Angel of Mine








Capítulo 17 

Os primeiros raios de sol incidiram pelas finas frestas das belas e escuras cortinas do quarto, fazendo Patch acordar de imediato.
O sorriso que brotou em seus lábios repercutiu por todo o seu rosto chegando em seu coração e o fazendo sentir uma felicidade imensa.
permanecia dormindo como uma bela adormecida, onde seus cabelos se espalhavam pela almofada cor creme fazendo um contraste lindo.
Seu rosto brilhava e seus lábios traziam um sorriso tranquilo de uma noite bem passada.

Patch acariciou seu rosto sentindo a textura suave por seus dedos. A vontade de tê-la de novo o assolou de mansinho, mas não a queria tirar do sono pacífico em que ela se encontrava.
Mas logo uma voz conhecida soou em sua mente o chamando.
Patch se levantou ligeiramente, tomando o cuidado para não acordar , catou suas roupas perdidas pelo quarto e saiu de fininho em direção à sala.

Quando lá chegou encontrou de cara emburrada, braços cruzados, batendo com o pé no chão insistentemente, e Rixon, sentado na mesa do café da manhã, bebendo uma caneca do que pareceu a Patch café puro – ressalvando que a caneca era rosa com um porquinho sorrindo e que Patch logo deduziu ser de -, lendo um jornal e estirando os pés em cima da mesa.

–Graças a Deus você acordou Patch. – louvou, jogando as mãos para o alto. -Esse seu amigo aí é um abusado! Vê se dá um trato nele, tá? Eu vou ter de sair porque já estou atrasada para a Universidade. Deixei um bilhete para a na porta da geladeira. Avisa ela, tá? É importante! Beijo. – Se despediu de Patch apressada e saiu porta fora.

–Não tem beijo para mim não? Na boca, de preferência. – Rixon ainda falou em voz alta, antes de sumir de vez.

–Rixon, Rixon. Se comporte. Ela não é nenhuma de suas conquistas. Não vai cair nessa sua lábia não. – Patch avisou e Rixon apenas sorriu malandro.

–Eu sei, mano. Mas eu adoro um desafio! Agora mudando de assunto. A coisa ficou séria, Patch. – Rixon falou, adotando uma pose séria e dura.

–O que aconteceu?

–Enquanto você estava aí no bem bom, o Inferno desceu na Terra. Literalmente. – Rixon foi falando, se levantando da mesa e andando de um lado para o outro.

–O que você quer dizer com isso? – Patch perguntou alerta.

–Foi por um triz que eles não conseguiram pegar sua queridinha. Foi uma luta bem feia e eles estavam em número maior. Não que isso seja problema para nós Rebeldes, afinal nós somos mais fortes… - se gabou, mas logo retomou a atitude séria. -Mas alguns deles conseguiram escapar da nossa cercada e entraram aqui dentro.

–Como eu não notei isso!? – Patch questionou enraivecido e ao mesmo tempo consternado.

–Preciso responder? – Rixon zombou, soerguendo um sobrolho de forma maliciosa e Patch apenas preferiu ignorar. -O fato é que graças ao Pai a Proteção funcionou contra os demônios.

–O que você quer dizer com isso, Rixon? Você não disse que a proteção iria poupar a vida de ? – Patch se enfureceu, achando que o amigo o estava enganando.

–Eu disse que a proteção iria impedir que a alma dela fosse levada por um de nós. Nunca disse que nenhum dos inimigos não iria conseguir se aproximar dela. Afinal você esteve coladinho a ela a noite toda, né? – Rixon explicou de forma óbvia, o que só preocupou ainda mais Patch. -Mas parece que os Demônios são “alérgicos” aos alfacinhas e bateram em retirada. Ao menos eles têm alguma coisa em comum comigo!


-Isso está se tornando cada vez mais perigoso. – Patch murmurou para si mesmo, sem olhar para Rixon. -Eu não posso mais adiar isto. Tenho de ir falar com os Arcanjos!

–É a única solução. – Rixon concordou.

Patch sabe que está mais que na hora de fazer isso, mas não consegue partir sem antes olhar mais uma vez para . Quando chega ao quarto ela ainda dorme tranqüila e vê-la tão serena é o que basta para lhe dar força e coragem para fazer o que é preciso. Patch sorri e sussurra um “Eu te amo” antes de partir.
Ao retornar à sala, Rixon o olha de forma compreensiva e o abraça rapidamente.

–Boa sorte. – Patch escuta Rixon desejar antes de desmaterializar dali e surgir em outro lugar.

Ao chegar ao seu destino, Patch é recebido por uma luz forte e clara demais que o incomoda profundamente lhe roubando alguns instantes para se acostumar àquela claridade. Durante esses instantes um Anjo chega para recebê-lo. Ele o observa, o Anjo sorridente e com feições joviais o recebe educadamente.

–Eu preciso muito que os Sete Arcanjos me recebam. – Patch pede e o Anjo apenas assente ainda sorridente.

–Me acompanhe. – Ele sai na frente e Patch o segue.

O Anjo o leva até um enorme salão e Patch nota o quão parecido ele é com o que ele costumava ir para falar com os seus Conselheiros, mas bem mais amplo e claro. A claridade ali parece mais distribuída e não tão concentrada, mas mesmo assim ele ainda luta para se acostumar com tanta luz.
Patch observa atentamente os Arcanjos dispostos em uma mesa do mesmo nível do chão, o observando enquanto ele se aproxima receoso.

Na ponta esquerda está Jofiel, de feições femininas, longos e bem guardados cabelos loiro trigo e olhos de um castanho alvo. Ao seu lado encontra-se Samuel, de expressões duras, volumosos caracóis loiro escuro e penetrantes olhos mel.
De seguida estava Rafael, semblante alegre, ondulados cabelos loiros morango e belos olhos azuis celeste. No meio encontrava-se Gabriel. Poderia se dizer que tinha feições que lembravam uma mulher dura, ou um homem de expressões fáceis. Seus olhos eram azuis escuro e seu cabelo curto era de um loiro sem brilho, mas de aparência muito sedosa. Seguia-se do seu lado direito Miguel, cabelos igualmente curtos e ondulados, de um tom médio e olhos verdes-esmeralda. Por seguinte estava Uriel, uma bela jovem bastante semelhante a Rafael em toda a sua compleição. Pareciam quase gêmeos. Seguia-se por fim Izacael, cabelos fogo, curtos e encaracolados e olhos verde escuro flamejantes.

De volta à realidade, Patch respira fundo algumas vezes. Já pensou um milhões de vezes no que iria falar nesse momento, mas agora mal se lembra por onde deve começar. Tem muita coisa em jogo, a vida da principalmente, e ele não se perdoaria se perdesse essa oportunidade de protegê-la.
Como já era esperado por ele, o Arcanjo Gabriel é o primeiro a falar, sendo o porta-voz...

–Nós já o esperávamos. – Gabriel diz serenamente.

–Então já sabem qual será o meu pedido... – Patch diz tentando soar calmo.

Gabriel apenas o olha em silêncio, como todos os outros, o incentivando a continuar e Patch decide ir direto ao ponto, até porque não tem tempo a perder...

–Eu desisti de ser um Ceifador porque preciso proteger uma humana... , mas ela não é uma humana qualquer...

–Isso nós sabemos muito bem. – Gabriel murmura e Patch continua.

–Minha missão era matá-la, desde o momento em que ela nasceu, representa um perigo muito grande para todos nós se cair em mãos erradas, mas eu não consegui... – ele engole em seco sentindo todos os Arcanjos o olhando atentamente, todos impassíveis, o que começa a deixá-lo um pouco desesperado. -Eu não consegui e agora abri mão de tudo para protegê-la, mas para isso eu preciso me tornar seu Anjo da Guarda, e é por isso que estou aqui.

–Você sabe que não será tão fácil assim... – o Arcanjo Miguel se manifestou o olhando com uma sobrancelha arqueada e Patch assentiu. -Se realmente estiver disposto a isso terá que passar por muitos sacrifícios e muitas provas.

Patch volta a assentir e suspira pesadamente.

–Eu estou disposto a tudo para me tornar o Anjo da Guarda de e protegê-la. – diz decidido olhando diretamente para cada um dos Arcanjos.

–Que assim seja. – Gabriel decide e Patch se surpreende com a facilidade com que conseguiu o seu objetivo.

–Mas fique sabendo que o primeiro e principal sacrifício… - Rafael começou. -Será destruir o que você tem com essa humana. Você não pode ter qualquer envolvimento sentimental e físico com ela, entendeu?

Patch já esperava esse pedido, mas mesmo assim se surpreende. Esse era o maior e pior sacrifício que lhe poderiam pedir, mas para salvar a vida daquela que amava, tudo valia a pena.

–Sabem que não será fácil deixar de gostar dela. Diria até que isso é impossível. Mas prometo nunca mais me envolver com ela. – Patch fala calmamente, mesmo que por dentro esteja derramando sangue, destruído.

–Nós sabemos, disso, meu filho. – Gabriel assente. -Mas esse foi apenas o primeiro passo. Ainda temos muito que discutir. E levará bastante tempo. Está disposto a escutar tudo agora?

–Sim. Quanto mais rápido melhor. – Patch assentiu, engolindo as lágrimas.

–É assim que nós queremos os nossos Protetores, determinados. – Miguel dá um curto e frágil sorriso, voltando de seguida à sua pose dura.

Patch sabe que tem muito pela frente, mas uma única coisa o mantém firme e forte na sua decisão... A vida de .

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N/Baby: Nossa, isso foi duro por demais para Patch. E agora? Estou até sem palavras, mas de coração partido!
Já era sabido que esse casal teria de passar por muitas provas, mas é doloroso ainda assim. não vai aceitar fácil e Patch vai sofrer um pouco mais. Aiaiai. Mas nós temos muitas coisas ainda reservadas.
Espero que estejam gostando do rumo, tá? Para quem espera um pouco mais de romance iremos compensar com a e o Rixon, tá? Kkk
Kisses da Baby 


N/May: Oláá *-*
Tenso né?! Tadinho do Patch, morri de pena dele tendo que abrir mão da ficar com a garota que ama para protegê-la, acho que não vai gostar muito disso né?! rs
Mas tem muita coisa ainda para acontecer e o casal terá que enfrentar muita coisa para ficarem juntos ;)
Mas para aliviar um pouco tem o começo desse romance entre tapas e beijos de e Rixon *-* rsrs
Esperamos que estejam gostando e muito obrigada a quem lê comenta e recomenda *--*
Logo tem mais...
Bjokas... May