Love Sucks Saga






2.7

Estava cansada de estar trancada dentro de casa. Uma semana e meia sendo bombardeada de humilhações e críticas. A má língua corria solta e os olhares odiosos me corroíam por dentro até à alma. Por mais que eu não ligasse para o que os outros pensam e dizem, eu estava demasiado fragilizada e estava sendo constantemente empurrada para um buraco fundo, escuro e frio.

Limpei as lágrimas que me toldavam a visão e olhei para baixo engolindo em seco.
Era agora ou nunca.
Não havia volta. Já tinha escrito a carta e agora estava parada em frente ao penhasco onde Seth me trouxera uma vez.
Eu não tinha medo da morte. De maneira alguma, apenas nunca a tinha experimentado antes para saber como era. E depois se eu tentasse e conseguisse, não tinha como voltar a atrás.
Mas, se eu tivesse que fazê-lo para que Paul se sentisse culpado para o resto da sua miserável vida, eu o faria.
O truque era não lutar contra. Assim seria mais rápido e menos doloroso. Ou talvez só menos doloroso. Ou nenhum dos dois. O que importava é que eu não podia permitir que minha cabeça tomasse conta das minhas decisões e me fizesse desistir. Eu não podia fazer isso.

Dei dois passos em frente e fechei os olhos, sentindo uma leveza tão grande no meu corpo e uma brisa turbulenta me envolver em seu manto como se flutuasse em uma nuvem. Até que, inesperadamente, me senti invadir no mar gelado em um choque térmico tão grande que foi impossível controlar meus olhos de se abrirem e visualizarem o cenário sombrio ao meu redor, sugando cada pedaço do meu corpo e lambendo toda a minha alma.
As ondas revoltas me sacolejavam, brincando com o meu corpo e o carregando para onde bem entendesse. Fui jogada contra uma rocha sentindo uma dor dilacerante em minhas costelas. Impulsionei meu corpo para longe da rocha. Eu queria emergir como uma pedra em um rio.
Fechei meus olhos deixando que o mar me engolisse como um monstro mítico com o qual eu não queria lutar.
Eu estava afundando, submersa, a água entrando em meus pulmões que, mesmo contra a minha vontade, lutavam tentando expelir a água, mas se vendo fracassados pois cada vez entrava mais.
A sensação de sufoco era inebriante, completamente dolorosa. Me sentia queimar por dentro, meu corpo todo em espasmos lutando por mim. Mas, eu cedia e me obrigava a desistir.
Ali em baixo era calmo. Não havia ondas, não havia ar. Só eu e os corais.
Senti minha cabeça latejar tanto que ameaçava explodir e aos poucos a letargia me inundava. Meus olhos foram se fechando e meus sentidos se apagando, não sem antes eu sentir uma turbulência anormal à minha volta e algo me envolver com tanta força que julguei que fosse me quebrar. No entanto não dava mais para lutar. Eu tinha desistido.

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Vagarosamente abri os olhos sendo cegada por uma luz forte. Ergui a mão na frente do meu rosto para tentar enxergar melhor e quando o fiz meus olhos se arregalaram.
Eu tinha chegado ao céu? Pois, um anjo estava prostrado à minha frente.
O olhar cansado e preocupado me encarava com cuidado e atenção. A barba mal feita circundava uma boca carnuda e avermelhada. O cabelo bagunçado, um pouco mais comprido que o normal, pendia na frente dos seus olhos, olhos esses negros como a noite e profundos como o mar.
Meu coração batia acelerado ante essa visão. Estava entorpecida, encantada com a sua presença tão máscula.
Seu corpo trajava uma regata preta delineando o seu tronco definido. Em suas pernas ele vestia um moletom azul marinho que torneava suas coxas as deixando ainda mais grossas e apetecíveis. Aquela com certeza era uma visão do paraíso.

Mas, foi no meio do fio da meada que eu havia perdido, que meu cérebro começou captando algo de muito errado. Meu coração estava batendo!

-O que aconteceu? Porque eu não estou morta? - Perguntei revoltada.

-Eu te salvei. - Ergueu as sobrancelhas.

-COMO ME SALVOU? - Gritei exaltada.

-Mergulhando no mar e te resgatando. - Ele explicou com um pouco de diversão, mas eu não estava achando piada ALGUMA a isso.

Trinquei os dentes o fitando com raiva. Mesmo com meu corpo um pouco dormente e dolorido, eu pulei em cima dele, batendo meus punhos em seu tronco, tentando acertar em seu rosto perfeito e falhando miseravelmente. Se bem que mesmo que eu o acertasse aposto que a única pessoa que sairia machucada seria eu. Ele era grande demais: alto e musculoso, para definir melhor.

-Quer parar de tentar me agredir! É assim que você agradece alguém que te salvou? - Ele retrucou prendendo meus pulsos perto do meu corpo e mantendo uma distância segura de mim.

-Eu não queria ser salva. Será que você não percebeu? Eu queria morrer! - Bradei irritada, tentando a todo o custo me soltar dele.

-Você não tem cara de alguém que queria se suicidar. - Deu de ombros.

-Os suicidas têm cara? - Perguntei retórica, de olhos bem arregalados para demonstrar meu desagrado.

-Você só não parece deprimida... - Comentou me analisando.

-Quem disse que os suicidas precisam estar deprimidos para querer acabar com a própria vida? Droga, porque eu estou tentando te explicar isso? - Me levantei da cama pronta para ir de novo para o penhasco.

-Ei ei ei, onde você pensa que vai? - Ele me agarrou pela cintura mantendo meus pés longe do chão.

-Indo terminar o que você interrompeu, seu idiota! - Me debati em seus braços, mas era inútil.

-Você não vai a lado nenhum! - Sua voz um tom mais alto, autoritária e impactante, me fez estremecer e o obedecer. - Ele não merece. - Sussurrou em meu ouvido fazendo um arrepio percorrer minha espinha.

Engoli em seco sentindo algumas lágrimas querendo invadir meu rosto, mas eu as engoli.

-Você está muito enganado. Ele merece sim. - Murmurei entre dentes. - Ele merece sofrer o triplo do que eu sofri.

-Quem te garante que ele irá sofrer? Quem te garante que ele se sentirá culpado? - Aquelas palavras me deixaram alerta. Teria ele lido a minha carta? Mas...Como? Era impossível ele ser o meu anjo da guarda. Eu estava viva e ele parecia bastante real e humano para parecer um anjo.

-Quem é você? O que quer de mim? - Me debati em seus braços, querendo olhá-los nos olhos para garantir que ele não mentiria.

Ele engoliu em seco e baixou o olhar, como que indeciso com o que iria me dizer.

-Sou Jacob Black, o homem que te ama e que sempre te amará incondicionalmente e independentemente de tudo. - Minha boca se escancarou e meus olhos se arregalaram de tal modo que quase saíram fora de órbita. WHAT?

-Isso é impossível. Você mal me conhece. - Sussurrei, pois minha voz tinha perdido as forças para se manifestar, de tão incrédula que eu estava com o que ouvira. - Não faz sentido. - Soprei.

-Nada na minha vida fazia sentido até eu te conhecer, , naquele dia na floresta, perto da fronteira. Eu sei que você se lembra. - O ar me faltou com aquela afirmação.

Era impossível que o que eu me lembrava fosse realmente verdade. Tinha de ser uma peça da minha cabeça. Lobos gigantes não existem.
-Lembra das lendas dos espíritos guerreiros da nossa tribo? Pois bem, elas são verdadeiras. - Se explicou, analisando a minha reação.

Lembrava vagamente de minha mãe contar sobre essas lendas quando eu e o meu irmão éramos crianças. Falava sobre ambição e traição. Um dos membros da tribo, ganancioso e desejoso de poder, se apoderou do corpo do chefe da tribo e se matou para que o chefe não pudesse incorporar no seu corpo livre. Lembro que o chefe arranjou outra maneira de se comunicar com os seus guerreiros através do corpo de um lobo, ou algo do gênero, e que a partir daí o lobo e o espírito do chefe guerreiro se tornaram num só, transmitindo essa herança genética pelas gerações seguintes.
Isso era o máximo que eu me conseguia lembrar e mal podia acreditar que era realmente verdade.

-Prove! - Pedi um pouco histérica.

Ele sorriu de lado fazendo meu estômago embrulhar de uma forma gostosa e pegou pela minha mão, me fazendo sentir um choque percorrer minha pele. Assim que saímos para fora da casa, notei que estávamos em uma cabana no meio da floresta, completamente distantes da população, o local ideal para ele se esconder, caso ele realmente fosse um lobo.
Reparei que o sol ainda não estava se pondo então estranhei que ele conseguisse se transformar à luz do sol, mas foi isso que aconteceu, depois que ele desapareceu por trás de umas árvores e retornou em sua forma lupina grandiosa e gloriosa.
Fiquei realmente espantada com o seu tamanho e a sua beleza. O pêlo castanho adquiria reflexos vermelhos quando o sol incidia sobre ele, mas os seus olhos negros e profundos mantinham a essência humana de Jacob.

Fiquei receosa em me aproximar, mas quando ele se agachou à minha frente, parecendo um leão adestrado, me atrevi a estender a mão em direção ao seu focinho e o acariciar. O pêlo era macio e cheiroso e eu me senti que nem uma criança quando recebe um urso de pelúcia gigante. Circundei meus braços em torno do seu pescoço e o abracei, afundando meu rosto em seu pêlo e o inspirando. Era delicioso.
Fiquei assim por um tempo até que percebi o quão ridículo e infantil aquilo era e me afastei.
O lobo de Jacob soltou um ganido semelhante a um choramingo e eu ri. O lobo se afastou e se escondeu por trás das árvores e pouco depois retornou em sua forma humana, sorrindo largamente para mim. Prendi o ar ante aquele sorriso luminoso, mais brilhante e quente que qualquer estrela do universo.
Jacob parou a poucos centímetros de mim, muitos poucos na verdade, e me encarou em expectativa.

-Só ainda não entendi essa história de me amar incondicionalmente. Pirou na batatinha? - Ergui uma sobrancelha, o desafiando.

-Isso tem a ver com outra lenda. - Prolongou a palavra e envolveu seu braço sobre os meus ombros, me trazendo para mais perto dele enquanto caminhávamos lado a lado para dentro da cabana. Aquela cena tão tranquila me parecia surreal.

Do lado dele eu sentia uma paz imensa, como se nada mais realmente importasse. Eu realmente achava que estava em uma espécie de paraíso particular e iria me permitir usufruir dele o máximo possível.
Ao entrar dentro da casa um cheiro gostoso fez meu estômago se retrair e roncar. Eu não tinha comido nada desde que acordara, exatamente porque não seria necessário me alimentar, mas agora que as coisas tinham mudado um pouco o seu curso, eu realmente estava faminta.
Jake me puxou pela mão para sentar na pequena cozinha onde havia uma mesa posta com um lanche caprichado e cheiroso.
Começamos a comer sem reservas e nós riamos da forma esfomeada com que comíamos.

-Mas me diz, você estava tentando me enganar com essa história de me amar incondicionalmente para que eu desistisse da idéia de voltar lá naquele penhasco, né? - Perguntei mordendo uma torrada e o encarando.

Jacob mordeu o lábio e inspirou fundo.

-Não, eu não estava te enganando. Ok, talvez só um pouco. - Comprimiu os olhos e sorriu. - Mas, eu não estava mentindo. - Me olhou seriamente me fazendo engolir em seco.

-Como isso é possível? - Pisquei os olhos mais que o necessário e apoiei os cotovelos sobre a mesa, segurando minha cabeça com uma das mãos e inclinando meu tronco em sua direção.

-Para além da lenda dos lobos ser verdade, existe uma outra que não é tanto conhecida pelos humanos, mas que também é bem real. Um dia te levarei para a festa da Fogueira e você escutará ela com mais detalhes, mas resumindo, todo o lobo tem sua parceira. Alguém que ele marca com um só olhar. Ela se torna seu tudo, o centro do seu mundo, o ar que respira, que faz o seu coração bater com vigor, que lhe dá um sorriso espontâneo mesmo nas horas mais tristes. E a isso é chamado de imprinting. Sam o teve com Emily, Jared com Kim e agora eu com você.

Precisei de alguns segundos para absorver aquela declaração, sentindo meu coração se aquecer com a veracidade daquelas palavras, mas com ela veio uma constatação terrível.
Sam e Jared faziam parte da gangue!
Jacob fazia parte da gangue!

-TODOS DA GANGUE SÃO LOBOS! - Gritei abismada com aquela constatação, me levantando de rompante e jogando a cadeira no chão.

-Gangue? - Jacob questionou divertido.

-Isso. Você faz parte da gangue. Tem a tatuagem! - Apontei para a tribal circular que ele tinha no braço direito.

-Ah, o bando quer você dizer. - Abanou os ombros.

-Bando, gangue, grupo. O que seja. Só me confirma. Todos os que usam essa tatuagem são...

-Lobos. - Confirmou por fim e acabei sentando em outra cadeira, completamente aturdida. - Você está mais interessada nisso do que no que eu acabei de te revelar, o que realmente importa. - Jake cruzou os braços franzindo o cenho se fingindo de chateado, ou talvez estivesse realmente chateado.

-Não, é que eu realmente estou surpresa por tudo isto e, bem, é mais fácil lidar com a informação que não me diz respeito. - Dei uma risadinha fraca e baixei o olhar para a comida, me focando somente nela e continuando a me alimentar.

Só naquele momento eu prestei atenção em mim e percebi que eu não estava mais vestida com a minha roupa e sim apenas com uma camiseta de homem que me servia de vestido, pois ficava um pouco acima do joelho.
Nesse momento eu engasguei um pouco e corei fortemente.
Jacob deu uns tapas nas minhas costas e quando eu já respirava direito eu o olhei.

-Você trocou as minhas roupas? - Inquiri de olhos arregalados e Jacob gargalhou alto, jogando a cabeça para trás e segurando a barriga enquanto seu peito sacolejava entre as risadas.

-Sim, eu troquei, mas não se preocupe que eu não vi nada de especial...

-NADA DE ESPECIAL? - Me exaltei. - Você está dizendo que eu não sou nada de especial?

-Não foi isso que eu quis dizer... Me expressei mal. - Tentou se corrigir.

-Escuta aqui, fique você sabendo que eu deixo muitos homens babando por mim. Eu posso não ser peituda nem ter um bumbum grande, mas eu tenho curvas sim e elas deixam muitos homens loucos! - Vociferei, apontando o dedo em sua direção e o vendo fechar a cara em várias expressões desagradadas.

-Eu não quis dizer que você não era nada de especial. Eu só estava me referindo ao fato de que eu não vi NADA, pois eu tive o cuidado de te manter coberta por respeito. Não precisa esfregar na minha cara o que os outros homens já viram e eu não. - Se explicou, mantendo um tom baixo e grave, mas bastante intenso, demonstrando todo o seu desagrado por minhas palavras.

-Não... Eu não estava falando que... Outros homens já me viram... Assim... Só houve um homem em minha vida e mais nenhum. - Cruzei os braços sobre meu peito, encolhendo os ombros e me sentindo um pouco envergonhada com a situação.

-Paul. - Seu tom de voz era de puro desapontamento e sua expressão estava fechada: maxilar trincado e olhar baixo.

-É... Mas, eu não quero falar sobre ele. Não agora. - Trinquei os dentes e fechei os dedos contra a palma da minha mão, contendo a minha raiva.

Eu não queria estragar esse momento de paz, não queria destruir o meu paraíso particular. Não agora.

-Vamos esquecer de tudo isso, ok? - Ele pediu e eu assenti. - Você é realmente linda e muito especial. - Se emendou do que tinha dito antes, me olhando de alto a baixo e se demorando um pouco mais em minhas pernas.

Senti meu corpo estremecer quando ele se levantou da cadeira e caminhou na minha direção, me puxando contra ele e enterrando seu nariz em meus cabelos.
O cheiro da sua pele era bem forte e característico: era uma mistura única de almíscar branco, chocolate e maresia. Me senti embriagada e mole em seus braços. Jacob começou distribuindo beijos por meu pescoço, deixando a pele do local onde seus lábios tocavam ficar toda arrepiada. Fechei os olhos me deliciando com aquele carinho, e deslizei minhas mãos por seus braços sentindo-o estremecer. Passando levemente o nariz pelo mesmo caminho que trilhou há pouco, ele começou a dar leves mordidinhas em meu maxilar chegando por fim em minha orelha, onde sugou meu lóbulo. Dessa vez fui eu quem estremeci. Eu não entendia o que estava acontecendo comigo, mas aquelas sensações eram surreais e ele sequer me beijou! Ao mesmo tempo em que eu queria tascar-lhe logo um beijo, eu queria aproveitar aquele momento.

Como se ouvindo meus pensamentos, sua boca se dirigiu para meu rosto, onde beijou delicadamente meus olhos fechados, meu nariz - me fazendo rir - , contornou meu lábio superior o preenchendo de bitocas e fazendo o mesmo com o lábio inferior, para finalmente nos beijarmos.
Sua língua acariciou os meus lábios, pedindo permissão para a receber, o que eu fiz sem nem pensar, invadindo a boca dele com a minha e saboreando cada recanto dela. Suas mãos acariciavam minhas costas, por dentro da camiseta, esquentando a minha pele e não era por causa da situação, mas porque Jacob estava definitivamente fervendo, igual Seth e Paul.

Empurrei esses dois para longe da minha mente e apertei mais meu corpo contra o de Jake, arranhando e repuxando os fios da sua nuca o fazendo gemer na minha boca.
Jacob me empurrou contra a parede, com cuidado, me prensando nela.
Senti um volume crescer contra a minha barriga, fazendo meu ventre se apertar de desejo e apressar o beijo, o tornando completamente urgente e selvagem.
Sua boca desceu por meu pescoço querendo explorar o meu colo, mas a camiseta o estava impedindo, então sem hesitar, Jacob a rasgou ao meio, me expondo completamente a ele e acendendo em mim um fogo nunca antes sentido.
Agarrei em seus ombros, me impulsionando para o seu colo. Ele me segurou com firmeza, abocanhando meus seios e se deliciando neles, brincando com a sua língua e mordiscando meus mamilos, um de cada vez.
Arqueei meu tronco, pendendo a cabeça para trás e me deliciando com aqueles carinhos. Minhas unhas arranhavam seus ombros e suas costas, o fazendo rosnar.

-Assim você me deixa louco, . - Fechou seus dedos em torno dos meus cabelos, os puxando e me fazendo revirar os olhos de prazer, enquanto ele tomava de novo posse da minha boca em um beijo sôfrego e experiente.

Jake caminhou até o quarto, comigo no colo, e me depositou na cama se livrando das suas peças de roupa e ficando apenas de boxer, onde sua excitação se manifestava quase rasgando o tecido e querendo dizer “olá”.
Mordi o lábio perante aquela visão e o puxei para mim, dando-lhe uma chave de coxa, friccionando nossos sexos e nos fazendo gemer alto ante aquele contato.

-Jacob... - Gemi o seu nome enquanto ele distribuía beijos pela minha barriga, os descendo para a parte interna das minhas pernas, se demorando ali em carinhos onde ele apertava, mordia, sugava e lambia, tomando cuidado para não machucar demasiado minhas feridas ainda recentes, dos cortes que eu me auto infligia. Jacob os olhou demoradamente, a dor transparecia em seu rosto como se me machucar o machucasse também. Ele acariciou levemente as feridas e distribuiu leves beijos sobre elas, subindo seus lábios até minha virilha.

Apertei os lençóis da cama com tanta força que os ouvi rasgar. Ele estava me deixando completamente doida e a gente ainda nem tinha feito nada. Os dedos de Jake alcançaram o elástico da minha calcinha, o puxando até finalmente a rasgar. E era uma vez uma calcinha...
Cansada de ser apenas um peão, eu decidi virar o jogo e ditar as minhas regras.
Empurrei Jacob de cima de mim e o cavalguei, guiando suas mãos para os meus seios, o fazendo apertá-los um contra o outro. Desci a boca até seu pescoço, distribuindo beijos pela zona e os descendo até o seu peito. Com a ponta da língua circundei o seu mamilo e o suguei, dando leves mordidinhas no local e o levando à loucura. Jacob segurou meus braços fortemente, mas eu me soltei dele e prendi seus pulsos acima de sua cabeça, mandando ele ficar assim com um simples olhar.

Jacob entendeu a dica e se manteve quieto, me observando descer meus beijos pela sua barriga, exatamente como ele tinha feito comigo. Parei acima do cós da sua boxer, lançando a ele um olhar significativo. Apressadamente arranquei a sua boxer, com a ajuda dele, e tornei a sentar em seu colo, deslizando meu sexo sobre o dele.
Jacob suspirou pesadamente, apertando minha cintura e me desobedecendo, ao retirar as mãos de onde eu as tinha deixado, mas dessa vez não me importei. Eu estava gostando daquele aperto.
Continuei friccionando nossos sexos aumentando a líbido entre nós, até que não pudemos mais aguentar tamanha tortura e Jake nos rolou na cama, ficando por cima de mim e se posicionando na minha entrada.
Cravei minhas unhas em sua bunda, a empurrando contra mim e sentindo sua excitação latejante me preencher lentamente.
A sensação prazerosa de alívio nos inundou e eu cravei mais fundo minhas unhas, envolvendo minhas pernas em sua cintura e o puxando mais para mim, o obrigando a entrar mais fundo em mim.
Jacob rosnou de forma enlouquecedora, enquanto eu gemia em seu ouvido.

-Mais rápido, Jake. - Pedi afoita.

Jake apoiou seus cotovelos dos lados do meu corpo, para não deixar cair seu peso todo sobre mim e acariciando o meu rosto ele tornou a beijar-me. Novamente de forma calma e apaixonada, demonstrando todo o seu amor e carinho por mim.
Me senti que nem uma rainha enquanto ele me olhava com devoção, me amando e me preenchendo com uma sensação de plenitude.

-Eu te amo. - Ele sussurrou contra meus lábios, fazendo com que uma lágrima escapasse de meus olhos e caísse sobre a almofada.

Mas, não era uma lágrima de tristeza. Era uma de tamanha felicidade. Pela primeira vez eu me sentia inteiramente feliz, desejada e amada. E tudo isso por alguém que eu jamais suporia.

-Mais forte Jake. - Pedi suplicante.

Jake nos virou de novo na cama, me colocando em cima dele e me abraçando.

-Cavalga em mim, . - Ele pediu contra os meus cabelos, os agarrando com firmeza e controlando todo o meu corpo com esse simples pedido.

Senti meu ventre começar a se contrair enquanto eu subia e descia sobre sua ereção. Minha respiração se tornou mais rápida, urgente e ele percebeu que eu estava chegando quase ao ápice.

-Juntos, , vamos lá. - Ele pediu, segurando minha cintura e me guiando em direção ao seu sexo, com mais rapidez e mais profundidade, nos fazendo gemer alto e ritmadamente.

Nossos corações batiam cada vez mais rápidos em nossos peitos, se unindo a cada batida contra as costelas, como se fossem um só.
Logo senti seu pênis pulsar fortemente e meu ventre se contrair em espasmos gostosos, nos levando ao topo da sensação mais maravilhosa e extasiante daquele momento prazeroso de completa entrega.

Descansei meus braços e meu rosto em seus ombros enquanto tentava recobrar meu fôlego. Seu rosto estava enterrado em meu peito, ouvindo o bater acelerado do meu coração e me abraçando pela cintura.
Assim que minha respiração se acalmou, o puxei para se deitar do meu lado, me aconchegando em seu corpo e apoiando minha cabeça em seu peito.
Jake beijou o topo da minha cabeça, acariciando meu braço e sussurrando de novo em meu ouvido o quanto me amava.

Foi ouvindo suas declarações de amor que adormeci e mergulhei num mundo onde tudo se resumia a mim e a Jake.