Angel of Mine









Capítulo4

-Porque você está sempre me salvando Patch?

aguarda a resposta de corpo tenso, olhando atentamente cada expressão daquele homem tão misterioso, prostrado à sua frente.
Assim que Patch cessou a gargalhada, formou uma cara de confuso, de mãos socadas nos bolsos.

-O que você quer dizer com isso? Está falando de eu te ter salvo de cair da escada e de se estatelar no chão? – Fala desentendido.

desfaz a expressão dura do rosto e adota uma de alerta, se apercebendo de como estava sendo boba e ridícula, pagando um grande mico e se passando por louca com aquela pergunta inusitada.

-Me desculpe. Eu…eu não sei…me desculpe. – Falou desconcertada, passando a mão pela testa e desviando seu olhar do olhar intenso de Patch.

-Não tem problema, Anjo. É só estresse demais na sua cabecinha. – Patch sussurra, arrumando uma mexa do cabelo dela, atrás da orelha, se aproximando perigosamente dela.

ergue o olhar para o fitar, se apercebendo do quão próximo ele estava. Sentia seu hálito perfumado chicotear seu rosto de uma forma doce e suave, a fazendo quase perder a razão e a sanidade. Sentia o nariz dele quase tocar o seu e os olhos negros dele se revezarem entre seus olhos e sua boca.

-O que você está fazendo? – Ela pergunta num quase sussurro repelindo, quase que automaticamente, Patch de perto de si.

se xinga mentalmente por ter sido burra a ponto de estragar o clima. Queria muito ser beijada por ele, mas algo dentro de si dizia que era errado.
Então se recompondo ela pergunta:

-O que você está fazendo aqui na Universidade?

Patch sorri e volta a se encostar na parede, socando as mãos nos bolsos e encolhendo os ombros.

-Fui transferido para aqui há quase duas semanas. – Explicou indiferente.

-Hun… - Ela sibila encabulada. -Eu nunca te vi… Você sabia que a gente ia se esbarrar de novo! – Ela exclama de forma acusatória, mas exibindo um leve sorriso de felicidade.

Patch nada diz apenas sorrindo de lado e a fitando intensamente nos olhos. Mas esse gesto apenas faz se recordar dos seus sonhos, a fazendo sentir um forte arrepio pela espinha e a compelindo a se afastar de imediato de Patch.

No mesmo instante o sinal toca e as portas são abertas, enchendo os corredores de estudantes, aumentando a distância entre os dois.
vira de costas, cortando o contato visual com Patch e vai apressada para a sua classe.
Assim que entra em sua sala ela vê sua amiga que a chama com um aceno entusiasmado e quase corre se sentando na carteira ao lado dela.

-Como você está? – pergunta se virando para olhá-la.

-Bem, aquele tombo não foi nada, não se preocupe. – responde com um ar distraído, sua mente ainda está em Patch e em tudo de estranho que vem acontecendo ultimamente e ele parece estar sempre envolvido.

-Que bom , fiquei assustada ao te ver caindo daquele jeito, sorte que aquele cara, lindo por sinal, estava lá para te ajudar. – a cutucou sorrindo, mas não estava mais prestando atenção nela e sim na pessoa que acabava de entrar na sala e se encaminhava em sua direção... Patch!

-Está me escutando ? O que... – se calou ao ver o que estava chamando tanto a atenção da amiga e sorriu. - Foi ele não é?

só assentiu ao ver Patch passar ao lado, lhe lançando um sorriso, e se sentando em uma carteira próxima a dela.

-Meu Deus, viu o sorriso que ele deu pra você? vocês já conversaram? Já se conhecem? – a bombardeou de perguntas e suspirou.

-O nome dele é Patch. – fala simplesmente. -Agora para com isso porque ele pode acabar ouvindo.

sorri, mas fica calada e logo o professor entra na sala para alívio de .
A aula parece se arrastar e tem a clara sensação de estar sendo observada...

-O tal Patch não para de te olhar. – sussurra e sem conseguir se conter olha na direção dele, mas quando seus olhares se cruzam ela volta a lembrar dos pesadelos em que ele sempre aparece e desvia o olhar rapidamente escutando o risinho de que ao menos não fala mais nada até o fim da aula.

Quando a aula finalmente  termina se levanta rapidamente pegando suas coisas tentando não olhar para Patch novamente.

-Já vai? – pergunta ao ver sua pressa.

-Sim, vou fazer o trabalho que o professor passou, nos falamos depois. – sai quase correndo da sala e vai para a biblioteca com a intenção de realmente fazer o trabalho e de ficar um pouco sozinha, precisa colocar seus pensamentos em ordem, tudo tem sido muito estranho ultimamente.

entra na biblioteca e se prepara para começar seu trabalho quando em um canto ela vê Patch lendo um livro tranquilamente... Aquilo a perturba e a deixa com a estranha sensação de que ele a está seguindo, mas talvez seja só paranóia de sua cabeça, talvez toda aquela beleza e mistério dele a tenha envolvido e abalado mais do que imaginava.

-Droga , assim você enlouquece. – Sussurra para si mesma e fica tentada a ir até ele para conversar e ter algumas respostas, mas não sabe nem direito o que perguntar, sua tentativa mais cedo de ter respostas foi patética.

Respirando fundo resolve deixar isso pra lá, por pelo menos alguns minutos e vai para outro canto da biblioteca que está vazio, é uma seção bem antiga daquele prédio, e que não tinha sido reformada, onde ficam todos os originais de livros... Seu trabalho é sobre um romance épico e ela decide fazer sobre um clássico... Romeu e Julieta. Puro clichê, mas ninguém podia negar que era o épico mais romântico que ela já lera. Um amor proibido que levou à morte dos amantes para terem a paz eterna e o seu amor perpetuado.
Ao pensar aquilo, sente um intenso arrepio na espinha e em sua mente aparece a imagem de Patch.

Bobagem! Ela pensa. Você está pensando coisas sem sentindo. Se repreende de novo.

pergunta à velha bibliotecária, que guarda religiosamente os livros como se fossem seus filhos, onde está o exemplar daquela obra e depois de ser informada em que estante está o livro que procura, começa a caçá-lo nas prateleiras.
Sua mente voa longe, por mais que tente não consegue parar de pensar no que tem acontecido, em todas as vezes que Patch a salvou, inclusive em seus sonhos, e em como ele agora parece estar em todo lugar que ela vai.
E ainda tem o quase beijo que a abalou tanto. Uma parte sua se arrepende amargamente de ter interrompido aquele momento e outra diz que foi o melhor a ser feito, mas ela se espanta ao perceber que apesar de todos os mistérios que o cerca, Patch tem ficado cada vez mais atraente para ela. Se isso ainda era possível.

Tentando afastar esses pensamentos continua procurando pelo livro quando um barulho alto chama sua atenção, ela olha em volta e não vê nada, mas o barulho fica mais alto, era como se algo estivesse se quebrando... Quando ela finalmente descobre de onde vem o barulho é tarde demais e uma viga apodrecida do teto da biblioteca cai bem em cima da estante onde ela estava!
grita assustada quando vê a estante cair em sua direção e se prepara para o impacto, pensando em como anda azarada, quando sente seu corpo sendo puxado para trás seguido da estante caindo ruidosamente, causando um enorme alarde e fazendo o chão tremer, mas já estava em segurança a alguns passos dali.

Seu olhar vai rapidamente à procura de quem a salvou e apesar de tudo ela não se espanta ao ver Patch ali segurando-a de forma protetora, com o cenho vincado de fundas rugas de preocupação, olhando para a viga. Quem mais poderia salvá-la?
Seus olhos se fixam por longos instantes nele até se recuperar do susto de mais um acidente no mesmo dia e ela se afasta de seus braços olhando os livros caídos ao redor dos dois.

-Como você chegou aqui tão rápido? Quando te vi você estava do outro lado lendo. – Sua voz está trêmula, mas ela tenta se manter firme, apesar de estar assustada.

-Eu estava mais perto do que você pensou... – Patch responde tranquilamente.

-Você sempre está por perto quando acontece algum acidente comigo. – sussurra o olhando.

Patch a encara de cima abaixo e depois se concentra em seus olhos...

-Está me acusando de algo, Anjo? – Sua voz soa calma e quase divertida e se irrita e fica desconcertada quando ele a chama, pela segunda vez, de Anjo.

-Não estou te acusando, apenas constatando o óbvio.

Patch sorri e tenta se concentrar no que está acontecendo. Cada vez mais ela se enche de dúvidas e perguntas e apesar dessa ser a mais boba ela se prepara para perguntar porque ele a está chamando de Anjo, mas quando abre a boca algumas pessoas aparecem, entre eles um dos seguranças da faculdade.

-Vocês estão bem? – O homem pergunta olhando assustado para o estrago ao redor.

Os dois assentem e a bibliotecária também se aproxima os tirando dali...

-Eu sabia que tínhamos que ter concertado esse teto há muito tempo, imagina se vocês se machucam, que horror seria. – A bibliotecária fala sem parar, mas nem escuta.

Uma pequena multidão já começa a cercá-los quando eles saem da biblioteca e olha em volta procurando por Patch, mas ele não está ali... Mais uma vez ele a salvou, duas vezes no mesmo dia, e novamente sumiu sem ela sequer perceber!

N/Baby:
Bom, esse capítulo foi praticamente a May que o fez pq eu estive o findi fora (desde 5ª) e não pude ajudar a escrever. Mas como a gente já tinha feito os resumos, então não ficou mto diferente. Estou amando cada vez mais escrever essa fic e estou tb gostando imenso de ver a vossa aceitação. Estamos super surpresas e felizes com o resultado. Podem esperar mais mistérios.
Tem gente especulando que Patch é o Anjo da Guarda da PP…será?
Ksksksks Adooooro instigar a dúvida. Plantei a sementinha em vocês? Kkk
COMENTEM lindas.
Kisses da Baby

N/May:
Oláá *-*
Patch cada vez mais misterioso... E sempre por perto para salvar a PP, ela já está mais que desconfiada com tudo isso e vocês tbm né?! Rs... Aos poucos vamos revelando algumas coisinhas ;)
Ficamos mt felizes que estejam gostando da fic, nós amamos escrevê-la, muito obrigada a todos e logo postamos mais ;)
Bjokas... May