Love Sucks Saga





N/A: Antes de mais nada, queria agradecer à minha beta, Raquel Moreno, que me ajudou em todos os momentos da fic, corrigindo meus erros, incentivando minha escrita, adaptando as minhas palavras aportuguesadas, apoiando minhas idéias (por mais loucas e idiotas que possam ser), escrevendo por mim as idéias que eu não conseguia desenvolver (meia idade atacando mais cedo), dando sua opinião sincera e sendo ela mesma.
Obrigada por me ter ajudado a terminar esse projeto, sem você ele não teria passado disso mesmo.
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1.1


A portas trancadas, eu me sentia livre para comentar os meus atos de amor. Havia quem lhes chamasse de loucura. Eu não negava. Era a minha loucura pessoal. A maior prova de amor que alguém poderia receber. Eu era louca de amor por ele e isso ninguém poderia mudar em mim.

Olhei-me no espelho com o rosto borrado de uma mistura negra e líquida de lágrimas e delineador. Eram lágrimas de felicidade, de um joio interior que eu só conseguia alcançar quando eu me acometia a estes atos dolorosos mas, ainda assim, gratificantes.

Embrulhei o maço de folhas de papel higiênico que eu havia arrancado do rolo e o prensei na minha anca para estancar o sangue que escorria. Pressionei por mais alguns segundos enquanto retirava o esparadrapo da minha bolsa e colava em torno do maço de papel.

Puxei a blusa para baixo e sorri um sorriso articulado e um pouco forçado. Limpei o rosto borrado e retoquei a maquiagem.




-, você está aí? – Escutei as vozes das minhas amigas e de mais algumas garotas impacientes do lado de fora do banheiro do colégio.




-Só um minuto. – Falei pegando na lâmina ensanguentada, a guardando novamente na minha bolsa.




Limparia e desinfetaria mais tarde, com mais tempo e privacidade.

Limpei a bancada e joguei todos os papéis molhados com sangue e lágrimas na privada e dei descarga.

Olhei mais uma vez o meu reflexo no espelho dando os retoques finais em minha roupa, e destravei a porta do banheiro dando passagem a um bando de garotas irritadas e aflitas para se livrar de suas necessidades fisiológicas e fúteis.

Porque era no banheiro de um colégio que os planos mais maquiavélicos de vingança eram traçados, que desabafos de amor eram proferidos e que atos de amor e loucura eram cometidos. Aqui ninguém julgava ninguém.




-Estou tão feliz que calhamos na mesma classe de novo. – Shannika comentou animada assim que entramos no refeitório, pegando em seu tabuleiro cheio de comidas saudáveis e orgânicas.




-Eu também. – Falei sem muito interesse, fitando a mesa afastada repleta de garotos lindos e gostosos.




-Ainda obcecada pelo Lahote? – Roxanne perguntou olhando na mesma direção que eu.




-Quem é aquela garota? – Perguntei analisando a garota de feições não muito bonitas e carregadas mas que lhe conferiam um ar bastante típico dos antigos indígenas da tribo, sentada do lado de Jared, que estava quase em cima dela a olhando como se a fosse despir ali mesmo e a resguardando como um leão resguarda a sua cria.




-É Kim não sei das quantas… só tenho a dizer que aquela garota é muito sortuda. Semestre passado o Jared nem olhava na cara dela. E olhe que ela praticamente rastejava aos pés dele para ser notada. E veja bem esse ano. – Falou Nika apontando para ambos e sentando em uma mesa à escolha dela, expulsando apenas com o olhar os anteriores ocupantes, bem de frente para a mesa dos Bad Boys de La Push – como eram chamados.




-O Paul parece que ficou mais gato de uns meses para cá. Os músculos, as feições, a pele e... Aquele olhar que parece que faz amor com a gente… - Suspirei, acariciando a minha ferida.




-Ele não faz amor, , ele faz SEXO! – Nika falou a última palavra 1/8 mais acima do normal, fazendo metade do refeitório parar seus afazeres e nos lançar olhares inquisitórios, mas ela nem ligou e continuou falando. – Além de que – caso você não se recorde – ele não deita com a mesma garota duas vezes e você já teve a sua quota ano passado, .




-Você sabe como eu gosto de infringir as regras, Nika. Veremos se eu não serei a sua exceção. – Sorri torto, fitando Paul com tanta intensidade e recordando do seu toque afoito e dos seus beijos ardentes.




Senti minhas calcinhas molharem e meu ventre se contrair de desejo. Desejo por Paul. Eu o queria dentro de mim de novo, nem que fosse apenas mais uma vez… e outra e outra e outra…




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Acordara com uma nova determinação em minha mente. Passara o dia anterior sempre pensando em Paul e na vez em que fiz amor com ele, me fazendo tomar vários banhos gelados para acalmar meus ânimos.

Abri a porta do meu closet, que tinha um espelho de corpo inteiro fixado nela, e subi a blusa do meu pijama para olhar a ferida. Arranquei o esparadrapo e o papel higiênico e olhei pelo reflexo o corte profundo que eu fizera perto do umbigo. Queria ter escrito o nome de Paul, mas era muito mais difícil explicar isso do que um simples corte à toa. No entanto, aquele simples corte tinha muito mais significado do que parecia.




Olhei de volta para o closet e escolhi um look colegial atrevido. Uma saia axadrezada curta em verde musgo, meias 6/8 branca, camisa branca marcada no corpo e um colete pequeno de ganga. Depois de fazer minha higiene matinal e de colocar um novo esparadrapo na ferida, depois de desinfetar a área, me vesti finalizando com um coturno preto, para destoar do vestuário, e um chapéu fedora. Coloquei rímel nos cílios e um batom opaco vermelho alaranjado, bem esbatido para não sobressair muito, e saí para o colégio.




Claro que passei o dia inteiro sendo paquerada, mas meu único intuito era impressionar Paul. Com os meus contatos – aliás, os contatos de Nika - fiquei sabendo que ele estava tendo dificuldade a algumas disciplinas, principalmente a Química, e então decidi usar esse tema para me aproximar dele, agradecendo por meu Q.I. ser um pouco acima da média e meu irmão mais velho me ter ensinado bastante coisas avançadas de quando ele andava no colégio.




Na hora do almoço eu já estava decidida a botar meu plano em prática. Avisei a Nika e Roxie para irem se sentar na mesa e altiva caminhei pelo refeitório todo, indo em direção à ala proibida. A mesa da Gangue Quileute.

Diferente do refeitório inteiro, os presentes na mesa da gangue só me notaram quando parei do lado de Paul e pigarreei para chamar sua atenção.




-Oi Paul. – Cumprimentei sedutora.




-. – Ele deu um sorrisão, me olhando de cima a baixo. – O que a traz por aqui? – Perguntou irônico.




-Soube que você está com dificuldades a Química e decidi vir oferecer a minha ajuda. – Encolhi os ombros, fazendo daquele momento o mais natural possível.




-Tão prestativa. – Embry zombou.




-E como você poderia ajudar se está no segundo ano e ele no último? – Perguntou Kim um tanto protetora.




E eu só não quebrava a cara dela na hora porque eu sabia que seu único interesse era em Jared. De outro modo eu acharia que ela estava botando as asinhas de fora para Paul.




-Meu irmão sempre me ensinava tudo o que ele aprendia nas aulas e meio que estou bastante avançada nas matérias do meu ano. E pelo que soube ele está com a cadeira de Química atrasada um ano. – Respondi fingindo não ter percebido que eles estavam tentando me desmascarar por esse falso interesse em ajudar Paul na matéria. – O que me diz? – Perguntei fitando Paul e mordendo o lábio da forma mais inocente possível.




Ele ficou pensando por um bocado, sempre me fitando com intensidade, daquela maneira que quase me fazia ter um orgasmo bem ali, no meio do refeitório.




-Marque uma hora e um local e começamos. – Respondeu, se voltando para a mesa e comendo esfaimadamente.




-Legal. – Sorri vitoriosa, ele nunca resistia a um rabo de saias, literalmente. - Em minha casa às 3h da tarde. Estarei esperando por você. – Sorri me voltando para ir embora, me rebolando toda e arrancando suspiros e assobios da ala masculina do colégio.




-Garota, você é muito louca! Você foi até lá. – Nika falou apontando a mesa que mais metia medo aos alunos da Escola Tribal Quileute.




-Sou louca por Paul. E você ainda não viu NADA do que eu sou capaz de fazer para o ter só para mim! – Sorri presunçosa.




-Boa sorte amiga. Eu só me contentava com um Embry ou um Quil, visto que o Jared já está comprometido e Paul está altamente proibido. – Nika suspirou fitando a mesa.




-Como se você fosse arriscar perder seu lindo namorado para algum deles. – Roxie deu um encontrão no ombro de Nika, a desmascarando.




-Engraçado que eles ainda têm um lugar vago. De quem será? – Peguntei intrigada, sempre fitando a mesa onde Paul estava.




-Sei lá. Só sei que essa gangue se estende para fora da escola. Acho que quem lidera é um tal de Samuel qualquer coisa. – Nika deu de ombros, mordiscando sua cenoura.




-Você para decorar sobrenomes é ótima, Shannika. – Ri da minha amiga, abanando a cabeça em negativa.




-Só decoro os sobrenomes que me convêm, gata. – Piscou o olho sorrindo safada.




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Arrumei a casa do meu jeito aproveitando que papai estava fora da cidade e mamãe ia passar o dia com a velhacada da Reserva, fofocando sobre a vida alheia.

Retirei todas as revistas de cima da mesa de centro da sala, as substituindo por livros de Química do 3º ano que eram do meu irmão e cadernos. Empurrei os sofás para encostar nas paredes em que se posicionavam e espalhei almofadas pelo chão, por cima do tapete felpudo branco, que mamãe afirmava ser de um urso pardo. Coloquei algumas velas aromáticas em cantos estratégicos da sala e fechei as cortinas de tecido transparente colorido para dar outra luminosidade ao local. Liguei a rádio e coloquei uma música ambiente e ajeitei minha roupa, olhando o relógio.

Havia tirado os coturnos e o colete, abrindo alguns botões da camisa, estrategicamente, e botei um perfume afrodisíaco não muito forte. Deixei no forno alguns sandeuíches que havia preparado antecipadamente e coloquei no refrigerador o suco que acabara de fazer.

Assim que campainha tocou eu contive o meu ânimo, ajeitando meus cabelos ao espelho e andando o mais lentamente possível até a porta.




-Você veio. – Sorri, agarrando a porta e me colocando em uma pose meio sensual.




-Preciso mesmo de ajuda a Química. – Sorriu torto passando por mim e entrando em casa.




Quase desmaiei por falta de forças quando seu corpo roçou no meu para passar. Inspirei fundo e me obriguei a fechar a porta e ir até Paul, que analisava a sala com um olhar misterioso.




-Adiantei uns exercícios para estudarmos. – Apontei para a mesinha de centro.




Me sentei sobre as almofadas e Paul me seguiu, sentando do meu lado.

Tentei controlar as minhas batidas cardíacas e me concentrar em manter a farsa. Expliquei alguns exercícios e ensinei alguns truques para ele aprender melhor as equações e em seguida o mandei fazer alguns exercícios.




-Sabe, se você errar haverão consequências. – Falei forçando a minha voz a soar rouca e sensual.




-Ah é? E que consequências serão essas? – Perguntou, desviando sua atenção dos exercícios e me fitando daquela forma insanamente íntima.




-Você terá que tirar uma peça de roupa por cada conjunto de exercícios que errar. – Respondi na lata, não me importando com o que ele pudesse pensar de mim. Aliás, eu queria que ele pensasse em mim de todas as maneiras possíveis.




-E se eu acertar… Qual será o meu prêmio? – Perguntou se inclinando em minha direção e fitando o meu decote aberto.




-Eu tiro uma peça de roupa. – Respondi mordendo o lábio.




Ele sorriu torto e voltou a se concentrar no exercício, sempre me fitando de esguelha.

No fundo eu torcia para que ele errasse. Queria vê-lo nuinho em pelo.

Alguns minutos depois ele terminou o exercício e eu o peguei para corrigir. Para minha surpresa ele acertara tudo.




-Certeza que você vai realmente mal em Química? – Perguntei de sobrancelha erguida.




-Você é que é uma professora muito boa. – Argumentou, dando uma conotação diferente às palavras para que tivessem um significado duplo, olhando para a minha roupa e esperando que eu cumprisse o tratado.




Ergui uma perna sobre a mesinha e com delicadeza fui deslizando a meia 6/8 desde cima do meu joelho, deslizando com sensualidade até meu pé. Depois de retirada a peça, a rodei entre meus dedos e atirei para Paul.

Ele riu e pegou a peça, a cheirando. Em seu olhar faiscaram fagulhas de desejo. Meu corpo estremeceu e comecei suando frio de tanto desejo que eu estava sentindo.

Decidi aumentar a dificuldade dos exercícios um pouco mais, eu realmente queria que ele errasse, agora isto estava se tornando uma prioridade!




Lhe entreguei os exercícios e esperei ele terminar. Assim que terminou e os corrigi, reprimi a vontade de bufar de frustração. Ele havia acertado de novo. No entanto eu o faria me desejar tanto que logo logo ele arrancaria as suas roupas e as minhas e me possuiria ali mesmo. Então ergui a outra perna e da mesma forma de antes deslizei a meia 6/8 com toda a sensualidade, deixando só o final para Paul puxar. Ele pegou em meu pé e me surpreendi com a quentura do seu toque. Era quase como se ele estivesse ardendo em febre… Ou talvez não fosse febre. Sorri com esse pensamento e o olhei intensamente, esperando ele retirar o resto da meia e mordendo o meu lábio até ele quase sangrar.




-Ok, vamos fazer uma pausa para um lanchinho. – Falei me erguendo de supetão, pois eu estava muito encharcada e se eu não fizesse uma pausa acabaria desfrutando sem comer nada.




Fui até a cozinha e abaixei meu tronco em direção ao forno numa posição que de onde Paul estava ele veria muito mais que minha calcinha minúscula. Retirei os sanduíches e fui até o refrigerador, retirando o suco geladinho e o servindo em dois copos.

Quando me virei, Paul estava parado atrás de mim com o maior sorriso sacana que eu já havia visto.




-O que você está querendo de mim, garota? – Falou me pegando pelos braços com certa força quase me fazendo deixar cair os copos com suco.




-Te ensinar Química. – Respondi indiferente, me soltando dele e pousando os copos, aproveitando para me segurar nas bordas da mesa para não desfalecer já ali.




-Da química que você está querendo ensinar eu sei muito melhor que você. – Falou se encostando por trás de mim e fazendo sua protuberância nas calças roçar na minha bunda.

Comprimi os olhos e prendi a respiração, controlando meu ventre para não ter um orgasmo ali mesmo.




-Não sei do que você está falando. – Respondi quase sem ar.




-Tem certeza? – Perguntou passando a mão por minhas pernas, a deslizando até minhas coxas e subindo cada vez mais para o lugar que eu tanto ansiava que ele tocasse. Mas quando estava prestes a fazê-lo ele travou, retirou a mão e se afastou.




Me voltei para entender porque havia parado e vi seu corpo todo tensionado e sua feição atenta e enraivecida.




-Tenho de ir. Nos vemos depois. – Falou se retirando antes mesmo de eu poder contestar.




Me segurei firme à mesa e respirei sôfregamente. Peguei um dos copos com suco e o bebi de golada, agradecendo pela temperatura quase negativa do líquido, me fazendo acalmar os ânimos.

Passei a mão pelo pescoço, sentindo o suor escorrer como água em uma fonte. Involuntariamente a mão foi descendo por meu busto até minhas pernas, tocando bem naquele local que Paul estava prestes a tocar antes de parar. Senti vontade de me tocar, mas me travei, correndo desenfreadamente para o banheiro e me enfiando debaixo da água gelada de roupa e tudo.




Frustrada eu fiquei me perguntando porque ele correu daqui de casa quando estava mais que visível que ele me desejava tanto quanto eu o desejava.

Retirei a roupa encharcada e caminhei nua até o meu closet. Afastei as roupas penduradas e abri uma comporta pequena na parede de fundo, feita de madeira, revelando um enorme santuário repleto de fotos de Paul e outros pertences dele como: mechas de cabelo, acessórios e peças de roupa sagradamente dobradas e guardadas naquele santuário só dele.




-Você está quase na palma da minha mão. E vai comer direitinho nela, Paul. Ou melhor, você vai me comer direitinho. – Sorri do meu comentário e fechei a comporta do santuário e me voltando para as roupas para escolher algo para vestir.




POV Paul Lahote




Descrever em poucas palavras um flashback da minha vida desde a minha transfomação era pedir a alguém para resumir a bíblia.

Havia uma linha tênue que diferenciava o Paul badaladeiro e mulherengo de antes com o explosivo e contido de agora.




Antes eu tinha uma liberdade corporal que me permitia me divertir com as mulheres e brigar com os homens sem grandes consequências. Agora, estar perto de uma mulher fazia o lobo dentro de mim sentir repulsa. Não que não as desejasse, mas era como se estivesse muito mais exigente, como se mais nenhuma me satisfizesse conforme minhas exigências...




-Oi Paul.




...Exceto uma.




-. – Sorri sedutor, sentindo o lobo dentro de mim se remexer. – O que a traz por aqui?




-Soube que você está com dificuldades a Química e decidi vir oferecer a minha ajuda. – Comentou inocente, mas sabia que de inocente ela não tinha nada.




-Tão prestativa. – Embry zombou.




-E como você poderia ajudar se está no segundo ano e ele no último? – Kim perguntou protetora com a garota.




Ela sabia o quanto eu era esquentado e tinha medo que perto daquela humana eu não fosse controlar minha transformação, como aconteceu recentemente com a sonsa da Bella.




-Meu irmão sempre me ensinava tudo o que ele aprendia nas aulas e meio que estou bastante avançada nas matérias do meu ano. E pelo que soube ele está com a cadeira de Química atrasada um ano. O que me diz? – Explicou para os restantes, como se precisasse garantir sua farsa e no final voltou a me encarar.




Analisei o olhar ansioso de ao mesmo tempo que por dentro sentia meu lobo me cutucar como que me obrigando a aceitar de imediato aquela proposta.

Se eu não soubesse como era o imprinting – por já ter revisto diversas vezes na mente de Sam e por ter presenciado de perto o de Jared – eu diria que tinha sofrido um por . Mas não. Era algo completamente diferente, muito menos dependente, mas ainda assim bastante tentador.




-Marque uma hora e um local e começamos. – Falei, me voltando para meu prato de comida e o devorando.




-Legal. Em minha casa às 3h da tarde. Estarei esperando por você. – Sorru vitoriosa e empolgada, saindo da nossa beira e causando a discórdia entre os restantes casais do colégio.




-Você não deveria sair com essa garota. - Kim me persuadiu preocupada.




-Relaxe, meu lobo gosta dela. - Sorri torto, lançando um rápido olhar sobre Powell.




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Parei em frente à porta da casa de sentindo um cheiro intenso – para um ser sobrenatural como eu – de algo parecido com incenso.

Assim que toquei a campainha, escutei o entusiasmo dela e os batimentos cardíacos acelerados e um pouco de hesitação.




-Você veio. – Ela sorriu assim que abriu a porta tentando parecer sedutora, mas o jeito exagerado com que ela agarrava a porta me fazia querer rir.




-Preciso mesmo de ajuda a Química. – Comentei reprimindo uma risada e passando por ela para entrar na casa, a qual eu analisei atentamente e espantado pelo esforço que ela dedicou na sala para me agradar.




-Adiantei uns exercícios para estudarmos. – Apontou para uma mesa baixa, em frente aos sofás, que estavam encostados às paredes.




Segui até as almofadas estendidas no chão perto da mesinha e logo ela começou explicando algumas matérias e se inclinando sobre mim, me atiçando com aquele decote saliente.




Desviei de imediato o olhar para os exercícios ao sentir o lobo dentro de mim rugir.




-Sabe, se você errar haverão consequências. – Falou tomando minha atenção.




-Ah é? E que consequências serão essas? – Perguntei sentindo uma pontada de malícia na sua voz.




-Você terá que tirar uma peça de roupa por cada conjunto de exercícios que errar. – Respondeu com um sorriso torto.




-E se eu acertar… Qual será o meu prêmio? – Perguntei com um sorriso torto.




-Eu tiro uma peça de roupa.




Agora eu fazia questão de acertar em tudo. Queria provocar aquela garota ao extremo. Eu era bom de aprender rápido as coisas devido à minha nova condição transmorfa e isso frustrava os planos da humana em me despir e ficar à sua mercê. No entanto eu estava me divertindo demais com a sua frustração, ao mesmo tempo que tentava ao máximo ser sedutora e eu, claro, provocava de volta com todo o gosto.




-Ok, vamos fazer uma pausa para um lanchinho. – Falou engolindo em seco e se levantando de supetão.




Mesmo estando quase esgotada com as minhas provocações, ainda se atrevia a continuar me testando. Lá na cozinha ela fazia poses comprometedores e bastante tentadoras para mim.




-O que você está querendo de mim, garota? – Perguntei aparecendo de repente atrás dela e a segurando firme.




-Te ensinar Química. – Respondeu com falsa inocência que era intensamente enlouquecedora.




-Da química que você está querendo ensinar eu sei muito melhor que você. – Falei a virando contra a mesa e lhe mostrando o quanto ela estava conseguindo me perturbar.




Ela continuou se fingindo de desentendida e eu estava mais que preparado para lhe mostrar o que ela fingia não entender. Eu ia fazê-la implorar por mim e depois a deixar na mão. Ela iria se arrepender amargamente de fazer aquele joguinho. Apesar de muita coisa ter mudado, eu ainda era fiel à minha regra: Nunca comer a mesma garota uma segunda vez.




Mas, meu lobo quase implorava por aquele corpo e era difícil manter o equilíbrio e, principalmente, o meu plano. Deslizei minha mão pela pele trêmula daquele corpo cheiroso e tentador fazendo minha excitação latejar de puro desejo. Estava prestes a mandar meu plano para o espaço e devorar aquele corpo mas, no momento mais intenso escutei vários uivos ao longe.

Frustrado me afastei de e parti sem mais explicações.

Acabaria essa matéria outra hora.




End POV Paul Lahote