Angel of Mine








Capítulo 25 


Patch e Rixon se teletransportavam por todo o mundo deixando um rastro de cheiro deles e das meninas em todos os locais onde pousavam atraindo os Demônios e os Nefilins para armadilhas que os Rebeldes criavam.




Os amigos estavam agora no Dubai quando Patch travou Rixon e lhe entregou as coisas de .




–Está na hora de você ir ter com elas. Conseguimos dispersar e distrair os inimigos por algum tempo, mas não por muito. Logo, logo eles estarão chamando um exército maior e precisaremos de todos os reforços para manter eles longe delas.




–E a tia de ? – Rixon perguntou antes de partir.




–Eu não tenho mais esperanças, Rixon. Quando eles perceberem que elas não estão ao alcance deles, eles irão matar Maryanne. E o que mais me importa aqui, nesse momento, é a segurança de . E eu não darei uma chance para eles a pegarem. – Patch falou enraivecido e determinado.




Rixon assentiu e logo partiu para onde as meninas estavam.




Sentiu os seus poderes o abandonarem assim que iniciou a escalada na montanha. Agradeceu uma única vez aos alfacinhas por terem um porto seguro na Terra onde pudessem esconder elas fora do alcance de demônios e outros seres.




E mesmo ele sendo um Anjo Negro, Rixon perdera todos os seus poderes. Aquela montanha era imune a qualquer ser tornando-os tão fracos quanto os seres humanos.




Assim que chegou ao cume e avistou a casa, apertou o passo para a alcançar e encontrar logo com . Temia que esta fosse a sua última noite com ela e queria aproveitá-la ao máximo.




Adentrou a casa e procurou por todos os cômodos por elas, até por fim as achar num dos quartos, dormindo juntas e abraçadas, como duas irmãs.




Rixon tentou retirar-se em silêncio, mas sentiu sua presença e, meio ensonada, o chamou.




–Rixon! – Ela pulou da cama para o seu colo, acordando assim .




Esta varreu os olhos por cima do ombro de Rixon, mas não achou Patch. Seu coração se apertou e um nó na garganta fez seus olhos acumularem lágrimas.




–Precisamos conversar. – Anunciou calmo, sem qualquer aresta de emoções que pudessem responder às inquietações de .




Todos se retiraram para a sala, sob o calor acolhedor da lareira, e se acomodaram.




–Meninas, eu não vou vos enrolar. A coisa está preta. Nefilins e Demônios se associaram, mas tememos que os Caídos também se juntem. Se isso acontecer as nossas probabilidades diminuirão em 45% e de alguma forma não sabemos como isso irá correr.




Ambas susteram a respiração e se entreolharam.




–E se correr mal? – perguntou. –Estaremos seguras aqui?




–Por tempo indeterminado sim. Mas caso alguém descubra esse esconderijo, vocês terão algumas vantagens. Todos os seres sobrenaturais que sobem à montanha, perdem os seus poderes e ficam tão frágeis quanto humanos. Mas isso não os torna imortais. - ele alertou. –Vocês terão de se defender.




e se entreolharam e o medo que sentiram foi colocado de parte. Não era hora de serem frágeis e sim de se juntar a essa guerra caso fosse necessário.




Rixon começou explicando os pontos frágeis de cada um deles e elas os decoravam mecanicamente.




Caídos – costas. Demônios – cabeça. Nefilins – qualquer parte do corpo.




Mas por mais que tentassem se manter firmes e focadas no que Rixon dizia, as duas ainda estavam temerosas.




olhou rapidamente para , que retribuiu o olhar e então elas buscaram a mão da outra ao mesmo tempo em busca de conforto.




Rixon percebeu o medo e nervosismo delas e interrompeu as instruções para caso as coisas ficassem feias por ali.




–Meninas, eu sei que isso tudo deve assustá-las, mas não posso mentir dizendo que está tudo bem... Não está nada bem e a tendência é piorar, então temos que estar preparados. – ele olhou fixamente para e sorriu. –Mas eu prometo que vou protegê-las, farei o que for preciso... E o Patch também.




Ele lançou um olhar a e viu ela estremecer quando o nome de Patch foi mencionado.




–Então o que fazemos agora? Ficamos aqui esperando? – perguntou.




–Sim, por enquanto vocês ficarão aqui, é o lugar mais seguro. – Rixon respondeu a olhando com carinho, ele ainda não estava acostumado a aqueles sentimentos que aquela humana despertava nele, mas gostava do modo como o fazia se sentir e faria qualquer coisa para mantê-la a salvo.




–E minha tia? – perguntou de repente e ele praguejou internamente, não sabia como lhe falar sobre aquilo.




viu a expressão no rosto do Rixon quando perguntou sobre sua tia e sentiu seu coração afundar... Não... Ela não suportaria perder a tia também... Isso não!




–Rixon... E minha tia? – ela voltou a perguntar, respirando com dificuldade, mas tentando não pirar.




... – ele começou a falar calmamente, tentando descobrir o que falar, queria que Patch estivesse aqui agora, ele era melhor nessas coisas. –Nós não podemos ir atrás da sua tia agora... Nossa prioridade é a proteção de vocês.




piscou algumas vezes, tentando entender o que Rixon queria dizer e então num rompante se levantou e começou a caminhar nervosamente de um lado para o outro...




–Você quer dizer que não faremos nada para salvar minha tia? – ela disse se controlando para não começar a gritar. –Vamos simplesmente deixar aqueles monstros terríveis matá... – ela não conseguiu terminar de falar e um soluço rasgou seu peito saindo por seus lábios enquanto grossas lágrimas corriam por seu rosto.




... – sentiu os próprios olhos marejarem e correu para abraçar a amiga. –Shh, não fique assim, de repente eles soltam sua tia quando verem que não conseguirão nos pegar usando-a como isca...




Ninguém ali naquele cômodo acreditou naquilo, mas mesmo assim continuou a dizer coisas tranqüilizadoras para que tentava se agarrar nas palavras da amiga, mesmo sabendo que aquilo não iria acontecer... As coisas estavam ficando cada vez piores, parecia um pesadelo e se soltou dos braços de , secou as lágrimas ferozmente, a dor e tristeza se transformando em fúria... Ela olhou para Rixon e explodiu:




–Eu nem sei por que tudo isso está acontecendo... Minha vida nunca foi fácil, mas eu estava bem, e de repente tudo virou de cabeça pra baixo e virou um verdadeiro inferno... Anjos, Demônios, Nefilins... E eu estou no meio de tudo isso... Por quê? Por quê? E porque o Patch não está aqui? Ele não vê que eu preciso dele e... – voltou a soluçar e se abaixou até estar sentada no chão, ela sabia o quanto precisava ser forte, mas naquele momento não conseguia... Não sabendo que a tia provavelmente estava morta, e tudo por causa dela...




se ajoelhou ao lado da amiga e a abraçou enquanto olhava angustiada para Rixon que lentamente se aproximou delas.




–Eu sei que não é fácil ... – ele disse de pé na frente delas e acariciou os cabelos de ao ver a tristeza e temor em seus olhos. -Mas garanto que Patch e eu estamos fazendo tudo que podemos.




o olhou em meio às lágrimas que ainda corriam sem controle por seu rosto e se levantou.




–Eu preciso ficar sozinha. – ela não deixou nem Rixon nem dizer algo e então correu para seu quarto onde se trancou.




se levantou rapidamente pronta para seguir a amiga, mas Rixon a segurou.




–Acho que precisa de um tempo sozinha agora. – ele a puxou para seus braços e mesmo um pouco hesitante acabou se entregando ao abraço. Ela queria ir atrás da amiga e tentar consolá-la, mas conhecia bem a e sabia que ela realmente precisava de um tempo sozinha.




–Porque tudo isso está acontecendo com ela? – sussurrou enterrando o rosto no peito de Rixon que a abraçou com mais força.




–As coisas estão mesmo complicando, ... – Rixon disse. –E eu logo terei que partir.




–Como assim partir? – o olhou assustada.




–Logo terá uma batalha e precisarei estar lá. – ele acariciou o rosto dela.




–Não... – se alarmou com a possibilidade de algo acontecer com o Rixon. –Rixon, você não...




–Shh... – ele a beijou rapidamente, para calá-la. –Não vamos falar sobre isso agora, ao menos não agora.




Ele voltou a beijá-la antes dela poder dizer algo e se entregou ao beijo.




Rixon desceu as mãos pelo corpo dela acariciando-a enquanto o beijo se aprofundava e arfou... Apesar de tudo que estava acontecendo os dois sentiram o desejo consumi-los.




Ele a ergueu e ela abraçou sua cintura com as pernas enquanto enterrava os dedos nos cabelos dele, seu coração disparava sem controle e ela gemeu quando os lábios dele passaram para seu pescoço em beijos e mordidinhas.




–Rixon. – ela gemeu virando o pescoço para lhe dar mais acesso e sentiu ele sorrir em sua pele.




–Sei que talvez não seja o melhor momento... – ele sussurrou a olhando nos olhos e ela arfou com a intensidade daquele olhar e com o desejo refletido ali. –Mas eu te quero... Quero muito.




Ele lhe lançou um sorriso malicioso e ela agarrou com força em seus ombros sentindo todo seu corpo esquentar.




–Eu também... – sua voz foi só um sussurro, mas foi o suficiente e em seguida Rixon estava devorando sua boca novamente em um beijo abrasador.




fechou os olhos correspondendo ao beijo com a mesma ferocidade se agarrando a ele e sentiu ele caminhar, mas não se importou para onde e o que sentiu em seguida foi seu corpo sendo deitado em algo macio... Ela abriu os olhos, ofegando pelo beijo, e percebeu que estavam no quarto. Rixon pairava acima dela, a olhando com uma intensidade enlouquecedora.




Por um instante lembrou de , a amiga estava no quarto ao lado sofrendo e ela aqui se divertindo, mas sabia que realmente precisava ficar sozinha agora e não conseguia mais resistir ao Rixon e ao que sentia por ele, então resolveu se entregar... Depois estaria ali pronta para apoiar a amiga.




–Porque ficou distraída de repente? – Rixon sussurrou voltando a beijar seu pescoço e ela sorriu acariciando os cabelos dele.




–Nada... E não fale nada agora, só me beije...




Ele a olhou e lá estava aquele sorrisinho sacana em seus lábios de novo...




–Pretendo fazer muito mais que apenas beijá-la, baby.




não teve nem tempo de responder por que seus lábios voltaram a ser devorados deliciosamente.




Entre olhares cheios de malícia e carinho, beijos e carícias cada vez mais ousadas eles se despiram... O quarto parecia prestes a pegar fogo com a força do desejo deles, os dois suavam e arfavam e agarrou com força os lençóis quando Rixon segurou seus seios e os devorou.




–Você é uma delícia... – Rixon sorriu ao sentir o corpo dela tremer de prazer e a acariciou até suas mãos encontrarem a umidade entre as pernas dela.




–Oh... – arqueou quando ele a acariciou tão intimamente e cravou as unhas em seus ombros tão fortes.




Seus olhares se encontraram e sorriram. não conseguia acreditar no quanto Rixon era perfeito, a beleza de seu corpo a fez tremer quando o viu nu pela primeira vez e se sentiu muito satisfeita com o olhar que ele lhe lançou ao vê-la nua também.




–Eu não agüento mais... – ela sussurrou entre gemidos e ao olhar para o membro dele completamente rijo sorriu e o tocou de forma provocativa, se sentindo satisfeita quando Rixon gemeu e entrecerrou os olhos. -E pelo visto você também não...




–Você não devia ter me provocado assim. – ele sorriu e voltou a ficar completamente em cima dela e a beijou agarrando suas coxas e deixando-as ao redor de sua cintura.




Ambos gemeram quando suas intimidades se roçaram prazerosamente.




Rixon diminuiu o ritmo do beijo tornando-o mais suave e abriu os olhos encontrando o olhando intensamente.




Ele sorriu acariciando o rosto dela e foi se encaixando entre suas pernas até estar completamente dentro dela... Seus olhos nunca se afastaram um do outro e eles suspiraram em deleite quando começaram a se mover no mesmo ritmo.




Os gemidos só eram abafados pelos beijos, as mãos ganhavam vida percorrendo os corpos com ânsia e os movimentos ficaram cada vez mais rápidos até que sentiu que estava a ponto de explodir e afastou a boca da dele o olhando... Rixon também estava quase lá e sorriu vendo o prazer estampado no rosto de , ele nunca tinha sentido algo assim, era tão forte... Tão especial.




–Comigo. – ele sussurrou mordiscando os lábios dela e foi como uma ordem porque no instante seguinte ambos estavam gritando o nome um do outro enquanto explodiam no clímax mais abrasador que já experimentaram.




Quando suas respirações enfim começaram a se normalizar Rixon se moveu para o lado puxando-a para seus braços, eles se olharam sem conseguir parar de sorrir e não foi preciso uma única palavra para entenderem o que estavam sentindo.

*~*~*~*~*~*~*~*~*~* 

permanecia deitada na cama sentindo seus olhos arderem. As lágrimas já haviam secado e ela não tinha mais emoções para expressar. Estava esgotada. Sua cabeça latejava, mas ela não conseguia mais se obrigar a ficar ali quieta. Algo em seu interior remexia, como se gritasse para que ela se mexesse e não ficasse ali deitada na cama, inanimada, pois essa nunca seria a solução para nada.




Obedecendo a essa voz interior, se ergueu da cama como um zumbi e caminhou até o banheiro. Escutou barulhos no quarto de , mas tratou de ignorá-los e entrou no enorme banheiro.




Ligou as torneiras da banheira e tampou o ralo esperando que esta enchesse. Procurou nos armários alguns sais de banho e se tornou agradecida quando os achou.




Ela precisava relaxar.




Enquanto a banheira enchia, foi até à cozinha procurar por alguma bebida forte. Não era seu objetivo se embebedar para esquecer, apenas precisava de um pouco de anestésico a fim de fazer aquela dor de cabeça desaparecer.




Depois de vasculhar os armários, pegou em um copo de vinho e numa garrafa velha, guardada no topo da garrafeira. Era um vinho velho e, por isso mesmo, mais saboroso e mais forte.




Retirou a rolha com uma faca, com bastante habilidade para não partir a garrafa, e foi andando para cima ao tempo que enchia o copo e bebia alguns goles.




Assim que chegou no banheiro se trancou nele, despindo a roupa do seu corpo, prendeu o cabelo e mergulhou na banheira cheia e cheirosa, sentindo de imediato os efeitos relaxantes dos sais.




Ficou assim por algum tempo, apenas relaxando e bebendo, mas mesmo assim seu corpo ainda se inquietava. Como se ela precisasse ir a algum lado. Como se ela precisasse achar algo que acalmasse definitivamente o seu corpo.




A dor de cabeça já tinha desaparecido e a água já começava a ficar fria e apesar dos seus músculos não mais doerem pela tensão em seu corpo, ela ainda não estava completamente descontraída.




Vestiu um roupão e saiu do banheiro com o copo e a garrafa na mão, seguindo um instinto interior desconhecido.




Depois de vagar por um tempo, sem rumo e sem ter a mínima idéia do que fazer, parou em frente a uma grande porta de madeira... Ela ainda não tinha visto aquele cômodo ali e um pouco hesitante abriu a porta, sentindo o coração acelerar incompreensivelmente. Um leve sorriso se formou em seus lábios ao perceber que aquilo era uma biblioteca enorme... Olhando ao redor viu prateleiras e mais prateleiras cheias de livros, chegando mais perto ela viu que alguns estavam meio poeirentos dando a entender que aquele lugar não era muito visitado recentemente.




Num canto mais afastado uma enorme escrivaninha lhe chamou a atenção e ela seguiu até lá se sentando na cadeira grande e confortável de couro... Talvez uma boa leitura a ajudasse a se distrair.




Ela estava prestes a se levantar para procurar por algum livro interessante quando viu uma das gavetas da escrivaninha entreaberta, a curiosidade foi mais alta e ela tentou abri-la por completo, mas estava meio emperrada e demorou um tempo até conseguir... Quando finalmente teve êxito ela olhou dentro da gaveta se decepcionando ao ver que não tinha muita coisa ali além de papéis velhos, mas de repente se surpreendeu ao perceber um barulho oco no fundo dela ao encostar lá... Tirando tudo de dentro da gaveta vasculhou por um tempo, mexendo de um lado e de outro até com um estalo o fundo da gaveta sair revelando um fundo falso. sorriu animada e um pouco aliviada por algo conseguir distraí-la por um tempo... Não dava para enxergar direito o que tinha ali, mas ela colocou a mão lá dentro e seus dedos tocaram em algo pequeno, depois de tatear um pouco ela percebeu que era um livro e o puxou. O livro era pequeno de capa dura e estava bem empoeirado, não tinha nada escrito na capa, e isso a deixou ainda mais intrigada e quando o abriu uma folha amarelada dobrada caiu em seu colo... deixou o livro em cima da escrivaninha e pegou o papel desdobrando-o com cuidado, ela ficou surpresa ao perceber que não era um simples papel, parecia com um pergaminho... E lentamente ela leu o que estava escrito ali em voz alta...




"Haverá um dia em que o Bem e o Mal encarnarão numa só pessoa, fruto de um Amor Proibido. No seu sangue corre um Tesouro inigualável e o seu sacrifício será a chave para abrir a porta de Todas as Dimensões e fazer dos seus habitantes seus Eternos Escravos..."







olhou por um tempo para aquelas palavras tentando entendê-las, mas ficou ainda mais surpresa e confusa ao perceber que o pergaminho estava rasgadado, uma parte faltava... Uma continuação daquela frase.




Seu coração estava disparado, ela não sabia o que aquilo significava, mas no fundo tinha certeza que era sobre ela... Sobre tudo aquilo que estava acontecendo... Talvez uma fraca luz no fim do túnel!

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N/Baby:
Opa gente, demoramos, mas caprichamos, né? Primeiro essa hentaizinha para aquecer o esquema e depois essa investigação à lá Sherlock Holmes feminino. Rsrsrs
Que vocês acharam? Comentem!
Muito obrigada por todos os comentários até agora. Vocês são uns amores por não nos terem abandonado apesar das nossas demoras.
Kisses da Baby

N/May: Oláá *-*
Nos desculpem pela demora, mas o cap. foi recheado né?! ;)
Muita coisa acontecendo e esperamos de coração que tenham gostado *--*
Comentem e muiito obrigada pela paciência e apoio sempre ;)
Bjokas... May