Choices - Escolhas








N/A: Mais um pouco de drama, porque eu sou uma melodramático-nata! Nata mas não é de comer, tá? Se bem que com morangos e açúcar ia bem agora, né?
Essa letra é para caraterizar o sentimento de tristeza e distância entre Seth e Sophia.


Thirtieth Ninth Chapter

Testa com testa, nariz com nariz, palma com palma.
Nós sempre estivemos assim tão próximos
Pulso com pulso, dedão com dedão
Lábios que pareciam o interior de uma rosa.
Então como pode, quando estico os meus dedos
Sinto que há mais do que distância entre nós.
Olho com olho, bochecha com bochecha
Lado a lado, você estava dormindo ao meu lado.

Acordei levemente ao me sentir acolhida em um lugar quente e confortável. Não precisei abrir os olhos para saber que era meu pai me carregando no colo e me pousando na cama, enquanto acariciava meu rosto e me fitava.
Queria falar algo para ele, conversar, mas doía demais tocar naquele assunto. Só ele me poderia compreender, mas por hora não estava em condições para quaisquer conversas.
Mas mesmo assim, estiquei minha mão e toquei em seu ombro, lhe passando todas as informações que eu queria que ele soubesse. Ou seja, praticamente tudo.

-Eu sei querida. Isso vai passar. Eu estou do seu lado. – Ele sussurrou, beijando meu rosto e saindo de seguida.

oOo

O dia tinha amanhecido ensolarado, contrariando todos os meus sentimentos, mas mesmo assim não deixei trespassar em meu rosto minha tristeza.
Para meu azar hoje estava marcado um almoço em família, com meus padrinhos, Gabe e, provavelmente Seth, que sempre trazia Collin.
Me ergui de pronto, caminhando para o banheiro e fazendo minha higiene matinal. Juliana já estava a pé, provavelmente ajudando minha mãe com os preparativos do almoço.

A noite mal dormida não me permitiu acordar mais cedo e conhecendo bem meu pai, ele provavelmente falou para minha mãe deixar eu dormir.

Assim que adentrei a cozinha, vi correndo de um lado para o outro com os tachos na mão e já reclamando com meu pai.
Ultimamente ela andava muito nervosa e irritadiça, o que deixava meu pai preocupado e cauteloso, a tratando como se ela fosse quebrável. E acabava se derretendo toda, claro.
Eu gostava disso. Gostava de ver o quanto meus pais ainda eram apaixonados um pelo outro, mesmo tendo se passado 15 anos.

Só não entendo porque eles não se casaram.

-Finalmente a dorminhoca acordou. Venha! Ajude aqui. Seu pai não sabe ajudar e só está atrapalhando. Desse jeito esse almoço não sei nem ano que vem. – Minha mãe falou já arrelia.

-Hii, estou fora. Sua mãe hoje acordou com o rabo virado para a lua. Vou na garagem. – Meu pai falou, erguendo as mãos em sua defesa.

-Ah não! Jacob Matheus Black! Se você sair por aquela porta e for se enfiar na garagem, pode ter a certeza que não entra nessa casa para almoçar! – , falou de mão na cintura e eu não tive como não rir.

Minha família até parecia normal, olhando dessa perspetiva. Meus pais pareciam casados, apesar de meu pai aparentar ser meu irmão mais velho. E minha mãe parecia uma típica dona de casa, apesar de ainda muito jovem.
Mas nada aqui era normal. Começando por mim e terminando em La Push.

Meu riso logo esmoreceu quando eu vislumbrei Seth, Leah, Embry, Gabriel e Collin adentrando em casa.
O mundo parou quando meu olhar cruzou o dele e eu quis correr dali para fora e gritar para o mundo o quanto era injusto comigo. Mas permaneci ali, fingindo estar indiferente.

Quando dei por mim Leah já estava na cozinha, ajudando mamãe, Embry falava com papai, Gabe circundava Juliana e Collin chamava a atenção de Seth, que mantinha uma expressão dura, como eu nunca havia visto antes.

Engoli em seco e virei o rosto, tentando fazer algo que me distraísse daquela situação.

Há mesa todos conversavam. Juliana se sentava entre Gabe e Collin. Meu pai e Embry nas 2 cabeceiras. Leah, mamãe e eu do mesmo lado. Seth sentava na minha frente, o que dificultava e muito a ingestão da minha comida.
As vozes pareciam ecos de fundo e nenhuma das frases fazia sentido. Eu fitava insistentemente o prato da comida, brincando com as ervilhas para não pensar em nada.

-Seth não queria vir. – Foi tudo o que eu escutei de toda aquela conversa.

Ergui o olhar para ele, mas ele o mantinha baixo.

-Ele disse que tinha coisas para fazer, mas almoços em família são sagrados! – Embry falou mas todos se mantiveram em silêncio. – Falei algo de errado? – Ele perguntou ainda sem entender nada.

-Amor, cala a boca! – Leah rosnou e Embry deu de ombros, voltando a comer.

Sentia vários par de olhos sobre mim, mas respirei fundo e fiz como Embry, continuei a comer.
Não iria demonstrar a ele o quanto eu necessitava dele, o quando eu sofria por ele. Não! Ele precisava de entender a duras penas que o tempo passou.

Talvez meu destino não fosse ficarmos juntos. Talvez ele não me amasse como eu queria que ele me amasse. Talvez eu estivesse errada sobre tudo. A última hipótese era a melhor, mas a mais impossível também.

Braço com braço, do anoitecer ao amanhecer.
Com as cortinas torcidas.
E um pouco da noite passada nesses lençóis
Então como pode, quando estico os meus dedos
Sinto que há mais do que distância entre nós

Depois do almoço, aproveitamos o sol para passearmos. Juliana conversava acirradamente com Collin, excluindo consideravelmente Gabe do tema. Seth caminhava lado a lado à irmã e ao cunhado, que conversavam com e Jake.

-Ei, tudo bem? – Gabe questionou, me dando um leve encontrão.

-Aham. – Eu assenti fitando o mar.

-Dores de amor? – Ele sussurrou, sabendo que Seth poderia escutar.

Eu apenas suspirei e toquei em seu braço para lhe mostrar o ocorrido e tudo o que eu estava sentindo.

-Nossa, situação complicada, hein? – Ele fez careta e eu engoli em seco, prendendo o choro. – Vem cá, Baby. – Gabe me puxou para seus braços e me aninhou neles.

Não eram tão quentes como os de Seth, mas eram acolhedores e eram tudo o que eu mais precisava agora.
Lutei para que eu não sucumbisse às lágrimas e por isso me agarrei mais forte a Gabe.

-Por favor, não fica assim Baby. Me corta o coração. – Ele falou, segurando em meu rosto e me dando um selinho de amigos. De irmãos.

Escutamos um rosnado e assim que nossos rostos se voltaram, nos deparamos com Seth parado, a metros de nós, se encolhendo em posição de ataque, nos olhando.
Papai falou algo para ele e Seth de imediato obedeceu, correndo para dentro da floresta e sumindo.

Meu chão simplesmente sumiu e eu não tive como não segurar as lágrimas.
Tal como ele, eu virei costas e comecei andando. Não queria que ninguém visse. Não precisava da pena de ninguém. Muito menos de fofocas lupinas!

-Ei, pequena! – Gabe correu até mim, me alcançando.

Tentei limpar o rosto antes que ele percebesse, mas foi inútil. Gabe fechou o rosto em tristeza e segurou o meu, limpando as lágrimas que teimavam em cair.

-Ele gosta de você, Sophia. Só acho que ainda não se apercebeu disso. Mas o Gabezinho aqui teve uma ideia mirabolante. – Ele abriu um largo e lindo sorriso me fazendo rir de leve de sua maneira de falar.

-Fala! – Pedi, revirando os olhos.

-Você notou como ele ficou da vida quando nos viu dando um selinho que SEMPRE demos, né? – Ele perguntou e eu assenti, mesmo sem entender porquê. – Então, tudo o que temos de fazer é provocar a ele altos ciúmes. Temos de TE arranjar um NAMORADO! Titio vai ficar beje. – Gabe falou forçando a mão para trás, em um gesto pouco…macho!

Ri com vontade de suas palhaçadas. Só ele sabia me fazer rir desse jeito.
Mas agora pensando com clareza, Gabriel Clearwater Call era um geniozinho DANADO!
No mesmo instante em que cheguei a essa conclusão, pulei em seus braços e o abracei forte.

-Tem amo, te amo, te amo! – Repeti várias vezes em forma de agradecimento.

-Eu também te amo, minha pequena.

-Mas espera! – Sai dos seus braços e o encarei preocupada. – Onde vou arrumar um namorado?

-Eu! De quem mais ele sente ciúmes que não seu sobrinhinho favorito? – Gabe perguntou irônico, apertando minhas bochechas.

-E Juliana? – Perguntei sabendo que ele estava AFIM de minha prima.

-Uma coisa não impede a outra, pequena. – Ele sorriu sapeca e eu arregalei os olhos.

-Você…você…Você não existe! – Abanei a cabeça incrédula. – Mas veja lá, hein. Eu te amo, mas se fizer minha prima sofrer, terá de se ver com os meus poderes! – Ameacei fazendo uma cara bem convincente.

-Ixi, medão aqui, pow! Mas sua prima vale bem a pena. – Ele sorriu traquina me surpreendendo.

-Isso se chamará amor? – Perguntei fazendo caras e bocas angelicais.

-Cai fora, mané. Eu lá sou cara de me apaixonar por alguém. – Ele deu de ombros, mas não me pareceu muito convincente.

Conhecia Gabe suficientemente bem para saber que ele não estava apenas flertando e querendo paquerar minha prima. Tinha lago BEM maior por de trás dessa pose de “Eu quero todas, como todas e tenho todas!”

-Não fique dormindo na forma, primo, Veja lá se ela não arruma um namorado que não seja você. Parece que tem concorrente na fila. – Falei me referindo a Collin.

-Ele não é páreo para mim, prima. Além de que é bem mais velho, né? – Ele fez careta e depois me olhou cuidadoso. – Desculpe. Esqueci. – Colocou a mão na boca, como criança que fez asneira lembrando que Seth era BEM mais velho do que eu, e depois riu me abraçando.

-Vamos? – Eu questionei, rolando os olhos e ele apenas assentiu.

Assim que voltamos a andar, para ir ao encontro de nossa adorada família, meu queixo caiu ao me deparar com uma garota ruiva pendurada nos braços de meu pai de forma…bem íntima.
estava branca como caule e Leah a segurava pela cintura.
Me aproximei apressada, querendo entender a situação e por fim a garota desgrudou de meu pai e me olhou.

-OMG! Baby Suh! Como você está linda! – A garota correu para mim e me abraçou.

Algo nela me era estranhamente familiar e ao inflar seu cheiro, minhas suspeitas se confirmaram.

-Nessie?

E quando eu pensei em desistir de nós
Você se virou e me deu um último toque
Que fez tudo parecer melhor
E, ainda assim, meus olhos ficaram mais úmidos
Tão confusa, quero te perguntar se você me ama
Mas não quero parecer tão fraca
Talvez eu esteja tendo um sonho californiano
(Califórnia King Bed - Rihana)

N/A: TENSOO! Final SUPER TENSOOO!
Mas vamos por partes. Chorei o capítulo quase todo por causa da Baby Suh e do Seth.
Men, tô muito emotiva ou isso foi drama a mais? Vocês também choraram?

Gabe é um Don Juan de primeira, hein? Mas, confirmando o que minha homónima falou, um geniozinho! Hehehehehe.

Caray, me senti que nem a Mel aqui no final, desfalecendo!
E agora? Essa é a questão do dia! Rsrsrs
Façam suas apostas, joguem cartas e fichas na mesa. Estou aceitando de tudo! Rsrsrs (Até porque vossas sugestões podem ajudar minha inspiração, né?)

Mas um aparte, próximo capítulo é no POV da Juliana. Vamos entender um pouco da sua história e desse começo de triângulo amoroso, que como vocês já suspeitam é Gabe/Juli/Collin. Qual é o vosso favorito? Não digam já, porque vocês pouco conhecem do Collin.

Bom, é isso. COMENTEM!
Kisses da Baby