Amanhecer-Novos Rumos








Surpresas
Julgamos o tempo que passamos
Com aqueles que amamos
Como um ato comum
E quando as surpresas surgem
Sem aviso prévio algum
Agimos como estranhos
Deslocados e imputados num mundo incomum
(BabySuhBR)

Depois de um dia sob a supervisão do Dr. Carlisle, por fim eu pude voltar para casa. A minha recepção em casa da Emily foi quase como um acolhimento a uma princesa de cristal. Todos estavam animados, mas mal se aproximavam de mim com medo que eu quebrasse.
Apesar de ter ficado “acamada” em casa do Dr. Cullen, eu ainda me sentia cansada e minha mente borbulhava de confusão.
Embry me carregou no colo, mais uma vez, até meu quarto e permaneceu comigo lá.

-Você não imagina o quão preocupado eu fiquei com você, . Eu julguei…tive medo… - Embry não conseguia concluir sua frase.

-Eu fiz tudo errado. Eu quase matei meu filho. Eu tenho agido como se não houvesse uma segunda vida dentro de mim, Embry. Eu não sei o que fazer…eu não quero essa criança, mas…eu já a amo. Eu serei uma péssima mãe. – Choraminguei, me deixando ser abraçada por Embry.

Ele era o meu pilar e agora eu percebia que sem ele eu não conseguiria lidar com essa gravidez. Quando eu estava com ele eu me sentia amada e sentia que ele seria o pai perfeito para o meu filho. Longe dele eu só tinha vontade de desistir de tudo.
Mas o que aconteceu no casamento da Isabella…eu não compreendia quem era aquele homem. Como ele poderia mudar tão drasticamente, de uma pessoa tão doce para uma tão seca.
Essas e tantas outras dúvidas me rondavam sufocando minhas ideias.

-Você vai ser uma excelente mãe, . Eu tenho a certeza disso. Estarei aqui presente para garantir isso…se você me deixar. Eu não quero dizer que tenhamos que manter um relacionamento, mas eu já amo esse filho como… - Embry hesitou e baixou o olhar meio envergonhado.

-Pode ter certeza que ele é mais seu do que poderia ser para o pai biológico. – Falei com um nó na garganta.

Embry sorriu abertamente e me abraçou novamente, de forma carinhosa e cuidadosa.
Abri um espaço na minha minúscula cama para ele se deitar e me aconcheguei em seu corpo, me permitindo a adormecer pacificamente sabendo que meu sono seria velado protetoramente.

.
.

Acordei com um leve remexer de Embry, que tentava sair silenciosamente da cama.

-Onde você vai? – Perguntei com a voz rouca de sono.

-Desculpe. Acordei você. – Ele acariciou meu rosto e beijou minha testa. – Estão batendo na porta. – Anunciou.

-Que horas são? – Perguntei olhando o sol ainda batendo nas portadas de madeira.

-Sete.

-Já são sete da tarde? – Perguntei surpresa.

-Sete da manhã. Dormimos um dia inteiro. – Ele sorriu se espreguiçando e fazendo seus ossos estalarem.

-Você dormiu todo torto… - Não tive tempo para me lamentar mais pois batidas ocas me interromperam.

Embry se inclinou para abrir a porta e detrás surgiu Emily com uma bandeja farta de comida.

-Bom dia, meninos. – Emy nos cumprimentou do seu jeito doce de ser.

-Bom dia Emily. – Cumprimentamos em coro. – Prima, desculpe do Emb ter dormido aqui…

-Não precisa de se desculpar. – Ela falou lançando um olhar significativo para Embry. – Embry, poderia chegar um minutinho na sala, por favor. Sam quer falar com você. – Ela pediu e eu me alertei.

-O que ele quer? – Perguntei um pouco grossa, mas me redimi sorrindo feito anjinha para Emy.

-Acho que quer falar sobre as rondas. – Ela falou um pouco nervosa e eu logo percebi que ela mentia.

Embry assentiu e me beijou no rosto como um “até já” mas eu não me segurei e puxei sua nuca para o beijar nos lábios. Embry abriu um largo sorriso e eu mordi o lábio reprimindo minha felicidade. Não me queria precipitar em sentimentos, apenas continuar curtindo da companhia e amor que ele tinha para me oferecer.
Ambos saíram, me deixando com um delicioso café da manhã pronto a ser devorado e não me fiz de rogada; muito menos esperei por Embry ou guardei algo para ele. Não que eu fosse devorar tudo aquilo, mas iria comer até me fartar.

Escutei uma alteração de vozes na sala que me roubou a atenção da comida. Pousei o tabuleiro na cama e me calcei, caminhando lentamente até à sala, estacando ao ver quem lá estava.

-Papai? – Questionei completamente surpresa.

-Filhota! – Henry exclamou correndo até mim e me abraçando cuidadosamente, como se eu fosse feita de porcelana. – Oh céus, você está bem? Emily me contou o que aconteceu. Você precisa de ir num hospital conceituado para ser vista por médicos de renome. Temos de garantir sua saúde e a de meu neto. Oh Gosh. Meu neto. – Papai tagarelou se abaixando no final para beijar minha barriga.

-Henry, menos drama, ok? – Pedi morrendo de vergonha.

- Ella Young! – Meu pai falou meu nome todo seriamente, me enterrando em vergonha. - Eu estou tentando zelar pela sua saúde e do meu neto e você ainda reclama?!

-Ok, ok. Me desculpe. É só que o médico que me viu é muito bom e me atendeu em particular, na sua casa, então está tudo bem, ok? – Falei revirando os olhos. – Você demorou. – Falei me jogando em seus braços, matando a saudade.

-Desculpe, meu anjo. Complicações no trabalho. Tem vezes que nem mesmo se tua mãe morrer eles me dão folga. Mas você é a minha filhota favorita, que seu irmão não me escute. – Falou sorrindo e me fazendo sorrir.

-Ah papai, eu sei que você só diz isso para me mimar. Tanto eu quanto Tommy sabemos o quanto você nos ama por igual! – Torci o nariz e ele também sorriu.

-Mas vocês estão mesmo bem? – Ele perguntou colocando a mão na minha barriga e a outra em meu rosto.

-Estamos pai. – Falei abaixando o rosto.

-Quem fez isso com você? – Ele perguntou meio autoritário, tentando exercer um pouco seu papel de pai.

-Ah, pai, não começa. Você não conhece e também não importa. Quem ajudou na reprodução já morreu para mim. – Menti, mas reprimi isso.

-! – Escutei a voz preocupada de Leah me chamar e me virei para abraçá-la.

-Eu estou bem. Eu juro. – Falei sorrindo.

-Desculpe não ter aparecido antes para te visitar, mas estive ocupada…nas rondas. – Ela revirou os olhos, mas tomou cuidado para sussurrar a última parte ao notar a presença de meu pai.

-Porque você está sussurrando? – Questionei também num sussurro.

-Não estava. – Ela falou agora normal. – Minha voz… - Pigarreou. – Falhou. Preciso de água. – Falou saindo.

-Uau. – Me voltei para trás apenas para constatar que o som realmente tinha vindo de meu pai.

Mais, ele estava olhando para Leah fixamente. Praticamente secando ela.

-Papai! – O repreendi.

-O que foi? – Ele perguntou se fingindo de santo.

-Minhas amigas não, ok? Nós já tínhamos combinado isso. O “contrato” se estende onde quer que eu esteja e não apenas em Makah! – Falei entre dentes e Henry ergueu as mãos em sinal de descarte, indo se sentar no sofá.

-Seu pai é bonitão. – Leah falou no meu ouvido me fazendo dar um salto.

Fiquei sem fala olhando minha amiga fixar o olhar – malicioso, note-se bem isso – em meu pai.
Ok, o mundo está perdido!
Chateada com o flerte dos dois, resolvi me vingar. Sim, às vezes eu posso ser muito má.

-Sabe, papai. Quando eu disse que o pai do meu filho tinha morrido para mim, na verdade eu estava mentindo. Estamos apenas zangados, mas hoje de manhã fizemos as pazes. – Escutei todo mundo parar de falar e olhar para Embry. – Pai, esse é o pai do meu filho. – Apontei para Embry, que se engasgou e me olhou chocado.

Por um segundo me arrependi de ter dito aquilo, ao vislumbrar um olhar assassino em meu pai, mas nem tive tempo de pensar em dizer: “brincadeirinha” pois meu pai saiu correndo atrás de Embry, pronto a sová-lo.

Quis correr atrás deles, mas apenas fiquei gritando o nome de meu pai, o chamando e tentando fazê-lo parar. Os garotos, em vez de socorrerem Embry, ficaram rindo e fazendo apostas, aumentando meu pânico.
Só via uma maneira de fazer aquilo parar.

-Emy, estou passando mal. – Falei e todo mundo parou, até Embry.

Só meu pai não percebeu e socou Embry mesmo assim. Este permaneceu no sítio enquanto meu pai gritava de dor e apertava a mão que socou o rosto de Embry.

-Papai! – Falei correndo, conforme podia, até ele e o amparando.

-Aiaiai, acho que quebrei a mão. – Ele choramingou e vi Leah surgir do meu lado, pegando na mão dele de imediato e analisando enquanto ele xingava.

-Não está partida. Foi só um entorse. – Ela falou devolvendo um sorriso para meu pai.

-Mas está doendo. – Ele fez manha para ela.

Ah, não. Isso tem de parar. Assim não dá, meu Deus.

-Vou desmaiar. – Falei fingindo um desmaio e sendo de imediato amparada por Embry.

-, . Acorde! .

Fui carregada num colo quente e aconchegante até o conforto do meu quarto onde me depositaram na macia cama e deram leves palmadas em meu rosto.
Fingi acordar aos poucos e vi meu pai de joelhos ao meu lado…rezando?

-Pai? – O chamei

-Oh filhota! Que susto você me deu. Não faça mais isso perto de mim se não quer ficar órfã de pai. – Ele falou do seu jeito meio sério meio sem noção.

-Pai! – Me irritei me sentando rápido. – Quanto tempo você vai ficar? – Perguntei já impaciente.

Henry mal tinha chegado e eu já estava querendo vê-lo pelas costas. Tá bom, não queria mesmo. O quanto de saudades que eu estava dele e que ainda precisava matar, não chegavam perto da vontade de o matar ou de mandá-lo embora.

-Até você se recuperar o bastante para poder fazer uma viagem grande. – Ele falou, pegando em minhas mãos e as beijando.

-Uma viagem? – Eu, Embry e Leah interrogamos ao mesmo tempo.

-Sim. Até à Europa. Você vai morar comigo em Praga. – Falou bastante decidido.

Engoli em seco, prendendo a respiração e começando a sentir uma onda forte de calor.

-Estou passando mal. – Falei abanando as mãos na minha cara. – Eu não quero morar na Europa! – Falei muito rápido.

-Mas…filha, você não ligou para mim exactamente para vir morar comigo? – Ele perguntou e aí eu me lembrei que eu não tinha intenções algumas de ficar aqui quando pensei em vir para La Push.

-Pai…algumas coisas mudaram desde que eu cheguei aqui. – Falei olhando para todos os que se empoleiravam na entrada da porta e para os que já estavam dentro do quarto.

Não conseguia mais me ver sem eles.
A imagem de Jacob Black me veio de imediato à mente me fazendo dar um solavanco na respiração. De seguida a imagem de Embry e de tudo o que passamos juntos.
Não conseguia mais me ver ser eles.

-Bom…tudo bem. – Ele falou, fazendo todos nós sorrir abertamente. – Mas com uma condição. – Assim que ele falou, meu sorriso morreu em antecipação do seu pedido. – Irei ficar aqui com você até o nascimento do meu neto.

Tossi engasgada com a condição de meu pai. Não que ela fosse má de todo, era apenas a troca sensual de olhares entre Henry e Leah que me incomodava. Já vi que meu contrato com papai ficou nulo. Quem mandou você engostosar a Leah?

.
.

Uma semana inteirinha se passou desde a minha alta no Dr. Cullen. Uma semana que eu tinha papai sobre o mesmo teto e eu já estava planejando mil e uma formas de o matar.
Primeiro porque ele estava dando uma de paizão, me envergonhando em frente dos meus amigos. Chegou até ao cúmulo de ele me dar comida na boca e falar comigo como se fala com um neném. Tipo: Guti guti do papai e outras coisas do género.
Segundo porque ele estava dando uma de ciumento para cima do Embry o impedindo de me abraçar, beijar ou sequer dormir comigo. E eu disse apenas DORMIR! Qualé, ele é bem quentinho e de noite aquece meus pés. E eu gosto bastante disso…
Terceiro porque ele anda atrás de Leah o tempo todo.
Eu até acho que ela passa mais tempo cá em casa apenas para flertar com Henry e não para me fazer companhia.
E quem não está gostando NADICA de pitibirim disso é o Pulga. Sério, até eu fiquei chocada quando ele quase armou maior barraco porque apanhou papai passando a mão na perna desnuda de minha amiga. Ok, nesse dia eu fiquei do lado dele e o apoiei. Mas foi a única exceção.
Até a Emily ficou chateada com o seu descontrole. Ela que nunca se incomoda com nada, ficou pê da vida e fez greve. E sabe o que foi mais engraçado. Essa greve juntou de novo as duas. Nessa tarde eu vim no banheiro e apanhei as duas no quarto de Emy falando “mal” de Sam. Falava mais Leah do que Emily, porque minha santa prima ainda era capaz de o defender…Enfim, vá-se lá perceber as mulheres. Nem eu, que sou uma da espécie, entendo.

Aproveitei o dia ensolarado para dar um pequeno passeio. Papai quis vir comigo, mas de última de hora ele recebeu uma chamada importante e se trancou no quarto de hóspedes em reunião. E Embry estava numa ronda da qual eu não tinha meios de me comunicar com ela para o convidar para o passeio.
Caminhei calmamente desfrutando do bom tempo. Minha barriga pesava ainda mais que antes e me assustava pensar que eu ainda poderia engordar mais, pois ainda faltam 2 meses. Céus…hoje faço sete meses que estou grávida.
A lembrança de como tudo começou me fez ficar nostálgica. Memórias de Gabriel invadiram novamente minha mente e quando dei por mim já estava lavada em lágrimas.
As limpei apressadamente antes que alguém me visse, mas era tarde demais.
Assim que ergui meu olhar, encontrei a profundidade tranquilizante dos olhos negros de Jacob.

-Ei. – Ele me cumprimentou com um sorriso caloroso se sentando na areia fria e me ajudando a sentar de seguida. – Problemas com seu pai? – Atirou na sorte.

-Não. Papai não me traz problemas. Me irritam suas atitudes, mas já estou acostumada. – Dei de ombros fungando um pouco mais.

-Então o que fez a garota mais corajosa verter lágrimas?

-Corajosa, eu? – Sorri sardónica abanando a cabeça numa negativa. – Por fora eu pareço ser forte e inabalável, mas por dentro… - Baixei o olhar.

Me custava falar tão abertamente de meus sentimentos. Estava tão habituada a camuflar tudo o que sentia que chegava a acreditar que realmente eu estava bem, quando na verdade eu estava caindo aos pedaços por dentro.

-Destruída, devastada, frágil, inconsolável? – Ele chutou na sorte e eu sorri, mas um nó se foi formando mais forte em minha garganta, me forçando a chorar.

Jake passou seu braço em torno dos meus ombros e eu me deixei apoiar, chorando convulsivamente.

-Ele jurou que me amava e que era comigo que queria ter um futuro, mas quando eu falei que estava esperando um filho dele…ele simplesmente mudou, me rejeitou. Me deixou chorando na sarjeta e no dia seguinte apareceu com outra garota! Eu não queria ter me apaixonado. Eu nunca fui burra ao ponto de acreditar nos “discursos” de caras como Gabriel, mas…eu me senti segura. – Chorei minhas mágoas e Jake afagou minhas costas me consolando.

-Se te deixa mais descansada, a garota que eu amava me correspondia, mas ainda assim ela preferiu voltar para o cara que não teve piedade em dar os pés nela e que a deixou em depressão e quase a fez se matar. – Ele contou, me fazendo arregalar os olhos

-Sério que ela voltou para ele depois de tudo? E eu que pensava que tinha sido ela a fazer uma lavagem cerebral nele…

-Porque diz isso? – Ele perguntou confuso.

-Veja bem, Edward é um pedaço de mau caminho e Bella, venhamos e convenhamos que ela é meia insossa. Não digo que é feia, longe disso, mas…não entendo como ela conseguiu dois master gatões babando por ela. Nem eu estou nesse padrão todo! – Revirei os olhos e Jacob riu.

-Eu até entendo que você me ache gatão, mas o Edward!? – Jake fez piada e eu abri a boca em espanto com o seu convencimento.

Mas não sei porque me espantei. Caramba, ele tem espelhos em casa…Jacob era lindo para caramba!

-Bom, como eu vou explicar isso para um homem entender… - Falei puxando pela cabeça. – Veja, você tem todo esse ar de bad boy sem perder o ar de menininho. E isso é super atractivo para qualquer mulher. Sem falar nesse seu corpo bombado aí, né. – Falei deitando uma olhada para o seu tronco coberto por uma fina camada de roupa. – Já o Edward…tem todo aquele ar cavalheiro, renascentista, romântico, o que é super encantador para uma garota. – Expliquei de modo super claro. – São tipos completamente opostos. Como o lobo mau e o vampiro. – Comparei e Jake tossiu, me olhando arregalado.

-Lobo mau…vampiro. – Ele falava entre tossidos.

-É. – Eu falei dando de ombros sem entender o seu espanto. – Tipo o Brad Pitt e o Tom Cruise do filme A Entrevista com o Vampiro. Ou o Lestat do filme A Rainha dos Malditos. Sem falar do Lucian e dos outros lobisomens do filme Anjos da Noite. Entendeu?

-Claro. – Ele assentiu, se recompondo.

-! – Escutei a voz de meu pai me chamando e a custo me levantei.

-Pai, você arranjou tempo para mim! – Falei irónica sacudindo a areia da minha roupa.

-, não seja assim! – Ele suspirou. – Bom, a gente precisa conversar.

Hii, quando pais falam “A gente precisa conversar” e junta aquela expressão séria e nervosa, é porque aí vem chumbo grosso!

-Podemos ir lá para dentro? – Ele perguntou e eu assenti.

-Pode vir comigo. – Eu pedi nervosa e Jake franziu o cenho. – Pressinto que papai vai me falar algo que eu não vou gostar nadica de nada. Preciso de ter um porto seguro para me amparar. E já que Embry não está…queria que fosse você. – Falei meio sem jeito.

Era estranho como tão de repente a gente se odiava e mais rápido ainda a gente tinha construído uma ligação inabalável. Com ele eu sentia que podia ser eu mesma. Aquela que poucos conheciam e que eu morria de vergonha de mostrar pelo simples fato de não querer que ninguém sentisse pena de mim. A menina frágil, magoada, sensível e intocável…aquela que tinha o poder de repelir todos os que gostavam dela.
E eu sabia que podia ser essa garota com Jacob porque ele bem lá no fundo era uma parte idêntica dessa garota o qual ele lutava para manter submerso mas quem em uma parte dura da sua vida ele viu exposto sem precedentes ou meios de controlar.

-Seria uma honra. – Jake sorriu se erguendo em um átimo e me acompanhando.

Chegamos a casa de Emy em poucos minutos e assim que entramos nos deparamos com Leah perto de meu pai, sem falar de Sam e Emily e…Dr. Cullen.
Só sua presença fez meu coração disparar no peito e meus braços envolverem minha barriga protetoramente.
Alguma coisa estava errada. Eu pressentia isso em antecipação do que quer que eles fosse falar.

-O…o que…o que está acontecendo? – Questionei em gaguejos, sentindo minhas pernas já não suportarem meu peso.

Jake me segurou firmemente como que adivinhando que dentro em nada eu iria despencar, mas nem isso me fez sentir mais segura ou calma.

-

-É alguma coisa de errado com meu bebê? – Perguntei num fio de voz, sentindo meus olhos se embaciarem por lágrimas.

-Não. Está tudo bem com seu filho. – Carlisle me tranquilizou, mas nem assim a expressão preocupada abandonou o seu rosto.

-Então o que é? – Esganicei tremendo quase convulsivamente.

-Filha, Tommy acabou de me ligar…

-É mamãe? – Eu perguntei o interrompendo e ele negou com a cabeça.

Isso me fez pensar. Se não era mamãe nem meu neném que traziam notícias péssimas com essas caras de enterro, então quem era?

-Ele me ligou dizendo que ele e a sua banda tiveram um acidente e…

De imediato levei a mão à boca reprimindo um grito e minhas pernas fraquejaram. Só não caí redonda no chão porque Jacob me amparou firme e delicadamente.

-Gabriel morreu, querida. – Emily falou de uma vez me fazendo perder o ar ao mesmo tempo que uma nuvem negra envolvia minha vista, fazendo a realidade se desvanecer aos poucos até por fim deixar de ser realidade e se tornar inconsciência!

N/A: Oie girls. Ok, eu sei que prometi um capítulo bem divertido com a chegada do pai da PP, mas estava sem vontade ou criatividade de fazer piadas. Ainda tentei, mas soou estranho, como puderam ver.

E por falar em soar estranho, por favor, não comentem sobre o poema sem noção que está abaixo do título e antes do texto. Escrevi aquilo sem pensar sequer. Só pensei em rimar e o conteúdo que se exploda. Rsrsrs
Bom, as coisas estão se complicando na vida da PP. Seus sentimentos estão sendo expostos e logo outras tantas reviravoltas vão se dar.
Eu acho, por minhas contas, que a fic só vai ter mais 3 ou 5 caps no máximo. Mas pode ser que não.

Vocês estão vendo como as coisas estão avançando com o Jake. Meio imperceptíveis mas bem presentes e intensas. E agora vocês se perguntam…e o Embry? Ainda estou tentando achar um jeito. Já pensei em um monte de coisas bobas, mas veremos como as coisas correm.

COMENTEM, PLEASE!
Kisses da Baby