Angel of Mine









Capítulo 16

O tempo corria como um furacão e quando deram por si já anoitecera. Permaneciam nos braços um do outro como se o mundo fosse acabar dali a instantes e essa sensação era mais profunda em Patch.
Apesar da proteção que Rixon lhe fornecera para ele dar a , Patch ainda se sentia preocupado com o futuro. Queria mais que tudo se tornar o mais rápido possível em um Anjo da Guarda para garantir e proteger a vida de . Mas algo dentro dele o incomodava profundamente.
Seria tão fácil se tornar Anjo da Guarda quanto ter desistido de ser um Anjo Negro? Iriam os Arcanjos o aceitar ou o expulsar para sempre daquele Mundo além humano?
E pensar que foi por causa dos Caídos que a segurança de fora comprometida…
Porque ela tinha de ter sido a escolhida para ser o Tesouro? Porque foi no sangue dela que esses genes resolveram emergir?

Patch sentiu uma onda de desespero o assolar e em reflexo desses pensamentos e dúvidas, ele apertou mais em seus braços, como se tivesse medo de a perder naquele preciso segundo.
Droga, ele se apaixonara pelo proibido. Se ele não conseguisse se tornar seu Protetor, ele morreria por ela. Caso fosse tentando salvá-la, caso não. Porque afinal ela era o Tesouro e assim que os Caídos ou os Demônios a tivessem em mãos…seria o fim de todos. De toda a espécie de Anjos. Talvez os 7 Arcanjos se safassem, ou até os Querubins…mas os Anjos…nunca! Seriam esmagados como puré.

Outras questões se levantavam na mente do Anjo Negro, tais como: se ela é tão perigosa porque não designaram um proteção no momento em que eu não a consegui matar? Saberiam os Arcanjos da minha rebelião? Porque não acabaram eles com ela desde a minha primeira falha?
Mas essas questões o amedrontaram mais que as anteriores. Era inconcebível pensar que nunca existiria ou que outros a destruiriam com as suas próprias mãos. Que ele nunca viesse a se apaixonar por ela…ele precisava mais dela do que um mero mortal precisa de ar para sobreviver.

-No que você tanto pensa? – lhe questiona, traçando um dedo por uma ruga permanente na testa de Patch.

-Em você. – Ele tenta sorrir para a acalmar, mas percebe que essa tarefa não lhe foi tão difícil como ele esperava. Sorrir se tornava fácil perto dela.

-Coisas boas ou coisas más? – Ela tentou não se preocupar, mas até quando iria se conseguir alienar do que estava acontecendo?

Ela mesma tecia dúvidas em sua mente. O que seria dela agora que estava em perigo? Como seria o seu futuro? Até quando Patch iria aguentar ir contra tudo para a proteger?
Ele parecia tão solitário nessa jornada tão perigosa, mesmo que tivesse Rixon do seu lado…
Ela estava assombrada, aterrorizada, receosa, mas tentava não demonstrá-lo. Não queria preocupar Patch mais do que ele já parecia.
Ao mesmo tempo que sua vida ganhara mais brilho e cor quando conheceu Patch, ela também ocultava uma parte sombria e obscura. Como um quadro dividido nesses dois cenários, em que ela se via e era dividida.
E se ela perdesse Patch? Conseguiria travar essa guerra sozinha? Nem ela mesma sabia o que estava enfrentando e isso triplicava em intensidade o medo que sentia. Lutaria por sua vida, ou entregaria suas forças ao perigo? Uma vida de luta sem Patch não valia a pena e a última opção estava se tornando mais tentadora.

A resposta de Patch se demorou o tempo suficiente para se apoquentar e temer que ele dissesse as derradeiras palavras: “Me desculpe , mas eu não consigo fazer isso por você! Meu amor não é o suficiente para dar cabo da minha vida por você.”
E ela estremeceu com esse pensamento, fazendo Patch notar e a manter firme em seus braços.

-Estava pensando no quanto eu gosto de você. – Ele sorriu sedutoramente, para tranquilizá-la, mas ainda temia que ele dissesse que não era o suficiente. – Você pode não entender e achar doentio, mas eu me apaixonei por você no preciso segundo em que olhei nos seus olhos…no momento do seu nascimento. – arregalou os olhos surpresa com o que Patch revelara. Sabia que ao olhá-la ele mudara seus conceitos, mas não esperava isso. – Não da maneira que eu sou apaixonado por você hoje, mas algo sobre-humano. Um amor que vocês humanos nunca sentiram nem algum dia poderão vir a sentir. É um sentimento que só apenas nós, Anjos, conseguimos sentir e que foi a partir desse sentimento que nosso Pai resolveu criar vocês. Foram raras as vezes que Anjos como eu e Rixon puderam sentir isso…na verdade nós somos proibidos, para não dizer incapazes, de nos sentirmos assim…afinal nós “matamos” gente…

-Vocês não matam! – o interrompeu. – Não como assassinos. É apenas o vosso dever. A vossa função celestial. – tentou explicar e Patch riu.

-É engraçado ver uma humana sem conhecimentos do nosso Mundo tentando defender uma raça da nossa Espécie.

fez uma careta, mas não sabia se era de chateada, incrédula ou de consideração de que o que ele dissera estava correto. Afinal ela não sabia mesmo nada sobre a Espécie de Patch. Talvez estivesse tentando fazê-lo se sentir melhor.

-O que acontece quando…vocês… - Apontou para Patch, se referindo aos Ceifadores. – vivem esse sentimento? – Perguntou curiosa.

-Por norma os Ceifadores pedem para desistir de seus cargos e virarem Anjos normais, que apenas “trabalham” com “assuntos” referentes à nossas Espécie. – Patch explicou, fazendo aspas quando era necessário. – Mas houve quem pedisse O Castigo.

-O Castigo? – questionou curiosa.

-Eu não devia estar contando nada disso a uma humana. Mas você não é uma humana... qualquer – Se corrigiu a tempo. – e sabe mais que qualquer outra…então não vejo problema em falar…O Castigo é uma espécie de enclausuramento dos Ceifadores em causa por séculos. Eles são avaliados constantemente e obrigados a certas…coisas…eu não sei bem o que são essas coisas porque nunca foi revelado. Rixon chamas-lhes tortura, mas nenhum dos Ceifadores submetidos confirmou…ou negou. Apenas se sabe que quando eles voltam eles estão tão indiferentes aos humanos que qualquer outro. Chegam até a “crescer” muito rápido nas hierarquias. Quase todos eles são Guardiões ou Conselheiros.

-Guardiões? Conselheiros? – ia interrogando.

-São as castas mais altas. Mas vamos parar de falar sobre isso, por favor. Não é um motivo para o meu orgulho.

quis contestar, mas não queria aborrecer Patch, então aceitou o pedido dele.
Ambos se mantiveram olhando fixamente um para o outro, como que falando com os olhos. A intensidade dos seus sentimentos transpunha a barreira do real e ambos souberam o quanto gostavam um do outro apenas com esse olhar.
Essa certeza acalmou e eliminou por completo as inseguranças de , mas algo nos olhos de Patch a fez temer pelo fim.

-Eu não quero perder você, Patch. – o abraçou forte, enterrando sua cabeça no vão do pescoço dele. – Eu preciso de você perto de mim…

-Eu não vou te deixar, Anjo. Não vou. – Ele falou depois de a segurar pelo rosto com carinho e a beijando de seguida com paixão e voracidade.

se ajeitou melhor no colo dele enquanto o beijo ia ganhando cada vez mais intensidade e paixão, o que os unia era tão forte e atrativo que eles simplesmente não conseguiam sequer raciocinar com coerência... Enquanto se beijavam só conseguiam querer mais e mais um do outro.

Ela sorriu em meio ao beijo agarrando com força os cabelos dele e Patch a segurou pela cintura colando mais seus corpos... O desejo entre eles ia crescendo avassaladoramente e não tinham mais como controlar, e nem queriam.
sentiu o ar lhe faltar e Patch mordiscou seus lábios arrancando um gemido dela enquanto eles se afastavam minimamente, o bastante apenas para recuperarem o fôlego.
Ela o olhou nos olhos vendo refletido ali seus desejos e agindo sem pensar, decidiu se deixar levar pelos seus sentimentos, e retirou a blusa que usava jogando-a ao seu lado.
Patch desceu o olhar para os seios dela, ainda cobertos pelo sutiã, e sentiu o restinho de controle que tinha evaporando-se.

 -Anjo...

-Não fala nada... – o interrompeu colocando um dedo nos lábios dele, o que para Patch pareceu um ato extremamente sensual, principalmente pelo modo como a voz dela soava rouca de desejo.

-Eu quero por essa noite esquecer tudo e me concentrar apenas em você, em nós dois, e no que estamos sentindo.

Patch sorriu e se levantou com ela que prendeu as pernas na cintura dele se mantendo firme em seus braços.

-É tudo o que eu mais quero, Anjo. – Ele sorriu e voltou a beijá-la.


O caminho até o quarto de foi rápido e em nenhum momento eles deixaram de se beijar ou se tocar... Quando chegaram até a cama dela já tinham deixado a camisa de Patch pelo caminho e passeava com seus dedos pela barriga dele se sentindo mais que satisfeita ao vê-lo se arrepiar com suas carícias.

Patch decidiu fazer exatamente o que ela tinha dito, e ao menos por aquela noite se permitira viver o que tanto queria, iria se concentrar apenas na linda garota em seus braços e amá-la como tanto desejava.
Delicadamente ele a colocou na cama e foi até a porta trancando-a, ao se virar para a cama de novo viu deitada com a respiração ofegante e um lindo sorriso nos lábios.

-Você não faz idéia do quanto está linda, e tentadora, assim. – ele riu se deitando sobre ela e distribuindo beijos por seu pescoço.

-Patch... – sussurrou o nome dele cravando as unhas em seus ombros.

Os dois riram quando tiraram os sapatos os jogando de qualquer jeito em qualquer lugar e se olharam nos olhos intensamente...

-Nunca precisei tanto de alguém como sinto que preciso de você agora. – confessou.

-Eu sempre vou estar aqui. – Patch garantiu e voltou a beijá-la.

As mãos de desceram pelos ombros dele o acariciando e estavam chegando em suas costas quando ele interrompeu o beijo e a parou...

-Só tente não tocar aí, Anjo. – Ele sussurrou e então ela se lembrou do dia que ao tocar ali teve uma espécie de visão.

-Ok, vou tentar. – Ela riu, não queria estragar aquele momento por nada nesse mundo.

-Tem muitos outros lugares onde eu adoraria ter suas mãos... – ele sorriu sacana e ela corou lhe dando um tapinha no braço.

 -Assim eu vou ficar com vergonha.

-Não... Agora não é hora para vergonha. – ele piscou e voltou a beijá-la antes dela poder dizer algo, e o beijo voltou a enlouquecê-la.

As mãos de ambos estavam afoitas por percorrerem cada pedacinho do corpo um do outro e lentamente eles foram se despindo e se conhecendo, pareciam ter feito aquilo milhões de vezes porque sabiam exatamente o que fazer para agradar um ao outro...
Patch sabia exatamente onde beijar e acariciá-la com mais intensidade e se deliciava ao vê-la fechar os olhos, arquear o corpo e sussurrar seu nome.
E sorria satisfeita quando via Patch semicerrar os olhos e gemer roucamente...


 Ela segurou com força nos cabelos dele quando sentiu seus lábios em seus seios e suas mãos em seu corpo, já não agüentava mais e precisava senti-lo completando-a, precisava que se tornassem um só corpo...

-Patch, eu preciso de você, agora... – arfou quando ele agarrou sua perna roçando seus corpos e deixando-a sentir o quanto ele também estava excitado e pronto para ela.

-Eu também, Anjo... Eu também... – ele sorriu e entrelaçou as pernas dela em sua cintura.

-Eu adoro quando você me chama de Anjo. – Ela confessou ofegante, mas logo um gemido alto e rouco escapou de seus lábios quando ele finalmente fez o que ambos tanto queriam e penetrou-a os tornando um só.

-Anjo. – Ele sussurrou maliciosamente em seu ouvido começando a se mover dentro dela e segurou com força nos ombros dele sentindo seu corpo todo tremer com a força do prazer que sentia.

Ambos se moviam em perfeita sincronia, entre beijos, carícias e sussurros foram sentindo o ápice se aproximar e se agarraram com força um ao outro até explodirem junto no clímax mais perfeito e sublime de suas vidas...
Ainda com os corpos encaixados e a respiração ofegantes ele se olharam e sorriram.

-Eu amo você. – Patch sussurrou sentindo que nunca foi tão sincero como agora, ele realmente a amava e o que acabaram de compartilhar só aumentava esse sentimento.

-Eu também amo você, Patch. – sorriu sentindo os olhos marejados e ele a beijou, dessa vez um beijo doce e calmo.

Por algum tempo eles se permitiram viver apenas o que sentiam, sem se importar se era proibido ou não... Apenas se amaram.


N/Baby: Oie meninas. Aceitando gritos de fundo pela demora. Mil desculpas. Vida de trabalhadora, namorada e filha é muito complicada. Não tenho tido tempo nem para mim. Mimimi *fazendo papel de vítima para ver se as leitoras me perdoam* rsrsrsrs
Bom, vou deixar de dramas e perguntar: O QUE ACHARAM?
Estou muito curiosa por vossa opinião. Esse cap foi uma mistura de dúvidas respondidas e outras acrescidas e mais um momento calmo para o casal.
Finalmente eles se entregaram e foi tão lindo e emocionante, não foi? Eu e a May estamos orgulhosas do nosso trabalho. Espero que vocês também estejam gostando!
COMENTEM!
Kisses da Baby

N/May: Oláá *-*
Cap. recheado né?! Nós amamos escrevê-lo e esperamos de coração que vocês tenham gostado também *-*
Lindo o momento de entrega do casal né?! Mais uma vez ficamos só na inveja da ... rsrs
Mas tbm tivemos mais algumas revelações e mais algumas perguntas ficaram no ar... ;)
Muito obrigada pelos reviews e nos desculpem pela demora, mas nós duas andamos com o tempo corrido demais e tem semana que é impossível escrevermos, mas aí está e logo vem o próximo ;)
Comentem e nos deixem felizes *-* rs
Bjokas