Choices - Escolhas


N/A: Oie meninas. 

Caramba! Chegamos ao capítulo 40. Quando imaginei essa fic, nunca pensei que ela pudesse ser tão grande. Eu, normalmente, odeio fics extremamente grandes, mas Choices, em comparação a TWHL...HY não está me dando vontade nenhuma de acabar.
TWHL...HY era para ter apenas 2 fases e acabou com 4. E só terminou porque eu dei um basta, se não escreveria aquela fic até os personagens serem senis. (ou se calhar até EU ser senil) rsrsrsrs
Com Choices eu estou tentando terminar na Fase 4 também, mas nunca se sabe. Mas PF não criem esperanças...apenas um conselho de amiga. Assim se acabar, ninguém me xinga, se voltar com mais uma fase, serei a vossa ídala! rsrsrs 

Fico realmente feliz que estejam gostando dessa nova fase. Ela é mais teen, mas não deixa de ter seus dramas. Nesse capítulo vamos focar somente no drama da Juliana. Contar toda a sua história e olhem que ela vai ser bem emocionante, por isso preparem vossos lencinhos.
Nos vemos lá em baixo.

P.S. – A música que escolhi foca mais na Rachel apesar do POV ser da filhotinha.

Fortieth Chapter


Eu posso ser dura
Eu posso ser forte
Mas com você, isso não é assim.
Há uma menina que não dá a mínima
Atrás dessa parede.
Você simplesmente atravessa.
E eu me lembro
Todas aquelas coisas malucas que você disse
Você as deixou correndo pela minha cabeça
Você sempre está lá
Você está em toda parte

(POV Juliana)


Dias atrás

Eu olhava fixamente para a foto de meu pai tentando conter inutilmente a leva de lágrimas que inundavam meus olhos.
Porque eu sentia tanta falta de alguém que eu nunca conheci?

-Juli? – Escutei minha tia Becca me chamando da porta do quarto.

Limpei os olhos de imediato e escondi a foto debaixo de minha almofada, me voltando para ela e forçando um sorriso. Ela me sorriu fraco com certeza percebendo o que eu estava fazendo antes. Afinal eu vivia os últimos dias apenas focada em meu pai.

Desde que aquela patty estúpida me humilhou na frente de todos dizendo que meu pai nos abandonara eu fiquei abalada. E se realmente foi isso que aconteceu? Minha mãe nunca quis falar dele e nunca falou como ele morreu. E depois das teorias de Analise eu realmente fiquei cismada.

-O jantar está pronto. – Ela informou e eu assenti, me erguendo e a acompanhando até a sala.

O jantar decorreu como sempre decorria desde que eu resolvi tocar na ferida de minha mãe. Silencioso.
Minha mente vagou para aquele dia em que tudo mudou para mim

Flashback:

Estava sentada numa mesa com os meus amigos, aproveitando minha hora de almoço para sair daquele sol infernal e me abrigar numa refrescante sombra quando Analise apareceu com o seu grupo de aspirantes a cobras oxigenadas parando ao pé de mim.

-Oi Juli. – Analise me cumprimentou cínica mas eu nem fiz menção de a cumprimentar. Apenas a olhei de lado e continuei meu almoço. – O dia da festa da Primavera está chegando, sabe. E caso eu meu lembre, quem acompanha as Damas Primaveris na entrada do salão são os pais. O seu vai te trazer? – Ela falou venenosamente.

-Sua cabra! – Caroline se exaltou querendo pular na patty.

-Você sabe perfeitamente que meu pai morreu. – Eu falei o mais calma possível, mesmo que por dentro eu estivesse fervendo de raiva da maldade de Analise.

-Será? Não é o que se diz por aí. Sabe, minha mãe trabalha com a sua e ela me contou que pelo pouco que falou com sua mãe sobre seu pai, a maneira como ela se esquivava das perguntas, a fez pensar que talvez ele não esteja morto. – Ela falava olhando suas unhas e jogando seu cabelo oxigenado por cima do ombro. – Temos a teoria que ele vos abandonou. Seria bastante conveniente para sua mãe dizer que ele morreu para não ser tachada de mãe solteira, né?

Aquelas palavras perfuraram meu peito como uma adaga, cutucando tortuosamente meu coração.
Me ergui de supetão e saí de imediato dali, ainda escutando Carol gritando com Analise.
Corri para casa esperando achar minha mãe ainda na hora do seu almoço. E assim que a achei implorei por informações.
Sua reação não foi a que eu esperava. Rachel, pela primeira vez na vida, gritou comigo e brigamos feio. Isso e suas respostas fugidias me faziam pensar que talvez Analise e sua mãe estivessem certas.

Desde então tudo tem sido um inferno.

Flashback off:

-Você está tão caladinha, Sunshine. – Solomon, meu adorado tio e meu confidente, me despertou de lembranças desagradáveis e eu apenas lhe sorri. – Pensando em quê? – Ele quis saber e eu não me contive a provocar minha mãe.

-Pensando em meu pai e no quão pouco eu sei sobre ele.

-Pronto, vai começar o inferno. – Becca murmurou, pousando os talheres e olhando para a irmã.

-O quão pouco sabe sobre ele, Juliana? Você sabe muito mais do que eu poderia contar. Você sabe que ele era um Quileute, sabe que ele tinha o sangue de um Guerreiro e sabe que ele morreu. – Rachel se exaltou, me dardejando com seu olhar.

-Nossa mamãe. Quanta informação. Estou impressionada. Sério. Mais um pouco e eu poderia escrever uma biografia sobre ele. – Zombei, cruzando os braços e fazendo careta.

Rachel se enfureceu, se erguendo de rompante da mesa e se inclinando sobre ela com as mãos apoiadas.

-O que você quer de mim, hein, Juliana? – Ela perguntou com os olhos aguados mas cheios de raiva e…dor.

-Quero que você me fale mais sobre meu pai. Você é tão egoísta e só olha para o seu próprio umbigo que acha que é só você que está sofrendo com isso. Eu nunca toquei antes sobre esse assunto porque eu estava respeitando o seu espaço e sua dor. Mas agora que eu estou sentindo a dimensão e a intensidade dela, eu também preciso de um pouco mais de minhas origens para me agarrar. Eu estou perdida, mãe. Começo ponderando no que Anabeth falou para filha possa ser verdade. – Eu despejei tudo de uma vez e minha mãe quase voou em mim, não fosse tio Sol a segurar.

-Eu não lhe admito, Juliana Black Lahote. Eu nunca iria mentir para você sobre algo tão sério. Seu pai morreu sim e eu sofro todos os dias até hoje por isso. Quem me dera a mim que ele tivesse me abandonado. Eu preferiria isso se ao menos pudesse saber que o homem que eu mais amei em toda a minha vida e que me deu a coisa mais maravilhosa do mundo, minha filha, estivesse vivo, mesmo que longe de mim. Eu sofreria e morreria menos a cada dia. – Ela discursou lavada em lágrimas me fazendo ficar calada e engolir meu choro.

Mas agora eu queria que você estivesse aqui
Todas as coisas loucas que fizemos
Não pensamos sobre elas
Só fomos com elas
Você está sempre lá
Você está em todo lugar
Mas agora eu queria que você estivesse aqui
Droga, Droga, Droga
O que eu faria para ter você aqui.
Eu queria que você estivesse aqui.

Baixei meu olhar envergonhada e arrependida por ter dito o que disse, mas ainda escutei minha mãe se afastando e se trancando em seu quarto.

-Você extrapolou, Juli. – Tia Becca me advertiu e eu a olhei sem conter as lágrimas.

-Eu sei. – Falei fugindo de seguida para meu quarto.

Chorei por horas seguidas e de madrugada algo em minha mente boiava me tentando. Eu não queria mais fazer sofrer minha mãe, mas sabia que não iria sossegar enquanto eu não soubesse tudo sobre Paul. E a única solução que estava me surgindo naquele instante era La Push.
Nunca tinha ido lá mas sempre falava com meu tio, meu avô e com Baby Suh por telefonema e por email.
Eu e minha prima tínhamos uma relação muito boa. Ser amigas à distância era muito emocionante. Enviar cartas, escutar sua voz de vez em quando e mandar mails com frequência contando de nossas vidas era quase como ter uma amiga desconhecida em outro país mas com um forte vínculo.

Me ergui silenciosamente da cama e rumei até meu armário fazendo uma mala improvisada e uma mochila com meus pertences mais íntimos.
Não sabia quanto tempo iria ficar fora, portanto mais valia prevenir.
Peguei em meu mealheiro e o quebrei pegando em todas as minhas economias. Fui também até um pequeno cofrinho que tinha na sala e que eu sabia a combinação e tirei de lá algum dinheiro. Deixei um bilhete para mamãe e meus tios e parti.

.

Quando cheguei em La Push eu estava realmente muito nervosa. Não conhecia nada dali mas tudo aquilo me fazia lembrar meu pai. Achei a casa onde minha mãe morara e torci para que meu avô ou meu tio ainda morassem aqui.
Meus nervos corroíam minha pele de dentro para fora e isso se tornava em água pura e salgada escorrendo por todos os poros do meu corpo, apesar do friozinho que fazia. Estava sol, mas aqui não fazia o calor que fazia no Hawaii.

Por fim uma garota surgiu de uma esquina, se aproximando da casa vermelho desbotada onde eu me encontrava. Ela me olhava desconfiada e eu não a reconheci. Estava nervosa demais para conseguir raciocinar.

-Juliana? Sou eu prima. – Ela falou me sorrindo.

-Baby Suh? – Falei super aliviada e indo a abraçar.

-Menina, o que você está fazendo aqui? Cadê minha tia? Estou morrendo de saudades dela. – Ela perguntou e eu me senti encurralada.

Engoli em seco e ponderei se haveria de contar que fugi.
Mas cedo ou tarde iriam descobrir, então resolvi não mentir.
Baby Suh ficou chocada quando contei que fugi e eu apenas lhe pedi por ajuda.
Agora que estava aqui comecei pensando. E se meu tio não me aceitasse?
E foi exatamente para enfrentar a fera que Sophia me puxou.
Fomos a uma festinha onde eu mal consegui olhar para ninguém depois que tio Jake veio até nós duas com cara de lobo mau. Ok, esse trocadilho foi um pouco infeliz. Afinal ele realmente era um lobo, bem como meu pai.

Depois dos parabéns cantados, Baby Suh conseguiu fugir comigo para casa apenas tentando ganhar tento para pensar em algo que me pudesse ajudar. Mas meu tio por fim chegou e eu vi meus dias aqui contados. E eu não queria ir embora. Não sem antes saber mais sobre meu pai.
Então enfrentei Jacob, com o restinho de coragem que me restava, e contei a ele os meus porquês. Baby Suh assumiu uma tonalidade mármore e seus olhos marejaram ao mesmo tempo que faiscavam de transtorno. Não entendi muito bem sua reação, mas naquele momento isso não me importava. Apenas me importava que Jake me aceitasse. E quando ele aceitou eu não cabia em mim de felicidade.

Fui dormir nessa noite mais tranquila sem o peso que me pesava nos ombros me atormentando e por fim pude dar azo aos meus devaneios femininos e adolescentes.
Gabriel.
No momento em que me cruzei com ele delirei com sua beleza e me perdi em seus olhos cor do céu Hawaiano.
Eu não era uma menininha inocente. Eu vivia em um local onde havia muita paquera e muitos hormônios saltando e a lábia com que Gabe veio para cima de mim não me agradou de todo, mas no momento eu nem pensei nisso. Tinha outros tipos de preocupação.

Mas agora, mais calma e resolvida, eu não conseguia parar de pensar em sua beleza. Ele parecia um príncipe…e com certeza não deveria de ser solteiro. Ou pelo menos não no sentido de “sem rabos de saia assanhados atrás dele”. E ele também não deveria de ser nenhum santo. Um perfeito galinha, aposto.

E foi apenas pensando em Gabriel que eu adormeci.

.

Os primeiros raios de sol da manhã me fizeram despertar com um humor que há algum tempo eu não me lembrava de ter. Baby Suh ainda dormia, mas seus sonhos me pareciam pouco tranquilos. Tentei acordá-la mas foi inútil e por fim desisti.
Desde ontem que não comia algo direito então, depois de uma rápida higiene matinal e de me vestir com roupas mais fechadas mas não menos frescas, eu corri para a cozinha.
Tia já estava lá, completamente atarefada com vários tachos e ingredientes espalhados por todos os balcões. Me surpreendi com aquilo. Parecia que iria fazer comida para um batalhão.

-Bom dia tia. – A cumprimentei e ela me olhou um pouco assustada, para de seguida relaxar um pouco.

Seu rosto estava vincado de cansaço. Parecia que não dormira a noite toda.

-Bom dia, Juli. Você está com muita fome? É que eu estou meio atrapalhada aqui. Hoje temos um almoço de família. E sabe que alimentar 5 lobos é o mesmo que alimentar um batalhão de esfomeados sem abrigo. – Ela falou bufando cansada e um pouco irritada.

-Sério? Eu realmente não sabia disso. – Falei lembrando que mamãe nunca falava nada sobre meu pai e tudo o que se relacionasse a ele.

-Ah, você verá nesse almoço. – Ela jogou as mãos para o alto.

-Quer ajuda tia? – Me ofereci sentindo pena de .

-Ai, quero sim, querida. Normalmente é Sophia que me ajuda, mas Jacob me pediu para deixar ela dormindo. Parece que ela não passou bem a noite. Acho que discutiu com Seth. – Ela tagarelou me passando um avental enquanto eu amarrava bem meu cabelo e arregaçava as mangas, começando a ajudá-la.

-Seth…? – Eu tentava me lembrar dele.

-É…o lobo que a marcou. – Ela sorriu. – Ele estará aqui hoje. É irmão de Leah, a madrinha de Sophia.

-Ah.

A manhã transcorreu bem atarefada. Como não tomei o café da manhã, fui petiscando de alguns dos snacks que preparávamos.
Por fim Baby Suh acordou, já quase quando estávamos terminando o almoço.
Jacob tinha apenas ajudado a colocar a mesa e tentado dar uma mão na cozinha, mas se irritou e o expulsou literalmente.
Tio Jake ficou com um ar de criança acuada que roubou doce e foi apanhado sempre que tia brigava com ele e isso me fazia sorrir e imaginar se meus pais seriam assim.

Logo a casa se encheu e mais uma mão feminina veio nos ajudar. Leah era uma mulher lindíssima e bastante simpática e divertida. E era mãe de Gabe.
Isso me fez ficar bastante nervosa, nem sei bem porquê.
Por fim nos juntamos todos à mesa e logo eu entendi bem porque falou que lobos pareciam uma batalhão de sem abrigos esfomeados. Porque era realmente verdade.

Seth e Sophia estavam num clima péssimo e eu estava quicando de nervosismo. Isto porque me sentaram BEM do lado de Gabe. Desde que chegou que ele tem me paquerado e jogado charme com aquele seu olhão irresistível.
Mas eu tentei manter meu foco na comida.

-Então, você é que é a filha do Paul. – Uma voz soou baixa perto de mim, me despertando a atenção.

Olhei para o meu lado e vi o rapaz moreno e com um olhar intenso me observar admirado. Eu não captara o seu nome. Apenas sabia que ele era melhor amigo de Seth e que moravam juntos, por isso sua presença nesse almoço.

-É. Sou. – Falei meio sem jeito.

-Nossa. Você é a cara dele. Sério. Seu sorriso, seu olhar traquina. Igualzinha a Paul. Tem vários traços de Rachel, mas você lembra essencialmente a Paul. – Ele falou me examinando e eu sorri abertamente.

-Muito bom escutar isso. Me sinto mais ligada a ele. – Sorri tímida com um brilho triste no olhar.

-Me desculpe tocar assim no assunto. Eu sou um idiota. – Ele se lamuriou.

-Não. Não tem problema. Na verdade…eu quero ouvir. Eu não sei muito sobre Paul. Por isso eu vim para La Push. – Confessei vendo na minha frente um diário aberto sobre Paul Lahote. O homem que eu chamo de pai mas que nunca conheci e pouco sei acerca dele.

Um brilho de interesse e felicidade fez com que eu visse esse rapaz, tão comum a todos os outros Quileutes, com outros olhos.

-Eu não conheço Paul há tanto tempo quanto Jacob ou Embry, que sabiam dele antes dele virar Lobo, mas acompanhei de muito perto, durante 4 anos, todo a sua vida. Sei de cor toda a história dele com sua mãe. Acredite que esse imprinting nos trouxe imensas gargalhadas porque seu pai era o tipo de homem que se gabava de não se amarrar a nenhuma mulher, mas depois que conheceu sua mãe…parecia um cachorrinho adestrado. – Ele contava divertido, me fazendo gargalhar um pouco alto demais.

-A conversa está boa aí? – Escutei Gabe falar do meu outro lado e me virei um pouco assustada e constrangida.

-É…er…a gente…só estava falando…sobre meu pai. – Eu me expliquei meio que gaguejando.

Que burra. Não tenho nada que dar satisfações de minha vida para ele. Oras!

-Hoje vocês demoraram mais a chegar. – Jacob comentou nos despertando aos três.

-Seth não queria vir. Ele disse que tinha coisas para fazer, mas almoços em família são sagrados! - Embry falou revirando os olhos. Olhei de relance para minha prima e ela parecia prestes a chorar. - Falei algo de errado? – Ele tentou entender quando ninguém lhe respondeu e o olhou com cara feia e apenas Leah o respondeu irritada com um “Cala a boca” entre dentes.

Embry deu de ombros e continuou seu almoço e tio Jake resolveu mudar de assunto. Tia e Leah também começaram falando de outros assuntos e Gabe ficou na minha cola, tocando na minha mão discretamente e me sorrindo de forma sedutora.
Tentei demonstrar que estava pouco me importando, mas na verdade eu estava derretendo por dentro.
Caramba, porque mulher sempre gosta do cara errado. Não que eu tenha um certo para gostar…
Me voltei de imediato para o garoto moreno querendo fugir das investidas de Gabe.

-Então… - Estreitei os olhos tentando me recordar do nome dele mas ele sorriu e me poupou desse trabalho.

-Collin.

-Desculpe. Não tive tempo de decorar. – Corei e ele deu de ombros, como se não se importasse.

-Tudo bem. Também não fomos apresentados tão formalmente assim.

-Me sinto sozinho. Podemos conversar os três? – Gabe tornou a se intrometer e desde esse instante os dois entraram num tipo de despique.

Gabe parecia sempre provocar Collin com perguntas constrangedoras ou com comentários derrotistas. Mas Collin parecia nunca se importar nem notar o jogo de Gabe e sempre respondia à altura. Nesse jogo de interesses percebia-se perfeitamente quem era o ponto maturo da discussão e isso me fez admirar um pouco mais Collin.
Além de que ele tinha um sorriso lindo e um brilho no olhar muito acolhedor e familiar, o que me fazia sentir aquecida por dentro. Poderia passar tardes conversando com ele, mas nesse momento Gabe estava se intrometendo.

Por fim o almoço terminou e aproveitando o sol que se fazia fomos todos passear na praia.
Seth, Leah, Embry, e Jake caminhavam todos juntos conversando animadamente, mesmo que Seth se mantivesse à parte. E Baby Suh, caminhava um pouco mais distante, quase do nosso lado.
Eu tentava falar com Collin sem interferência de Gabe e depois de tantas vezes eu o “excluir” do tema, por fim ele se silenciou e foi para a beira de Baby Suh.

-Finalmente. – Revirei os olhos, abençoando a saída de Gabe da nossa beira. Collin riu.

-Ele só estava tentando chamar sua atenção. Parece que tem um pretendente. – Ele sorriu traquina e eu sorri abertamente.

De novo seu sorriso me aqueceu e eu me senti corar.

-Qual a sua idade? – Eu perguntei e ele pareceu ficar um pouco constrangido, pois silvou, olhou em frente e retesou os ombros para cima. – Desculpe a inconveniência. – Eu corei brutamente. Burra, burra.

-O dobro da sua. – Ele respondeu como se nem se tivesse incomodado.

-Meu pai tinha menos 4 anos que minha mãe, certo? – Tentei mudar de assunto e ele assentiu. – Então idade não importa. – Falei sem pensar.

Idade não importa? Que porra eu estava falando. Até parecia que eu e Collin estávamos tendo um romance e que estávamos incomodados com a diferença de idades.
Mas porque essa ideia de repente não me pareceu tão absurda? Ok, Juliana, você pirou!

-Como…ele era? – Perguntei, pigarreando quando minha voz falhou de nervoso.

-Estourado. Um humor de cão. Adorava uma boa briga e de zoar com todo o mundo. Sofri muito nas mãos dele. – Lembrou divertido, como se esse tempo não o tivesse afetado nem um pouco e como se não guardasse ressentimento de meu pai. - Adorava roubar gargalhadas de todos ao seu redor. Protegia os seus com unhas e dentes. Odiava vampiros de morte. Um verdadeiro galinha. Sempre correndo atrás de um rabo de saias. – Ele falava juntando em um excerto só mais do que minha mãe e minha tia contaram. – Mas quando conheceu sua mãe…ela virou seu mundo. Ele amansou de personalidade e seus olhos brilhavam que nem diamantes sempre que falava, pensava ou estava perante ela. Seu amor era enorme e sei que o seu maior desejo era ser pai. Mas… - Collin parou de falar e eu o parei, estávamos já bem distantes dos outros.

-Mas o quê? – Perguntei curiosa e esperançosa.

-Ele morreu sem saber que seu sonho se realizara. – Collin falou num fio de voz e eu engoli em seco.

Fiquei em silêncio por um tempo, processando essa informação e então senti uns braços quentes e acolhedores me recebendo e só quando escutei um soluço percebi que era meu e que eu estava chorando.

(End POV Juliana)

Droga, Droga, Droga
O que eu faria para ter você perto.
Eu queria que você estivesse aqui
Eu amo seu jeito.
Não tem que tentar muito
Diga as coisas como são
E a verdade é que realmente sinto falta.
(Avril Lavigne – Wish You Were Here)

N/A: Ei meus chuchuzinhos. Como vão vocês?
Esse capítulo foi bem extenso, né? Mas finalmente vos coloquei a par, por inteiro, de toda a história de Juliana. O que acharam?
Eu chorei aqui escrevendo. Vocês também choraram ao ler?

Agora sim, vocês podem responder. Qual o vosso favorito. Collin ou Gabriel?
Eu amo os 2, mas já destinei com quem a Juliana vai ficar. Mas sempre é bom saber a vossa opinião, para saber se o final que destinei é compatível com o vosso ou vos irá surpreender.
Agora, quero ver é se vocês acertam. Podem acreditar que esse triângulo será bem intenso.
Gabriel não vai deixar fácil que Collin tenha o que ele (Gabe) quer. E Juliana…bem, ela vai resistir muito a Gabriel e investir mais ainda em Collin. Será que Collin a corresponde?

Próximo capítulo já volta ao POV da Sophia e tentarei fazê-lo maior, sendo que começarei a implementar POV’s da Juliana também. XD
Bom, é isso. COMENTEM!
Kisses da Baby