19 janeiro 2013
Thirteenth
Chapter
Feche
os olhos, me dê sua mão, querido.
Você
sente meu coração batendo?
Você
entende? Você sente o mesmo?
Ou
estarei apenas sonhando?
Leah
chegou em casa derrotada. Sem perceber como, travara uma batalha
acirrada consigo mesma, contra seus pensamentos. Sua mente gritava de
ciúmes mas seu coração não aguentava mais sofrer.
Se
deitou em sua cama e chorou a noite toda com raiva de si mesma por
duvidar do amor de Embry. Mas a maneira como ele reagiu desde a vinda
dessa tal o havia
mudado drasticamente. Se perguntava se o estaria perdendo para ela.
Se martirizava por se fazer esse tipo de pergunta. Estava em um
conflito interno doloroso e agora tudo o que ela precisava era dos
braços fortes e quentes de Embry. Precisava de seus lábios contra
sua pele garantindo em silêncio que ela era única e que sempre
seria a única na vida dele. Precisava de suas mãos afagando seus
cabelos e seu corpo a mantendo presa em seus braços em uma prisão
da qual ela queria ser mantida para sempre. Se possível, jogando as
chaves em um abismo sem fundo.
Com
o rosto enterrado na sua almofada, ela inalou o perfume que ele
deixara na noite anterior e mais uma bolada de lágrimas rompeu de
seus olhos junto com soluços.
-Me
perdoa. – Ela escutou.
Pensou
ser alucinação, mas quando sentiu as mãos dele a tocando ela não
precisou ter mais certezas de nada. Se ergueu de supetão, se
sentando na cama virada para Embry, o arremessando em um abraço.
Tentou controlar as lágrimas que caiam e a respiração desenfreada
e sufocada, mas o medo de que ele tivesse vindo para terminar tudo
com ela a dominava como que a puxando para dentro de um tornado.
-Por
favor não me deixa, Embry. Eu não vou suportar. – Ela suplicou
roucamente, com a voz falha.
-Shuuuu.
Ei, ei. Quem falou em deixar quem? Eu não vou deixar você, Leah.
Nunca. Você é tudo o que eu mais amo na vida. – Ele garantiu
afagando suas costas e seus cabelos.
Leah
soluçou ao mesmo tempo que saia do abrigo dos braços de Embry para
o olhar. Limpou suas lágrimas sem o olhar. Sentia vergonha por fazer
uma ceninha de criança birrenta, mas a dúvida em relação aos
sentimentos dele por
ainda era palpável.
Ergueu
seus olhos vermelhos do choro em direção ao belo rosto de seu amado
e respirou fundo entrando em um novo conflito para questionar sobre
os sentimentos dele, ou para se manter calada.
Percebendo
o conflito de sua namorada, Embry levou sua mão ao rosto de Leah e a
acariciou se aproximando de seus lábios lentamente.
O
contato dos lábios gerou pequenas faíscas que percorreram seus
corpos chegando em seus corações os fazendo bombear a uma
velocidade inimaginável. Sem demoras Embry cruzou sua língua na
boca de Leah buscando pela sua língua e a acarinhando. O beijo
começou calmo e cedo foi se tornando explosivo e exigente.
Os
corpos, já quentes, entraram em labaredas ansiando por serem
extintas.
Os
supérfluos tecidos foram jogados a um canto do quarto ao mesmo tempo
que ambas as mãos de Embry trabalhavam ardilosamente no corpo de
Leah.
Esta
não deixou suas mãos quietas por muito mais tempo. Seus dedos
coçavam por trilhar caminhos errantes pelas linhas demarcadas do
corpo do seu amante.
Os
lábios e línguas travavam uma batalha conjunta e sensual para
explorar e saborear a boca um do outro, bem como a pele de todo os
seus corpos.
A
luxúria deixara de ser luxúria e passara a ser paixão. A paixão
se consumia a cada batida do coração, a cada toque e se extinguiu
em amor. E o amor foi derrubando barreiras quando Embry mergulhou seu
corpo no de Leah criando uma extensão perfeita um do outro. Como se
fossem a metade um do outro. E depois do amor, veio o prazer para por
fim deixar as portas abertas à devoção e à adoração.
-Leah.
Eu te amo. – Ele sussurrou a olhando uma última vez.
Embry
fechou os olhos de cansaço mas Leah não conseguiu fazer o mesmo.
Tinha
ainda uma réstia de medo de adormecer e de quando acordasse tudo não
passasse de um sonho. De um lindo mas falacioso sonho. Penteou os
cabelos de Embry vezes sem conta, se deliciando com a sensação de
seus fios caramelizados deslizando por entre seus dedos.
Contemplava-o dormindo tranquilo e aos poucos todas as duvidas
criadas e crescidas dentro de si foram se dissipando, se perdendo no
mesmo abismo em que ela queria ter jogado a chave da prisão dos
braços de Embry.
Vagarosamente
seus olhos foram pesando, por fim cedendo aos mantos de Morfeu.
Assim
que os primeiros raios de sol despontaram no céu, Embry abriu os
olhos deparando-se com a cena mais bela que vira e toda a sua vida. O
rosto de Leah. Este estava descontraído e os lábios se rasgavam
inconscientemente em um sorriso. Estaria
ela sonhando consigo? Se
perguntou ao mesmo tempo que pousou sua mão sobre o rosto dela e
desferiu movimentos circulares com o seu dedão na bochecha dela.
Aos
poucos os olhos dela tremeram para por fim se abrirem e ganharem um
excessivo brilho ao olhar para ele.
-Bom
dia. – Ele desejou sorrindo para ela.
-Você
não foi embora. – Ela falou em resposta.
Embry
nada falou e apenas a puxou para seus braços sentindo o rosto dela
encostado em seu peito enquanto seu rosto mergulhava no cheiro dos
cabelos dela.
-Acho
que precisamos falar, Embry. – Ela indicou e Embry apenas respirou
fundo o cheiro dela sabendo ao que ela se referia.
Aos
poucos eles se separaram e se sentaram na cama de frente um para o
outro esperando que o outro tomasse a iniciativa de falar.
Isso
está queimando numa chama eterna.
Eu
acredito que isso esteja para acontecer, querido.
Eu
te observo quando você está dormindo.
Você
pertence comigo. Você sente o mesmo?
Estarei
apenas sonhando?
-Você…você
ama a ? – Leah
perguntou olhando para um ponto fixo no colchão.
-Leah…
- Ele a repreendeu.
-Apenas
me responde. – Ela pediu forçando a voz a não tremer.
-Amo.
Amo sim. – Ele confirmou e Leah fez uma careta de dor sentindo uma
lágrima cair de seu olho. – Ei, ei! – Ele se inclinou em direção
a ela a tocando e erguendo o seu queixo. – Eu a amo mas não do
jeito que eu amo você, Leah. Eu te amo demais e meu coração é só
seu. Só que…a é
muito, muito importante para mim. Eu nem sei explicar direito…mas é
como se ela fosse a irmã que eu nunca tive. Ela sempre foi minha
melhor amiga e é como se minha vida estivesse ligada à dela de
alguma maneira sobrenatural. – Comentou e Leah arregalou os olhos.
– Não. Eu não sofri nenhum imprint com ela. – Embry dissipou as
dúvidas da namorada. – Mas eu fiz uma coisa que não devia quando
era mais novo. – Torceu o rosto em repreensão de si mesmo e de
seus pensamentos e lembranças.
-O
que você fez? – Ela perguntou em um tom de voz calmo.
-Eu
fiz um pacto…de sangue. – Confessou um pouco envergonhado e Leah
arregalou os olhos. – Mas eu não sabia na altura que consequências
aquilo poderia trazer. – Afirmou. – Eu tinha 9 anos. –
Acrescentou.
-Espere.
Se acalme. Porque nem todos os pactos de sangue são feitos
corretamente e se não são feitos corretamente perdem todo o efeito…
- Ela tentava o acalmar e explicar.
-Eu
fiz tudo conforme a Lenda. Lua Cheia, depois da meia-noite, agulha
virgem, uma roda de três pontas, sangue de duas pessoas e o cântico.
– Enumerou se recordando daquela noite. – Minha vida está ligada
a para sempre. Eu
jurei a ela, em nome da Noite, da Lua e das Estrelas, que ela sempre
seria mais importante para mim do que todas as outras pessoas. Eu fiz
merda, Leah. – Se culpou e Leah permaneceu em silêncio digerindo
toda aquela informação.
-Temos
de falar com o Conselho. Eles saberão o que fazer. – Ela por fim
se pronunciou se colocando de pé e catando sua roupa.
Apressados
eles saíram do quarto deparando-se com Sue na cozinha preparando o
café da manhã para os dois. Seth já estava sentado na mesa
devorando uma pilha de panquecas, pãezinhos com compotas e bolos
caseiros.
-Bom
dia crianças. – Sue os cumprimentou.
-Mãe.
Nós precisamos uma reunião urgente com o Conselho. – Leah falou
apressada e apreensiva.
-Porquê?
Aconteceu alguma coisa? – Seth perguntou de boca cheia parando de
comer e os olhando.
-Não
é da sua conta piralho. É um assunto pessoal…do Embry. Sobre
pactos. – Leah brigou para em seguida explicar para a mãe a
gravidade da situação.
-Tudo
bem. Mas sentem-se primeiro e tomem o café da manhã. Vou na casa do
Velho Quil para marcar uma reunião e já volto. – Falou beijando a
testa de Leah e largando seus afazeres.
Leah
tentou comer algo mas seu estômago embrulhava em preocupação e
depois de uma longa espera, que lhe pareceu durar a eternidade, Sue
retornou.
-Eles
nos esperam, vamos. – Sue indicou e Leah se ergueu antes mesmo de
ela começar a falar.
Embry
as seguiu e caminhou em silêncio, com as mãos nos bolsos. Minutos
depois chegaram na casa do velho Quil. Este os esperava em sua sala,
sentado em sua imponente e antiga poltrona, fumando seu habitual
cachimbo. Sua pele envelhecida e desgastada não perdia o ar
respeitável e seus cabelos brancos como as nuvens envolviam seu
rosto como um manto de conhecimento e sapiência.
Billy
também estava na sala sentado do lado direito do Velho Quil. Exibia
um ar extremamente cansado mas ao mesmo tempo divertido, como se o
que quer que ele tenha feito que o desgastou também lhe deu um certo
brilho a mais de alegria.
Sue
se sentou à esquerda do Velho Quil entrelaçando os tornozelos e
adotando uma pose formal. Seus cabelos negros e entrançados
pendiam-lhe sobre os ombros demonstrando a jovialidade e vivacidade
que ainda tinha.
Billy
indicou que o casal se sentasse na frente deles em dois banquinhos
baixos de madeira com uma camada almofadada no assento e em seguida
indicou que eles começassem.
Leah
pegou a mão de Embry e com um olhar lhe passou força para que ele
contasse.
Embry
respirou fundo, mais uma vez naquela manhã, e relatou detalhadamente
tudo o que tinha feito quando mais jovem.
Durante
todo o seu relato nenhum dos três Anciãos o interrompeu ou
expressou qualquer reação em suas faces. Permaneceram imparciais e
inabaláveis até ao momento em que puderam, por fim, analisar toda a
informação que receberam e dar o seu veredito.
O
Velho Quil olhou debilmente para Billy e em seguida para Sue para no
final olhar Embry. Para ele era como se Leah nem estivesse ali. Seu
principal foco era Embry.
-O
que quer que eu lhe diga filho? – Ateara questionou com a voz
trêmula, típico da idade.
-Que
há maneira de reverter o pacto? – Falou em jeito de questão. Ele
próprio estava com dúvidas.
O
Velho Quil soltou uma risada fraca olhando para cima e depois tornou
a olhar seus companheiros.
-Não
há maneira de reverter o pacto, filho. – Billy falou pelo Velho
Quil.
-Como
não? – Leah questionou um pouco agitada.
-Que
consequências terei por manter o pacto? – Embry sobrepôs sua
questão.
-O
pacto que você fez é quase tão forte quanto um imprint. Sua vida
se regerá em torno da segurança e felicidade de
e as palavras dela
para você serão como uma ordem. Mas diferente de um imprint, você
pode ter outra parceira e amar outra pessoa tanto ou mais que você
ama . Mas se
o reivindicar para
si…você abandonará quem for preciso. Ela sempre estará acima de
qualquer pessoa para você. Sempre será mais importante. Foi
exatamente isso que você pediu, Embry. – Ateara relatou lastimável
pelo erro de Embry.
-É
por isso que crianças não se devem meter nessas coisas! – Sue
brigou como uma mãe zelosa.
Embry
olhou para Leah detetando uma sombra de preocupação e apreensão em
relação a essas consequências.
-Não
fique preocupada, é
uma boa pessoa.
-Mas
ela sempre estará primeiro que eu! – Se irritou se erguendo do
banquinho e saindo apressada de casa do Velho Quil.
Mas
isso está queimando numa chama eterna.
Diga
meu nome, a luz atravessando a escuridão.
Nossa
vida é tão solitária, então venha e acalme minha dor.
Eu
não quero perder esse sentimento.
(Eternal
Flame – Bangles)
Fourteenth
Chapter
Toda
hora eu penso em você.
Eu
sempre perco meu fôlego.
Eu
ainda estou esperando aqui.
E
eu imagino por que você me deixou.
E
há uma tempestade que está anelando através
Do
meu coração congelado, esta noite.
abrira os olhos lentamente vislumbrando um anjo em sua frente. Sua
pele era branca como o cal, mas ao mesmo tempo era brilhante e
aparentava ser macia. Os fios dourados e angelicais, muito bem
arrumados na cabeça. Um sorriso devastador. Teria ela morrido? O
pânico a assolou com um furacão. Sua menina. Não, ela não podia
deixar sua menina.
-Acordou
bem, ? – O anjo
questionou pousando uma mão em seu ombro.
Se
ela não tivesse visto a mão cair sobre seu ombro,
poderia jurar que
ele tinha jogado uma pedra. Dura e gelada. Muito gelada.
-Eu
não posso morrer. Por favor. Eu tenho uma filha. – Ela falava em
um tom baixo demais para ela própria se escutar.
O
anjo sorriu mais abertamente e direcionou uma luzinha para seus
olhos, que quase a cegou.
-Ela
está quase recuperada. Impressionante. Os pontos estão praticamente
cicatrizados. Será que ela é como Leah? – O anjo murmurou para si
mesmo, atrás de ,
quase inaudivelmente, examinando sua cabeça, mas sem perceber como,
havia escutado. –
Logo você terá alta. – O anjo falou em um tom de voz normal
sorrindo para .
-Alta?
Eu…eu não estou…
-Você
está em um hospital. E eu sou o Dr. Carlisle Cullen. – O anjo
falou.
se acomodou em sua cama sentindo uma pressão incomoda na cabeça,
mas não mais dolorosa, e percebeu que estava mesmo em um hospital.
-Há
quanto tempo eu estou aqui? – Ela perguntou analisando
cuidadosamente o médico.
Seus
olhos eram de um dourado líquido escuro, mas não menos refulgente.
-Vinte
e quatro horas. Mais coisa menos coisa. – O médico falou olhando
seu relógio de pulso.
-Minha
filha! – Ela se alertou.
-Calma.
Se acalme . Ela está
bem. Baby Suh está em boas mãos. – Carlisle a acalmou e
franziu o cenho um
pouco confusa e um pouco admirada. – Eu conheci sua pequena. Ela é
deveras muito linda.
-Eu
preciso vê-la!
-Calma,
logo a verá. A propósito, ela está em minha casa.
-Em
sua casa!? –
exclamou assarapantada.
-Minha
filha mais nova se apaixonou por sua filha e agora não a quer largar
um segundo. Sophia também adorou minha Nessie e igualmente não a
quer largar.
-Quando
eu posso ir para casa? – Perguntou.
-Eu
estava apenas esperando que acordasse para lhe dar alta. Pode ir para
casa se recuperar e…tome esses remédios. – O médico-anjo rasgou
uma folha de um receituário com os nomes dos remédios que deveria
comprar. – , se
quiser eu a levo até sua filha e depois lhe dou boleia para casa. –
Carlisle se ofereceu.
-Não
é necessário. Quer dizer. Eu quero pegar minha filha e…não sei
onde o senhor mora.
-Pegue
suas coisas e eu estarei esperando por você lá fora. – Falou o
mais amável possível que
não teve como recusar.
~~*~~
Não
levara mais de 10 minutos para vestir uma roupa sua, que lhe havia
trazido, e para sair do hospital.
No
parque de estacionamento
se sentiu meio perdida quando não encontrou o médico-anjo, mas
quando uma Mercedez Preta parou na sua frente, descendo o vidro,
hesitou em ir com o
médico. E se ele fosse um psicopata? Abanou a cabeça para essa
possível idéia e entrou no lugar do passageiro do lado do
motorista, se encolhendo de encontro ao banco, se mantendo em seu
canto e controlando a ansiedade.
-Minha
esposa vai adorar conhecer você. Meus filhos também. – Carlisle
comentou sorridente.
-Quantos
filhos tem?
-Seis.
-Nossa.
Tantos. – Se espantou.
-Nenhum
deles é biológico. Esme não pode ter filhos. Meus cinco mais
velhos são da sua idade, só Nessie é a mais jovem. Seis aninhos. –
Explicou.
-Lamento
muito por sua mulher.
-Não
lamente. Ter adotado todos eles foi a melhor coisa que nos aconteceu
na vida. Não sentimos falta de filhos biológicos. – Comentou
descontraído.
via as árvores se adensarem e passarem por si como borrões e mais
borrões verdes. Tinha a estranha sensação de estar alcançando
algo que ela desejava. Como quando estava chegando a Forks e depois a
La Push…
Em
poucos minutos estava saindo da estrada de alcatrão e entrando em
uma mais pequena e estreita para o meio da floresta. Isso a assustou
um pouco mas o sorriso do anjo a fez dissipar o medo.
-Minha
mulher adora a natureza. – Explicou e logo
estava avistando uma
gigante e imponente mansão envidraçada. Um verdadeiro Palácio de
Cristal da Era Moderna.
O
portão de uma enorme garagem se ergueu exibindo uma coleção exímia
de carros top de ponta. Sem perceber o queixo de
havia despencado,
tamanha ostentação que presenciava.
-Meus
filhos são meio extravagantes. – Carlisle comentou antes de sair
do carro.
saiu logo em seguida ainda admirando os carros. Carlisle tocou suas
costas com uma mão e indicou que o acompanhasse, silenciosamente.
subiu uma escadaria de pedra e atravessou por uma detalhada porta de
vidro. Receosamente ela seguiu Carlisle para uma sala, mas antes que
ela pudesse ver quem quer que fosse, uma voz extremamente conhecida a
chamou.
-Mamã!
– se virou na
direção da voz, vendo uma menina com rosto de fada carregando sua
pequena.
Sua
pequena quicava no colo da garota estendendo seus bracinhos em
direção a ela. A garota terminou de descer as escadas e pousou Baby
Suh no chão. Esta correu desajeitadamente até sua mãe, caindo a
poucos centímetros dela.
a pegou no colo logo em seguida a abraçando fortemente.
-Oh
minha pequena. Minha luz. Mamãe estava com tantas saudades de você.
– Beijou o rosto de Baby Suh inúmeras vezes.
A
pequena se afastou um pouco da mãe a encarando seriamente. Com um
dedinho apontou para o rosto da mãe.
-Dodói?
– Perguntou fazendo os presentes soltarem exclamações de espanto
tamanha a perceptividade da menina.
-Já
passou my little sunshine. Já
passou. - A abraçou mais forte acariciando seus fios lisos e negros.
– Obrigada por cuidarem dela. – Agradeceu olhando Carlisle e a
outra garota.
-Agradeça
a Jacob. Baby Suh só conseguiu se acalmar no colo dele. – Uma
menina ruivinha, que
presumiu ser Nessie, se pronunciou.
Aos
poucos se virou para
olhar cada um naquela sala, mas seu olhar parou apenas em um deles.
Nos profundo e radiante mar negro de seus olhos.
-,
essa é minha mulher Esme. E meus filhos são esses. Minha filha
Nessie, essa é Alice, esse é Jasper, essa é Rosalie, esse é
Emmett, esse é Edward e essa e sua esposa Bella. E aquele é Jacob e
atrás dele, está Seth. – Carlisle apresentara mas
não escutava mais
nada.
Seus
olhos apenas se concentravam nos dele.
“É
ele. Só pode ser ele. O pai da minha menina. Jacob.”
Pensava para consigo sentindo seu peito explodir de felicidade e seu
rosto inundar de lágrimas.
Ao
mesmo tempo que o pensamento surgiu em sua mente, um rosnado ressoou
pela sala.
Eu
ouço seu nome em círculos fixos
E
isso sempre me faz sorrir.
Eu
desperdiço meu tempo
Apenas
pensando em você.
E
isso está quase me colocando louca.
-?
Você está se sentindo
bem? – Carlisle perguntava ao mesmo tempo que olhava para Edward.
Bella
e Emmett estavam do lado de Edward, o segurando. Este olhava
assassinamente para Jacob que retribuiu um olhar confuso. Tanto para
Edward como para .
“Eu
conheço essa garota de algum lugar. Porque eu não consigo me
recordar?” Jacob se
questionava.
-Edward.
O que está acontecendo? – Bella perguntava tão baixo que só eles
poderiam escutar.
Num
canto da sala Seth se encontrava paralisando olhando na direção de
. Sentia dentro de si
os cordões da vida que o ligavam ao centro da Terra, se desprenderem
e se ligarem apenas a ela. Ela seria agora o seu centro de gravidade,
seu motivo para respirar, para viver, para amar. Apenas ela.
Então
tudo aconteceu rápido demais para alguém perceber.
largou sua pequena
de novo no colo de Alice. Edward correu atrás de
. Jacob olhou para
Seth com uma interrogação no rosto quando este apertou seu ombro
com demasiada força e logo se apercebeu do que se tratava.
-Você
teve um imprint, cara. – Jake se pronunciou em meio aos seus
pensamentos.
De
um jeito que ele não entendia porquê, ele teve vontade de correr
atrás dessa tal de
e perceber o que a atormentava. Bella se segurava para não correr
atrás do marido. Jasper tentava acalmar os ânimos e Alice se sentia
frustrada por não saber o porquê de tudo aquilo. Mas mais frustrada
se sentia por não conseguir ver qualquer futuro em
. Apenas uma grande
névoa cinzenta fugindo para o negro. E isso de certa forma a
assustava.
-Mas
o que é que está acontecendo? Porque Edward foi atrás de
? – Alice
questionou curiosa apurando seus ouvidos para tentar escutar a
conversa de Edward e ,
mas tudo o que ela escutava eram soluços.
~~*~~
Edward
corria a passos humanos, tentando alcançar
. Não seria
muito difícil, apesar de correr como humano, ele ainda era mais
rápido que ela.
Logo
a alcançou e a travou, a puxando para seus braços e a consolando.
chorava sofregamente
e desamparada. Sua cabeça turbilhava de pensamentos.
“Porque
eu fugi? Porque eu não tive coragem para ficar e dizer que era mãe
de sua filha? Porque eu vim para La Push? Porque eu ainda o amo
tanto? Porque ele não se recorda de mim?”
-Shhiii,
calma. Está tudo bem. – Edward cantarolava a embalando.
-Edward,
o que está acontecendo aqui? – Bella perguntou encarando
interrogativa o marido abraçado à humana.
-Depois
eu te explico. – Lançou um olhar significativo à mulher.
-Me
tire daqui, por favor. –
pediu chorando.
-Mamã.
– Baby Suh a chamou aparecendo ao pé de Bella, sendo seguida de
perto por Seth.
a pegou no colo e enxugou suas lágrimas.
-Me
tire daqui. – Tornou a pedir.
-Seth,
leve e Sophia
para casa. – Edward pediu atirando as chaves do seu carro para o
Lobo.
Seth
não contestou, sequer assentiu. Apenas dirigiu silencioso para La
Push.
Mas
isso é meu coração
Que
está pedindo essa longa distância.
Você
não sabe quão desesperada eu me tornei.
Eu
não consigo atravessar essa distância.
Querido
pare esse coração.
(Missing
You – Taylor Swift ft Tyler Hilton)
Fifteenth
Chapter
Algo
mudou dentro de mim, algo não é o mesmo.
Estou
jogando pelas regras do jogo de outra pessoa
Tarde
demais para repensar.
Tarde
demais para voltar a dormir.
É
hora de confiar nos meus instintos
Fechar
meus olhos e saltar.
-Edward!
O que está acontecendo? – Bella insistiu vendo o marido morder a
mandíbula ao mesmo tempo que olhava para dentro de casa.
-Venha.
Logo perceberá. – Ele passou por ela feito um furacão, caminhando
a passos decididos para dentro da mansão.
-O
que deu na moça? – Esme perguntou diretamente para Edward sabendo
que ele sabia o que lhe passara pela cabeça.
-Esme,
se não se importar, gostaria que levasse Nessie para passear. Assim
que voltar relatarei de novo para você o que se passou. – Edward
pediu o mais polidamente possível, evitando olhar para Jacob.
Jasper
percebeu a raiva e tensão que seu irmão estava e lhe enviou uma
onda de calma. Edward agradeceu-lhe com um olhar, mas relembrar as
frases daquela pobre garota o deixava irritado.
-Ah
não, papai. Eu quero ficar. Não quero passear não. – Nessie
embirrou cruzando os braços e montando biquinho.
-Não
me conteste, Renesmee. Vá com sua avó! – Falou um pouco alterado,
o que espantou seus familiares e sua mulher.
-Vá
com a vovó. Por favor. – Bella pediu se abaixando na altura da
filha e beijando seu rosto.
-Eu
posso ir com Nessie. – Jacob se ofereceu se erguendo prontamente.
-Não!
– Edward quase rosnou. – O assunto é do seu interesse. –
Controlou a voz.
Jacob
tornou a sentar franzindo o cenho e tentando perceber o que a “fuga”
de tinha a ver
com ele e o porquê dessa reação alterada de Edward perante esse
assunto. A curiosidade o fez ansiar que Nessie saísse logo de casa,
mas controlou esse pensamento.
Esme
voltou da cozinha com uma lancheira e pegou na mão de Nessie a
puxando dali para fora. Nessie deu um último olhar a Jake. Era um
olhar preocupado mas ao mesmo tempo encorajador. Jake sorriu-lhe lhe
passando tranquilidade.
-Qual
é o assunto, Edward? – Carlisle perguntou assim que o carro de sua
mulher partiu.
Edward
socou seus punhos apertados nos bolsos e mordeu mais uma vez a
mandíbula antes de olhar para Jacob.
-
veio para Washington com um único propósito. – Começou
absorvendo toda a calma que seu irmão lhe enviava. – O de
encontrar o pai de sua filha. – Relatou baixando o olhar e
controlando sua voz. – E você é o pai, Jacob. – Anunciou em um
quase sussurro fitando Jacob com tamanha frieza que chegaria a ser
capaz de perfurar a mais dura pedra.
A
reação de todos foi a mesma. Estupefação. Suspiros e palavras
sussurradas. Ahs e Ohs incrédulos. Perguntas retóricas e
exclamações internas.
“O
quê? Como é que é? Como isso aconteceu? Isso não pode ser
possível! Uma filha? Cachorro traidor!”
Apenas
Jacob não questionava ou exclamava nada. Quer verbal quer
mentalmente. Sua boca estava escancarada. Suas mãos apertando
fortemente, capaz de quebrar, os apoios da cadeira. Seus olhos sem
foco ou vida. Seu coração batendo. Falhando. Batendo mais forte.
Falhando mais tempo. Um filete de suor escorrendo de sua testa,
escorregando por seu rosto e deslizando por seu pescoço, se perdendo
dentro de sua camiseta. Sua mente borbulhando de recordações que
ele sequer fazia idéia ter vivido.
Imagens.
Imagens dele em sofrimento por Bella. Imagens dele vagueando pelas
florestas sem nem mais saber onde estava ou quem era. Doença. Febre,
muita febre. Alucinações. Gritos de socorro. Luta com um Lince.
Perda de consciência. Mais alucinações. Um anjo sempre por perto,
com um lindo sorriso e um cheiro viciante. A textura macia da sua
pele. O sabor indescritível da sua boca. Ecos dos seus gemidos.
Alucinações. Imagens dele fazendo amor com Bella. Vislumbres do
anjo. Fuga. Perda de consciência. Retorno a La Push.
Agora
com todas essas imagens retornadas, Jacob conseguia identificar o
anjo que sempre esteve por perto e que cuidou de si quando esteve
preso entre o limbo e a inconsciência. E esse anjo era
. A mãe de Baby
Suh. A mãe da sua filha. Baby Suh. Sua filha. Sua
filha.
Jacob
escovou os curtos fios de seu cabelo tão lentamente quanto ele
levantou da cadeira onde estava sentado, com os olhos fixos em ponto
algum.
Se
dirigiu para a porta de saída sob os olhares de Edward, Carlisle e
Rosalie. Bella era acalmada por Alice com a ajuda de Jasper e Emmett
segurava Rosalie que rosnava na direção de Jacob. Edward apenas
ficava do lado de Carlisle analisando a situação com pesar.
-Onde
você vai? – Bella perguntou desviando sua atenção para o amigo.
-Eu…eu
preciso…ir. – Jacob gaguejava incerto de suas próximas ações.
-Você
vai atrás dela? – Edward questionou enrugando a testa.
Jacob
olhou da porta para Edward e depois para Bella, correndo os olhos
pelos outros vampiros detetando a mesma linha de hesitação em seus
rostos.
Uns
hesitavam por Nessie, a maior parte. Outros hesitavam por ele, uma
ínfima parte. E apenas um hesitava por
, o mesmo que o
questionara.
-Eu
não sei. - Comprimiu os olhos por breves segundos aspirando o ar com
dificuldade, como se tivesse farpas no peito que o impedissem de
respirar mais profundamente.
Lançando
um último olhar a Bella, Jacob saiu daquela casa caminhando em
direção à floresta, mas se transformar era a última coisa que ele
queria nesse momento. Partilhar seus pensamentos estavam fora de
questão e agora ele precisava pensar calmamente.
~~*~~
É
hora de tentar desafiar a gravidade.
E
você não me deixará para baixo!
Estou
aceitando limites.
Porque
alguém diz que eles são assim.
Algumas
coisas eu não posso mudar.
Mas
até eu tentar, nunca vou saber.
tentava ao máximo enxugar as lágrimas que teimosamente rolavam por
seu rosto, mas as recordações insistentes do reencontro com Jacob e
as lembranças do pequeno – e pessoal – passado que teve com ele,
despoletavam aquelas lágrimas sem que ela as conseguisse controlar.
Quando
deu por si, estava parada na porta da sua mais nova casa com Baby Suh
abraçada ao seu pescoço bastante quieta. Seth se colocou do lado
dela a olhando pelo canto do olho um pouco preocupado. Sua atenção
chegava a ser excessiva, apesar de discreta. O Lobo bateu na porta da
casa dos Call e aguardou em silêncio que viessem abrir a porta,
apenas com o som dos fungos de
e dos gemidos contidos na garganta. Logo Liz atendeu olhando um pouco
assustada para . A
preocupação também era evidente nos seus olhos.
passou a filha para
os braços de Seth e se abraçou a Liz, chorando convulsivamente e
soluçando alto.
Liz
nada falou até estarem dentro de casa e de ter sentado
no sofá.
-O
que aconteceu? – Liz perguntou limpando o rosto de
que se manteve em
silêncio olhando de soslaio para Seth. – Seth, você poderia ir
dar uma volta com Sophia? A leve para casa do Billy, se preferir. –
Eloise pediu e Seth assentiu em silêncio dando uma última olhada
para Liz.
Assim
que ele se retirou,
se ergueu e puxou Eloise para seu quarto, se jogando na cama e
abraçando as almofadas.
-Eu
o encontrei. – Ela finalmente falou, em meio aos soluços e
lágrimas.
-Encontrou?
– Liz questionou um pouco confusa, franzindo a testa em
interrogação, mas logo uma luz ressurgiu na sua mente a fazendo
entender de quem
falava. – Onde? Quando?
-Na
casa do Dr. Carlisle Cullen. Quando fui buscar minha filha. Ele é o
Jacob Black. – Contou mas ao olhar o rosto de sua madrinha não
encontrou qualquer resquício de surpresa em seu rosto. – Espere
aí, você sabia? Você sabia quem ele era e não me falou nada!? –
se exasperou se
colocando sentada na cama.
-Não
é bem assim, . Eu só
soube ontem, depois que você foi internada. Na verdade foi Billy
quem deduziu isso e veio até mim confirmar suas suspeitas. Mas
acabou que ele na verdade me revelou quem era o mais potencial pai de
sua filha. Você só confirmou ainda mais. – Liz se defendeu.
-O
que é que eu faço agora? Assim que eu bati meus olhos nele eu…eu
fiquei em pânico. Todos os meus medos vieram à tona. E eu tive de
fugir. Eu não consegui encarar nem enfrentar o pai da minha filha.
Eu não sei mais o que fazer! – Se desesperou chorando
obstinadamente.
-Billy
quer falar com você a respeito de Sophia. Agora que ele sabe da
existência dela, ele não se quer separar da neta.
-Ele
não pode me obrigar a ficar aqui. Eu não vou aguentar! –
quase gritou.
-Ele
vai contar a Jacob sobre ela. E quando Jake descobrir que Sophia é
vossa filha, ele irá atrás de vocês, se preciso for. – Liz
alertou.
-Droga!
Porque eu vim procurar por ele? Porquê? Idiota! Como eu fui burra! –
se xingava
passarinhando de um lado para o outro no quarto.
-Não
adianta ficar se culpando ou pensando como seria diferente se você
não tivesse vindo. O melhor que você tem de fazer agora é ir falar
com Billy. – Eloise aconselhou.
tentou contestar mas ela própria sabia que isso seria o melhor a ser
feito.
(POV
Embry)
Depois
da reunião com o Conselho e do surto de ciúmes de Leah, eu fui dar
uma volta. Não quis me transformar porque a última coisa que eu
queria no momento era partilhar meus pensamentos com o resto do
bando. Precisava ficar sozinho.
Retornei
a casa para ir buscar Sean. O Conselho tinha me indicado para levar
Sean para uma clínica de reabilitação. Não existia nenhuma em La
Push ou Forks, apenas em Seattle, o que ficava muito à desamão. A
outra opção que me deram foi de colocar Sean temporariamente em uma
cadeia. Minha mãe tratou logo de ligar a Charlie, que prontamente
levou Sean para a sua delegacia, o colocando em uma cela à parte.
Depois
disso precisei caminhar. Caminhei por horas, andando de uma ponta à
outra da praia, atravessando First Beach inteira e entrando na praia
seguinte. Só quando enxerguei o sol bem alto percebi que já eram
princípios da tarde e que a manhã tinha passado excessivamente
rápida.
Se
eu havia pensado? Demasiado. Tanto que eu julguei que fosse ter um
curto-circuito.
Se
eu tinha chegado a alguma conclusão? Infelizmente não. Nenhuma.
Estava sem qualquer noção do que iria fazer a partir de agora?
Leah
estava furiosa comigo e
não era uma opção para mim.
Quando
dei por mim estava chegando a minha casa, vendo Seth saindo dela com
Baby Suh no colo.
-Cara,
estava mesmo precisando falar com você. – Seth falou quase que
desesperado.
Antes
de responder senti dois cheiros distintos. Um de vampiro, que logo
reconheci como sendo de Edward, e outro de
.
-A
já chegou? –
Perguntei antes de questionar sobre o cheiro de vampiro.
-Já
sim. E antes que você pergunte, foi o Edward que me emprestou o
carro para trazer e
Baby Suh. – Sua voz derreteu ao falar delas.
Estreitei
os olhos em direção a ele e depois olhei para a pequena.
-Não
me diga que…
-É.
Eu tive um imprint com ela. – Sorriu largamente como se isso fosse
realmente uma coisa boa.
-Até
você? Porque será que essa lobada anda preferindo ter imprints com
crianças? Primeiro Quil. Depois Jacob. E agora…você! – Exclamei
exasperado.
-Não
é que seja uma coisa que eu tenha escolhido. – Seth deu de ombros
olhando sorridente demais para seu mais novo imprint.
-Se
você está aceitando bem o imprint não estou entendendo qual a
urgência em falar comigo. – Soquei as mãos nos bolsos.
-É
que…eu preciso de ajuda para contar a
o que aconteceu. –
Ele sussurrou preocupado.
-Hun.
Tudo bem. Eu falo com ela. – Assenti me dirigindo para a porta de
minha casa.
-Espere.
Não vá agora lá para dentro. Não sei o que aconteceu, mas assim
que a entrou em casa
dos Cullen ela saiu de lá aos prantos e veio o caminho todo até
aqui chorando. E bem, a sua mãe pediu para eu levar Baby Suh a
passear, o que indica que elas querem ficar sozinhas.
Tanto
tempo estive com medo de perder o amor
Que
achei que tinha perdido.
Bem,
se isso é amor
Ele
vem por um preço muito alto!
(Defying
Gravity – Glee)
Sixteenth
Chapter
Me
diga como eu deveria respirar sem ar.
Se
eu morrer antes de eu acordar,
Isso
vai ser porque você levou minha respiração embora.
Estar
perdendo você é como estar vivendo em um mundo sem ar.
(POV
Embry)
-Espere.
Não vá agora lá para dentro. Não sei o que aconteceu, mas assim
que a entrou em casa
dos Cullen ela saiu de lá aos prantos e veio o caminho todo até
aqui chorando. E bem, a sua mãe pediu para eu levar Baby Suh a
passear, o que indica que elas querem ficar sozinhas.
Eu
sequer escutei a sua advertência, apenas me limitei a ignorá-lo e
adentrar a minha casa para ver o estado de
. Escutar Seth falar
que ela estava chorando…pensar que ela estava sofrendo…me doeu no
peito de maneira estranha. Era o efeito do maldito pacto. Agora eu
sabia bem como Jacob se sentia em relação ao imprint de Nessie. Ele
sempre me falava, como em desabafo secreto, que apesar de todo o
carinho e amor que ele pudesse sentir por ela, era como se ele fosse
obrigado e compelido a ter esses sentimentos…OK, no meu caso é um
pouco diferente. Eu nunca quis matar
ou sequer a
odiei. sempre
foi a irmã que eu nunca tive, a melhor amiga. Sempre tive uma
ligação muito forte com ela, mas nada que justificasse a minha
estupidez de ligar a minha vida à dela irremediável e
irreversivelmente. Agora eu seria como um fantoche nas mãos dela,
como Jake. Não que ela fosse fazer realmente de mim um, mas em
relação aos sentimentos e às prioridades…UGH! Como o imprint
pode ser algo tão desprezível?
Estava
tão absorto em meus pensamentos que nem percebi que já estava na
frente da porta do quarto de ,
que estava entre aberta. Voltando à realidade, dei um passo em
frente para entrar, mas uma frase me parou.
-Ele
não pode me obrigar a ficar aqui. Eu não vou aguentar!
– se desesperou, o
que me deixou verdadeiramente curioso.
Mais
uma vez eu tentei dar um passo em frente para perguntar o que tinha
acontecido com ela, mas de novo estagnei com o que minha mãe falou.
-Ele
vai contar a Jacob sobre ela. E Quando Jake descobrir que Sophia é
vossa filha, ele irá atrás de vocês, se preciso for.
Eu
perdi completamente o fôlego ao escutar aquilo. Como?…
Eu
simplesmente não conseguia processar aquela informação.
-Droga!
Porque eu vim procurar por ele? Porquê? Idiota! Como eu fui burra!
– gritava consigo
mesma completamente exasperada.
-Não
adianta ficar se culpando ou pensando como seria diferente se você
não tivesse vindo. O melhor que você tem de fazer agora é ir falar
com Billy. – Minha mãe
falou.
-Você
tem razão. E o melhor é eu ir agora.
– indicou me
fazendo sair do transe e correr, em passos inaudíveis, para o meu
quarto.
Fiquei
encostado na porta do meu quarto, escutando
caminhar pela casa e
bater a porta, indo em direção a casa dos Black.
Apurei
meus ouvidos, camuflando-os apenas para o que eu queria escutar, e
escutei atentamente seus passos hesitantes pelo terreno fazerem
parceria com os batimentos incertos de seu coração. Ela ofegava,
quase deixava de respirar. Então escutei seus passos em outro tipo
de piso. Madeira. Ela havia chegada na casa de Jake.
Uma
batida na porta. Hesitação. Seu coração disparando como um raio.
Quatro batidas mais insistentes e ritmadas na porta. Podia até
adivinhar seu pensamento: “É
agora ou nunca!”. Uma
respiração profunda e prolongada. Uma porta se abrindo e um convite
de Billy para entrar.
Bati
com minha cabeça na porta quando escutei a porta se fechando.
Lágrimas brotavam em meus olhos. Era demais para eu digerir. Eu
precisava demais de Leah do meu lado, sem questões para me fazer,
apenas me abraçando e me amando. Sem obrigações. Leah…
Eu
estou aqui sozinho, não quero partir.
Meu
coração não se moverá, está incompleto.
Desejo
que haja um jeito para que eu possa fazer você entender.
Mas
como você espera que eu viva sozinho apenas comigo mesmo?
Porque
meu mundo gira ao seu redor e é tão difícil para eu respirar.
(End
POV Embry)
caminhou inquieta para casa de Billy. Preparava um discurso mental do
que deveria falar, como deveria falar, mas sequer tinha certezas se
iria conseguir falar. Subiu o pequeno lance de escadas da varanda em
vermelho velho e parou na porta batendo de leve nela. Em um momento
de hesitação pensou em ir embora, mas afastou essa possibilidade
batendo com mais força na madeira e inspirando fundo para encarar
esse novo desafio. A porta foi aberta desvendando por detrás dela um
homem com expressões tão carregadas que lhe chegava a dar um ar bem
mais velho do que ao que tinha.
-Entre.
– Ele pediu arrastando sua cadeira para trás e para o lado, dando
passagem a ela.
entrou na casa inspirando fundo, mas assim que o fez sentiu o seu
cheiro. Era inesquecível. Era o cheiro dele. Involuntariamente uma
leva de lágrimas caíram de seus olhos, mas logo ela as enxugou
antes que Billy tivesse tempo de as perceber.
-Eu
quero que me conte sua história,
. – Billy
exigiu parando atrás dela.
se virou e Billy indicou com a mão para que ela se senta-se no sofá
e ela assim o fez, tomando fôlego para começar seu relato.
-Eu
tinha apenas 17 anos. Minha vida em casa era um inferno depois da
morte de minha mãe. Um dia em que as coisas ficaram piores…eu fugi
de casa. Era de noite e apesar de conhecer muito bem aquela região e
até mesmo as florestas, eu acabei me perdendo. – Decidiu saltar as
partes menos importantes e relatar apenas aquilo que estava
concernente ao pai da sua filha. - Quando cheguei nas margens de um
rio eu me deparei com um homem, nu, ardendo em febre…eu sei que
deveria ter medo, eu sei que deveria ter fugido, mas eu não
consegui. Apenas senti uma enorme necessidade de cuidar daquele
homem. E eu o cuidei. O levei para minha casa e por dias cuidei dele.
Ele delirava e chamava sempre o nome de uma garota: Bella, mas apesar
de tudo…eu não me importava. Me apaixonara por ele desde o momento
em que olhei para seu rosto e, como toda a adolescente apaixonada, eu
estava cega…me entreguei a ele mesmo sabendo que ele via outra
garota e chamava pelo nome dela. Na manhã seguinte ele havia sumido
mas havia deixado em mim um pedaço de si. – Finalizou contendo a
emoção das recordações.
Me
diga como eu deveria respirar sem ar
Não
posso viver, não posso respirar sem ar
É
assim como eu me sinto quando você não está aqui.
Sem
ar, sem ar.
Tenho
vontade de me afogar, tão fundo.
Me
diga, como você vai ficar sem mim?
Se
você não está aqui, eu apenas não posso respirar.
Estou
sem ar, sem ar...
Billy
sentiu a oscilação da voz dela e percebeu o quanto ela ainda
sofria, o quanto ela ainda amava seu filho.
-Você
não pode ir embora. Não agora. Jacob precisa saber que Sophia é
sua filha. – Billy estava a ponto de implorar se preciso fosse.
-Eu
cometi um erro. Eu não devia ter vindo. Eu levei dois anos a tomar
uma decisão, a decisão de procurar pelo pai de minha filha, mas eu
vim ainda incerta de minhas decisões. Eu não consigo…eu não vou
conseguir…não enquanto eu ainda o amar. –
soluçava escondendo
de Billy as lágrimas que derramava.
(POV
Jacob)
A
confusão estava explícita em meu semblante. Era ainda muito difícil
de acreditar que eu tinha uma filha. De que Sophia era minha filha.
Eu mal conseguia respirar. O que eu fiz? O que eu vou fazer? E
Nessie? E ? E
Sophia? E…eu? Me sentei sobre uma pedra no meio da floresta e
chorei. De desespero? Talvez. Nem sabia mais porque razão eu
chorava. Como eu iria contar para Renesmee sobre
e Sophia? Como
ela iria reagir? Como eu
iria lidar com tudo isso?
Senti
a que minha cabeça ia explodir a qualquer momento com tantas dúvidas
corroendo meu peito tão dolorosamente maltratado.
Retornei
a casa. Precisava pedir ajuda a meu velho. Só ele saberia me dizer o
que eu deveria fazer.
Foi
uma caminhada e tanto mas pelo menos me ajudou a espantar meus
pensamentos, a mantê-los trancafiados por tempo indeterminado. Pelo
menos até eu saber o que fazer.
Minutos
depois, não sei quantos e realmente pouco me importava, eu cheguei à
Reserva caminhando desnorteado em direção a minha casa. Subi meio
que apressado o lance de escadas da minha varanda e coloquei a mão
na maçaneta para abrir a porta, mas uma voz doce e melodiosa me
travou.
-Eu
sei que devia ter medo, eu sei que devia ter fugido, mas eu não
consegui. Apenas senti uma enorme necessidade de cuidar daquele
homem. E eu o cuidei. O levei para minha casa e por dias cuidei dele.
Ele delirava e chamava sempre o nome de uma garota: Bella -
Me recordei momentaneamente desses momentos de delírio. -, mas
apesar de tudo…eu não me importava. Me apaixonara por ele desde o
momento em que olhei para seu rosto e, como toda a adolescente
apaixonada, eu estava cega…me entreguei a ele mesmo sabendo que ele
via outra garota e chamava pelo nome dela. -
Percebi a dor explícita em sua voz. Por mais que ela tentasse
camuflar, ela ainda sofria. E isso me doeu. - Na
manhã seguinte ele havia sumido mas havia deixado em mim um pedaço
de si. – Um pedaço de mim.
Sophia.
-Você
não pode ir embora. Não agora. Jacob precisa saber que Sophia é
sua filha. – Ir embora?
Levar minha filha daqui? Não!
-Eu
cometi um erro. Eu não devia ter vindo. Eu levei dois anos a tomar
uma decisão, a decisão de procurar pelo pai de minha filha, mas eu
vim ainda incerta de minhas decisões. Eu não consigo…eu não vou
conseguir…não enquanto eu ainda o amar.
– Escutar isso foi como sentir meu coração sendo apunhalado
variadas vezes.
Ela
não podia ir embora e levar minha filha. Como eu iria viver se ela
partisse…se Baby Suh partisse…ou se
partisse? Oh céus,
o que está acontecendo comigo? Como eu posso sentir dor por
? Eu mal a
conheço. Não, eu nem a conheço! Mas eu não podia deixá-la partir
com a minha
filha.
-Eu
lhe imploro, .
Não vá. Se eu
pudesse eu me colocava de joelhos.
– Meu pai estava implorando? Ele estava tão ou mais desesperado
que eu. Ele não podia perder sua neta. E eu não podia perder minha
filha.
Mecanicamente
girei a maçaneta e empurrei a porta para trás adentrando em casa e
me encaminhando para a sala.
-Não
vá. Por favor. – Pedi com a voz embargada e quando percebi eu
estava chorando.
se virou e foi como se eu estivesse revendo o meu anjo. Aquele anjo
que cuidou de mim e que me falou tantas vezes que me amava.
Agora
eu conseguia me recordar de tudo perfeitamente. Conseguia recordar de
todas as suas expressões.
De
como seus olhos brilhavam quando eu a olhava.
De
como suas bochechas coravam quando eu a tocava.
De
como ela engolia em seco forçando um sorriso quando eu a chamava de
Bella…
Eu
me recordei da noite em que a fiz minha.
A
culpa explodiu em meu peito como uma bomba relógio ao me recordar de
gemer o nome de Bella enquanto ela estava entregue em meus braços,
em meus lábios e em meu corpo. E ela realmente não se importara.
Ela me amava…como eu nunca fui amado. E doía demais pensar que eu
nunca poderia corresponder a ela da mesma forma.
Eu
caminho, eu fujo, eu pulo, eu voo.
Fico
longe do chão, flutuando até você.
Não
há gravidade para me segurar para baixo, de verdade.
Mas
de alguma maneira eu ainda estou vivo por dentro.
Seus
olhos brilharam. Brilharam de felicidade de me rever e de dor por não
me poder ter. Como eu a compreendia. Ela se jogou no sofá,
escondendo o rosto nas mãos e apoiando a testa nos joelhos e
soluçando tão alto e tão desesperadamente que tudo o que eu mais
quis foi correr até ela e a pegar em meus braços e arrancar toda a
sua dor, mas não o fiz. Não o fiz porque outro alguém o fez.
Embry.
Nem
notara ele entrando em minha casa, mas notara que ele também
chorava.
O
que estava acontecendo?
-Vamos
embora . Eu vou
cuidar de você. – Ele sussurrava.
-.
Você não pode levar minha
filha embora…por favor…você
não pode ir embora. – Me vi implorando mais uma vez e apelando
covardemente ao seu amor por mim.
O
que eu estava fazendo? Eu não podia ser egoísta a esse ponto? Ou
podia?
Diabos!
Eu não sabia mais o que pensar. Apenas sabia que não a podia
perder. Nem a ela nem a minha filha.
(POV
Embry)
Cansara
de escutar aquilo tudo do meu canto. Cansara de escutar o choro dela.
Cansara de escutar a pressão que eles exerciam sobre ela.
Será
que eles não percebiam que ela estava sofrendo com aquilo tudo? Será
que eles não compreendiam que também não era fácil para ela? Será
que eles não viam que aquilo tudo custava mais a ela do que a eles?
Mas
eu simplesmente não conseguia ficar parado escutando a dor dela. Não
podia.
Você
levou minha respiração, mas eu sobrevivi.
Eu
não sei como, mas eu nem me importo.
Sem
ar.
(No
Air - Jordin Sparks ft Chris Brown)
Seventeenth
Chapter
Eu
estou perdida sem justa causa, depois de dar tudo de mim
Tempestades
de Inverno vieram e escureceram meu Sol.
Depois
de tudo que eu passei, para quem me poderei voltar?
-Me
tire daqui. –
sussurrou quase sem som algum na voz. Apenas uma leve sopro saído de
seus lábios. Mais baixo que as batidas de seu coração, que
ameaçava parar a qualquer momento.
Embry
enlaçou seus braços nas costas e pernas de
e a carregou dali
para fora. abraçou
firmemente o pescoço de Embry e escondeu o rosto no seu vão,
comprimindo os olhos à dor. Olhar Jacob lhe doía demais.
Jacob
ameaçou ir atrás dos dois, mas Billy o impediu segurando seu braço.
Os olhos de seu pai estavam marejados, mas sua expressão era dura e
forte.
Embry
atravessara o curto caminho desde a casa do seu melhor amigo e sua
casa, em silêncio. Seu semblante era carregado, enraivecido. Seu
coração apertava ao som dos soluços de
. Como se ele
fosse uma extensão da dor dela e tudo o que ela sentisse, ele
sentisse igual. Mesmo que ele não quisesse sentir, ele sempre seria
um espelho dos sentimentos dela. Tudo por causa daquele maldito
pacto.
Antes
mesmo de conseguir chegar em casa, Embry foi abordado por sua
namorada.
-Embry!
– Ela exclamou, ofendida e magoada com o que via.
-Agora
não, Leah! – Ele respondeu rispidamente adentrando em sua casa e
fechando a porta com brutalidade.
Leah
sentiu um nó se formar em sua garganta e sua vista ficar embaçada.
Não aguentou aquela humilhação e correu de volta para casa.
(POV
Embry)
Eu
olho para você, eu olho para você.
Depois
que toda a minha força se foi, em você eu posso ser forte.
Eu
olho para você, eu olho para você.
E
quando as melodias se forem, em você eu ouço uma música.
Me
custava quase inumanamente tratar assim Leah, mas agora minha
prioridade era .
Precisava falar com ela sobre tudo. Desde o meu pacto, passando pelo
imprint de Seth, até o fato de ter descobrido que Jacob, o meu
melhor amigo, era o pai da filha dela. Ia ser uma conversa dura e
longa, mas teria de ser feita agora.
Pousei
em sua cama o mais
delicadamente possível. Seu choro havia acabado e agora apenas seus
soluços eram audíveis. Me acomodei na ponta da cama, do lado dela e
a olhei carinhosamente.
enxugou seu rosto com as costas das mãos e foi recuperando o
controle aos poucos. Nos mantivemos em silêncio pelo tempo
necessário para ambos.
-.
– Peguei sua mão, fazendo carinho. – Eu já sei de tudo… - Fiz
uma pausa para examinar sua expressão. Nesse momento ela
estava…indiferente. Não, ela estava apática, sem saber como
reagir. Resolvi acabar logo de uma vez com esse suspense. – Sei
sobre Jacob…que Sophia é sua filha. E sei que você também já
sabe o que nós somos. Mas há muitas outras coisas que você precisa
saber. Coisas que podem influenciar o seu futuro e o da sua filha…e
que não têm propriamente a ver com
Jake…- estremeceu
ao escutar o nome dele, mas decidi continuar. – Coisas que têm a
ver com aquilo que nós somos…e comigo. – Engoli em seco me
lembrando de minha sina.
pareceu ter adquirido interesse e seu rosto expressava curiosidade e
ansiedade.
-,
minha mãe já alguma vez te falou sobre o imprint? – Perguntei e
susteve a respiração
me olhando de olhos arregalados.
-Embry!
Você não…comigo? Eu não sei… - Ela se atrapalhou tentando
formar uma frase coerente, sem qualquer sucesso.
-Calma,
calma, . Deixe eu
terminar de falar. – A tranquilizei, continuando a acariciar sua
mão. – Pelos vistos minha mãe já falou a você sobre o imprint.
– Suspirei aliviado por ter menos uma explicação complicada a
dar. – Você entende as dimensões de um imprint? – Resolvi
começar pelo mais difícil. A minha burrada.
assentiu com a cabeça, engolindo em seco. Suas mãos começavam
suando frio e sua respiração se tornava descompassada, por mais que
ela tentasse controlá-la. Seu coração estava descompassado,
quebrado.
Eu
suspirei profundamente me erguendo da cama e largando suas mãos.
Seria mais fácil se eu não tivesse qualquer contato com ela.
-Lembra
de quando a gente era pequeno e das vezes que eu te fazia acordar a
meio da noite para a gente ir tomar banho de rio, nas noites quentes
de verão?
-Sim.
– Ela sorriu, se recordando.
-Lembra
duma noite em específico, a minha última noite na Reserva Crow, em
que eu te levei para o meio da floresta…e a gente fez um pacto de
sangue? – Enquanto eu falava aquilo, eu me mantinha de costas para
ela, comprimindo os olhos e massageando as têmporas.
-Lembro!
– Ela exclamou um pouco aturdida, temendo o significado desse
pacto.
-O
que eu fiz ligou a gente de uma forma tão forte quanto um imprint,
. Me perdoe. – A
frase me saiu quase como um sussurro e o pedido de perdão já saia
banhado em lágrimas.
Depois
de perder o meu fôlego não há mais pelo que lutar.
Pensando
em desistir de subir, procurando por aquela porta aberta.
E
cada estrada que eu escolhi, me conduziu ao meu arrependimento.
O
silêncio se abateu sobre o quarto e eu não me atrevi a abrir os
olhos para espiar a reação de .
Eu não tinha coragem para olhar na cara da pessoa que eu estava
desgraçando a vida. Não tinha coragem de olhar para a garota que eu
tinha prendido a mim para sempre.
Meu
corpo se tensionou quando eu senti a mão suave de
tocar meu ombro com
delicadeza. Eu permaneci parado, mais duro que uma estátua, enquanto
ela rodeava a minha cintura com seus braços e encostava seu rosto em
minhas costas.
-Você
não teve culpa. – Ela apenas sussurrou me fazendo sentir um lixo.
Preferia
que ela tivesse gritado comigo, me agredido, me chamado de canalha,
cafageste, manipulador…preferia que ela estivesse brava comigo, me
batesse e dissesse que nunca mais na vida iria quer olhar na minha
cara, falar comigo, ficar perto de mim… Mas não fora isso que
acontecera.
Como
sempre foi
compreensiva e carinhosa, me demonstrando que tudo estava bem quando
o mundo lá fora desabava. Ela sempre seria a minha
…a menina
delicada e quebrável que Jacob e Sean fizeram questão de destruir…e
no entanto, por mais frágil que ela parecesse, ela estava sendo
forte. Por mim, por Sophia, por Sean...e onde estava ela no meio
disso tudo? Onde estavam escondidos os cacos que Jacob havia feito
dela?
Abracei
fortemente,
tentando a manter segura e protegida no calor de meus braços.
Querendo dissipar toda a sua dor e tristeza. Mostrando a ela que tudo
estava bem, mesmo que o mundo lá fora estivesse se desmoronando.
De
repente o corpo de
começou tremendo e eu pensei que ela estivesse chorando de novo,
soluçando, desabando em meus braços, mas essa minha idéia se
dissipou quando a escutei gargalhando.
Me
desprendi do abraço olhando o rosto contorcido de
, gargalhando como se
nada do que eu havia dito e do que ela passou tivesse alguma vez
acontecido.
-Do
que você está rindo? – Perguntei enxugando as minhas lágrimas e
a olhando com o cenho enrugado de preocupação. Será que ela tinha
surtado?
-Embry!
Você é muito idiota! Como você foi fazer uma coisa tão estúpida,
menino! – Ela continuou rindo, mesmo estando me repreendendo.
-,
você é doida. – Constatei sorrindo e a abraçando. – Esse pacto
não irá mudar nada entre a gente,
. Apenas irá
reforçar os nossos sentimentos. Você sempre será a minha irmãzinha
querida e eu sempre irei amar Leah. Agora que tudo foi dito, está
tudo mais claro em minha mente. O que eu sinto por você não se
compara àquilo que sinto por Leah…e o que eu sinto por Leah, não
é nada perto do que eu sinto por você. São amores diferentes. –
Constatei, mais para mim do que para
.
E
eu não sei o que vou fazer. Nada a não ser levantar minha cabeça
E
olhar para você. Eu olho para você.
O
meu amor foi todo destruído, meus muros caíram sobre mim.
-Fico
mais aliviada, Em, ia ser muito difícil te dar sempre pra trás! –
Ela zoou e eu fingi montar carranca, o que só a fez gargalhar mais.
-Não
sabe como te ver desse jeito me deixa feliz. Pena que eu vá ter de
quebrar sua felicidade cedo demais. Temos outro assunto para
conversar. – Brinquei.
-Eu
vi logo que isso estava bom demais para ser verdade! – Ela cruzou
os braços, tentando camuflar a preocupação que a minha frase lhe
havia passado.
-Sabe
do Seth?
-Quem?
-O
lobinho júnior que te trouxe…da casa dos Cullens. – Engoli em
seco a fazendo recordar do episódio de mais cedo.
-O
que tem? – Sua voz saiu mais baixo que um murmúrio, seu rosto
perdendo a cor.
-Bem…como
eu vou falar isso para você de uma forma simples. – Conversei
comigo. – Ele teve um imprint por Baby Suh. – Despejei de uma
vez.
-ELE
O QUÊ? – gritou
de olhos arregalados, seu rosto ganhando cor de novo, mas para uma
tonalidade tomate. – Isso é possível? Ela ainda é uma
criança…ele…é velho demais para ela. –
fez uma careta e eu
não tive como não rir. – E você ainda ri, Call! Você acha isso
hilário, é? Mas eu não estou vendo graça nenhuma nisso.
-Nossa,
. Nunca
que te vi tão nervosa desse jeito. Está com medo de ser vovó cedo,
é? – Zooei, recebendo um tapa no braço.
-Não
brinca! Você fala isso porque a filha não é tua! – Ela cruzou os
braços, montando biquinho.
-Relaxa,
. Não
é que Baby Suh tenha de começar namorando com Seth agora. Ele será
o que ela precisar que ele seja para ela! Um irmão mais velho super
protetor, um amigo confidente e cúmplice, e, mais tarde, se Sophia
quiser, um namorado, marido, pai de seus filhos…
-Não
apresse as coisas! Deixa eu só me ficar pelo irmão mais velho. E
não tem essa de confidente e cúmplice. Eu quem serei a amiga
confidente e cúmplice da minha filha! Afinal, ela não vai ficar
falando de garotos com um garoto, né! – Ela supôs. – Ai, Deus
do céu. A minha menina é tão pequena…dá até medo de pensar que
ela vai crescer…e é bom mesmo que esse Seth tenha juízo, porque
se não, ele vai ser um lobo castrado! –
exasperou, me
fazendo gargalhar alto.
-Você
é mesmo uma mãe coruja, né?
-É,
sou mesmo. Mas continua rindo. Continua rindo que quando chegar a sua
vez, quem vai rir sou eu! – Ela declarou imponente e eu desfiz o
meu sorriso.
-A
Leah não pode ter filhos. – Declarei triste, sabendo que esse era
o maior sonho dela.
-Lamento
muito. Desculpe, eu não sabia… -
ganhou uma expressão
culpada.
-Não,
tudo bem. Já passou. Até porque…eu nem sei mais se a gente ainda
está juntos…ela não gostou nada desse história do pacto ser tão
forte quanto um imprint… Falou
que você sempre estará primeiro que ela… - Suspirei no final da
frase.
-Me
deixa falar com ela. Eu resolvo esse assunto.
-Não
, você tem outros
problemas com que se preocupar…nomeadamente Jacob.
-Ele
é um problema que terá de esperar. – Ela suspirou resignada. –
Ainda hoje eu passarei por casa de Leah. Pode ficar descansado. –
Me sorriu e eu tornei a abraçá-la.
Como
sempre, os outros estavam primeiro que ela.
era incorrigível.
Mas
eu sabia que ela não desistiria até conseguir o que queria. Apesar
de tudo, ela era persistente e uma garota que só estava bem vendo a
felicidade dos outros.
Era
a minha .
(End
POV Embry)
Caindo
sobre mim (a chuva está caindo). A derrota está chamando.
Preciso
de você para me libertar, me leve para longe da batalha.
(I
Look To You – Glee)
Eighteenth
Chapter
Às
vezes eu fico um pouco solitária e você nunca está por perto.
Às
vezes eu me sinto um pouco cansada de ouvir o som das minhas lágrimas
Às
vezes eu me sinto um pouco aterrorizada e então vejo o seu olhar.
De
vez em quando eu desmorono…
-
Você vai mesmo conversar com ela? – Embry questionou nervoso,
passarinhando de um lado para o outro no meio do quarto da amiga. –
Você não precisa ir se ainda não estiver bem…
-Eu
estou bem! – o
interrompeu, recebendo um olhar desacreditado no menino. – Estou
tentando. – Se corrigiu. – Se eu ficar aqui me lamentando,
pensando e sofrendo…nunca irei ficar bem. Quero fazer algo que me
distraia. E se essa conversa significar a sua felicidade…então não
há porque atrasá-la. – Ela sorriu timidamente.
-,
- O lobo caminhou até ela, pegando em suas mãos e a olhando no
fundo dos seus olhos – eu não sei como te agradecer. Depois de
todas as coisas loucas que te aconteceram nessa semana…
La
Push virou minha vida do avesso em 10 dias. – Ela gargalhou, mesmo
que na verdade sentisse vontade de chorar.
A
conversa dos dois foi interrompida por uma batida na porta do quarto,
seguida da entrada do mais novo membro da família de
. Seth carregava a
pequena Suh, em seu colo, que estava adormecida e completamente
agarrada ao pescoço do jovem.
-Oi.
– O garoto cumprimentou, tremendo por dentro.
se ergueu da cama e caminhou até Seth, pegando a filha dos braços
dele. Esta se recusou a largá-lo, a princípio, mas após umas
palavrinhas de carinho e incentivo por parte da mãe, a menina o
largou. O jovem soltou uns grunhidos de protesto involuntários por
ter de se separar da sua pequena. Se pudesse virar siamês de Sophia,
Seth teria o maior gosto.
deitou a filha no berço que Embry havia montado há pouco mais de
cinco minutos e em seguida encarou Seth com as mãos na cintura.
-Com
que então você marcou a minha filha? –
questionou com uma
expressão séria e um sobrolho erguido.
-F-foi
sem querer. – O rapaz gaguejou, erguendo as palmas das mãos em um
sinal metafórico de defesa.
Embry
reprimiu uma risada e
o fulminou descontente.
-Escuta.
Eu ainda não engoli direito essa coisa de imprint…mas se você
garantir a segurança e felicidade da minha filha, -
estreitou os olhos e
apontou o dedo em riste, na direção do rosto do rapaz, enquanto
falava e este se encolheu e recuou um passo, engolindo em seco,
temendo as palavras de
– então bem-vindo à família. – Ela sorriu, desfazendo a pose
possessa de há pouco.
Seth
gargalhou de nervoso, relaxando o corpo e engolindo o medo que se
apoderara de si, temendo que
o impedisse de ver a sua pequena Baby Suh.
-Está
mais que garantido. – Reforçou convito. – A felicidade e
segurança de Sophia serão a minha razão de viver…além dela. –
Acrescentou ainda nervoso.
-Relaxa,
mew. A pior parte ainda não passou. Guarde seu nervosismo para
quando essa parte chegar. – Embry comentou, dando palmadinhas de
consolação no ombro do amigo.
-Não!?
– Seth e
questionaram ao mesmo tempo o olhando. O tom de voz de Seth era de
apreensão e o de de
confusão.
-Não,
meu caro. Você ainda tem de contar isso para o Jake.
Seth
engoliu em seco, tomado pelo pavor e
estremeceu ao
escutar o nome dele.
-Eu
não queria morrer tão novo… - Seth choramingou, falando mais para
si do que para os restantes.
Inspirando
fundo, falou: - Eu
conto para ele. Não é que a reação de Jacob possa ser pior que a
minha. – Deu de ombros, surpreendendo Embry.
-Você
decidiu ficar? – Ele questionou esperançoso.
-Você
ia embora? – Seth se apavorou e
lhe sorriu
timidamente.
-Não
posso arrastar os que estão à minha volta para o fundo do meu
poço. – Respondeu a Embry, olhando de Seth para a filha. – Além
do que…minha filha precisa de um pai – sussurrou, tentando se
convencer a ela própria do que falava – e ele precisa de uma
oportunidade para ser pai dela. – Forçou as palavras a saírem,
sentindo os cacos de seu coração virarem pó.
-,
saiba que estarei sempre aqui para apoiar quaisquer que sejam suas
decisões. – Embry a abraçou, acariciando seus cabelos.
-Eu
ainda tenho uns assuntos para resolver. – Olhou para o amigo,
fugindo do assunto em questão. – Tenho de ir. – Se afastou dele,
pegando em sua bolsa e a colocando no ombro.
Embry
se despediu beijando o topo da sua cabeça e recebendo ao mesmo tempo
um sorriso largo e infantil de Seth, como reconhecimento e
agradecimento por ter sido aceite.
saiu de casa e, cabisbaixa, começou caminhando pela Reserva,
tentando arrumar no fundo da gaveta, todos os seus dissabores e
sofrimentos. Agora não era só a felicidade dela, ou o sofrimento,
que dependiam da sua estada permanente em La Push. Sem nem perceber
como, o grupo de pessoas que necessitavam dela ali havia aumentado
drasticamente.
-!
- Aquela voz, que até no mais profundo dos infernos
iria reconhecer,
soou a alguns metros de distância.
ergueu os olhos para se deparar com o rosto carregado e sofrido e os
olhos vermelhos de Jake. Este caminhava a passadas largas, com pressa
e necessidade de chegar até ela e implorar, obrigar, se preciso
fosse, para que ela ficasse.
sentiu uma pontada enorme de culpa crescer em seu peito, por estar
alargando o seu sofrimento para a pessoa que ela mais queria bem.
-…
-Jacob.
Me deixa falar primeiro. – Ela o interrompeu, enchendo seu peito de
coragem, e ele assentiu esperando ela falar. – Eu estava de cabeça
quente, abalada por tudo o que me tem acontecido desde que eu cheguei
aqui, principalmente por causa do que Sean fez comigo…você estava
certo. – Falou rápido demais, por medo que as forças lhe
faltassem.
-O
quê? – Ele pareceu confuso.
-Você
estava certo. – Ela reforçou, batendo as mãos nas coxas, em sinal
de rendição. – Eu não posso te afastar da nossa… - sua voz
tremeu a fazendo pigarrear – da nossa filha. – Fitou as mãos. –
E agora não é só você e seu pai que “dependem” de Sophia. –
Ela ria sem humor, fazendo aspas na palavra.
-Como
assim? – Jake questionou, unindo os sobrolhos.
-Seth
marcou nossa filha. – Despejou indiferente.
-SETH
O QUÊ? – Jake gritou, apertando os punhos e começando a tremer
violentamente.
-Vá,
não seja tão dramático assim, tá. A única aqui que tem direito a
ter piti, sou eu. –
cruzou os braços.
-Eu
também sou o pai dela! – Vociferou colérico.
-Nunca
foi até agora! – Atacou ofendida.
-Eu
não sabia da existência dela, lembra? – Acusou-a com um elevado
tom de sarcasmo e raiva na voz.
-Ótimo.
– jogou as mãos
para o alto. – Agora vai me culpar de tudo. – Apontou para ele,
fitando um outro ponto qualquer da reserva.
-Eu
não estou culpando você de nada! Mas EU não tenho culpa de nunca
ter sabido de você! – Vazou sem conseguir conter, se arrependendo
no segundo seguinte.
engoliu a custo aquelas palavras como uma pedra que pesou em seu
peito de forma dolorosa. Ao fim de uns segundos, tentando fazer
aquela pedra sumir, sem qualquer sucesso,
comprimiu os olhos e
respirou fundo, controlando a dor em forma de lágrimas, que lutavam
para cair.
-Eu
não tenho culpa de você ter entrado em minha vida. Eu não tenho
culpa de me ter apaixonado por você e ter tido a estúpida idéia de
me entregar a você quando você estava alucinando por outra garota.
Eu não tenho culpa de ter engravidado! - Sua voz começou como um
sussurro se elevando a cada palavra que proferia. – Não. Eu tenho
sim. Eu tenho culpa de tudo, porque se eu tivesse deixado você lá,
naquela floresta, nada disso teria acontecido e eu não estaria aqui…
-E
nossa filha não existiria. – Jake a interrompeu bruscamente,
calando a garota com aquela constatação.
E
eu preciso de você essa noite,
E
eu preciso de você mais do que nunca,
E
se você simplesmente me abraçar forte
Nós
ficaremos abraçados para sempre
E
estaremos somente fazendo o certo,
Porque
nunca estaremos errados.
baixou o olhar e respirou fundo antes de continuar. – Essa é a
única parte que não me arrependo. – Sussurrou, por medo de ser
escutada.
-Nem
eu. – De
nada.
Jake quis acrescentar, erguendo o rosto de
com a ponta dos
dedos.
Seu
coração falhou batidas com o toque da mão dele em seu queixo e sua
respiração se prendeu em seu peito com o contato de seus olhares.
Eles faiscavam com um qualquer tipo de sentimento que ela não soube
reconhecer…ou teve medo.
-Eu
preciso ir. –
falou quando recobrou o resquício de juízo que lhe restava, se
afastando consideravelmente dele.
Jake
não protelou, guardando a mão erguida no bolso da bermuda.
continuou se afastando, andando para trás até, por fim, virar
costas a ele e caminhar de volta em direção à casa dos Clearwater.
Jake
permaneceu estático, a vendo partir, sentindo uma parte de seu
coração partir com ela.
-O
que diabos está acontecendo comigo?
oOo
parou na porta da casa dos Clearwater, respirando fundo antes de
bater.
Assim
que o fez, escutou um “deixe que eu vou” e a porta sendo aberta
pela pessoa que ela procurava.
Leah
enrugou a testa, olhando altivamente para
.
-Podemos
conversar? –
questionou.
Leah
escancarou a porta, cedendo passagem a
, que entrou na
casa um pouco relutantemente, batendo com a porta em seguida, antes
de encaminhar até
seu quarto. Quando passaram por Sue,
só teve tempo de
dizer um “Oi” antes de desaparecer pelo corredor da casa e ser
“empurrada” para dentro do quarto que, obviamente, era de Leah.
De
novo esta bateu a porta e cruzou os braços, olhando com raiva
contida para . Uma
faísca de medo culminou no corpo da humana, mas engolindo em seco,
ela procurou no mais fundo de si por alguma coragem.
-Vá.
O que tem para me dizer? – Leah incentivou em um tom seco.
-Leah…
-Eu
sei qual é o meu nome, não precisa ficar repetindo. – Comentou
arisca.
-Eu
entendo que esteja magoada e com medo que o Embry te deixe por causa…
-Ah,
ela entende! – A loba interrompeu, usando e abusando do sarcasmo.
-Cala
a boca e me deixa falar! –
exasperou, recebendo um olhar assassino e um rosnado por parte da
outra garota. – Caramba Leah. Você acha mesmo que eu não entendo?
Você sabe por acaso o que EU estou passando? – O silêncio dela a
fez prosseguir. – Então eu vou te resumir minha história para
você ter uma noção. Dois anos atrás eu salvei um cara quase às
portas da morte e me apaixonei por ele. Me entreguei a ele, mesmo ele
pensando estar amando outra mulher. Ele sumiu. Nove meses depois
minha filha nasceu. Estúpida como eu sou, resolvi, agora, a essa
altura do campeonato, procurar pelo cara e tudo me indicou que ele
fosse daqui. – Leah ficou tensa e curiosa para saber quem era a
pessoa que ela procurava. – Eu me dizia todos os dias que eu estava
procurando o pai da minha filha, mas a quem eu queria enganar –
gargalhou sem humor – eu queria-o de volta, nem que fosse para ele
me chamar de Bella quando estivesse fazendo amor comigo…
-Jacob
Black é o pai de Sophia? – Leah arregalou os olhos.
-É…
e depois que ele descobriu isso, horas atrás, eu resolvi ter um piti
e querer por que querer ir embora e estragar a vida da minha filha. A
minha já está destruída desde o momento em que me cruzei com
ele…bom. O que o Embry fez foi estúpido mas ele NÃO ME AMA! Não
do jeito que ele te ama. Leah, se eu fosse homem, você ia achar que
ele me ama mais do que a você? Ok, esse exemplo foi infeliz. Mas me
diga se fosse o contrário. Se Seth não fosse seu irmão de sangue,
mas você o amasse como tal e fizesse um estúpido pacto que te
ligasse de forma irreversível a ele. Você entende onde eu quero
chegar? Não estou usando as melhores palavras… -
tagarelava sem
parara, baralhada e baralhando as palavras.
-Eu
entendo. Me custa, mas eu entendo. – Leah sussurrou.
-Ele
só me vê como uma irmã e eu não irei exigir a ele nada mais do
que seu carinho e apoio, como ele sempre fez…Não o faça sofrer
mais. Não faça VOCÊ sofrer mais. E, caramba, corre logo para os
braços daquele homem louco por você! –
incentivou e Leah
abriu um sorriso.
-Obrigada.
- Sorriu timidamente. - Posso te abraçar? – Perguntou com receio
e assentiu
imediatamente. – Desculpe meus ciúmes bobos, mas eu tive medo de
sofrer tudo de novo… - Confessou no meio do conforto e compreensão
dos braços de .
-Isso
não vai acontecer. Prometo.
Juntos
nós podemos levar isso até o final da linha.
Seu
amor é como uma sombra sobre mim o tempo todo.
Eu
não sei o que fazer, estou sempre no escuro.
Estamos
vivendo em um barril de pólvora e soltando faíscas.
Eu
realmente preciso de você esta noite.
A
eternidade começou essa noite.
oOo
A
noite caíra há bastante tempo.
Depois
da conversa com Leah,
sentiu um alívio profundo e uma felicidade preenchendo seu peito.
Não era o suficiente para a fazer parar de sofrer, mas o suficiente
para a acalentar e lhe dar forças para continuar a viver ali, em La
Push.
A
noite estava quente demais, o que dificultava o sono de
. A garganta começou
a arranhar de sede e, meio a contra gosto,
abriu os olhos para
ir buscar um copo de água. Virou na cama e antes de puder se
levantar, seu corpo paralisou ao mesmo tempo que seu coração
disparou em um galope alucinante.
Alucinando.
Só podia ser isso que estava acontecendo. Ela não podia estar vendo
mesmo ele
ali, no meio do seu quarto, prostrado feito um dois de paus, a
olhando com olhos misteriosos.
Esfregou
os olhos, tentando dissipar aquela miragem, mas ela não desapareceu.
Pelo contrário, ficou ainda mais nítida.
-Jacob,
o que você está fazendo aqui? –
questionou num
sussurro ensonado.
Ele
nada respondeu. Apenas encurtou o espaço existente entre os dois,
subiu na cama e a beijou, sem nem dar tempo a ela de perceber o que
estava acontecendo.
Sua
língua acariciava a boca dela com fulgor e desejo e suas mãos
percorriam o corpo dela com necessidade e carinho. Logo o rastro de
pólvora que se pensava adormecido, se incendiou pegando fogo e
queimando ambos os corpos em um querer mais forte que a própria
razão de viver. (N/A:
Nossa, filosofei aqui!)
Ela
não queria mais fazer perguntas, não queria mais saber o que estava
acontecendo ali, o que dera na cabeça de Jacob…tudo o que ela
queria era que ele a amasse ali e agora. Que a tomasse e possuísse
seu corpo como se não houvesse amanhã.
desceu suas mãos desde os ombros largos, acariciando os bícipes
duros, tocando o abdómen malhado e mergulhando no botão da bermuda
surrada de Jake. Ele acariciava seus seios por baixo do pano fino da
camisola, beliscando os mamilos e preenchendo em suas mãos aqueles
cumes macios e quentes. Roçava sua ‘vontade’ no corpo dela com
desejo e saudade. Saudade daquele corpo. Saudade daquele anjo.
Depois
que abriu a bermuda,
não resistiu a tocar mais uma vez o único que alguma vez a conheceu
profundamente. Depois de Jake, ela nunca mais fora de mais ninguém.
Seu corpo seria para sempre consagrado ao corpo de Jake. Ela seria
para sempre o templo dele e só ele poderia “entrar” dentro dela.
E
quando o alcançou…reconhecimento. Foi como se nunca se tivessem
separado.
Os
movimentos carinhosos que
desferia na ereção de Jake, o enlouqueceram. Em um ímpeto
incontrolável, rasgou a camisola dela e se livrou em menos de dois
segundos de sua bermuda. Agora, a única peça de roupa que os
separava era a pequena calcinha de renda que ela vestia.
Essa,
ele fez questão de retirar vagarosamente. Deslizou o tecido,
apreciando cada pedaço do corpo da garota.
Quando
por fim nada mais restou, Jake afundou seu rosto entre as coxas de
, beijando sua
pele e subindo até sua virilha.
arfou ao sentir o contato da língua de Jake em sua intimidade, e
reprimiu um gemido enquanto ele a enlouquecia de prazer.
O
melhor sabor do mundo,
era o que o garoto pensava e o lobo dentro de si uivava de vontade de
tomar com voracidade aquele corpo delicado. E Jake não privou mais
seus desejos lupinos. Em todos esses anos de vida, fora apenas por
que seu lobo
agoniava de tesão. Nem mesmo por Bella ele se sentiu assim.
Afastou
aqueles pensamentos inapropriados de sua mente e se enterrou no corpo
da garota, ofegando por reprimir um uivo/gemido de prazer.
envolveu suas pernas no quadril de Jake e o apertou mais contra si, o
fazendo ir mais fundo dentro de si. Suas unhas arranhavam os ombros
do garoto que apenas sentia mais prazer por a ver tão entregue e
necessitada de si.
Jake
investia controladamente no corpo de
, por medo de sua
extra-força física se apoderar dele e a machucar, mas seu lobo
queria mais profundidade, mais rapidez, mais violência…e ela
também. Ela implorava em meio a sussurros o mesmo que seu lobo
pedia: “Mais forte, Jake. Mais forte!”.
E
por mais que quisesse lutar, ele não o fez. Ele cedeu às vontades
dos três. Sua, de seu lobo e de
.
A
“pólvora estava chegando ao barril” e a explosão seria iminente
e culminante.
Quando
o rastilho por fim chegou ao fim, o corpo de ambos foi acometido por
espasmos prazerosos e gemidos inebriantes.
-.
– Jake gemeu, enchendo o peito de
de felicidade.
O
rosto desta se molhou em questão de segundos e quando por fim seus
corpos descansaram, Jake percebeu os soluços da parceira.
-Eu
te machuquei? , você
está bem? – Ele questionou preocupado, enxugando as lágrimas da
garota.
-Você
disse o meu nome. – Ela sorriu em meio às lágrimas, o fazendo
sorrir e a beijar apaixonadamente.
POV
Jacob
Acordei
ofegante, a meio da noite, depois de ter tido um sonho quente com
. Ele parecia tão
real que eu ainda sentia a marca das suas unhas em meus ombros, o
cheiro inebriante de sua pele em meu corpo e o sabor de seus lábios
em minha boca.
Eu
suava em bica e encharcara minha cama de todas as maneiras possíveis.
Sim, eu havia “explodido” de verdade na minha própria cama.
Se
isso podia ser mais vergonhoso, eu não sabia.
O
que diabos estava acontecendo comigo?
Continua…
Certa
vez eu me apaixonei
Mas
agora eu estou simplesmente desabando.
Não
há nada que eu possa fazer;
Um
eclipse total do coração.
Durante
algum tempo houve luz na minha vida
E
agora só há amor obscurecido
Nada
que eu possa dizer
Um
eclipse total do coração
(Total
Eclipse of the Heart – Bonnie Tyler)
0 comentários:
Enviar um comentário
*Se leu, comente dando sua opinião. Vossas palavras são o meu incentivo para continuar com esse blog.
*Atenção! Os comentários não são moderados, por tanto fique ligada/o no que vai falar, OK?