Choices - Escolhas








Thirteenth Chapter 

Feche os olhos, me dê sua mão, querido.
Você sente meu coração batendo?
Você entende? Você sente o mesmo?
Ou estarei apenas sonhando?

Leah chegou em casa derrotada. Sem perceber como, travara uma batalha acirrada consigo mesma, contra seus pensamentos. Sua mente gritava de ciúmes mas seu coração não aguentava mais sofrer.
Se deitou em sua cama e chorou a noite toda com raiva de si mesma por duvidar do amor de Embry. Mas a maneira como ele reagiu desde a vinda dessa tal o havia mudado drasticamente. Se perguntava se o estaria perdendo para ela. Se martirizava por se fazer esse tipo de pergunta. Estava em um conflito interno doloroso e agora tudo o que ela precisava era dos braços fortes e quentes de Embry. Precisava de seus lábios contra sua pele garantindo em silêncio que ela era única e que sempre seria a única na vida dele. Precisava de suas mãos afagando seus cabelos e seu corpo a mantendo presa em seus braços em uma prisão da qual ela queria ser mantida para sempre. Se possível, jogando as chaves em um abismo sem fundo.

Com o rosto enterrado na sua almofada, ela inalou o perfume que ele deixara na noite anterior e mais uma bolada de lágrimas rompeu de seus olhos junto com soluços.

-Me perdoa. – Ela escutou.

Pensou ser alucinação, mas quando sentiu as mãos dele a tocando ela não precisou ter mais certezas de nada. Se ergueu de supetão, se sentando na cama virada para Embry, o arremessando em um abraço. Tentou controlar as lágrimas que caiam e a respiração desenfreada e sufocada, mas o medo de que ele tivesse vindo para terminar tudo com ela a dominava como que a puxando para dentro de um tornado.

-Por favor não me deixa, Embry. Eu não vou suportar. – Ela suplicou roucamente, com a voz falha.

-Shuuuu. Ei, ei. Quem falou em deixar quem? Eu não vou deixar você, Leah. Nunca. Você é tudo o que eu mais amo na vida. – Ele garantiu afagando suas costas e seus cabelos.

Leah soluçou ao mesmo tempo que saia do abrigo dos braços de Embry para o olhar. Limpou suas lágrimas sem o olhar. Sentia vergonha por fazer uma ceninha de criança birrenta, mas a dúvida em relação aos sentimentos dele por ainda era palpável.
Ergueu seus olhos vermelhos do choro em direção ao belo rosto de seu amado e respirou fundo entrando em um novo conflito para questionar sobre os sentimentos dele, ou para se manter calada.

Percebendo o conflito de sua namorada, Embry levou sua mão ao rosto de Leah e a acariciou se aproximando de seus lábios lentamente.
O contato dos lábios gerou pequenas faíscas que percorreram seus corpos chegando em seus corações os fazendo bombear a uma velocidade inimaginável. Sem demoras Embry cruzou sua língua na boca de Leah buscando pela sua língua e a acarinhando. O beijo começou calmo e cedo foi se tornando explosivo e exigente.

Os corpos, já quentes, entraram em labaredas ansiando por serem extintas.
Os supérfluos tecidos foram jogados a um canto do quarto ao mesmo tempo que ambas as mãos de Embry trabalhavam ardilosamente no corpo de Leah.
Esta não deixou suas mãos quietas por muito mais tempo. Seus dedos coçavam por trilhar caminhos errantes pelas linhas demarcadas do corpo do seu amante.
Os lábios e línguas travavam uma batalha conjunta e sensual para explorar e saborear a boca um do outro, bem como a pele de todo os seus corpos.
A luxúria deixara de ser luxúria e passara a ser paixão. A paixão se consumia a cada batida do coração, a cada toque e se extinguiu em amor. E o amor foi derrubando barreiras quando Embry mergulhou seu corpo no de Leah criando uma extensão perfeita um do outro. Como se fossem a metade um do outro. E depois do amor, veio o prazer para por fim deixar as portas abertas à devoção e à adoração.

-Leah. Eu te amo. – Ele sussurrou a olhando uma última vez.

Embry fechou os olhos de cansaço mas Leah não conseguiu fazer o mesmo.
Tinha ainda uma réstia de medo de adormecer e de quando acordasse tudo não passasse de um sonho. De um lindo mas falacioso sonho. Penteou os cabelos de Embry vezes sem conta, se deliciando com a sensação de seus fios caramelizados deslizando por entre seus dedos. Contemplava-o dormindo tranquilo e aos poucos todas as duvidas criadas e crescidas dentro de si foram se dissipando, se perdendo no mesmo abismo em que ela queria ter jogado a chave da prisão dos braços de Embry.
Vagarosamente seus olhos foram pesando, por fim cedendo aos mantos de Morfeu.

Assim que os primeiros raios de sol despontaram no céu, Embry abriu os olhos deparando-se com a cena mais bela que vira e toda a sua vida. O rosto de Leah. Este estava descontraído e os lábios se rasgavam inconscientemente em um sorriso. Estaria ela sonhando consigo? Se perguntou ao mesmo tempo que pousou sua mão sobre o rosto dela e desferiu movimentos circulares com o seu dedão na bochecha dela.
Aos poucos os olhos dela tremeram para por fim se abrirem e ganharem um excessivo brilho ao olhar para ele.

-Bom dia. – Ele desejou sorrindo para ela.

-Você não foi embora. – Ela falou em resposta.

Embry nada falou e apenas a puxou para seus braços sentindo o rosto dela encostado em seu peito enquanto seu rosto mergulhava no cheiro dos cabelos dela.

-Acho que precisamos falar, Embry. – Ela indicou e Embry apenas respirou fundo o cheiro dela sabendo ao que ela se referia.

Aos poucos eles se separaram e se sentaram na cama de frente um para o outro esperando que o outro tomasse a iniciativa de falar.

Isso está queimando numa chama eterna.
Eu acredito que isso esteja para acontecer, querido.
Eu te observo quando você está dormindo.
Você pertence comigo. Você sente o mesmo?
Estarei apenas sonhando?

-Você…você ama a ? – Leah perguntou olhando para um ponto fixo no colchão.

-Leah… - Ele a repreendeu.

-Apenas me responde. – Ela pediu forçando a voz a não tremer.

-Amo. Amo sim. – Ele confirmou e Leah fez uma careta de dor sentindo uma lágrima cair de seu olho. – Ei, ei! – Ele se inclinou em direção a ela a tocando e erguendo o seu queixo. – Eu a amo mas não do jeito que eu amo você, Leah. Eu te amo demais e meu coração é só seu. Só que…a é muito, muito importante para mim. Eu nem sei explicar direito…mas é como se ela fosse a irmã que eu nunca tive. Ela sempre foi minha melhor amiga e é como se minha vida estivesse ligada à dela de alguma maneira sobrenatural. – Comentou e Leah arregalou os olhos. – Não. Eu não sofri nenhum imprint com ela. – Embry dissipou as dúvidas da namorada. – Mas eu fiz uma coisa que não devia quando era mais novo. – Torceu o rosto em repreensão de si mesmo e de seus pensamentos e lembranças.

-O que você fez? – Ela perguntou em um tom de voz calmo.

-Eu fiz um pacto…de sangue. – Confessou um pouco envergonhado e Leah arregalou os olhos. – Mas eu não sabia na altura que consequências aquilo poderia trazer. – Afirmou. – Eu tinha 9 anos. – Acrescentou.

-Espere. Se acalme. Porque nem todos os pactos de sangue são feitos corretamente e se não são feitos corretamente perdem todo o efeito… - Ela tentava o acalmar e explicar.

-Eu fiz tudo conforme a Lenda. Lua Cheia, depois da meia-noite, agulha virgem, uma roda de três pontas, sangue de duas pessoas e o cântico. – Enumerou se recordando daquela noite. – Minha vida está ligada a para sempre. Eu jurei a ela, em nome da Noite, da Lua e das Estrelas, que ela sempre seria mais importante para mim do que todas as outras pessoas. Eu fiz merda, Leah. – Se culpou e Leah permaneceu em silêncio digerindo toda aquela informação.

-Temos de falar com o Conselho. Eles saberão o que fazer. – Ela por fim se pronunciou se colocando de pé e catando sua roupa.

Apressados eles saíram do quarto deparando-se com Sue na cozinha preparando o café da manhã para os dois. Seth já estava sentado na mesa devorando uma pilha de panquecas, pãezinhos com compotas e bolos caseiros.

-Bom dia crianças. – Sue os cumprimentou.

-Mãe. Nós precisamos uma reunião urgente com o Conselho. – Leah falou apressada e apreensiva.

-Porquê? Aconteceu alguma coisa? – Seth perguntou de boca cheia parando de comer e os olhando.

-Não é da sua conta piralho. É um assunto pessoal…do Embry. Sobre pactos. – Leah brigou para em seguida explicar para a mãe a gravidade da situação.

-Tudo bem. Mas sentem-se primeiro e tomem o café da manhã. Vou na casa do Velho Quil para marcar uma reunião e já volto. – Falou beijando a testa de Leah e largando seus afazeres.

Leah tentou comer algo mas seu estômago embrulhava em preocupação e depois de uma longa espera, que lhe pareceu durar a eternidade, Sue retornou.

-Eles nos esperam, vamos. – Sue indicou e Leah se ergueu antes mesmo de ela começar a falar.

Embry as seguiu e caminhou em silêncio, com as mãos nos bolsos. Minutos depois chegaram na casa do velho Quil. Este os esperava em sua sala, sentado em sua imponente e antiga poltrona, fumando seu habitual cachimbo. Sua pele envelhecida e desgastada não perdia o ar respeitável e seus cabelos brancos como as nuvens envolviam seu rosto como um manto de conhecimento e sapiência.
Billy também estava na sala sentado do lado direito do Velho Quil. Exibia um ar extremamente cansado mas ao mesmo tempo divertido, como se o que quer que ele tenha feito que o desgastou também lhe deu um certo brilho a mais de alegria.
Sue se sentou à esquerda do Velho Quil entrelaçando os tornozelos e adotando uma pose formal. Seus cabelos negros e entrançados pendiam-lhe sobre os ombros demonstrando a jovialidade e vivacidade que ainda tinha.

Billy indicou que o casal se sentasse na frente deles em dois banquinhos baixos de madeira com uma camada almofadada no assento e em seguida indicou que eles começassem.
Leah pegou a mão de Embry e com um olhar lhe passou força para que ele contasse.
Embry respirou fundo, mais uma vez naquela manhã, e relatou detalhadamente tudo o que tinha feito quando mais jovem.
Durante todo o seu relato nenhum dos três Anciãos o interrompeu ou expressou qualquer reação em suas faces. Permaneceram imparciais e inabaláveis até ao momento em que puderam, por fim, analisar toda a informação que receberam e dar o seu veredito.
O Velho Quil olhou debilmente para Billy e em seguida para Sue para no final olhar Embry. Para ele era como se Leah nem estivesse ali. Seu principal foco era Embry.

-O que quer que eu lhe diga filho? – Ateara questionou com a voz trêmula, típico da idade.

-Que há maneira de reverter o pacto? – Falou em jeito de questão. Ele próprio estava com dúvidas.

O Velho Quil soltou uma risada fraca olhando para cima e depois tornou a olhar seus companheiros.

-Não há maneira de reverter o pacto, filho. – Billy falou pelo Velho Quil.

-Como não? – Leah questionou um pouco agitada.

-Que consequências terei por manter o pacto? – Embry sobrepôs sua questão.

-O pacto que você fez é quase tão forte quanto um imprint. Sua vida se regerá em torno da segurança e felicidade de e as palavras dela para você serão como uma ordem. Mas diferente de um imprint, você pode ter outra parceira e amar outra pessoa tanto ou mais que você ama . Mas se o reivindicar para si…você abandonará quem for preciso. Ela sempre estará acima de qualquer pessoa para você. Sempre será mais importante. Foi exatamente isso que você pediu, Embry. – Ateara relatou lastimável pelo erro de Embry.

-É por isso que crianças não se devem meter nessas coisas! – Sue brigou como uma mãe zelosa.

Embry olhou para Leah detetando uma sombra de preocupação e apreensão em relação a essas consequências.

-Não fique preocupada, é uma boa pessoa.

-Mas ela sempre estará primeiro que eu! – Se irritou se erguendo do banquinho e saindo apressada de casa do Velho Quil.

Mas isso está queimando numa chama eterna.
Diga meu nome, a luz atravessando a escuridão.
Nossa vida é tão solitária, então venha e acalme minha dor.
Eu não quero perder esse sentimento.
(Eternal Flame – Bangles)


Fourteenth Chapter

Toda hora eu penso em você.
Eu sempre perco meu fôlego.
Eu ainda estou esperando aqui.
E eu imagino por que você me deixou.
E há uma tempestade que está anelando através
Do meu coração congelado, esta noite.

abrira os olhos lentamente vislumbrando um anjo em sua frente. Sua pele era branca como o cal, mas ao mesmo tempo era brilhante e aparentava ser macia. Os fios dourados e angelicais, muito bem arrumados na cabeça. Um sorriso devastador. Teria ela morrido? O pânico a assolou com um furacão. Sua menina. Não, ela não podia deixar sua menina.

-Acordou bem, ? – O anjo questionou pousando uma mão em seu ombro.

Se ela não tivesse visto a mão cair sobre seu ombro, poderia jurar que ele tinha jogado uma pedra. Dura e gelada. Muito gelada.

-Eu não posso morrer. Por favor. Eu tenho uma filha. – Ela falava em um tom baixo demais para ela própria se escutar.

O anjo sorriu mais abertamente e direcionou uma luzinha para seus olhos, que quase a cegou.

-Ela está quase recuperada. Impressionante. Os pontos estão praticamente cicatrizados. Será que ela é como Leah? – O anjo murmurou para si mesmo, atrás de , quase inaudivelmente, examinando sua cabeça, mas sem perceber como, havia escutado. – Logo você terá alta. – O anjo falou em um tom de voz normal sorrindo para .

-Alta? Eu…eu não estou…

-Você está em um hospital. E eu sou o Dr. Carlisle Cullen. – O anjo falou.

se acomodou em sua cama sentindo uma pressão incomoda na cabeça, mas não mais dolorosa, e percebeu que estava mesmo em um hospital.

-Há quanto tempo eu estou aqui? – Ela perguntou analisando cuidadosamente o médico.

Seus olhos eram de um dourado líquido escuro, mas não menos refulgente.

-Vinte e quatro horas. Mais coisa menos coisa. – O médico falou olhando seu relógio de pulso.

-Minha filha! – Ela se alertou.

-Calma. Se acalme . Ela está bem. Baby Suh está em boas mãos. – Carlisle a acalmou e franziu o cenho um pouco confusa e um pouco admirada. – Eu conheci sua pequena. Ela é deveras muito linda.

-Eu preciso vê-la!

-Calma, logo a verá. A propósito, ela está em minha casa.

-Em sua casa!? – exclamou assarapantada.

-Minha filha mais nova se apaixonou por sua filha e agora não a quer largar um segundo. Sophia também adorou minha Nessie e igualmente não a quer largar.

-Quando eu posso ir para casa? – Perguntou.

-Eu estava apenas esperando que acordasse para lhe dar alta. Pode ir para casa se recuperar e…tome esses remédios. – O médico-anjo rasgou uma folha de um receituário com os nomes dos remédios que deveria comprar. – , se quiser eu a levo até sua filha e depois lhe dou boleia para casa. – Carlisle se ofereceu.

-Não é necessário. Quer dizer. Eu quero pegar minha filha e…não sei onde o senhor mora.

-Pegue suas coisas e eu estarei esperando por você lá fora. – Falou o mais amável possível que não teve como recusar.

~~*~~

Não levara mais de 10 minutos para vestir uma roupa sua, que lhe havia trazido, e para sair do hospital.
No parque de estacionamento se sentiu meio perdida quando não encontrou o médico-anjo, mas quando uma Mercedez Preta parou na sua frente, descendo o vidro, hesitou em ir com o médico. E se ele fosse um psicopata? Abanou a cabeça para essa possível idéia e entrou no lugar do passageiro do lado do motorista, se encolhendo de encontro ao banco, se mantendo em seu canto e controlando a ansiedade.

-Minha esposa vai adorar conhecer você. Meus filhos também. – Carlisle comentou sorridente.

-Quantos filhos tem?

-Seis.

-Nossa. Tantos. – Se espantou.

-Nenhum deles é biológico. Esme não pode ter filhos. Meus cinco mais velhos são da sua idade, só Nessie é a mais jovem. Seis aninhos. – Explicou.

-Lamento muito por sua mulher.

-Não lamente. Ter adotado todos eles foi a melhor coisa que nos aconteceu na vida. Não sentimos falta de filhos biológicos. – Comentou descontraído.

via as árvores se adensarem e passarem por si como borrões e mais borrões verdes. Tinha a estranha sensação de estar alcançando algo que ela desejava. Como quando estava chegando a Forks e depois a La Push…
Em poucos minutos estava saindo da estrada de alcatrão e entrando em uma mais pequena e estreita para o meio da floresta. Isso a assustou um pouco mas o sorriso do anjo a fez dissipar o medo.

-Minha mulher adora a natureza. – Explicou e logo estava avistando uma gigante e imponente mansão envidraçada. Um verdadeiro Palácio de Cristal da Era Moderna.

O portão de uma enorme garagem se ergueu exibindo uma coleção exímia de carros top de ponta. Sem perceber o queixo de havia despencado, tamanha ostentação que presenciava.

-Meus filhos são meio extravagantes. – Carlisle comentou antes de sair do carro.

saiu logo em seguida ainda admirando os carros. Carlisle tocou suas costas com uma mão e indicou que o acompanhasse, silenciosamente.
subiu uma escadaria de pedra e atravessou por uma detalhada porta de vidro. Receosamente ela seguiu Carlisle para uma sala, mas antes que ela pudesse ver quem quer que fosse, uma voz extremamente conhecida a chamou.

-Mamã! – se virou na direção da voz, vendo uma menina com rosto de fada carregando sua pequena.

Sua pequena quicava no colo da garota estendendo seus bracinhos em direção a ela. A garota terminou de descer as escadas e pousou Baby Suh no chão. Esta correu desajeitadamente até sua mãe, caindo a poucos centímetros dela. a pegou no colo logo em seguida a abraçando fortemente.

-Oh minha pequena. Minha luz. Mamãe estava com tantas saudades de você. – Beijou o rosto de Baby Suh inúmeras vezes.

A pequena se afastou um pouco da mãe a encarando seriamente. Com um dedinho apontou para o rosto da mãe.

-Dodói? – Perguntou fazendo os presentes soltarem exclamações de espanto tamanha a perceptividade da menina.

-Já passou my little sunshine. Já passou. - A abraçou mais forte acariciando seus fios lisos e negros. – Obrigada por cuidarem dela. – Agradeceu olhando Carlisle e a outra garota.

-Agradeça a Jacob. Baby Suh só conseguiu se acalmar no colo dele. – Uma menina ruivinha, que presumiu ser Nessie, se pronunciou.

Aos poucos se virou para olhar cada um naquela sala, mas seu olhar parou apenas em um deles. Nos profundo e radiante mar negro de seus olhos.

-, essa é minha mulher Esme. E meus filhos são esses. Minha filha Nessie, essa é Alice, esse é Jasper, essa é Rosalie, esse é Emmett, esse é Edward e essa e sua esposa Bella. E aquele é Jacob e atrás dele, está Seth. – Carlisle apresentara mas não escutava mais nada.

Seus olhos apenas se concentravam nos dele.
É ele. Só pode ser ele. O pai da minha menina. Jacob.” Pensava para consigo sentindo seu peito explodir de felicidade e seu rosto inundar de lágrimas.
Ao mesmo tempo que o pensamento surgiu em sua mente, um rosnado ressoou pela sala.

Eu ouço seu nome em círculos fixos
E isso sempre me faz sorrir.
Eu desperdiço meu tempo
Apenas pensando em você.
E isso está quase me colocando louca.

-? Você está se sentindo bem? – Carlisle perguntava ao mesmo tempo que olhava para Edward.

Bella e Emmett estavam do lado de Edward, o segurando. Este olhava assassinamente para Jacob que retribuiu um olhar confuso. Tanto para Edward como para .
Eu conheço essa garota de algum lugar. Porque eu não consigo me recordar?” Jacob se questionava.

-Edward. O que está acontecendo? – Bella perguntava tão baixo que só eles poderiam escutar.

Num canto da sala Seth se encontrava paralisando olhando na direção de . Sentia dentro de si os cordões da vida que o ligavam ao centro da Terra, se desprenderem e se ligarem apenas a ela. Ela seria agora o seu centro de gravidade, seu motivo para respirar, para viver, para amar. Apenas ela.

Então tudo aconteceu rápido demais para alguém perceber. largou sua pequena de novo no colo de Alice. Edward correu atrás de . Jacob olhou para Seth com uma interrogação no rosto quando este apertou seu ombro com demasiada força e logo se apercebeu do que se tratava.

-Você teve um imprint, cara. – Jake se pronunciou em meio aos seus pensamentos.

De um jeito que ele não entendia porquê, ele teve vontade de correr atrás dessa tal de e perceber o que a atormentava. Bella se segurava para não correr atrás do marido. Jasper tentava acalmar os ânimos e Alice se sentia frustrada por não saber o porquê de tudo aquilo. Mas mais frustrada se sentia por não conseguir ver qualquer futuro em . Apenas uma grande névoa cinzenta fugindo para o negro. E isso de certa forma a assustava.

-Mas o que é que está acontecendo? Porque Edward foi atrás de ? – Alice questionou curiosa apurando seus ouvidos para tentar escutar a conversa de Edward e , mas tudo o que ela escutava eram soluços.

~~*~~

Edward corria a passos humanos, tentando alcançar . Não seria muito difícil, apesar de correr como humano, ele ainda era mais rápido que ela.
Logo a alcançou e a travou, a puxando para seus braços e a consolando. chorava sofregamente e desamparada. Sua cabeça turbilhava de pensamentos.

Porque eu fugi? Porque eu não tive coragem para ficar e dizer que era mãe de sua filha? Porque eu vim para La Push? Porque eu ainda o amo tanto? Porque ele não se recorda de mim?

-Shhiii, calma. Está tudo bem. – Edward cantarolava a embalando.

-Edward, o que está acontecendo aqui? – Bella perguntou encarando interrogativa o marido abraçado à humana.

-Depois eu te explico. – Lançou um olhar significativo à mulher.

-Me tire daqui, por favor. – pediu chorando.

-Mamã. – Baby Suh a chamou aparecendo ao pé de Bella, sendo seguida de perto por Seth.

a pegou no colo e enxugou suas lágrimas.

-Me tire daqui. – Tornou a pedir.

-Seth, leve e Sophia para casa. – Edward pediu atirando as chaves do seu carro para o Lobo.

Seth não contestou, sequer assentiu. Apenas dirigiu silencioso para La Push.

Mas isso é meu coração
Que está pedindo essa longa distância.
Você não sabe quão desesperada eu me tornei.
Eu não consigo atravessar essa distância.
Querido pare esse coração.
(Missing You – Taylor Swift ft Tyler Hilton)
Fifteenth Chapter 
Algo mudou dentro de mim, algo não é o mesmo.
Estou jogando pelas regras do jogo de outra pessoa
Tarde demais para repensar.
Tarde demais para voltar a dormir.
É hora de confiar nos meus instintos
Fechar meus olhos e saltar.

-Edward! O que está acontecendo? – Bella insistiu vendo o marido morder a mandíbula ao mesmo tempo que olhava para dentro de casa.

-Venha. Logo perceberá. – Ele passou por ela feito um furacão, caminhando a passos decididos para dentro da mansão.

-O que deu na moça? – Esme perguntou diretamente para Edward sabendo que ele sabia o que lhe passara pela cabeça.

-Esme, se não se importar, gostaria que levasse Nessie para passear. Assim que voltar relatarei de novo para você o que se passou. – Edward pediu o mais polidamente possível, evitando olhar para Jacob.

Jasper percebeu a raiva e tensão que seu irmão estava e lhe enviou uma onda de calma. Edward agradeceu-lhe com um olhar, mas relembrar as frases daquela pobre garota o deixava irritado.

-Ah não, papai. Eu quero ficar. Não quero passear não. – Nessie embirrou cruzando os braços e montando biquinho.

-Não me conteste, Renesmee. Vá com sua avó! – Falou um pouco alterado, o que espantou seus familiares e sua mulher.

-Vá com a vovó. Por favor. – Bella pediu se abaixando na altura da filha e beijando seu rosto.

-Eu posso ir com Nessie. – Jacob se ofereceu se erguendo prontamente.

-Não! – Edward quase rosnou. – O assunto é do seu interesse. – Controlou a voz.

Jacob tornou a sentar franzindo o cenho e tentando perceber o que a “fuga” de tinha a ver com ele e o porquê dessa reação alterada de Edward perante esse assunto. A curiosidade o fez ansiar que Nessie saísse logo de casa, mas controlou esse pensamento.
Esme voltou da cozinha com uma lancheira e pegou na mão de Nessie a puxando dali para fora. Nessie deu um último olhar a Jake. Era um olhar preocupado mas ao mesmo tempo encorajador. Jake sorriu-lhe lhe passando tranquilidade.

-Qual é o assunto, Edward? – Carlisle perguntou assim que o carro de sua mulher partiu.

Edward socou seus punhos apertados nos bolsos e mordeu mais uma vez a mandíbula antes de olhar para Jacob.

- veio para Washington com um único propósito. – Começou absorvendo toda a calma que seu irmão lhe enviava. – O de encontrar o pai de sua filha. – Relatou baixando o olhar e controlando sua voz. – E você é o pai, Jacob. – Anunciou em um quase sussurro fitando Jacob com tamanha frieza que chegaria a ser capaz de perfurar a mais dura pedra.

A reação de todos foi a mesma. Estupefação. Suspiros e palavras sussurradas. Ahs e Ohs incrédulos. Perguntas retóricas e exclamações internas.
O quê? Como é que é? Como isso aconteceu? Isso não pode ser possível! Uma filha? Cachorro traidor!
Apenas Jacob não questionava ou exclamava nada. Quer verbal quer mentalmente. Sua boca estava escancarada. Suas mãos apertando fortemente, capaz de quebrar, os apoios da cadeira. Seus olhos sem foco ou vida. Seu coração batendo. Falhando. Batendo mais forte. Falhando mais tempo. Um filete de suor escorrendo de sua testa, escorregando por seu rosto e deslizando por seu pescoço, se perdendo dentro de sua camiseta. Sua mente borbulhando de recordações que ele sequer fazia idéia ter vivido.

Imagens. Imagens dele em sofrimento por Bella. Imagens dele vagueando pelas florestas sem nem mais saber onde estava ou quem era. Doença. Febre, muita febre. Alucinações. Gritos de socorro. Luta com um Lince. Perda de consciência. Mais alucinações. Um anjo sempre por perto, com um lindo sorriso e um cheiro viciante. A textura macia da sua pele. O sabor indescritível da sua boca. Ecos dos seus gemidos. Alucinações. Imagens dele fazendo amor com Bella. Vislumbres do anjo. Fuga. Perda de consciência. Retorno a La Push.

Agora com todas essas imagens retornadas, Jacob conseguia identificar o anjo que sempre esteve por perto e que cuidou de si quando esteve preso entre o limbo e a inconsciência. E esse anjo era . A mãe de Baby Suh. A mãe da sua filha. Baby Suh. Sua filha. Sua filha.
Jacob escovou os curtos fios de seu cabelo tão lentamente quanto ele levantou da cadeira onde estava sentado, com os olhos fixos em ponto algum.
Se dirigiu para a porta de saída sob os olhares de Edward, Carlisle e Rosalie. Bella era acalmada por Alice com a ajuda de Jasper e Emmett segurava Rosalie que rosnava na direção de Jacob. Edward apenas ficava do lado de Carlisle analisando a situação com pesar.

-Onde você vai? – Bella perguntou desviando sua atenção para o amigo.

-Eu…eu preciso…ir. – Jacob gaguejava incerto de suas próximas ações.

-Você vai atrás dela? – Edward questionou enrugando a testa.

Jacob olhou da porta para Edward e depois para Bella, correndo os olhos pelos outros vampiros detetando a mesma linha de hesitação em seus rostos.
Uns hesitavam por Nessie, a maior parte. Outros hesitavam por ele, uma ínfima parte. E apenas um hesitava por , o mesmo que o questionara.

-Eu não sei. - Comprimiu os olhos por breves segundos aspirando o ar com dificuldade, como se tivesse farpas no peito que o impedissem de respirar mais profundamente.

Lançando um último olhar a Bella, Jacob saiu daquela casa caminhando em direção à floresta, mas se transformar era a última coisa que ele queria nesse momento. Partilhar seus pensamentos estavam fora de questão e agora ele precisava pensar calmamente.

~~*~~
É hora de tentar desafiar a gravidade.
E você não me deixará para baixo!
Estou aceitando limites.
Porque alguém diz que eles são assim.
Algumas coisas eu não posso mudar.
Mas até eu tentar, nunca vou saber.

tentava ao máximo enxugar as lágrimas que teimosamente rolavam por seu rosto, mas as recordações insistentes do reencontro com Jacob e as lembranças do pequeno – e pessoal – passado que teve com ele, despoletavam aquelas lágrimas sem que ela as conseguisse controlar.
Quando deu por si, estava parada na porta da sua mais nova casa com Baby Suh abraçada ao seu pescoço bastante quieta. Seth se colocou do lado dela a olhando pelo canto do olho um pouco preocupado. Sua atenção chegava a ser excessiva, apesar de discreta. O Lobo bateu na porta da casa dos Call e aguardou em silêncio que viessem abrir a porta, apenas com o som dos fungos de e dos gemidos contidos na garganta. Logo Liz atendeu olhando um pouco assustada para . A preocupação também era evidente nos seus olhos. passou a filha para os braços de Seth e se abraçou a Liz, chorando convulsivamente e soluçando alto.
Liz nada falou até estarem dentro de casa e de ter sentado no sofá.

-O que aconteceu? – Liz perguntou limpando o rosto de que se manteve em silêncio olhando de soslaio para Seth. – Seth, você poderia ir dar uma volta com Sophia? A leve para casa do Billy, se preferir. – Eloise pediu e Seth assentiu em silêncio dando uma última olhada para Liz.

Assim que ele se retirou, se ergueu e puxou Eloise para seu quarto, se jogando na cama e abraçando as almofadas.

-Eu o encontrei. – Ela finalmente falou, em meio aos soluços e lágrimas.

-Encontrou? – Liz questionou um pouco confusa, franzindo a testa em interrogação, mas logo uma luz ressurgiu na sua mente a fazendo entender de quem falava. – Onde? Quando?

-Na casa do Dr. Carlisle Cullen. Quando fui buscar minha filha. Ele é o Jacob Black. – Contou mas ao olhar o rosto de sua madrinha não encontrou qualquer resquício de surpresa em seu rosto. – Espere aí, você sabia? Você sabia quem ele era e não me falou nada!? – se exasperou se colocando sentada na cama.

-Não é bem assim, . Eu só soube ontem, depois que você foi internada. Na verdade foi Billy quem deduziu isso e veio até mim confirmar suas suspeitas. Mas acabou que ele na verdade me revelou quem era o mais potencial pai de sua filha. Você só confirmou ainda mais. – Liz se defendeu.

-O que é que eu faço agora? Assim que eu bati meus olhos nele eu…eu fiquei em pânico. Todos os meus medos vieram à tona. E eu tive de fugir. Eu não consegui encarar nem enfrentar o pai da minha filha. Eu não sei mais o que fazer! – Se desesperou chorando obstinadamente.

-Billy quer falar com você a respeito de Sophia. Agora que ele sabe da existência dela, ele não se quer separar da neta.

-Ele não pode me obrigar a ficar aqui. Eu não vou aguentar! – quase gritou.

-Ele vai contar a Jacob sobre ela. E quando Jake descobrir que Sophia é vossa filha, ele irá atrás de vocês, se preciso for. – Liz alertou.

-Droga! Porque eu vim procurar por ele? Porquê? Idiota! Como eu fui burra! – se xingava passarinhando de um lado para o outro no quarto.

-Não adianta ficar se culpando ou pensando como seria diferente se você não tivesse vindo. O melhor que você tem de fazer agora é ir falar com Billy. – Eloise aconselhou.

tentou contestar mas ela própria sabia que isso seria o melhor a ser feito.

(POV Embry)

Depois da reunião com o Conselho e do surto de ciúmes de Leah, eu fui dar uma volta. Não quis me transformar porque a última coisa que eu queria no momento era partilhar meus pensamentos com o resto do bando. Precisava ficar sozinho.

Retornei a casa para ir buscar Sean. O Conselho tinha me indicado para levar Sean para uma clínica de reabilitação. Não existia nenhuma em La Push ou Forks, apenas em Seattle, o que ficava muito à desamão. A outra opção que me deram foi de colocar Sean temporariamente em uma cadeia. Minha mãe tratou logo de ligar a Charlie, que prontamente levou Sean para a sua delegacia, o colocando em uma cela à parte.
Depois disso precisei caminhar. Caminhei por horas, andando de uma ponta à outra da praia, atravessando First Beach inteira e entrando na praia seguinte. Só quando enxerguei o sol bem alto percebi que já eram princípios da tarde e que a manhã tinha passado excessivamente rápida.

Se eu havia pensado? Demasiado. Tanto que eu julguei que fosse ter um curto-circuito.
Se eu tinha chegado a alguma conclusão? Infelizmente não. Nenhuma. Estava sem qualquer noção do que iria fazer a partir de agora?
Leah estava furiosa comigo e não era uma opção para mim.
Quando dei por mim estava chegando a minha casa, vendo Seth saindo dela com Baby Suh no colo.

-Cara, estava mesmo precisando falar com você. – Seth falou quase que desesperado.

Antes de responder senti dois cheiros distintos. Um de vampiro, que logo reconheci como sendo de Edward, e outro de .

-A já chegou? – Perguntei antes de questionar sobre o cheiro de vampiro.

-Já sim. E antes que você pergunte, foi o Edward que me emprestou o carro para trazer e Baby Suh. – Sua voz derreteu ao falar delas.

Estreitei os olhos em direção a ele e depois olhei para a pequena.

-Não me diga que…

-É. Eu tive um imprint com ela. – Sorriu largamente como se isso fosse realmente uma coisa boa.

-Até você? Porque será que essa lobada anda preferindo ter imprints com crianças? Primeiro Quil. Depois Jacob. E agora…você! – Exclamei exasperado.

-Não é que seja uma coisa que eu tenha escolhido. – Seth deu de ombros olhando sorridente demais para seu mais novo imprint.

-Se você está aceitando bem o imprint não estou entendendo qual a urgência em falar comigo. – Soquei as mãos nos bolsos.

-É que…eu preciso de ajuda para contar a o que aconteceu. – Ele sussurrou preocupado.

-Hun. Tudo bem. Eu falo com ela. – Assenti me dirigindo para a porta de minha casa.

-Espere. Não vá agora lá para dentro. Não sei o que aconteceu, mas assim que a entrou em casa dos Cullen ela saiu de lá aos prantos e veio o caminho todo até aqui chorando. E bem, a sua mãe pediu para eu levar Baby Suh a passear, o que indica que elas querem ficar sozinhas.

Tanto tempo estive com medo de perder o amor
Que achei que tinha perdido.
Bem, se isso é amor
Ele vem por um preço muito alto!
(Defying Gravity – Glee)


Sixteenth Chapter

Me diga como eu deveria respirar sem ar.
Se eu morrer antes de eu acordar,
Isso vai ser porque você levou minha respiração embora.
Estar perdendo você é como estar vivendo em um mundo sem ar.

(POV Embry)

-Espere. Não vá agora lá para dentro. Não sei o que aconteceu, mas assim que a entrou em casa dos Cullen ela saiu de lá aos prantos e veio o caminho todo até aqui chorando. E bem, a sua mãe pediu para eu levar Baby Suh a passear, o que indica que elas querem ficar sozinhas.

Eu sequer escutei a sua advertência, apenas me limitei a ignorá-lo e adentrar a minha casa para ver o estado de . Escutar Seth falar que ela estava chorando…pensar que ela estava sofrendo…me doeu no peito de maneira estranha. Era o efeito do maldito pacto. Agora eu sabia bem como Jacob se sentia em relação ao imprint de Nessie. Ele sempre me falava, como em desabafo secreto, que apesar de todo o carinho e amor que ele pudesse sentir por ela, era como se ele fosse obrigado e compelido a ter esses sentimentos…OK, no meu caso é um pouco diferente. Eu nunca quis matar ou sequer a odiei. sempre foi a irmã que eu nunca tive, a melhor amiga. Sempre tive uma ligação muito forte com ela, mas nada que justificasse a minha estupidez de ligar a minha vida à dela irremediável e irreversivelmente. Agora eu seria como um fantoche nas mãos dela, como Jake. Não que ela fosse fazer realmente de mim um, mas em relação aos sentimentos e às prioridades…UGH! Como o imprint pode ser algo tão desprezível?
Estava tão absorto em meus pensamentos que nem percebi que já estava na frente da porta do quarto de , que estava entre aberta. Voltando à realidade, dei um passo em frente para entrar, mas uma frase me parou.

-Ele não pode me obrigar a ficar aqui. Eu não vou aguentar! – se desesperou, o que me deixou verdadeiramente curioso.

Mais uma vez eu tentei dar um passo em frente para perguntar o que tinha acontecido com ela, mas de novo estagnei com o que minha mãe falou.

-Ele vai contar a Jacob sobre ela. E Quando Jake descobrir que Sophia é vossa filha, ele irá atrás de vocês, se preciso for.

Eu perdi completamente o fôlego ao escutar aquilo. Como?…
Eu simplesmente não conseguia processar aquela informação.

-Droga! Porque eu vim procurar por ele? Porquê? Idiota! Como eu fui burra! – gritava consigo mesma completamente exasperada.

-Não adianta ficar se culpando ou pensando como seria diferente se você não tivesse vindo. O melhor que você tem de fazer agora é ir falar com Billy. – Minha mãe falou.

-Você tem razão. E o melhor é eu ir agora. indicou me fazendo sair do transe e correr, em passos inaudíveis, para o meu quarto.

Fiquei encostado na porta do meu quarto, escutando caminhar pela casa e bater a porta, indo em direção a casa dos Black.
Apurei meus ouvidos, camuflando-os apenas para o que eu queria escutar, e escutei atentamente seus passos hesitantes pelo terreno fazerem parceria com os batimentos incertos de seu coração. Ela ofegava, quase deixava de respirar. Então escutei seus passos em outro tipo de piso. Madeira. Ela havia chegada na casa de Jake.
Uma batida na porta. Hesitação. Seu coração disparando como um raio. Quatro batidas mais insistentes e ritmadas na porta. Podia até adivinhar seu pensamento: “É agora ou nunca!”. Uma respiração profunda e prolongada. Uma porta se abrindo e um convite de Billy para entrar.

Bati com minha cabeça na porta quando escutei a porta se fechando. Lágrimas brotavam em meus olhos. Era demais para eu digerir. Eu precisava demais de Leah do meu lado, sem questões para me fazer, apenas me abraçando e me amando. Sem obrigações. Leah…

Eu estou aqui sozinho, não quero partir.
Meu coração não se moverá, está incompleto.
Desejo que haja um jeito para que eu possa fazer você entender.
Mas como você espera que eu viva sozinho apenas comigo mesmo?
Porque meu mundo gira ao seu redor e é tão difícil para eu respirar.

(End POV Embry)

caminhou inquieta para casa de Billy. Preparava um discurso mental do que deveria falar, como deveria falar, mas sequer tinha certezas se iria conseguir falar. Subiu o pequeno lance de escadas da varanda em vermelho velho e parou na porta batendo de leve nela. Em um momento de hesitação pensou em ir embora, mas afastou essa possibilidade batendo com mais força na madeira e inspirando fundo para encarar esse novo desafio. A porta foi aberta desvendando por detrás dela um homem com expressões tão carregadas que lhe chegava a dar um ar bem mais velho do que ao que tinha.

-Entre. – Ele pediu arrastando sua cadeira para trás e para o lado, dando passagem a ela.

entrou na casa inspirando fundo, mas assim que o fez sentiu o seu cheiro. Era inesquecível. Era o cheiro dele. Involuntariamente uma leva de lágrimas caíram de seus olhos, mas logo ela as enxugou antes que Billy tivesse tempo de as perceber.

-Eu quero que me conte sua história, . – Billy exigiu parando atrás dela.

se virou e Billy indicou com a mão para que ela se senta-se no sofá e ela assim o fez, tomando fôlego para começar seu relato.

-Eu tinha apenas 17 anos. Minha vida em casa era um inferno depois da morte de minha mãe. Um dia em que as coisas ficaram piores…eu fugi de casa. Era de noite e apesar de conhecer muito bem aquela região e até mesmo as florestas, eu acabei me perdendo. – Decidiu saltar as partes menos importantes e relatar apenas aquilo que estava concernente ao pai da sua filha. - Quando cheguei nas margens de um rio eu me deparei com um homem, nu, ardendo em febre…eu sei que deveria ter medo, eu sei que deveria ter fugido, mas eu não consegui. Apenas senti uma enorme necessidade de cuidar daquele homem. E eu o cuidei. O levei para minha casa e por dias cuidei dele. Ele delirava e chamava sempre o nome de uma garota: Bella, mas apesar de tudo…eu não me importava. Me apaixonara por ele desde o momento em que olhei para seu rosto e, como toda a adolescente apaixonada, eu estava cega…me entreguei a ele mesmo sabendo que ele via outra garota e chamava pelo nome dela. Na manhã seguinte ele havia sumido mas havia deixado em mim um pedaço de si. – Finalizou contendo a emoção das recordações.

Me diga como eu deveria respirar sem ar
Não posso viver, não posso respirar sem ar
É assim como eu me sinto quando você não está aqui.
Sem ar, sem ar.
Tenho vontade de me afogar, tão fundo.
Me diga, como você vai ficar sem mim?
Se você não está aqui, eu apenas não posso respirar.
Estou sem ar, sem ar...

Billy sentiu a oscilação da voz dela e percebeu o quanto ela ainda sofria, o quanto ela ainda amava seu filho.

-Você não pode ir embora. Não agora. Jacob precisa saber que Sophia é sua filha. – Billy estava a ponto de implorar se preciso fosse.

-Eu cometi um erro. Eu não devia ter vindo. Eu levei dois anos a tomar uma decisão, a decisão de procurar pelo pai de minha filha, mas eu vim ainda incerta de minhas decisões. Eu não consigo…eu não vou conseguir…não enquanto eu ainda o amar. – soluçava escondendo de Billy as lágrimas que derramava.

(POV Jacob)

A confusão estava explícita em meu semblante. Era ainda muito difícil de acreditar que eu tinha uma filha. De que Sophia era minha filha. Eu mal conseguia respirar. O que eu fiz? O que eu vou fazer? E Nessie? E ? E Sophia? E…eu? Me sentei sobre uma pedra no meio da floresta e chorei. De desespero? Talvez. Nem sabia mais porque razão eu chorava. Como eu iria contar para Renesmee sobre e Sophia? Como ela iria reagir? Como eu iria lidar com tudo isso?
Senti a que minha cabeça ia explodir a qualquer momento com tantas dúvidas corroendo meu peito tão dolorosamente maltratado.
Retornei a casa. Precisava pedir ajuda a meu velho. Só ele saberia me dizer o que eu deveria fazer.

Foi uma caminhada e tanto mas pelo menos me ajudou a espantar meus pensamentos, a mantê-los trancafiados por tempo indeterminado. Pelo menos até eu saber o que fazer.
Minutos depois, não sei quantos e realmente pouco me importava, eu cheguei à Reserva caminhando desnorteado em direção a minha casa. Subi meio que apressado o lance de escadas da minha varanda e coloquei a mão na maçaneta para abrir a porta, mas uma voz doce e melodiosa me travou.

-Eu sei que devia ter medo, eu sei que devia ter fugido, mas eu não consegui. Apenas senti uma enorme necessidade de cuidar daquele homem. E eu o cuidei. O levei para minha casa e por dias cuidei dele. Ele delirava e chamava sempre o nome de uma garota: Bella - Me recordei momentaneamente desses momentos de delírio. -, mas apesar de tudo…eu não me importava. Me apaixonara por ele desde o momento em que olhei para seu rosto e, como toda a adolescente apaixonada, eu estava cega…me entreguei a ele mesmo sabendo que ele via outra garota e chamava pelo nome dela. - Percebi a dor explícita em sua voz. Por mais que ela tentasse camuflar, ela ainda sofria. E isso me doeu. - Na manhã seguinte ele havia sumido mas havia deixado em mim um pedaço de si. – Um pedaço de mim. Sophia.

-Você não pode ir embora. Não agora. Jacob precisa saber que Sophia é sua filha. – Ir embora? Levar minha filha daqui? Não!

-Eu cometi um erro. Eu não devia ter vindo. Eu levei dois anos a tomar uma decisão, a decisão de procurar pelo pai de minha filha, mas eu vim ainda incerta de minhas decisões. Eu não consigo…eu não vou conseguir…não enquanto eu ainda o amar. – Escutar isso foi como sentir meu coração sendo apunhalado variadas vezes.

Ela não podia ir embora e levar minha filha. Como eu iria viver se ela partisse…se Baby Suh partisse…ou se partisse? Oh céus, o que está acontecendo comigo? Como eu posso sentir dor por ? Eu mal a conheço. Não, eu nem a conheço! Mas eu não podia deixá-la partir com a minha filha.

-Eu lhe imploro, . Não vá. Se eu pudesse eu me colocava de joelhos. – Meu pai estava implorando? Ele estava tão ou mais desesperado que eu. Ele não podia perder sua neta. E eu não podia perder minha filha.

Mecanicamente girei a maçaneta e empurrei a porta para trás adentrando em casa e me encaminhando para a sala.

-Não vá. Por favor. – Pedi com a voz embargada e quando percebi eu estava chorando.

se virou e foi como se eu estivesse revendo o meu anjo. Aquele anjo que cuidou de mim e que me falou tantas vezes que me amava.
Agora eu conseguia me recordar de tudo perfeitamente. Conseguia recordar de todas as suas expressões.
De como seus olhos brilhavam quando eu a olhava.
De como suas bochechas coravam quando eu a tocava.
De como ela engolia em seco forçando um sorriso quando eu a chamava de Bella…
Eu me recordei da noite em que a fiz minha.
A culpa explodiu em meu peito como uma bomba relógio ao me recordar de gemer o nome de Bella enquanto ela estava entregue em meus braços, em meus lábios e em meu corpo. E ela realmente não se importara. Ela me amava…como eu nunca fui amado. E doía demais pensar que eu nunca poderia corresponder a ela da mesma forma.

Eu caminho, eu fujo, eu pulo, eu voo.
Fico longe do chão, flutuando até você.
Não há gravidade para me segurar para baixo, de verdade.
Mas de alguma maneira eu ainda estou vivo por dentro.

Seus olhos brilharam. Brilharam de felicidade de me rever e de dor por não me poder ter. Como eu a compreendia. Ela se jogou no sofá, escondendo o rosto nas mãos e apoiando a testa nos joelhos e soluçando tão alto e tão desesperadamente que tudo o que eu mais quis foi correr até ela e a pegar em meus braços e arrancar toda a sua dor, mas não o fiz. Não o fiz porque outro alguém o fez. Embry.
Nem notara ele entrando em minha casa, mas notara que ele também chorava.
O que estava acontecendo?

-Vamos embora . Eu vou cuidar de você. – Ele sussurrava.

-. Você não pode levar minha filha embora…por favor…você não pode ir embora. – Me vi implorando mais uma vez e apelando covardemente ao seu amor por mim.

O que eu estava fazendo? Eu não podia ser egoísta a esse ponto? Ou podia?
Diabos! Eu não sabia mais o que pensar. Apenas sabia que não a podia perder. Nem a ela nem a minha filha.

(POV Embry)

Cansara de escutar aquilo tudo do meu canto. Cansara de escutar o choro dela. Cansara de escutar a pressão que eles exerciam sobre ela.
Será que eles não percebiam que ela estava sofrendo com aquilo tudo? Será que eles não compreendiam que também não era fácil para ela? Será que eles não viam que aquilo tudo custava mais a ela do que a eles?
Mas eu simplesmente não conseguia ficar parado escutando a dor dela. Não podia.

Você levou minha respiração, mas eu sobrevivi.
Eu não sei como, mas eu nem me importo.
Sem ar.
(No Air - Jordin Sparks ft Chris Brown)


Seventeenth Chapter 

Eu estou perdida sem justa causa, depois de dar tudo de mim
Tempestades de Inverno vieram e escureceram meu Sol.
Depois de tudo que eu passei, para quem me poderei voltar?

-Me tire daqui. – sussurrou quase sem som algum na voz. Apenas uma leve sopro saído de seus lábios. Mais baixo que as batidas de seu coração, que ameaçava parar a qualquer momento.

Embry enlaçou seus braços nas costas e pernas de e a carregou dali para fora. abraçou firmemente o pescoço de Embry e escondeu o rosto no seu vão, comprimindo os olhos à dor. Olhar Jacob lhe doía demais.
Jacob ameaçou ir atrás dos dois, mas Billy o impediu segurando seu braço. Os olhos de seu pai estavam marejados, mas sua expressão era dura e forte.

Embry atravessara o curto caminho desde a casa do seu melhor amigo e sua casa, em silêncio. Seu semblante era carregado, enraivecido. Seu coração apertava ao som dos soluços de . Como se ele fosse uma extensão da dor dela e tudo o que ela sentisse, ele sentisse igual. Mesmo que ele não quisesse sentir, ele sempre seria um espelho dos sentimentos dela. Tudo por causa daquele maldito pacto.
Antes mesmo de conseguir chegar em casa, Embry foi abordado por sua namorada.

-Embry! – Ela exclamou, ofendida e magoada com o que via.

-Agora não, Leah! – Ele respondeu rispidamente adentrando em sua casa e fechando a porta com brutalidade.

Leah sentiu um nó se formar em sua garganta e sua vista ficar embaçada. Não aguentou aquela humilhação e correu de volta para casa.

(POV Embry)

Eu olho para você, eu olho para você.
Depois que toda a minha força se foi, em você eu posso ser forte.
Eu olho para você, eu olho para você.
E quando as melodias se forem, em você eu ouço uma música.

Me custava quase inumanamente tratar assim Leah, mas agora minha prioridade era . Precisava falar com ela sobre tudo. Desde o meu pacto, passando pelo imprint de Seth, até o fato de ter descobrido que Jacob, o meu melhor amigo, era o pai da filha dela. Ia ser uma conversa dura e longa, mas teria de ser feita agora.

Pousei em sua cama o mais delicadamente possível. Seu choro havia acabado e agora apenas seus soluços eram audíveis. Me acomodei na ponta da cama, do lado dela e a olhei carinhosamente.
enxugou seu rosto com as costas das mãos e foi recuperando o controle aos poucos. Nos mantivemos em silêncio pelo tempo necessário para ambos.

-. – Peguei sua mão, fazendo carinho. – Eu já sei de tudo… - Fiz uma pausa para examinar sua expressão. Nesse momento ela estava…indiferente. Não, ela estava apática, sem saber como reagir. Resolvi acabar logo de uma vez com esse suspense. – Sei sobre Jacob…que Sophia é sua filha. E sei que você também já sabe o que nós somos. Mas há muitas outras coisas que você precisa saber. Coisas que podem influenciar o seu futuro e o da sua filha…e que não têm propriamente a ver com Jake…- estremeceu ao escutar o nome dele, mas decidi continuar. – Coisas que têm a ver com aquilo que nós somos…e comigo. – Engoli em seco me lembrando de minha sina.

pareceu ter adquirido interesse e seu rosto expressava curiosidade e ansiedade.

-, minha mãe já alguma vez te falou sobre o imprint? – Perguntei e susteve a respiração me olhando de olhos arregalados.

-Embry! Você não…comigo? Eu não sei… - Ela se atrapalhou tentando formar uma frase coerente, sem qualquer sucesso.

-Calma, calma, . Deixe eu terminar de falar. – A tranquilizei, continuando a acariciar sua mão. – Pelos vistos minha mãe já falou a você sobre o imprint. – Suspirei aliviado por ter menos uma explicação complicada a dar. – Você entende as dimensões de um imprint? – Resolvi começar pelo mais difícil. A minha burrada.

assentiu com a cabeça, engolindo em seco. Suas mãos começavam suando frio e sua respiração se tornava descompassada, por mais que ela tentasse controlá-la. Seu coração estava descompassado, quebrado.
Eu suspirei profundamente me erguendo da cama e largando suas mãos. Seria mais fácil se eu não tivesse qualquer contato com ela.

-Lembra de quando a gente era pequeno e das vezes que eu te fazia acordar a meio da noite para a gente ir tomar banho de rio, nas noites quentes de verão?

-Sim. – Ela sorriu, se recordando.

-Lembra duma noite em específico, a minha última noite na Reserva Crow, em que eu te levei para o meio da floresta…e a gente fez um pacto de sangue? – Enquanto eu falava aquilo, eu me mantinha de costas para ela, comprimindo os olhos e massageando as têmporas.

-Lembro! – Ela exclamou um pouco aturdida, temendo o significado desse pacto.

-O que eu fiz ligou a gente de uma forma tão forte quanto um imprint, . Me perdoe. – A frase me saiu quase como um sussurro e o pedido de perdão já saia banhado em lágrimas.

Depois de perder o meu fôlego não há mais pelo que lutar.
Pensando em desistir de subir, procurando por aquela porta aberta.
E cada estrada que eu escolhi, me conduziu ao meu arrependimento.

O silêncio se abateu sobre o quarto e eu não me atrevi a abrir os olhos para espiar a reação de . Eu não tinha coragem para olhar na cara da pessoa que eu estava desgraçando a vida. Não tinha coragem de olhar para a garota que eu tinha prendido a mim para sempre.
Meu corpo se tensionou quando eu senti a mão suave de tocar meu ombro com delicadeza. Eu permaneci parado, mais duro que uma estátua, enquanto ela rodeava a minha cintura com seus braços e encostava seu rosto em minhas costas.

-Você não teve culpa. – Ela apenas sussurrou me fazendo sentir um lixo.

Preferia que ela tivesse gritado comigo, me agredido, me chamado de canalha, cafageste, manipulador…preferia que ela estivesse brava comigo, me batesse e dissesse que nunca mais na vida iria quer olhar na minha cara, falar comigo, ficar perto de mim… Mas não fora isso que acontecera.
Como sempre foi compreensiva e carinhosa, me demonstrando que tudo estava bem quando o mundo lá fora desabava. Ela sempre seria a minha …a menina delicada e quebrável que Jacob e Sean fizeram questão de destruir…e no entanto, por mais frágil que ela parecesse, ela estava sendo forte. Por mim, por Sophia, por Sean...e onde estava ela no meio disso tudo? Onde estavam escondidos os cacos que Jacob havia feito dela?

Abracei fortemente, tentando a manter segura e protegida no calor de meus braços. Querendo dissipar toda a sua dor e tristeza. Mostrando a ela que tudo estava bem, mesmo que o mundo lá fora estivesse se desmoronando.
De repente o corpo de começou tremendo e eu pensei que ela estivesse chorando de novo, soluçando, desabando em meus braços, mas essa minha idéia se dissipou quando a escutei gargalhando.
Me desprendi do abraço olhando o rosto contorcido de , gargalhando como se nada do que eu havia dito e do que ela passou tivesse alguma vez acontecido.

-Do que você está rindo? – Perguntei enxugando as minhas lágrimas e a olhando com o cenho enrugado de preocupação. Será que ela tinha surtado?

-Embry! Você é muito idiota! Como você foi fazer uma coisa tão estúpida, menino! – Ela continuou rindo, mesmo estando me repreendendo.

-, você é doida. – Constatei sorrindo e a abraçando. – Esse pacto não irá mudar nada entre a gente, . Apenas irá reforçar os nossos sentimentos. Você sempre será a minha irmãzinha querida e eu sempre irei amar Leah. Agora que tudo foi dito, está tudo mais claro em minha mente. O que eu sinto por você não se compara àquilo que sinto por Leah…e o que eu sinto por Leah, não é nada perto do que eu sinto por você. São amores diferentes. – Constatei, mais para mim do que para .

E eu não sei o que vou fazer. Nada a não ser levantar minha cabeça
E olhar para você. Eu olho para você.
O meu amor foi todo destruído, meus muros caíram sobre mim.

-Fico mais aliviada, Em, ia ser muito difícil te dar sempre pra trás! – Ela zoou e eu fingi montar carranca, o que só a fez gargalhar mais.

-Não sabe como te ver desse jeito me deixa feliz. Pena que eu vá ter de quebrar sua felicidade cedo demais. Temos outro assunto para conversar. – Brinquei.

-Eu vi logo que isso estava bom demais para ser verdade! – Ela cruzou os braços, tentando camuflar a preocupação que a minha frase lhe havia passado.

-Sabe do Seth?

-Quem?

-O lobinho júnior que te trouxe…da casa dos Cullens. – Engoli em seco a fazendo recordar do episódio de mais cedo.

-O que tem? – Sua voz saiu mais baixo que um murmúrio, seu rosto perdendo a cor.

-Bem…como eu vou falar isso para você de uma forma simples. – Conversei comigo. – Ele teve um imprint por Baby Suh. – Despejei de uma vez.

-ELE O QUÊ? – gritou de olhos arregalados, seu rosto ganhando cor de novo, mas para uma tonalidade tomate. – Isso é possível? Ela ainda é uma criança…ele…é velho demais para ela. – fez uma careta e eu não tive como não rir. – E você ainda ri, Call! Você acha isso hilário, é? Mas eu não estou vendo graça nenhuma nisso.

-Nossa, . Nunca que te vi tão nervosa desse jeito. Está com medo de ser vovó cedo, é? – Zooei, recebendo um tapa no braço.

-Não brinca! Você fala isso porque a filha não é tua! – Ela cruzou os braços, montando biquinho.

-Relaxa, . Não é que Baby Suh tenha de começar namorando com Seth agora. Ele será o que ela precisar que ele seja para ela! Um irmão mais velho super protetor, um amigo confidente e cúmplice, e, mais tarde, se Sophia quiser, um namorado, marido, pai de seus filhos…

-Não apresse as coisas! Deixa eu só me ficar pelo irmão mais velho. E não tem essa de confidente e cúmplice. Eu quem serei a amiga confidente e cúmplice da minha filha! Afinal, ela não vai ficar falando de garotos com um garoto, né! – Ela supôs. – Ai, Deus do céu. A minha menina é tão pequena…dá até medo de pensar que ela vai crescer…e é bom mesmo que esse Seth tenha juízo, porque se não, ele vai ser um lobo castrado! – exasperou, me fazendo gargalhar alto.

-Você é mesmo uma mãe coruja, né?

-É, sou mesmo. Mas continua rindo. Continua rindo que quando chegar a sua vez, quem vai rir sou eu! – Ela declarou imponente e eu desfiz o meu sorriso.

-A Leah não pode ter filhos. – Declarei triste, sabendo que esse era o maior sonho dela.

-Lamento muito. Desculpe, eu não sabia… - ganhou uma expressão culpada.

-Não, tudo bem. Já passou. Até porque…eu nem sei mais se a gente ainda está juntos…ela não gostou nada desse história do pacto ser tão forte quanto um imprint… Falou que você sempre estará primeiro que ela… - Suspirei no final da frase.

-Me deixa falar com ela. Eu resolvo esse assunto.

-Não , você tem outros problemas com que se preocupar…nomeadamente Jacob.

-Ele é um problema que terá de esperar. – Ela suspirou resignada. – Ainda hoje eu passarei por casa de Leah. Pode ficar descansado. – Me sorriu e eu tornei a abraçá-la.

Como sempre, os outros estavam primeiro que ela. era incorrigível.
Mas eu sabia que ela não desistiria até conseguir o que queria. Apesar de tudo, ela era persistente e uma garota que só estava bem vendo a felicidade dos outros.
Era a minha .

(End POV Embry)

Caindo sobre mim (a chuva está caindo). A derrota está chamando.
Preciso de você para me libertar, me leve para longe da batalha.
(I Look To You – Glee)


Eighteenth Chapter

Às vezes eu fico um pouco solitária e você nunca está por perto.
Às vezes eu me sinto um pouco cansada de ouvir o som das minhas lágrimas
Às vezes eu me sinto um pouco aterrorizada e então vejo o seu olhar.
De vez em quando eu desmorono…

- Você vai mesmo conversar com ela? – Embry questionou nervoso, passarinhando de um lado para o outro no meio do quarto da amiga. – Você não precisa ir se ainda não estiver bem…

-Eu estou bem! – o interrompeu, recebendo um olhar desacreditado no menino. – Estou tentando. – Se corrigiu. – Se eu ficar aqui me lamentando, pensando e sofrendo…nunca irei ficar bem. Quero fazer algo que me distraia. E se essa conversa significar a sua felicidade…então não há porque atrasá-la. – Ela sorriu timidamente.

-, - O lobo caminhou até ela, pegando em suas mãos e a olhando no fundo dos seus olhos – eu não sei como te agradecer. Depois de todas as coisas loucas que te aconteceram nessa semana…

La Push virou minha vida do avesso em 10 dias. – Ela gargalhou, mesmo que na verdade sentisse vontade de chorar.

A conversa dos dois foi interrompida por uma batida na porta do quarto, seguida da entrada do mais novo membro da família de . Seth carregava a pequena Suh, em seu colo, que estava adormecida e completamente agarrada ao pescoço do jovem.

-Oi. – O garoto cumprimentou, tremendo por dentro.

se ergueu da cama e caminhou até Seth, pegando a filha dos braços dele. Esta se recusou a largá-lo, a princípio, mas após umas palavrinhas de carinho e incentivo por parte da mãe, a menina o largou. O jovem soltou uns grunhidos de protesto involuntários por ter de se separar da sua pequena. Se pudesse virar siamês de Sophia, Seth teria o maior gosto.
deitou a filha no berço que Embry havia montado há pouco mais de cinco minutos e em seguida encarou Seth com as mãos na cintura.

-Com que então você marcou a minha filha? – questionou com uma expressão séria e um sobrolho erguido.

-F-foi sem querer. – O rapaz gaguejou, erguendo as palmas das mãos em um sinal metafórico de defesa.

Embry reprimiu uma risada e o fulminou descontente.

-Escuta. Eu ainda não engoli direito essa coisa de imprint…mas se você garantir a segurança e felicidade da minha filha, - estreitou os olhos e apontou o dedo em riste, na direção do rosto do rapaz, enquanto falava e este se encolheu e recuou um passo, engolindo em seco, temendo as palavras de – então bem-vindo à família. – Ela sorriu, desfazendo a pose possessa de há pouco.

Seth gargalhou de nervoso, relaxando o corpo e engolindo o medo que se apoderara de si, temendo que o impedisse de ver a sua pequena Baby Suh.

-Está mais que garantido. – Reforçou convito. – A felicidade e segurança de Sophia serão a minha razão de viver…além dela. – Acrescentou ainda nervoso.

-Relaxa, mew. A pior parte ainda não passou. Guarde seu nervosismo para quando essa parte chegar. – Embry comentou, dando palmadinhas de consolação no ombro do amigo.

-Não!? – Seth e questionaram ao mesmo tempo o olhando. O tom de voz de Seth era de apreensão e o de de confusão.

-Não, meu caro. Você ainda tem de contar isso para o Jake.

Seth engoliu em seco, tomado pelo pavor e estremeceu ao escutar o nome dele.

-Eu não queria morrer tão novo… - Seth choramingou, falando mais para si do que para os restantes.

Inspirando fundo, falou: - Eu conto para ele. Não é que a reação de Jacob possa ser pior que a minha. – Deu de ombros, surpreendendo Embry.

-Você decidiu ficar? – Ele questionou esperançoso.

-Você ia embora? – Seth se apavorou e lhe sorriu timidamente.

-Não posso arrastar os que estão à minha volta para o fundo do meu poço. – Respondeu a Embry, olhando de Seth para a filha. – Além do que…minha filha precisa de um pai – sussurrou, tentando se convencer a ela própria do que falava – e ele precisa de uma oportunidade para ser pai dela. – Forçou as palavras a saírem, sentindo os cacos de seu coração virarem pó.

-, saiba que estarei sempre aqui para apoiar quaisquer que sejam suas decisões. – Embry a abraçou, acariciando seus cabelos.

-Eu ainda tenho uns assuntos para resolver. – Olhou para o amigo, fugindo do assunto em questão. – Tenho de ir. – Se afastou dele, pegando em sua bolsa e a colocando no ombro.

Embry se despediu beijando o topo da sua cabeça e recebendo ao mesmo tempo um sorriso largo e infantil de Seth, como reconhecimento e agradecimento por ter sido aceite.
saiu de casa e, cabisbaixa, começou caminhando pela Reserva, tentando arrumar no fundo da gaveta, todos os seus dissabores e sofrimentos. Agora não era só a felicidade dela, ou o sofrimento, que dependiam da sua estada permanente em La Push. Sem nem perceber como, o grupo de pessoas que necessitavam dela ali havia aumentado drasticamente.

-! - Aquela voz, que até no mais profundo dos infernos iria reconhecer, soou a alguns metros de distância.

ergueu os olhos para se deparar com o rosto carregado e sofrido e os olhos vermelhos de Jake. Este caminhava a passadas largas, com pressa e necessidade de chegar até ela e implorar, obrigar, se preciso fosse, para que ela ficasse.
sentiu uma pontada enorme de culpa crescer em seu peito, por estar alargando o seu sofrimento para a pessoa que ela mais queria bem.

-

-Jacob. Me deixa falar primeiro. – Ela o interrompeu, enchendo seu peito de coragem, e ele assentiu esperando ela falar. – Eu estava de cabeça quente, abalada por tudo o que me tem acontecido desde que eu cheguei aqui, principalmente por causa do que Sean fez comigo…você estava certo. – Falou rápido demais, por medo que as forças lhe faltassem.

-O quê? – Ele pareceu confuso.

-Você estava certo. – Ela reforçou, batendo as mãos nas coxas, em sinal de rendição. – Eu não posso te afastar da nossa… - sua voz tremeu a fazendo pigarrear – da nossa filha. – Fitou as mãos. – E agora não é só você e seu pai que “dependem” de Sophia. – Ela ria sem humor, fazendo aspas na palavra.

-Como assim? – Jake questionou, unindo os sobrolhos.

-Seth marcou nossa filha. – Despejou indiferente.

-SETH O QUÊ? – Jake gritou, apertando os punhos e começando a tremer violentamente.

-Vá, não seja tão dramático assim, tá. A única aqui que tem direito a ter piti, sou eu. – cruzou os braços.

-Eu também sou o pai dela! – Vociferou colérico.

-Nunca foi até agora! – Atacou ofendida.

-Eu não sabia da existência dela, lembra? – Acusou-a com um elevado tom de sarcasmo e raiva na voz.

-Ótimo. – jogou as mãos para o alto. – Agora vai me culpar de tudo. – Apontou para ele, fitando um outro ponto qualquer da reserva.

-Eu não estou culpando você de nada! Mas EU não tenho culpa de nunca ter sabido de você! – Vazou sem conseguir conter, se arrependendo no segundo seguinte.

engoliu a custo aquelas palavras como uma pedra que pesou em seu peito de forma dolorosa. Ao fim de uns segundos, tentando fazer aquela pedra sumir, sem qualquer sucesso, comprimiu os olhos e respirou fundo, controlando a dor em forma de lágrimas, que lutavam para cair.

-Eu não tenho culpa de você ter entrado em minha vida. Eu não tenho culpa de me ter apaixonado por você e ter tido a estúpida idéia de me entregar a você quando você estava alucinando por outra garota. Eu não tenho culpa de ter engravidado! - Sua voz começou como um sussurro se elevando a cada palavra que proferia. – Não. Eu tenho sim. Eu tenho culpa de tudo, porque se eu tivesse deixado você lá, naquela floresta, nada disso teria acontecido e eu não estaria aqui…

-E nossa filha não existiria. – Jake a interrompeu bruscamente, calando a garota com aquela constatação.

E eu preciso de você essa noite,
E eu preciso de você mais do que nunca,
E se você simplesmente me abraçar forte
Nós ficaremos abraçados para sempre
E estaremos somente fazendo o certo,
Porque nunca estaremos errados.

baixou o olhar e respirou fundo antes de continuar. – Essa é a única parte que não me arrependo. – Sussurrou, por medo de ser escutada.

-Nem eu. – De nada. Jake quis acrescentar, erguendo o rosto de com a ponta dos dedos.

Seu coração falhou batidas com o toque da mão dele em seu queixo e sua respiração se prendeu em seu peito com o contato de seus olhares. Eles faiscavam com um qualquer tipo de sentimento que ela não soube reconhecer…ou teve medo.

-Eu preciso ir. – falou quando recobrou o resquício de juízo que lhe restava, se afastando consideravelmente dele.

Jake não protelou, guardando a mão erguida no bolso da bermuda.
continuou se afastando, andando para trás até, por fim, virar costas a ele e caminhar de volta em direção à casa dos Clearwater.
Jake permaneceu estático, a vendo partir, sentindo uma parte de seu coração partir com ela.

-O que diabos está acontecendo comigo?

oOo

parou na porta da casa dos Clearwater, respirando fundo antes de bater.
Assim que o fez, escutou um “deixe que eu vou” e a porta sendo aberta pela pessoa que ela procurava.
Leah enrugou a testa, olhando altivamente para .

-Podemos conversar? – questionou.

Leah escancarou a porta, cedendo passagem a , que entrou na casa um pouco relutantemente, batendo com a porta em seguida, antes de encaminhar até seu quarto. Quando passaram por Sue, só teve tempo de dizer um “Oi” antes de desaparecer pelo corredor da casa e ser “empurrada” para dentro do quarto que, obviamente, era de Leah.
De novo esta bateu a porta e cruzou os braços, olhando com raiva contida para . Uma faísca de medo culminou no corpo da humana, mas engolindo em seco, ela procurou no mais fundo de si por alguma coragem.

-Vá. O que tem para me dizer? – Leah incentivou em um tom seco.

-Leah…

-Eu sei qual é o meu nome, não precisa ficar repetindo. – Comentou arisca.

-Eu entendo que esteja magoada e com medo que o Embry te deixe por causa…

-Ah, ela entende! – A loba interrompeu, usando e abusando do sarcasmo.

-Cala a boca e me deixa falar! – exasperou, recebendo um olhar assassino e um rosnado por parte da outra garota. – Caramba Leah. Você acha mesmo que eu não entendo? Você sabe por acaso o que EU estou passando? – O silêncio dela a fez prosseguir. – Então eu vou te resumir minha história para você ter uma noção. Dois anos atrás eu salvei um cara quase às portas da morte e me apaixonei por ele. Me entreguei a ele, mesmo ele pensando estar amando outra mulher. Ele sumiu. Nove meses depois minha filha nasceu. Estúpida como eu sou, resolvi, agora, a essa altura do campeonato, procurar pelo cara e tudo me indicou que ele fosse daqui. – Leah ficou tensa e curiosa para saber quem era a pessoa que ela procurava. – Eu me dizia todos os dias que eu estava procurando o pai da minha filha, mas a quem eu queria enganar – gargalhou sem humor – eu queria-o de volta, nem que fosse para ele me chamar de Bella quando estivesse fazendo amor comigo…

-Jacob Black é o pai de Sophia? – Leah arregalou os olhos.

-É… e depois que ele descobriu isso, horas atrás, eu resolvi ter um piti e querer por que querer ir embora e estragar a vida da minha filha. A minha já está destruída desde o momento em que me cruzei com ele…bom. O que o Embry fez foi estúpido mas ele NÃO ME AMA! Não do jeito que ele te ama. Leah, se eu fosse homem, você ia achar que ele me ama mais do que a você? Ok, esse exemplo foi infeliz. Mas me diga se fosse o contrário. Se Seth não fosse seu irmão de sangue, mas você o amasse como tal e fizesse um estúpido pacto que te ligasse de forma irreversível a ele. Você entende onde eu quero chegar? Não estou usando as melhores palavras… - tagarelava sem parara, baralhada e baralhando as palavras.

-Eu entendo. Me custa, mas eu entendo. – Leah sussurrou.

-Ele só me vê como uma irmã e eu não irei exigir a ele nada mais do que seu carinho e apoio, como ele sempre fez…Não o faça sofrer mais. Não faça VOCÊ sofrer mais. E, caramba, corre logo para os braços daquele homem louco por você! – incentivou e Leah abriu um sorriso.

-Obrigada. - Sorriu timidamente. - Posso te abraçar? – Perguntou com receio e assentiu imediatamente. – Desculpe meus ciúmes bobos, mas eu tive medo de sofrer tudo de novo… - Confessou no meio do conforto e compreensão dos braços de .

-Isso não vai acontecer. Prometo.

Juntos nós podemos levar isso até o final da linha.
Seu amor é como uma sombra sobre mim o tempo todo.
Eu não sei o que fazer, estou sempre no escuro.
Estamos vivendo em um barril de pólvora e soltando faíscas.
Eu realmente preciso de você esta noite.
A eternidade começou essa noite.

oOo

A noite caíra há bastante tempo.
Depois da conversa com Leah, sentiu um alívio profundo e uma felicidade preenchendo seu peito. Não era o suficiente para a fazer parar de sofrer, mas o suficiente para a acalentar e lhe dar forças para continuar a viver ali, em La Push.
A noite estava quente demais, o que dificultava o sono de . A garganta começou a arranhar de sede e, meio a contra gosto, abriu os olhos para ir buscar um copo de água. Virou na cama e antes de puder se levantar, seu corpo paralisou ao mesmo tempo que seu coração disparou em um galope alucinante.
Alucinando. Só podia ser isso que estava acontecendo. Ela não podia estar vendo mesmo ele ali, no meio do seu quarto, prostrado feito um dois de paus, a olhando com olhos misteriosos.
Esfregou os olhos, tentando dissipar aquela miragem, mas ela não desapareceu. Pelo contrário, ficou ainda mais nítida.

-Jacob, o que você está fazendo aqui? – questionou num sussurro ensonado.

Ele nada respondeu. Apenas encurtou o espaço existente entre os dois, subiu na cama e a beijou, sem nem dar tempo a ela de perceber o que estava acontecendo.
Sua língua acariciava a boca dela com fulgor e desejo e suas mãos percorriam o corpo dela com necessidade e carinho. Logo o rastro de pólvora que se pensava adormecido, se incendiou pegando fogo e queimando ambos os corpos em um querer mais forte que a própria razão de viver. (N/A: Nossa, filosofei aqui!)
Ela não queria mais fazer perguntas, não queria mais saber o que estava acontecendo ali, o que dera na cabeça de Jacob…tudo o que ela queria era que ele a amasse ali e agora. Que a tomasse e possuísse seu corpo como se não houvesse amanhã.

desceu suas mãos desde os ombros largos, acariciando os bícipes duros, tocando o abdómen malhado e mergulhando no botão da bermuda surrada de Jake. Ele acariciava seus seios por baixo do pano fino da camisola, beliscando os mamilos e preenchendo em suas mãos aqueles cumes macios e quentes. Roçava sua ‘vontade’ no corpo dela com desejo e saudade. Saudade daquele corpo. Saudade daquele anjo.

Depois que abriu a bermuda, não resistiu a tocar mais uma vez o único que alguma vez a conheceu profundamente. Depois de Jake, ela nunca mais fora de mais ninguém. Seu corpo seria para sempre consagrado ao corpo de Jake. Ela seria para sempre o templo dele e só ele poderia “entrar” dentro dela.
E quando o alcançou…reconhecimento. Foi como se nunca se tivessem separado.
Os movimentos carinhosos que desferia na ereção de Jake, o enlouqueceram. Em um ímpeto incontrolável, rasgou a camisola dela e se livrou em menos de dois segundos de sua bermuda. Agora, a única peça de roupa que os separava era a pequena calcinha de renda que ela vestia.
Essa, ele fez questão de retirar vagarosamente. Deslizou o tecido, apreciando cada pedaço do corpo da garota.
Quando por fim nada mais restou, Jake afundou seu rosto entre as coxas de , beijando sua pele e subindo até sua virilha.
arfou ao sentir o contato da língua de Jake em sua intimidade, e reprimiu um gemido enquanto ele a enlouquecia de prazer.

O melhor sabor do mundo, era o que o garoto pensava e o lobo dentro de si uivava de vontade de tomar com voracidade aquele corpo delicado. E Jake não privou mais seus desejos lupinos. Em todos esses anos de vida, fora apenas por que seu lobo agoniava de tesão. Nem mesmo por Bella ele se sentiu assim.
Afastou aqueles pensamentos inapropriados de sua mente e se enterrou no corpo da garota, ofegando por reprimir um uivo/gemido de prazer.
envolveu suas pernas no quadril de Jake e o apertou mais contra si, o fazendo ir mais fundo dentro de si. Suas unhas arranhavam os ombros do garoto que apenas sentia mais prazer por a ver tão entregue e necessitada de si.
Jake investia controladamente no corpo de , por medo de sua extra-força física se apoderar dele e a machucar, mas seu lobo queria mais profundidade, mais rapidez, mais violência…e ela também. Ela implorava em meio a sussurros o mesmo que seu lobo pedia: “Mais forte, Jake. Mais forte!”.
E por mais que quisesse lutar, ele não o fez. Ele cedeu às vontades dos três. Sua, de seu lobo e de .
A “pólvora estava chegando ao barril” e a explosão seria iminente e culminante.
Quando o rastilho por fim chegou ao fim, o corpo de ambos foi acometido por espasmos prazerosos e gemidos inebriantes.

-. – Jake gemeu, enchendo o peito de de felicidade.

O rosto desta se molhou em questão de segundos e quando por fim seus corpos descansaram, Jake percebeu os soluços da parceira.

-Eu te machuquei? , você está bem? – Ele questionou preocupado, enxugando as lágrimas da garota.

-Você disse o meu nome. – Ela sorriu em meio às lágrimas, o fazendo sorrir e a beijar apaixonadamente.

POV Jacob

Acordei ofegante, a meio da noite, depois de ter tido um sonho quente com . Ele parecia tão real que eu ainda sentia a marca das suas unhas em meus ombros, o cheiro inebriante de sua pele em meu corpo e o sabor de seus lábios em minha boca.
Eu suava em bica e encharcara minha cama de todas as maneiras possíveis. Sim, eu havia “explodido” de verdade na minha própria cama.
Se isso podia ser mais vergonhoso, eu não sabia.
O que diabos estava acontecendo comigo?

Continua…

Certa vez eu me apaixonei
Mas agora eu estou simplesmente desabando.
Não há nada que eu possa fazer;
Um eclipse total do coração.
Durante algum tempo houve luz na minha vida
E agora só há amor obscurecido
Nada que eu possa dizer
Um eclipse total do coração
(Total Eclipse of the Heart – Bonnie Tyler)