N/A: Penúltimo capítulo. Leiam atentamente e de mente aberta. Preparem lencinhos de papel! Ou talvez não…
Nos vemos lá em baixo!
Kisses da Baby


Choices - Escolhas








Thirtieth Fifth Chapter
Eles caem em linha, um de cada vez, pronto para jogar.
(Eu não consigo vê-los de qualquer forma)
Sem tempo a perder, nós temos que nos mover, arrume seu elmo.
(Estou perdendo minha visão novamente)
Disparem suas armas, é hora de correr, me surpreenda.
(Eu ficarei na bagunça que eu fiz)

Em La Push…

Transmorfos e vampiros estavam reunidos na Casa Oficial do Concelho dos Anciões. Poucas vezes era utilizada e nunca antes membros não pertencentes do Conselho ou da Tribo haviam entrado naquela casa.
Aquele dia era uma rara e única exceção.

-Não temos tempo a perder. – Embry falou inquieto.

-Mas não será prudente chegarmos lá sem um plano? – Carlisle falou.

A sala estava dividida em grupos. Os transmorfos no canto mais quente e iluminado da sala, bem perto das janelas. Os Cullen num canto bastante afastado e escuro.
O dia abrira misteriosamente, repentinamente. Quando tudo indicava que iria rebentar uma tempestade, dum momento para o outro as nuvens desapareceram e o sol mostrou-se alegre. Já o mesmo não se podia dizer de todos os membros presentes naquela sala.

-O Dr. Cullen tem razão. Temos de traçar um plano. – Sam protelou olhando todos atentamente. – Não quero correr riscos com nenhum de vocês como aconteceu com a Leah e o Brady.

-Então o que faremos? – Paul questionou se sentindo impotente por não puder auxiliar o irmão, e agora cunhado, tão rápido quanto desejava.

De repente todos colocaram as vistas em cima de Alice, como se esperassem que fosse ela a dar uma resposta.

-Mil desculpas, mas não estou conseguindo ver nada. Tem uma enorme parede branca se interpondo. Mas…

-O quê? – Bella se esperançou. Queria poder fazer de tudo para ajudar o seu melhor amigo.

-Sean estará chegando a Volterra dentro de 2 horas. Jacob não deve ter conseguido apanhá-los, senão não conseguiria vê-los.

-Jacob está voltando! – Quil anunciou, adentrando a Casa de supetão, vestindo apenas uma bermuda e mantendo o pé descalço.

-Onde ele está? – Sam questionou.

-Perto da fronteira. Ele perdeu o rasto de Sean perto de um aeródromo e como ele não tinha como ir atrás, resolveu voltar para pedir recursos e reforços!

-Temos de traçar um plano rápido. Não podemos mais perder tempo! – Embry se exasperou, olhando cada um deles.

O sufoco que estava sofrendo era brutal. Como se estivesse perdendo o próprio imprinting, e de certa forma era isso mesmo. Mas era diferente. Era apenas puro instinto de proteção sobre . E uma enorme ligação sentimental e fraternal. Mas mesmo assim, lhe doía tanto como se fosse um de seus irmãos marcados sofrendo a perda.

-Tudo bem. Vamos fazer assim… - Jasper tomou a frente, sendo seguido por Sam, que o olhou atentamente. Poucos minutos bastou para o plano estar traçado. – Não é muito consistente, mas é melhor que nada. – Jasper alegou.

-Eu conheço todas as entradas do Covil. Basta nos dividirmos por grupos. – Carlisle anuiu.

-Exato!

-O Jake chegou! – Collin anunciou, olhando pela janela.

Nem demorou muito para que o mesmo entrasse pela entrada principal com um ar extremamente abatido e derrotado, com fundas e negras olheiras nos olhos, como se não dormisse há dias, mesmo que a sua busca só tenha durado algumas horas.

-Jake, meu irmão, nós estamos com você. E temos um plano! – Sam falou diplomaticamente, pousando uma mão no ombro dele.

Este apenas passou os olhos por todos os presentes naquela sala, os pousando diretamente em Edward.

-Eu só vim ajudar. – Respondeu aos pensamentos do lobo e Jake lhe lançou um olhar mortal - A favor da minha esposa. – O vampiro acrescentou respondendo à demanda seguinte.

Ignorando por completo a presença daquele ser ali, Jake tomou a atenção de Sam, escutando atentamente o plano que tinham traçado. Assentiu a todo os detalhes, sem muito se importar com as pequenas falhas que continha. Só queria trazer de volta para casa.

Todos já estavam saindo da Casa, quando Jake se virou para Seth e pousou sua mão no ombro dele.

-Por favor fique. Fique de olho em Baby Suh. Eu não fico tranquila se ela ficar sozinha sem um de nós. – Jake pediu encarecidamente, sabendo que Leah ainda estava incapacitada para olhar por sua filha.

O “golpe” que Sean dera na loba tinha sido forte demais e por poucos segundos não lhe roubara a vida. E apesar de ser loba ainda não havia recobrado por completo toda a sua energia vital. Se ela fosse com eles seria apenas um estorvo.

Seth assentiu. Aproveitaria por olhar pela irmã teimosa também.
Os restantes, lobos e vampiros, se encaminharam até a mata. Correriam até Seattle onde, de uma forma astuta e discreta, “pediriam emprestado” um jato de porte médio-grande, para todos os passageiros poderem viajar até Volterra.

-Você devia ficar, Brady. – Sam anuiu, vendo o lobo mais novo coxear um pouco.

-Não! Eu vou. Até chegarmos lá eu estarei completamente curado. Só foi um deslocamento. – Ele sorriu e Sam assentiu.

Não poderia se dar ao luxo de perder mais um ajudante nessa missão e confiava plenamente no jovem rapaz.
Ainda porque teriam uma longa viagem pela frente e muitas coisas a serem ponderadas.

.

Horas depois, já dentro do jato, onde Jasper e Edward eram os piloto e co-piloto, o se apodera de todos.
Alice se mantinha presa em uma poltrona, do lado de Bella – que lhe pegava e acarinhava a mão – tentando ver algo que os pudesse ajudar e a pudesse guiar nesse caminho enevoado e escuro.
Emmett e Rosalie se beijavam apaixonadamente e imponderadamente a um canto.
Carlisle e Esme trocavam olhares carinhosos e carícias delicadas numa poltrona perto de Alice e Bella.
E os lobos se reuniam todos na parte de trás do jato.

-Nós nem nos despedimos delas. – Paul se lamentou, olhando os dois casais ali presentes.

-Nada de mau vai acontecer. – Sam o tentou tranquilizar, mesmo que dentro de si estivesse tendo a mesma discussão.

Tudo fora tão repentino e apressado que eles não conseguiram se despedir direito das suas esposas.

-Nós vamos voltar todos. Sãs e salvos. – Voltou a assentir, lançando um olhar triste e perdido pela pequena janela ao seu lado.

Mas não tinha tanta certeza assim. Seu coração se apertava cada vez mais em seu peito, em sintonia com os seus irmãos. Mesmo em forma humana conseguia sentir a forte ligação que todos tinham uns com os outros. E a falta de esperança e crença de que tudo ia ficar bem era imperial.

Jake ergueu o olhar marejado para os irmãos e com a voz trêmula se pronuncio.

-Me desculpem por vos arrastar mais uma vez para as minhas confusões. – Murmurou num tom que todos pudessem escutar, mesmo que fosse baixo e envergonhado demais.

Uma lágrima acompanhou essas palavras.

-Sabemos que faria exatamente o mesmo por cada um de nós. Somos irmãos. Estamos unidos para todo o sempre. Até que a morte nos separe. – Jared discursou e todos assentiram em silêncio.

A melancolia era palpável e apesar de Jasper fazer os seus maiores esforços para melhorar os sentimentos deles, era quase impossível controlar todos aqueles sentimentos tão negativos. Até porque mesmo ele descria num “tudo vai ficar bem”.

Em Volterra…

Não há mais nada, então poupe seu fôlego, fique de tocaia.
(Pego dentro desta grande onda)
Sua proteção foi embora, não há para onde ir, somente seu destino.
(Carregado eu andarei sozinho)
Querendo-o de volta, não revide contra, aqui vou eu!
Morra!

Sean adentrou rapidamente o salão principal com no colo.
Todos estavam ali, mas aquele Covil não parecia de todo o que outrora fora um “reino” respeitado e equilibrado.
Aro bufava raivosamente, arrastando sua cadeira de um lado para o outro. Caius pontapeava um Demetri que ainda corria atrás do seu próprio rabo. O vampiro real loiro ameaçava queimá-lo se ele não parasse, mas nem isso o conseguiu controlar.
E Marcus nem se encontrava mais ali.
O resto da guarda se reunia em torno dos Reis restantes e assim que Sean se fez presente, todos rosnaram para ele.
Em três tempo ele seria feito em papa de bebê, mas antes que pudesse ser atacado, Aro ergueu uma mão, parando de arrastar sua cadeira, e olhando fixamente e intrigado para Sean.

-Porque voltou?

-Porque não haveria de voltar? – Sean revidou a pergunta.

Caius rosnou do seu canto, mas Aro mais uma vez ergueu a mão para que este parasse. Caius fez menção de ignorar o pedido de Aro, mas pensou duas vezes e estacou no lugar.
Aro olhou de Sean para a confusão que agora era o Covil dos Volturi e este soltou um sorriso de escárnio.

-Podemos colaborar. – Sean tomou a frente.

-Ai sim? – Aro colocou curioso.

-Eu estava pensando em derrubar os Volturi e tomar a guarda para mim… - Soaram rosnados por todo o salão e Aro lhes lançou um olhar inquisidor, os silenciando de imediato. Sean continuou. -, mas depois pensei melhor e vi que até gosto bastante de ter Volturi no meu sobrenome. Sean Volturi! É sonoro! – Sorriu convencido. – Então eu decidi que, já que Marcus se acovardou e fugiu, eu poderia fazer parte do vosso trio. – Sean explanou suas ideias.

-Ambicioso, decidido e corajoso. Gosto disso. Além de que seu poder se iguala a de um dos mais poderosos membros da Guarda, como Alec e Jane…e Chelsea. – Aro discursou. – Não discordo disso. – Sorriu pensativo.

-Eu não estava fazendo uma proposta. – Sean diminuiu o sorriso, olhando desprezadamente para Aro.

-Claro, claro. – Aro assentiu. – Não haveria qualquer problema de ocupar o lugar de Marcus.

-Você não entendeu. – Sean tornou a sorrir sarcasticamente. – Eu não pretendo ocupar o lugar de Marcus. Eu pretendo fazer parte do vosso trio e ocupar o SEU lugar! – Sean falou pausadamente, denotando bem o que pretendia.

Aro desfez de imediato o seu sorriso e olhou de relance para a sua guarda, como se fosse um sinal para que eles atacassem quando ele ordenasse.
Estes se colocaram em posição de ataque e Sean recuou um passo, não se amedrontando.

-Eu se fosse você não faria isso. Você sabe quem é ela? – Sean questionou, estendendo um pouco os braços e olhando de relance para a humana que carregava nos seus braços.

- Storm. A fonte da sua obsessão. – Aro respondeu polidamente, tentando entender qual o jogo que Sean estava jogando.

-E sabe o que acarretou trazê-la até aqui? Precisamos unir esforços se não quer ver a sua guarda dizimada. – Sorriu torto e Aro arregalou os olhos.

.
.
.

Três batidas de coração.
Um passo em frente.
O terror se instaurara.
Podia se sentir o cheiro de sangue e de fumo unidos aos gritos roucos que ecoavam pelos túneis do Covil.
A batalha começara. Já era de noite e Karoline não sabia mais se era tarde demais para agir.

Nunca é tarde demais. A voz em sua mente ditava. Era a mesma voz da garota do seu sonho.

-O que eu faço? – Karoline questionou em voz alta, mesmo que trêmula.

Vá até o salão. Ainda há tempo. Nós temos que os salvar. A Voz respondeu e Karoline não hesitou em obedecer.

Mais algumas incontáveis passadas e outras tantas batidas frenéticas e mirradas do seu coração. A humana exalava medo por todo o seu corpo. As imagens tão vivas do seu sonho estavam cada vez mais próximas de se tornarem reais.
O choro contido em sua garganta arranhava como pequenas farpas, a fazendo vacilar por segundos. Então inspirou fundo e escancarou uma das portas do salão se deparando com algo extremamente medonho.

As imagens que surgiram na sua frente eram bem piores que as pequenas fracções do seu sonho. Havia sangue por todo o lado, como se de tinta tratasse para pintar um quadro de horror.
Um lobo cor creme jazia sem vida a alguns metros de si, tão próximo que a humana o poderia alcançar.
E como ela tinha certeza que ele estava sem vida e não inconsciente? Pelo simples fato de que estava degolado e uma poça de sangue o rodeava.

Uma onda de vômito a acometeu enquanto lágrimas banhavam o seu rosto.
Corpos pulavam no ar em velocidades paranormais que mal ela podia acompanhar.
Uma fogueira formada no pódio - onde antes costumavam estar as cadeiras dos Reis - volvia alta e negra, onde alguns corpos eram - e foram - jogados.
Mal conseguia distinguir quem havia sobrevivido e quem estava ardendo.

O QUE EU FAÇO? Karoline gritou para a sua própria mente, tentando não atrair atenção para si.

Calma, calma. Eu só estou procurando minha mãe. A voz em sua mente soou desesperada.

Karoline franziu o cenho sem entender, mas logo se recordou das feições da garota do seu sonho e quem seus olhos a faziam lembrar.

Você é filha da ! Karoline exclamou um pouco atordoada. Como…possível? Sua mente divagava perdida entre suposições e o terror de estar presenciando aquela chacina.

Sou. Mas isso é uma outra história. Agora procure minha mãe. Ela é o meu elo de ligação para que eu consiga impedir que todos os que amo morram! A garota exclamou e Karoline não protelou.

Tornou a correr os olhos pelo salão tentando avistar mais do que todo aquele campo de batalha sangrento.
Logo encontrou Sean, lutando com um enorme lobo marrom, com um brilho avermelhado nos pêlos.

MEU PAI! A garota exclamou em sua mente, vendo o lobo sendo jogado contra uma parede de pedra e ganir de dor.

De seguida Karoline avistou e nem hesitou em tentar correr até ela.
Foi uma tarefa complicada, visto que corpos voavam de um lado para o outro, não dando espaço de manobra para ela.

Eu não vou conseguir. Eu posso ser atingida! Karoline choramingou travando, se sentindo impotente.

NÃO DESITA! Você precisa me ajudar! Eu não posso permitir que isso continue. Não posso!

Karoline olhou em volta e, abanando a cabeça para espantar a sua fraqueza, tornou a correr, mas um lobo quase a esmagou contra a parede, se não fosse um par de braços frios e duros como o mármore rodearem sua cintura e a afastarem do impacto.

-O que você está fazendo aqui? – Alec questionou enraivecido.

-Eu preciso parar isso! Eu preciso chegar até ! – Karoline falou sem dar muitas satisfações, tentando se desenvencilhar de Alec.

-Você é doida, garota!? Você acha que é o quê? A super mulher? Você é só uma humana idiota e frágil!

-E você é um vampiro estúpido e insensível. Não sei como pude me apaixonar por você. Agora me solta que eu preciso acabar com isso! – Karoline falou furiosa, olhando com pesar todo aquele cenário.

Alec nada respondeu e muito menos a soltou. Apenas olhou em volta e em velocidade vampírica a colocou do lado de , que ainda permanecia desacordada.

Rápido. A acorde! A garota de sua mente ordenou.

Karoline se agachou perto do corpo da outra humana presente naquele salão e a abanou. Mais alguns abanões e lentamente os olhos de foram abrindo e se arregalando perante tudo o que captavam. O desespero a assolou.

-Calma, calma. Você precisa me ajudar. – Karoline a olhou atentamente, mantendo sua mão no ombro dela, como se tivesse uma solução simples e rápida para acabar com aquilo. Como se bastasse carregar num botão de pause de um comando qualquer.

E, surpreendentemente, foi isso que aconteceu.
Tudo parou.

Após a queda, colocaremos eles para fora, mostre-me o caminho.
Somente o mais forte sobreviverá
Leve-me para o céu, quando morrermos.
Eu sou a sombra na parede.
Eu serei aquele que irá salvar todos nós.
 (Blow Me Away – Breaking Benjamin)

N/A: Foi bem mais fácil do que eu pensava escrever esse capítulo, isso porque eu desisti de tentar escrever uma cena de ação falha e violenta demais para meu estômago aguentar e decidi colocar tudo pelo POV mudo da Karoline, saltando assim as partes em que o jato chegava e o confronto começava e blablabla, tretas e balelas…kkkk
Bom, ficou na mesma intragável, apenas por imaginar o cenário e assim parece muito mais real e muito menos fajuto e sonolento chato do que se estivesse descrevendo cada um dos passos e ataques de todos eles.

Bem, eu fiz aqui uma reviravolta em como a Baby Suh iria intervir nessa batalha e achei que seria muita irresponsabilidade eles levarem ela junto, muito repetitivo levar o campo de batalha até Forks/LaPush e muito estranho ela aparecer lá de repente! Kkkk
Então utilizei a “essência”, alma, ou o raio que queiram chamar, da Sophia, para que ela por meio de outrem (nesse caso foi a Karoline, quis fazer dela útil nesse cap) pudesse travar essa batalha.

Ah, e as meninas que achavam que a PP não tinha poderes e que não era nada de especial e blabla, no próximo capítulo se surpreenderão. XD
Nesse capítulo ficou subentendido que vampiros foram queimados e que um lobo morreu. Esse lobo cor creme é o Brady. Mas mais um lobo irá morrer. Alguém que muitos irão sentir falta.
Quanto às restantes mortes, somente no próximo capítulo serão nomeados.

Lembrando que o próximo é o último!

Kisses da Baby