Love Sucks Saga






1.5

Flashback



Fui acordada abruptamente por almofadadas em minha cabeça e risadas jocosas, fazendo meu humor se converter na pior versão de Freddy Krueger ao vivo.

-Seu idiota! Você me paga! - Gritei enraivecida, puxando a almofada das mãos do meu irmão e rosnando para ele como uma fera.

-Dê o seu melhor, nanica. - Adam me desafiou, erguendo uma sombrancelha e sorrindo torto.

-Não, irmãozinho, eu darei o meu pior! - Sorri maldosa, saltando da cama com a minha almofada e correndo atrás dele pela casa.

Ambos riamos e nos atacávamos com as almofadas, numa luta divertida e sem vencedores.

-Vocês vão destruir as almofadas! - Mamãe gritou exaltada.

-Deixe eles, Amelia. Só estão se divertindo por uma última vez. - Papai pediu, mantendo os olhos no jornal.

Com aquela lembrança do meu pai, eu deixei a almofada de lado e corri para abraçar meu irmão.

-Você precisa mesmo de ir? - Perguntei ainda abraçada a ele.

-Se eu pudesse eu ficava para sempre junto de você. Mas, agora você vai entrar no ensino médio e eu vou para a universidade... - Contou, acariciando meus cabelos e me afastando para olhar na minha cara chorosa.

-Sabe que eu te amo, não sabe? - Perguntou e eu assenti de imediato.

-Eu também te amo muito. - Baixei o olhar, para que ele não visse o quanto eu estava sofrendo com aquela partida.

-E eu mais ainda, nanica. - Me abraçou forte e me puxou para sentar na mesa do café da manhã para uma última refeição em família.

Eu realmente não queria que ele fosse embora. Era a única pessoa dentre todos em quem eu confiava plenamente.
Tinha a Nia, claro, mas minha ligação com o meu irmão era mil vezes maior. Era como se ele fosse parte de mim. Ele sempre encobria minhas loucuras, sempre me dava bons conselhos, sempre me ajudava com as matérias da escola e me fazia ser a mais inteligente de todas as turmas, sempre me protegia de tudo e todos, ele estava sempre lá para mim, para o que der e vier.
Observei meu irmão mantendo a boa disposição de sempre, provocando a mamãe com suas travessuras, mantendo uma conversa divertida com o papai sobre qualquer tema que ele estivesse a fim de falar e sempre me mimando, brincando comigo e me fazendo ter sempre um sorriso no rosto.
Mas, hoje, mais do que nunca, estava sendo difícil manter esse sorriso na cara.

-, vá se aprontar que a gente já está atrasada para o colégio. - Mamãe me apressou, pousando na pia a louça suja do café da manhã e se entretendo em preparar meu lanche para eu levar.

-Deixa que eu levo ela, mamãe. Quero aproveitar ao máximo as últimas horas que eu tenho perto da minha irmãzinha favorita. - Adam falou, bagunçando meus cabelos.

-Como se você tivesse outra. - Fiz uma careta, jogando a língua de fora e recebendo uma tapa na bunda assim que me levantei da mesa para ir me arrumar.

-Nunca se sabe, né? - Ele sussurrou, piscando para mim e olhando enviesado para papai.

Rolei os olhos perante as acusações sem fundamento do meu irmão e corri para o meu quarto para me arrumar.
Assim que estava pronta, corri até a saída, pois já estava atrasada, e dei de caras com meu irmão encostado em um Audi Q5 azul água, perfeito.

-OMG! Eu não acredito que você ganhou um carro! - Comentei histérica.

-Assim que você for para a universidade eu te dou ele. - Ele piscou o olho me abrindo a porta do passageiro e dando a volta para entrar no lado do motorista.

-Como se eu fosse querer um carro usado. Eu vou querer um novo, isso sim. - Sorri presunçosa.

Adam riu da minha cara de pau e dirigiu perigosamente rápido demais para uma quase aldeia minúscula, fazendo alguns moradores que se cruzavam com a gente comer poeira e soltar alguns palavrões para meu irmão, nos fazendo rir escandalosamente da cara deles.
Em poucos minutos Adam estacionou à porta do colégio e saltou do carro para se despedir de mim.

-Tenha juízo. - Bateu de leve na minha testa me fazendo sorrir fraco.

-Nunca! - Rebati, mantendo um sorriso traquina.

-Eu não estarei aqui para encobrir suas burradas, . - Adam falou, dessa vez mais sério.

-Eu sei. - Mordi o lábio. - Vou sentir muito a sua falta. - Contive as lágrimas, apertando os olhos e baixando a cabeça para que ele não visse meus olhos se encharcarem.

-Eu também! - Me apertou em seus braços, beijando o topo da minha cabeça, fungando e me afastando em seguida. - Agora entre antes que o zelador reclame e te leve na diretoria no seu primeiro dia. - Tentou sorrir e disfarçar, mas eu vi em seu olhar que ele também tentava conter as lágrimas. - Tchau nanica. - Se despediu entrando no carro.

-Tchau cabeçudo. - Acenei vendo meu irmão partir.

Respirei fundo e limpei as minhas lágrimas, me voltando para olhar o enorme edifício à minha frente, cor creme, contendo três prédios de dois andares cada.
Minha nova jornada, sem meu protetor, se iniciaria agora.

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Minhas primeiras aulas tinham sido completamente normais. O habitual. Me apresentar à turma, ser comentada pelas pattys, ser olhada e seduzida pelos garotos, me tornar a mais querida do professor por ser a mais inteligente, etc... Mas, fazer amigos ainda estava sendo difícil. Eu era uma pessoa bastante difícil de se relacionar. Exigia demais dos outros para poder confiar e num colégio isso era praticamente impossível de acontecer. Afinal, como confiar minhas loucuras às pessoas. Como contar que, apesar de virgem, eu tinha bastante experiência no campo sexual além de ser uma sedutora nata? Como explicar essa minha dependência por cutting? Como partilhar meus pensamentos mais macabros sem ter tachada de louca?

Caminhei pelos corredores na minha melhor pose. Cabeça erguida, peito estufado, bumbum empinado, desfilando como uma modelo e jogando meu cabelo, fingindo que essa era a minha pose mais natural. Eu adorava ser notada, adorava ver a cara babada dos caras, adorava ver eles comentando sobre mim e com certeza fantasiando comigo e, principalmente, saber que nunca me teriam.
Abri as portas da cantina, parando para olhar em volta e analisar as mesas que me convinham até que duas me despertaram a atenção. Uma delas estava repleta de garotos e garotas quileutes, os mais populares e divertidos, onde um deles me chamou. Seu cabelo tinha fios um pouco compridos, pendendo sobre seus olhos. O corpo, era definido, sem muitos músculos, mas perfeito, seu rosto sorridente e galanteador. Ele estava rodeado de garotas e estava gostando dessa atenção, mas não parecia dar muita bola para elas.
Sorri torto, eu estava me vendo ali em uma versão masculina.

Por segundos ele desviou a atenção das garotas que o paqueravam e bajulavam para me fitar com intensidade, bastou isso para ele não tirar mais os olhos de mim. Ele me olhou de alto a baixo e sorriu galante, piscando um olho para mim.
Caminhei por entre as outras mesas sempre mantendo meu olhar fixo no dele. Parei assim que cheguei perto da minha segunda mesa escolhida, onde duas garotas descoladas, divertidas e bem do meu tipo estavam sentadas com outros dois rapazes. Me fingi de deslocada, olhando as outras mesas, até que uma das garotas, uma de pele chocolate, me chamou com a mão.

-Oi. - Cumprimentei.

-Senta com a gente. - Ela convidou e eu sorri agradecida. -Sou a Shannika. - Se apresentou. - Esses são Roxanne, Mark e John, meu namorado. - Falou apontando para a garota do seu lado direito, o rapaz ao lado dela e depois o outro do seu lado esquerdo.

-Sou . - Sorri para eles e de relance olhei de novo para a mesa dos populares.

-De olho em algum gatinho? - Roxanne perguntou vendo onde eu olhava.

-Não. Só olhando. - Disfarcei me focando na minha comida.

Senti meu celular vibrando e peguei para ver uma mensagem de meu irmão.

DE: Adam Powell (Cabeçudo)
PARA: Powell (Nanica)

Já estou no avião, prestes a decolar.
Quando chegar te ligo.
Te amo demais. Vou sentir sua falta.

Adam


Engoli o bolo nodoso que se formava em minha garganta, querendo expulsar mais lágrimas, mas não me permiti a mais fraquezas. Teria de enfrentar a vida sem ele daqui para a frente.
Deixei para responder mais tarde.

-Ficou triste de repente. - Shannika notou, por mais que eu disfarçasse.

-Não é nada. - Falei quando vi os outros me olhando inquisitórios. - Apenas meu irmão que está se mudando para Atlanta. - Dei de ombros.

-Irmão? A gente conhece? - Roxanne perguntou.

-Talvez. Ele estudou aqui. - Contei.

-Como se chamava? Somos do segundo ano, podemos ter conhecido... - John perguntou, se referindo a ele e a Mark.

-Adam Powell.

-OMG! Você é irmã do Adam? - Shannika deu um gritinho fazendo todo o refeitório olhar a gente.

-Nossa, muito legal conhecer a irmã do famoso Adam Powell. - Mark tocou meu braço, lançando charme para mim, o que eu tratei de ignorar.

Meu irmão, além de um conquistador nato, aluno exemplar e lindo, era quartback da equipe de football americano, o que o tornava praticamente uma lenda aqui em La Push pois, desde que fora selecionado para o time, trouxera vários prêmios à Reserva durante o seu “reinado”.

-Ele era um gato. - Roxanne comentou suspirando e eu ri.

Logo o grupo engatou em uma conversa sobre football – os rapazes – e garotos bonitos – as meninas – que me divertiu e entreteu bastante. Eu realmente estava certa em relação a Shannika e Roxanne – ou apenas Nika e Roxie, como gostavam de ser chamadas -, elas eram mesmo do meu estilo e da mesma forma de pensar. Sabia que ali eu tinha feito amizades. Mas até que ponto?

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Se passaram 3 meses desde que iniciei o primeiro ano do ensino médio. A minha amizade com Nika e Roxie tinha se firmado e junto com Nya - que era um ano mais nova do que a gente e ainda não andava no ensino médio - nós fazíamos o quarteto das LPELPS: Lindas, Poderosas E Loucas Por Sexo. Juntas nos divertíamos demais, tínhamos assunto para horas e ainda aprontávamos algumas, como: espreitar os meninos tomando banho nos chuveiros; arrasar nos looks e sair para bares para maiores de 18 anos, flertando com todos os caras que dessem bola e logo em seguida dar bolo neles; fazer chamadas eróticas em anônimo e no dia seguinte rir do idiota que tinha sido enganado; etc.

Claro que nesse meio tempo eu descobri que o cara que flertara comigo na cantina – e que fazia completamente o meu tipo – se chamava Paul Lahote e que tinha fama de galinha e mais: não transava mais de uma vez com a mesma garota.
Claro que eu pretendia ser diferente. Eu tinha de ser a exceção, por isso, nesses três meses eu tenho me feito de difícil.
Paul sempre vem me paquerar, jogar com papo de conquistador, me seduzindo com a sua lábia e o seu estilo, mas eu sempre dava para trás. Eu queria ser mais que uma transa, eu queria que ele tivesse alguma conexão comigo. Algo forte o suficiente para o fazer me desejar tanto que uma só transa não bastaria.

Então eu comecei usando das minhas artimanhas para o fazer se interessar por mim além do sexo. Eu conversava com ele sobre tudo o que ele gostasse. Eu tinha feito meu trabalho de casa e eu sabia de cor quais seus gostos musicais, suas comidas favoritas, a sua cor preferida, sua família, seus esportes e clubes de eleição, os video-games que ele mais gostava, etc. Cada vez mais Paul estava se encantando e quando vinha falar comigo já não era apenas para flertar.

-Ei ! - Escutei ele me chamar, correndo para me alcançar. - Indo para casa? - Perguntou casual e eu assenti. - Eu te acompanho. - Sorriu e eu senti que meu coração ia pular do meu peito. Como ele conseguia ser tão lindo?

-Não precisa. Sua casa fica pra lá. - Apontei com a cabeça para o lado contrário onde estávamos indo.

-Eu gosto da sua companhia. - Me fitou com intensidade, me fazendo corar.

-Você também é legal.

-Você também é legal? Nossa, foi o “elogio” mais simples que recebi. - Fez piada, fazendo aspas com os dedos e me fazendo rir. - Eu gosto de conversar com você. Você é diferente das outras garotas. - Falou, jogando os fios de cabelo que pendiam na frente dos olhos, para trás num gesto casual.

-Na verdade eu sou igual. Só não exponho. - Dei indireta e ele sorriu convencido, olhando para a frente para afastar seu olhar triunfante, lambendo os lábios e dando um sorriso sapeca.

-Você gostaria de ir comigo a Port Angels, no sábado? - Perguntou, acelerando o passo e se colocando na minha frente, andando de frente para mim.

-Tipo... - Franzi a testa, sendo pega de surpresa por aquele convite.

-Tipo um convite. - Deu de ombros e eu rolei os olhos.

-Como amigos? - Perguntei ansiosa, mas tentando conter ao máximo.

-Tipo encontro. - Sorriu mais abertamente e eu sorri tímida, baixando o olhar e fazendo uma dancinha mental.

Paramos na varanda da minha casa. Eu subi os degraus, me encaminhando para a porta e ele ficou me olhando, esperando impaciente a minha resposta. Me voltei lentamente, depois de ter aberto a porta, e fiz um ar pensativo, fitando o teto da varanda e mordendo o lábio.

-Me pegue às 15h. - Falei e ele fez uma expressão eufórica, socando o ar e grunhindo de felicidade.

Ri das suas figuras e me despedi, entrando imediatamente em casa e me encostando na porta, sentindo minhas pernas fraquejarem. Meu coração batia freneticamente contra as minhas costelas e minhas mãos tremia nervosamente. Eu conseguira um encontro, mas isso era apenas o primeiro passo para uma jornada de sucesso.

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Sua boca invadia a minha com vontade enquanto suas mãos deslizavam pela lateral do meu corpo, fazendo-o se incendiar. Minhas mãos arranhavam sua nuca e repuxavam os fios de seus cabelos, os embaraçando em meus dedos. Paul puxou minha perna sobre si, se encaixando entre minhas pernas e se inclinando mais sobre mim, nos fazendo deitar no sofá da sua casa.
Tínhamos vindo para um lanche em sua casa, ele queria me apresentar à sua mãe, mas quando chegamos ela não estava. Havia deixado um bilhete dizendo que voltava tarde e aposto que Paul sabia disso antes de me convidar. Apenas fingiu, quando chegamos, que tinha sido pego de surpresa pela ausência da Sra. Lahote.

Esse era o nosso 3º encontro naquele mês.
O primeiro, em Port Angels, correu inesperadamente fora do meu controle. O carro pifou antes mesmo de sairmos de Forks. O tempo fechou e caiu uma chuva furiosa. Os estabelecimentos decidiram fechar todos antes da hora. E os celulares estavam fora de área. Resumindo. Ficamos trancados no carro até a chuva parar. O que demorou bastante. E o que fizemos nesse meio tempo? Dá para imaginar, né? Não? Então imagine você fechada num carro com Paul Lahote, suas mãos que se multiplicam e sua boca que te devora? Por pouco eu não perdi a virgindade ali. Nem sei onde fui buscar tanto auto controle. Porque Paul conseguia sumir com todo ele feito fumaça apenas com um simples sorriso. Depois de muitas mãos bobas por baixo da roupa e de quase nos termos feito gozar um ao outro, eu consegui dar um basta na situação e por coincidência, bem na altura que a chuva parou e a gente pode sair – lê-se, eu consegui fugir - para pedir ajuda.

O segundo encontro, na praia de LaPush, correu mais dentro do meu controle, em relação ao primeiro, claro. Afinal tudo estava correndo de acordo com o que eu tinha planejado. O dia estava atípicamente quente e havia muitas pessoas na First Beach, então dava para controlar o fogo de Paul. Pelo menos foi o que eu pensei.
Estávamos dentro de água, Paul estava me ensinando a surfar. Ou melhor, estava me ensinando como ficar em cima de uma prancha.
Por incrível que pareça o mar estava bastante calmo, bem diferente do habitual. La Push parecia uma dentre tantas outras praias Californianas ensolaradas e cheias de gente, e não uma simples e pequena praia de uma cidadezinha de Washington; e isso forneceu a oportunidade de um segundo encontro.
Claro que após imensas tentativas de me colocar em cima da prancha, eu acabei desistindo. Eu estava ficando irritada com o fato de Paul ficar rindo de mim e estava prestes a ir embora, não fosse ele me puxar contra o seu corpo e me beijar.
Por ele estar me ensinando a surfar, estávamos numa zona da costa bem para dentro do mar, onde muitos não se atreviam a ir por ser um pouco longe da praia. E com aquele beijo outras mais carícias vieram. Suas mãos agarraram meus seios, os apalpando com vontade, e depois deslizaram por minhas costas, para dentro de água, brincando com o fio da calcinha do meu biquini. Retirei suas mãos daí, não fosse o louco querer arrancar o tecido e me desvirginar ali, em pleno mar da First Beach, cheia de gente, mas ele não se deu por satisfeito , se desprendeu de mim e enfiou uma das mãos dentro do tecido, trabalhando seus dedos no meu sexo latejante sobre os meus protestos, que logo se tornaram em gemidos. Ele me fez gozar e em seguida lambeu os dedos o que fez apenas meu olhar se flamejar em pura luxúria. Seu membro estava tão duro que ameaçava saltar para fora da sua sunga e eu vi que se eu não me afastasse imediatamente ele me possuiria ali, contra a minha vontade...Ou nem tanto assim...

Depois disso eu tentei evitá-lo ao máximo – dentro do que fosse possível evitar Paul Lahote – e após um pedido de desculpas e um convite para ir em sua casa conhecer sua mãe para oficializar esse terceiro encontro, eu estava ali, no sofá da casa dele, quase nua e com ele sobre o meu corpo, roçando o seu membro ainda coberto pela boxer e com a calça descida até meio das pernas, enquanto eu, de vestido subido e calcinhas encharcadas, tentava arranjar forças para o empurrar para longe.

-Eu sou virgem. - Disse para tentar assustá-lo, mas a minha voz saiu trêmula, beirando um gemido quando ele enfiou sua mão debaixo do meu vestido e acariciou meus seios por cima do sutiã.

-Não parece. - Falou beijando meu pescoço e roçando sua barba no meu colo, desabotoando o vestido e expondo meus seios.

Com as mãos, ele afastou o tecido do sutiã e abocanhou meu mamilo, me fazendo dar um gritinho de prazer e suspirar pesadamente.

-É sério Paul, você me deixa fora de controle e eu faço coisas que não devia. - Falei bem rápido, tentando me livrar de suas mãos, as bloqueando com as minhas, mas o que eu fazia com a sua boca?

Ele parou pra me olhar seriamente e franziu o cenho quando viu o fundo de verdade nas minhas palavras distorcidas pelo momento.

-E você não quer perder a virgindade comigo? - Perguntou me analisando cuidadosamente.

-Quero. - Afirmei sem pensar e logo em seguida me xinguei mentalmente. Tinha de contornar a situação. - Mas eu não quero ser mais uma em sua cama...

-Você quer ser a exceção. - Ele falou saindo de cima de mim e e puxando suas calças para cima e vestindo sua camiseta.

Meus olhos se arregalaram quando vi que ele estava pulando fora. MERDA! O que eu faria? Não dava para desmentir o que era verdade e não dava também para jogar fora a minha oportunidade de o ter para mim.

-Eu sei que isso nunca vai ser possível. Você não é desse tipo de garotos. - Falei com a maior das calmas que consegui adquirir naquele momento, ocultando o meu quase desespero. - Por isso eu peço que tenha só um pouco de paciência. - Aquelas palavras o fizeram parar e me olhar com atenção.

-Escuta, . Você é uma pessoa incrível. E não quero que pense que eu estou pulando fora pelo que está me pedindo. Pelo contrário. Eu estou pulando fora porque eu sei que você merece mais. Você merece um cara que fique com você. E eu não sou esse cara.

-Mas eu quero você. Independentemente de você ser o cara certo ou não. - Falei antes de poder me conter.

Ele sorriu, não um sorriso sedutor, galanteador ou vitorioso. Era um sorriso sincero, carinhoso.
Ele se sentou no sofá e puxou meu rosto com as mãos, me tascando o beijo calmo e apaixonado. Me derreti em seus braços e envolvi meus braços em torno do seu pescoço, subindo lentamente em seu colo e encaixando minhas pernas em torno do seu quadril.
Paul me ergueu e caminhou pela casa até o seu quarto, me depositando sobre a cama e se deitando sobre mim. Ele acariciou o meu rosto, afastando os cabelos da minha cara, e beijou minha testa, meu nariz, minha bochecha e, por fim, meus lábios.

-Você está preparada? - Ele perguntou e eu assenti em silêncio, fechando os olhos e me deixando desfrutar da minha primeira vez.

Podia parecer precipitado, afinal ainda agora eu tinha recusado a mesma proposta, mas era tudo ou nada. Se eu desse para trás era bem capaz de ele desistir de mim de vez.
Como uma vez aprendi: se faça de difícil, mas não de impossível.

Paul me beijava com paixão e carinho, passeando suas mãos por dentro da parte de cima do meu vestido. Senti um arrepio quando suas mãos acariciaram meus seios, beliscando os meus mamilos enquanto distribuía beijos por meu pescoço e os descia por meu colo, puxando o tecido para baixo, colocando meus seios para fora e os abocanhando.
Gemi baixo, arqueando o meu busto contra a boca dele. Sua mãos apertavam as carnes das minhas coxas e bunda. Uma delas se atreveu a mais e deslizou o dedo indicador pelo elástico da minha calcinha, adentrando o tecido e investindo o dedão no meu botãozinho. Soltei um gritinho enlouquecedor, sentindo meu corpo se contorcer e meu quadril se remexer em sua mão, pedindo por mais.

-Paul. - Sussurrei sentindo uma onda de adrenalina e prazer começar a percorrer o meu corpo enquanto ele bulinava com mais pressão e rapidez. - Pa-aul! - Gemi, trêmula, meu corpo se convulsionando em êxtase pelo orgasmo.

-Tão molhadinha, . - Paul murmurou excitado quando gozei em seus dedos, mordendo e sugando o lóbulo do meu ouvido, retirando em seguida o meu vestido, levando junto o sutiã e minha calcinha, me deixando nua sob seu olhar cheio de luxúria.

Paul deslizou sua camiseta, expondo seu tronco definido e puxou minhas mãos para arrancar suas calças. Mordi o lábio enquanto puxava lentamente a sua calça juntamente com a sua boxer.
Meus olhos se arregalaram com o seu tamanho. Fiquei um pouco receosa de ele não ir caber em mim ou de que fosse doer demais, mas confiei em Paul e na sua experiência.
Eu já tinha visto outros, mas nenhum se comparava ao tamanho daquele.
Paul chutou as peças de roupa para o chão e me puxou para ficar em cima dele. Com as mãos no meu quadril ele me posicionou sobre o seu membro me guiando e me encaixando devagar.

-Será no seu ritmo. Você comanda. - Ele murmurava, sua voz repleta de desejo.

Comprimi os olhos sentindo uma guinada em meu sexo, mas aos poucos a dor ia passando enquanto eu continuava descendo meu quadril sobre o dele. Quando por fim a dor passou e se transformou em uma sensação boa, Paul nos rodou na cama, se posicionando em cima de mim e investindo vagarosamente, aumentando a velocidade junto com meus gemidos.
Cravei minhas unhas em suas costas, arranhando a sua pele quando Paul enlaçou seus braços em minhas pernas, as puxando mais para cima e investindo mais fundo em mim.Tentei acompanhá-lo no ritmo, rebolando em seu quadril, e por fim chegamos num ritmo constante. Nossos gemidos soavam pelo quarto sem medo de alguém ouvir.

Me curvei em sua direção beijando seu pescoço lascivamente, ora eu gemia em seu ouvido ora eu beijava e mordiscava a região. Paul diminui um pouco o ritmo para poder brincar com meus seios; aquele conjunto era ótimo e me fazia sentir como se tivesse flutuando. Arqueei minhas costas dando-lhe mais acessibilidade, agarrei seus cabelos repuxando-os e tentei aumentar nosso ritmo.

Ele voltou a bombar dentro de mim mais rápido do que antes e eu já sentia o orgasmo chegando. Contraí minhas paredes em volta de seu membro, fazendo-o dar um gemido muito alto. Ao perceber o efeito que fazia nele, continue contraindo-o dentro de mim e pouco depois atingimos o orgasmo. Ele ainda continuou dentro de mim e aos poucos fomos parando de nos mover.

Enquanto recuperávamos nossas respirações, eu não conseguia tirar o sorriso do rosto. Eu finalmente tinha conseguido! Eu não podia acreditar!
Paul me puxou para seus braços e me aninhou em seu peito, me abraçando e beijando o topo da minha cabeça. O cansaço começou a me dominar e com um sorriso nos lábios, adormeci do lado dele, me sentindo a pessoa mais sortuda do mundo.

Fim do Flashback

Eu já voltava a consciência e sabia que minha volta as lembranças tinha acabado. Eu ainda preferia estar naquele tempo, mas estava na hora voltar a realidade.