Angel of Mine









10º Capítulo

se encosta na parede respirando ofegante decidida a chegar até a porta e sair dali, mas um barulho estrondoso vindo de muito perto a faz gritar e ficar paralisada de medo do que poderá estar acontecendo agora!

Tentando controlar seu medo e sua vontade de gritar, coloca ambas as mãos na boca e caminha passo a passo, da forma mais lenta e temerosa possível, até chegar à porta do apê, mas antes mesmo de conseguir ver livre daquele assombroso e real pesadelo, seu corpo se choca com outro a fazendo gritar de choque e terror.

A pessoa, ou lá o que fosse, com que se chocou grita de igual modo e, conseguindo raciocinar no meio de toda aquela tensão, reconhece a voz da amiga.

-?

-OMG! Que susto que você me pregou, menina. O que aconteceu? – questionou se segurando à amiga.

-A luz…foi abaixo. – explica e nesse mesmo momento a luz volta.

-Foi no prédio todo. Ainda bem que eu já tinha saído do elevador. Já viu se eu ficasse presa lá dentro? – revirou os olhos puxando para se sentar no sofá.

-Nem quero pensar…Você escutou algum barulho? – perguntou preocupada, olhando em volta receosa.

-Ah, fui eu. Acho que derrubei aquela coisa horrorosa que os Parker têm ali na entrada. – comenta dando de ombros, indiferente ao estrago que fez e apenas ri, abanando a cabeça.

-Onde você esteve? Você disse que ia voltar cedo. – questionou amarrando o cabelo.

-Ah, estive com o chato do Seth. – comenta fazendo franzir o cenho. – Digo…a gente já não está bem, sabe. – encolheu os ombros.

-Sério? Vocês pareciam tão bem. O que aconteceu? – questiona preocupada.

-Ah, não vamos falar daquele idiota, tá? Me fala de você. E Patch? – interroga com uma curiosidade acentuada tanto na sua voz como no seu olhar.

estranha a pergunta e a reação da amiga, mas ignora seus sentidos e responde de forma casual.

-Ah, você sabe. Ele continua sumido. Mas acho melhor assim, não é? Digo…ele é demasiado misterioso e estava me dando muitas dores de cabeça. – se corrige, se lembrando que não conhecia toda a versão da história. Apenas aquela que não parecia tão…sobrenatural.

fica em silêncio um tempo, olhando intensamente para , com um enigma gravado na expressão do seu rosto. Como se tivesse algo para dizer. Então ela dá um sorriso torto. Um sorriso que nunca antes tinha visto e que não lhe agradou de todo, e por fim, depois daquele silêncio, comenta em um sussurro frio.

-Deixou ela desprotegida. Pouco inteligente.

-O que você disse? – questiona, começando a se afastar lentamente da amiga.

-Sabe o que Patch nunca teve? Inteligência. Ele acha que engana todos, mas tudo o que ele faz é óbvio para nós. Um enigma fácil de desvendar. – continua conversando como se soubesse muito sobre Patch.

-…o que você sabe sobre Patch?

-Sei aquilo que você sabe, minha querida. Ou talvez mais. Mas ele te deixou aqui, sozinha. Já não sei mais se ele te quer proteger ou se ele te quer oferecer numa bandeja para quem quiser pegar. – continua se afastando da amiga mas esta a segue, ao tempo que diz aquele monte de palavras que não fazem sentido.

Não que não façam sentido para , mas não fazem sentido que saiba.
estremece e engole em seco. Sua mente a está alertando de novo de perigo, mas mais uma vez ela tenta ignorar esse aviso. Afinal, é apenas a sua amiga que está ali…não é?
já não tem tanta certeza assim, quando inconscientemente seu corpo se ergue de supetão do sofá, numa possível fuga, e a segura firmemente por um braço.

-…o que você está fazendo? – questiona num fio de voz, tentando se soltar.

-Te levando embora comigo. – comenta de forma crua, apertando mais sua mão em torno do braço da amiga.

-Me solta. Está me machucando. – pede, começando a tremer de medo quando a encosta na parede e sorri de forma maléfica para ela. – ! – a chama mais uma vez, mas esta a ignora ao tempo que uma brisa forte passa por elas.

olha para trás, mantendo encurralada, e se depara com Patch prostrado no meio da sala e a olhando de forma nada satisfeita.

-Patch? – indaga surpresa e confusa.

-Ora, ora. Quem nos dá a honra de sua presença. Vejam bem se não é Patch Cipriano. O Rebelde. – o saúda ironicamente.

-Afaste-se dela. – Patch ordena em um tom baixo e duro, entre dentes, mas apenas gargalha alto. – Agora! – O tom de voz dele soa mais alto e cortante.

-E o que você vai fazer? Fugir com ela de novo? Não adianta, meu caro. Agora Eles sabem onde o Tesouro está! Não adianta mais a esconder. – murmura trocista.

Patch contorce a boca em fúria e em um gesto rápido, estende a mão na direção de e como se isso a afetasse, a loira começa se contorcendo, soltando por fim o braço de .

-Patch pára. – grita apavorada ao ver a amiga cair ao chão se contorcendo de forma assustadora.

Patch não lhe da ouvidos e continua a se contorcer e soltar gemidos e grunhidos de dor deixando transtornada.

-Não importa o que você vá me fazer... – fala friamente em meio aos gemidos olhando para Patch de um jeito assustador, aquela não é a sua amiga, pensa apavorada. - Agora sabemos onde ela está, virão caçá-la.

Ela não consegue compreender porque a amiga está falando aquilo e agindo de um modo tão aterrorizante.
Patch fica furioso, e observa paralisada quando ele contorce as mãos como se estivesse esmagando algo e grita erguendo a cabeça e abrindo a boca de onde sai uma terrível nuvem de fumaça preta em direção ao teto.

Em seguida cai desacordada no chão e depois de instantes ainda paralisada corre em direção a ela se ajoelhando ao seu lado.

-, acorda, por favor... – ela se vira para Patch. -O que você fez com ela?

Ele não lhe responde e simplesmente vai até e a pega com facilidade a colocando no sofá.

-O que você fez? – volta a gritar desesperada, mas Patch nem a olha e apenas acaricia o rosto de que prontamente abre os olhos.

-Meu Deus... – ofega, mas rapidamente se aproxima da amiga.

-O que aconteceu? – se senta no sofá atordoada.

-Como você está? – segura na mão dela se lembrando de como há alguns instantes ela estava se contorcendo e de que uma coisa horrível saiu de dentro dela.

-Não sei, confusa... – sacode a cabeça olhando assustada para Patch. -Não me lembro nem como cheguei até aqui, eu estava com o Seth, nós discutimos, eu decidi vir embora e... Não me lembro mais!

não sabe o que falar, não quer mentir para ela, mas o que vai dizer? Para seu alívio Patch toma a frente...

-Você desmaiou, Seth te trouxe, mas não pôde ficar, pediu para você ligar depois para ele. – Patch fala tão calmamente que acredita e se espanta com a calma dele depois de tudo que tinha acontecido.

-Tudo bem... – assente acreditando nele e se levanta calmamente. - me ajuda a ir para o quarto? Preciso deitar, minha cabeça e meu corpo estão doendo muito.

-Claro, vamos lá. – a leva até o quarto, mas antes olha furiosa para Patch, ele só devolve seu olhar calmamente.

-O que ele está fazendo aqui? – pergunta se referindo ao Patch.

-Descanse, depois nós conversamos. – pede, não tem condições de conversar com a amiga agora.

está tão cansada e dolorida que só assente e se enrola nas cobertas adormecendo logo em seguida.

suspira e volta para a sala pensando que Patch já foi embora afinal ele vive fugindo dela e de suas perguntas, mas ela se espanta ao vê-lo parado na pequena varanda a luz do luar.

-Patch. – Ela sussurra se aproximando dele e parando ao seu lado, ele só a olha em silêncio. -Porque você inventou aquela mentira para a ? Ela vai ligar para o Seth e descobrir tudo.

-Não se preocupe, eu cuido disso. – ele responde simplesmente.

-Eu já sei de tudo... – ela fala de uma vez antes que ele vá embora.         

-Eu sei que você é um ceifador, por mais louco que isso possa parecer, só não entendo porque você está me protegendo sempre, e estou farta de tantos mistérios.

-Não posso te dizer nada. – Patch a olha intensamente e ela tenta desviar dos olhos dele que a prendem com tanta força.

-Então apenas diga sim ou não com um gesto de cabeça a minhas perguntas, pode ser? – Ela pede como uma última tentativa e quando ele assente afirmativamente ela suspira e começa antes que ele mude de idéia.

-Você é mesmo um ceifador?

O coração dela acelera quando ele assente confirmando. Mesmo assustada ela continua...

-Foi você quem levou as almas do meu pai, da minha irmã e da minha mãe na hora da morte deles?

Novamente Patch assente confirmando, sem deixar de olhá-la nos olhos e ofega.

-Você já tentou me matar?

Patch hesita e desvia o olhar por um segundo, mas depois volta a encará-la e assente... Ela suspira e sente os olhos marejarem.

-De todas às vezes? Desde o acidente de carro até a recente queda da escada?

Patch dessa vez não faz gesto nenhum e lhe da às costas pronto para ir embora o que a deixa enfurecida.

-Porque você está sempre me salvando? – grita e ele para por segundos que parecem uma eternidade...

Ela poderia esperar por qualquer coisa, por qualquer resposta, ou por ele simplesmente ir embora como já tinha feito antes, mas ela não esperava pelo que veio a seguir... A resposta dele fez seu coração disparar e suas pernas tremeram...

-Porque eu me apaixonei por você, Anjo. 


N/Baby: Ok, tendo uma coisinha má aqui. Será que sentiriam muito a minha falta se eu caísse durinha no chão, esperando o Patch vir buscar minha alma? Rsrsrsrsrs
Vou supor que vocês estão respondendo que sim. (Nem que seja para tomarem o meu lugar quando o Patch vier buscar almas. aushauhsuhaushas)

Ok, esse final me matou. Quem está aqui escrevendo é apenas o corpo inerte da agora zumbi, Baby Suh, ou mais comummente conhecida pelos meros mortais, Sophia (meu nome é com f, mas abapha, tá?), a portuguesinha maluca!

Parando de falar. COMENTEM!
Kisses da Baby

N/May: Oláá *--*
Ah meu Deus, Patch surpreendeu agora se declarando assim né?! Até eu que sou uma das autoras estou tendo um treco com essa declaração dele... Até pq toda vez que ele chama a de Anjo assim eu suspiro ;) rsrsrs
Esperamos de coração que estejam gostando, porque nós simplesmente amamos escrever essa fic, a cada cap. ficamos mais animadas e esperamos que vocês tbm *-*
Muito obrigada a quem está sempre nos apoiando com seus reviews 
Bjokas... May