N/A: Tenho que agradecer e muito os comentários do capitulo anterior e dizer, que com o novo sistema de comentários que eu implantei, já respondi a todos! Espero que gostem desse capítulo porque foi bem difícil de escrever. E aguentem as éguas e aguardem que logo logo o mistério em torno dessas irmãs começa se resolvendo. Eu garanto!
Kisses da Baby


Wild Heart







Parte VIII – Nunca Soube Que Precisava [Letra e Tradução]


Assim que cheguei na estrebaria, caminhei até o compartimento que a égua estava e entrei, me sentando do lado dela.

-Oi Di. – A cumprimentei se nem bem saber como começar a falar com ela. -Isso está sendo duro, Di. Não sei mais com que hei-de falar… - Desabafei e tentei encontrar no mais fundo de mim palavras para descrever o que sentia.

E então elas fluíram e eu comecei falando de , do quanto ela mexia comigo, do quanto eu estava confuso em relação aos meus sentimentos, quanto à incerteza de que ainda amava minha mulher.
Foi de Cassie que eu mais falei, do como eu estava confuso com as novas atitudes dela, de como eu ficava cada vez mais desconfiado de sua índole. Falei do imprinting e de como ele estava perdendo o efeito, se isso realmente era possível.
E de novo voltei a falar de .

- Porque eu estou tão confuso? Porque eu não paro de pensar nela e em seus lindos olhos? Porque eu me sinto tão hipnotizado quando ela está por perto? E porque eu fico com raiva da minha própria mulher cada vez que eu descubro mais e mais coisas sobre o seu passado? – Bravejei comigo mesmo, repuxando meus curtos fios de cabelo. -Estou confuso e minha única solução para tentar desvendar um pouco de todo esse mistério que me ronda é voltar para La Push o quanto antes. – Desabafei sentindo uma pontada triste por ter de me afastar.

-Não!

Minha linha de pensamentos foi interrompida com o irromper daquele monossílabo e com o aparecimento de , que estivera o tempo todo atrás da égua, escondida, me escutando falar de coisas que eu mesmo tinha medo de admitir. Coisas sobre ela…

-Você não pode ir embora! – Ela falou com uma nota de desespero na voz.

-…você estava aí? – Ok, não foi a coisa mais inteligente a se dizer, mas foi a única coisa que consegui em meio a todo o meu estado de choque.

-Jacob, você não pode ir embora. Eu preciso de você aqui…quer dizer…eu posso não me dar muito bem com minha irmã, mas não quero que ela parta de novo. – Ela se corrigia, atrapalhada.

-Nem estava pensando em levar Cassie comigo…

-Você a vai deixar? – Ela me interrompeu de novo.

-Não! Só preciso…eu voltarei rápido. – Me vi prometendo.

-Sério? – Ela perguntou com um estranho brilho nos olhos e eu apenas assenti.

Então baixou o olhar e de seguida me estendeu a mão sobre a égua, para que eu sentasse do seu lado. Meio relutante eu o fiz, me sentando na cama improvisada que ela tinha construído ali, sobre o feno.

-Você ia dormir aqui? – Questionei e ela apenas deu de ombros.

O silêncio nos cobriu por alguns minutos e nesse mesmo tempo ficamos olhando para as estrelas, que se via na pequena janela que havia sobre nossas cabeças.

-Como vocês se conheceram? – perguntou, rompendo o silêncio.

-Er… - Será que eu devia contar pra ela que eu a salvei de se afogar? – Na praia. – Não menti de todo, apenas omiti a parte mais relevante da história.

-Foi amor à primeira vista? – Perguntou.

-Foi. – Sorri me lembrando e percebi, pelo canto do olho, seu rosto se fechar em tristeza.

-Então começaram logo namorando…

-Não. Sua irmã fugiu de mim muito tempo, até perceber que não tinha mais saída a não ser ficar comigo. – Contei e ela gargalhou.

-Você é insistente, já vi? Acho que a conquistou pelo cansaço. – Ela fez piada e eu me senti tão bem por ver seu sorriso.

-Sou persistente quando quero muito uma coisa. – A corrigi.

-Você quis muito minha irmã? – Franziu o cenho.

-Quis. – Suspirei, voltando a olhar o céu.

-Não quer mais? – Me pegou desprevenido, me fazendo olhá-la de olhos arregalados. – Me desculpe, eu ouvi a conversa…Tem outra mulher? – Ela questionou num sussurro.

Fiquei sem saber o que responder. Pelos vistos, apesar de ter escutado tudo o que eu disse, ela não se percebera que a “outra” mulher era ela.

-É complicado, …eu não sei mais o que estou sentindo.

-O que você sente por minha irmã? – Ela perguntou.

-Eu a amo. – Falei mas as certezas não faziam parte dessa afirmação.

-E o que você sente por essa…outra mulher? – Ela perguntou a custo, engolindo em seco a meio da frase, como se lhe custasse perguntar aquilo.

-Ela mexe comigo de uma forma incontrolável. – Me vi dizendo, sem conseguir controlar.

-Então você gosta dela. – constatou, sem qualquer resquícios de questão ou dúvida.

-É…acho que sim. – Era estranho estar afirmando isso para ela, quando era ela que mexia comigo. Era dela que eu…gostava?...

-Você precisa de escolher… - Ela suspirou, fechando os olhos e encostando a cabeça na égua.

-Eu sei disso. Por isso eu tenho de voltar para a minha terra. Lá eu encontrarei as respostas.

-Ela é de lá? – perguntou tão baixo quanto o sopro do vento.

-Não. Ela é daqui. – Falei também baixo, me apercebendo que adormecera.

Fechei os olhos também, apenas para descansar um pouco, mas acabei adormecendo também.

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