias é o mesmo que o meu e mesmo que não me vejas, sei que sentes a minha presença quando precisas de mim.
Porque eu sempre vos velarei. Sempre estarei do vosso lado quando mais precisarem. Sempre serei o vosso Anjo da Guarda. Posso ainda ser um humano vivo, mas sei que fui destinada para vos proteger. Como se dos meus próprios filhos se tratassem. Terem idade para isso vocês têm, então considerem-me uma segunda mãe. A mãe que vos passa a mão na cabeça mesmo que mereçam um raspanete. A mãe que vos guardará debaixo da sua asa quando sentirem medo.
Pensem em mim sempre. Eu sempre estarei presente.