Angel of Mine









N/A : A fic irá começar muito jovial e até com um leve toque de humor, mas com o passar dos acontecimentos nos capítulos ela se tornará BASTANTE misteriosa e envolvente. Esperamos que gostem.
P.S. – Essa é uma parceria de BabySuhBR e May Black.

-Pare de puxar o vestido. Os caras estão começando a achar você estranha. – bravejou entre dentes, tentando disfarçar ao máximo o seu constrangimento.

-Você fala isso porque seu vestido é decente. Esse vestido é curto demais! – revidou.

-E então, vamos sentar ali no bar? – Um dos caras perguntou, envolvendo seu braço em torno da cintura de .

O amigo olhou para , se preparando para fazer o mesmo, mas esta lhe lançou um olhar pralá de significativo, passando na frente dele e seguindo atrás da amiga.
Os quatro se sentaram no bar e , com muito esforço, se sentou no banquinho, alto demais para o seu gosto, expondo, sem que ela pudesse conter, as suas coxas.
A morena ficou puxando o curto tecido, quicando no banquinho, torcendo para que sua calcinha não ficasse à mostra.
Se lembre de matar mais tarde. Anotou mentalmente, sorrindo constrangida para o tal amigo do amigo que estava saindo. Qual era o nome dele mesmo?

-Então… - estreitou os olhos, tentando se recordar do nome dele.

-Patrick. – Ele respondeu.

-Isso. – Ela assentiu o analisando.

Era um cara bonitinho, mas definitivamente – e de longe – não era o seu estilo. Muito menos achava o amigo dele, o que estava saindo oficialmente com pela 3ª vez, o estilo da amiga.

-O que você faz? – se arriscou a uma conversa, dando trégua à sua vontade de matar a amiga por vários motivos:

1º) Marcou um encontro com um cara.
2º) Sem o seu consentimento e conhecimento.
3º) A obrigou a usar um vestido vermelho.
4º) Que com certeza devia de ter encolhido na máquina de lavar/secar.

Poderia ainda arranjar mais um milhão de motivos para querer trucidar naquele preciso instante, mas resolveu engolir o seu ódio e fazer bonito.
Não sairia daquele encontro tachada de mal-educada ou antipática.

-Digamos que sou um boa vida. E não tenho vergonha de o dizer. Meu pai ganhou milhões com o seu negócio de importação e exportação de chinchilas para o fornecimento e fabrico de casacos de pele...

-Isso não é ilegal?! – questionou enojada, o interrompendo.

-Literalmente não. Apesar de ter havido uma quebra enorme no capital de uns anos para cá devido às inúmeras manifestações dos idiotas dos ambientalistas e defensores de animais… - sentia uma ânsia de vômito enorme acrescer a cada palavra suja que saía da boca daquele ser repugnante.

E quando pensava que mais nada poderia surpreendê-la, vindo daquele cara, ele para o seu discurso para ver uma loira estonteante, com um vestido semelhante ao dela – mas que lhe assentava visivelmente e definitivamente melhor – passar e se sentar no banquinho do lado do dele.
E o mais chocante foi o fato de ele nem se ter incomodado em dispensá-la – a , claro - e, simplesmente, lhe ter virado costas e iniciado a mesma conversa que estavam tendo e que – com toda a certeza – estava sendo do interesse da garota, já que ela sorria de segundo a segundo e tocava o braço dele.
Oh sim! Quando uma garota toca no braço de um cara, joga o cabelo para trás e sorri com todos os dentes que tem, não há dúvidas de que mantém um alto interesse por ele. Ou pelo menos pelo capital que o pai dele mantém às custas de pobres chinchilas.

Entediada se virou para o lado a fim de informar à amiga que estava de vela, oficialmente, mas esta já não se encontrava mais no bar.
girou o banquinho buscando com o olhar pela amiga, a achando no meio da pista de dança, dançando agarradinha a… não se lembrava do nome dele também.
A morena saltou do banquinho e atravessou aquele quinhão de gente, sendo pisoteada, acotovelada e empurrada por onde passava até chegar, por fim, ao pé de sua amiga.

-. – a chamou um pouco mais alto, devido ao som bombante da boate, mas esta não a escutou.

cutucou seu ombro e gritou mais uma vez pelo nome da amiga, que se separou um pouco dos braços do “ficante” e olhou aborrecida para .

-Não vê que eu estou ocupada?! Vá dançar com Patrick! – rezingou.

-Preferia me tacar de uma ponte. Além do mais ele prefere as loiras. – apontou para o bar e fez uma careta de “desculpa”, mordendo o lábio inferior. -Eu quero ir embora.

-Ah não! Fica vai! Curte um pouquinho o som, vai. – Pediu a empurrando para a pista de dança, a contra gosto de .

Esta suspirou pesadamente, se virando de costas pra dançar. Não queria presenciar a pegação da amiga. Era repulsivo demais.
Mas ao tempo que se vira e dá um passo em frente para se afastar um pouco, tromba com alguém.

-Desculpe. – Ela pediu, erguendo o seu olhar para o alto – pois a pessoa era bem mais alta que ela - e se deparando com uns profundos e hipnotizantes olhos negros.

O cara sorriu fechado e manteve suas mãos na cintura dela, e só nesse momento ela notara que ele a segurava para ela não cair, pois suas pernas tremiam pior que gelatina.
Sem saber como reagir, o que dizer, ou porque respirar, continuou ali parada, encarando o lindo rosto do rapaz.
Quando deu por si, seu corpo se balançava lentamente, junto com o dele, fora do ritmo agitado da música que tocava. Mas nenhum dos dois pareceu se importar.
Era uma sensação estranha e nunca sentida ou vivida por ela antes, estava ali dançando com um cara totalmente desconhecido, e nem estavam no ritmo da música, mas não conseguia parar, ou sair dos braços dele, ou sequer desviar de seu olhar tão intenso.
As pessoas ao seu redor dançavam agitadas e eles pareciam em outro lugar, num lugar só deles, ao se dar conta disso começou a ficar incomodada com toda essa intensidade em uma simples dança e o jeito como ele a olhava... Parecia enxergar dentro dela, sua alma, isso a assustou.

Não falaram nada, apenas continuaram a dançar e se olhar, até que a música acabou e decidiu sair dali, mas suas pernas ainda estavam bambas e ele pareceu perceber o quanto a tinha afetado com apenas aquela dança... Ele não falou nada, apenas continou olhando para ela, que sem mesmo saber como, conseguiu finalmente se livrar daqueles braços, e daqueles olhos, e se afastou indo de volta para o bar, mas jurava que ainda podia sentir aquele olhar acompanhando-a, pois um formigamento queimava em sua nuca.

Já sentada no balcão, de novo, se deixa vencer por sua curiosidade e pela estranha sensação de ainda estar sendo observada e se volta para encontrar os olhos negros do seu breve par de dança, de segundos atrás. Mas quando o faz não o encontra no lugar onde ele supostamente deveria de estar.

A morena percorre o olhar pelo restante da pista de dança, esperando o encontrar por ali, dançando com outra garota, ou simplesmente escorado em algum canto da boate, mas nem sinal dele. Como se ele tivesse evaporado, como se ele nunca tivesse estado ali…

Abanando a cabeça pelas constatações estapafúrdias que estava tendo gira de novo o seu banquinho, se virando de frente para o balcão, mas se sobressalta ao dar de cara com um homem demasiado próximo a ela, apoiado sobre o balcão, olhando-a fixamente.

desvia o olhar do dele e o escuta pedir duas bebidas. Que uma delas não seja para mim. Que uma delas não seja para mim. Ela repetia em sua cabeça, como um mantra suplicado, mas para seu infortúnio, quando as bebidas chegam o homem empurra uma delas na direção dela. Droga!

-Não bebo, obrigada. – Ela tentou ser o mais educada possível.

Não se admirava de estar sendo paquerada tão indiscretamente, visto estar com aquele vestido dois números abaixo do seu. E se admirava ainda menos se o cara achasse que ela estava vestida daquele jeito para flertar qualquer um.
Mais um motivo para acrescentar à sua lista para matar .

-Você é muito linda. – O cara a analisa de alto abaixo, mordendo o lábio e sorrindo sacana ao olhar suas pernas.

Meio incomodada puxa o vestido para baixo, tentando tapar suas coxas, sem sucesso, e fica olhando em volta, na esperança de encontrar "o cara misterioso" com quem dançara e rezando para que ele a pudesse tirar daquela furada.

Mas antes que ela pudesse começar escaneando a boate em busca dele, o cara ao seu lado faz um carinho em seu braço, subindo por seu pescoço e afastando uma mecha de cabelo que pendia sobre o colo de .

-Por favor, não toque em mim. – Ela pediu secamente, afastando a mão do cara.

-Se fazendo de difícil, é? – Ele perguntou pousando uma mão na coxa dela.

-Eu falei para não me tocar! Se você não se afastar agora daqui eu vou chamar a segurança! – resmungou irritada.

-Tudo bem. – O cara se afastou, erguendo as mãos na altura do peito, em defesa.

bufou constrangida com toda aquela situação e voltou a olhar para a pista, a fim de encontrar a amiga e avisar que estava indo embora de vez.

Seu olhar ainda estava perdido na pista de dança, que agora parecia ainda mais lotada, e ela não conseguia achar naquela multidão... Bufou de novo começando realmente a ficar irritada com tudo aquilo e por um segundo se esqueceu do sujeito que até a pouco tempo estava perturbando-a. Infelizmente foi o segundo que bastou para o cara cheio de más intenções se debruçar sobre a bebida dela derramando sem que ninguém percebesse um líquido na bebida e se afastando rapidamente do copo.

finalmente tinha conseguido encontrar , ainda agarrada ao “acompanhante” dela e suspirou aliviada, finalmente poderia ir embora dali.
Se virou de volta para o bar e revirou os olhos realmente irritada ao ver que o cara inconveniente continuava por ali.

-Sem chance? – Ele sorriu ironicamente e ela deu mais um gole em sua bebida irritada com aquela fracassada noite.

Virou o copo bebendo tudo até o fim e se levantou puxando o vestido, mais uma vez...
Sem nem se dar ao trabalho de responder ao idiota ela se virou indo em direção a pista de dança onde sua amiga dançava sem parar.

andou o mais rápido que conseguia em meio a toda aquela multidão até chegar perto de e a cutucou tentando não tocar no carinha que estava grudado nela também...

-O que foi ? – resmungou fazendo um muxoxo.   

-Só vim avisar que já estou indo embora.

-Ei, espera, mas já? – Finalmente a amiga parou de dançar, e se agarrar, e a olhou.

-Sim, a noite já deu pra mim , sério... – falou mais alto do que a música para ser ouvida.

-Certeza? – voltou a fazer um muxoxo.

-Sim, mas você pode continuar aí, aproveita, nos vemos depois. – o carinha voltou a se colar em e fez uma careta, eles não podiam nem esperar ela se afastar?

-Espera eu te dou uma carona então, viemos juntas e vamos juntas. – segurou no braço da amiga.

-Imagina , eu posso muito bem pegar um táxi ok?! É o que mais tem por aqui, não se preocupe. – se afastou um pouco.

-Mesmo? Não sei se é uma boa ideia você ir sozinha a essa hora. – insistiu, mas já estava decidida, queria ir embora o mais rápido possível e tirar de uma vez aquele vestido, além do mais o ficante da amiga lhe lançou um olhar mal-humorado deixando claro que não queria que a noite dele e de acabasse agora.

- é sério, eu vou ficar bem, aproveite sua noite, nos falamos depois. – deu um abraço rápido na amiga e se afastou antes que ela insistisse mais.

-Me liga quando chegar, ou manda pelo menos uma mensagem dizendo que está viva. – gritou sobre a música alta demais e riu revirando os olhos.

Nem acreditou quando finalmente saiu daquele lugar, parou na porta respirando fundo, mas de repente se sentiu um pouco tonta, imaginou ser pelo agito que estava lá dentro e pela bebida, não estava acostumada a beber.

Fechou os olhos com força e os abriu novamente tentando se recuperar e começou a andar calmamente a procura de um táxi.
Estranhamente sentiu aquele formigamento na nuca, como se alguém a estivesse observando, a mesma sensação que teve com aquele estranho lindo com quem dançou uma música, mas não trocou sequer uma palavra.

Olhou em volta procurando pelos olhos negros inconfundíveis, ele não passaria despercebido ali, mas não viu nada, nem ninguém.

-Sem paranóia. – Resmungou para si mesma e voltou a andar, mas a tontura a atingiu novamente.
Se encostou em um carro que estava ali perto e se assustou ao sentir um braço ao redor da sua cintura, se virou achando que encontraria aqueles olhos, mas só viu o mesmo sujeito irritante que a perturbou no bar.

-Você de novo? – Sussurrou e só então percebeu como sua voz estava estranha.

Na verdade todo seu corpo estava estranho, pesado, seus olhos de repente queriam se fechar...

-Vem comigo gata. – O cara, agora começando a ficar assustador, sussurrou em seu ouvido e ela tentou se afastar, mas em vão, seu corpo estava mole e ela não o controlava mais.

-Me deixa. – Sussurrou, mas nem ela conseguia ouvir direito sua voz, o cara riu e a segurou mais firme, ela tentou, mas não conseguiu fugir, a escuridão a dominou.    


N/Baby: Oioioi meninas! Nem creio que finalmente estreamos essa fic. Estou extremamente feliz com essa parceria. E mais feliz estou com o resultado do 1º capítulo. E aí, o que vocês acharam? Queremos muito saber a vossa opinião, ok? COMENTEM!
Kisses da Baby

N/May: Oláá... To tão feliz com essa fic, e principalmente pela parceria com a Baby... Minha primeira vez fora da Saga Crepúsculo então conto com vocês aqui nos apoiando *-*
Esperamos que tenham gostado desse começo, só um gostinho do que virá por aí ;)Esperamos seus reviews... Até mais!
Bjokas... May